O Centro de Estudos do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) realizará na sexta-feira, 19 de abril, a partir das 14 horas, o debate online sobre o “Panorama atual da epidemia de dengue”, que será transmitido pelo link do canal do Youtube da VideoSaúde.
Resumo do Seminário
Em 2024, o Brasil enfrenta uma situação epidemiológica complexa, com a dengue destacando-se como uma das principais preocupações de saúde pública. Diante desse cenário, o Centro de Estudos do Icict organiza um evento focado em abordagens multidisciplinares para combater a epidemia no país, utilizando inovação e tecnologia. O evento contará com a participação de Renata Gracie, especialista em geografia da saúde, como debatedora, e terá Leonardo Bastos, coordenador do projeto InfoDengue, como palestrante. O InfoDengue, que aplica métodos estatísticos avançados para monitorar e prever a dinâmica da dengue, será um ponto central de discussão. O encontro visa promover o diálogo entre especialistas de diversas áreas para desenvolver estratégias eficazes de intervenção, evidenciando a importância da colaboração multidisciplinar na saúde pública brasileira.
Sobre os participantes
Palestrante: Leonardo Soares Bastos
Pesquisador em saúde pública do Programa de Computação Científica (PROCC) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), atua no desenvolvimento e aplicação de métodos estatísticos na epidemiologia das doenças infecciosas. Trabalha em projetos relacionados a doenças transmitidas por mosquitos como a dengue, chikungunya, e a doenças respiratórias agudas como a COVID-19, influenza, e VSR. É professor permanente nos programas de pós-graduação em Epidemiologia em Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e Biologia Computacional e Sistemas (IOC/Fiocruz). É Jovem Cientista Nosso Estado da Faperj e bolsista de produtividade do CNPq.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/5241799121437269
Debatedora: Renata Gracie
Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Estudos em Saúde Coletiva-Iesc/UFRJ, mestrado em Saúde Pública, sub-área Endemias Ambiente e Sociedade, pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, possui bacharelado e Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal Fluminense. Tecnologista em Geoprocessamento, é pesquisadora e atual coordenadora do Laboratório de Informações em Saúde, do Icict/Fiocruz. É professora permanente do PPGICS/Icict/Fiocruz e coordenadora do curso de Especialização em Sistemas de Informação, Monitoramento e Análise de Saúde Pública (SIMASP/Icict/Fiocruz). Atua na pesquisa e ensino de Geografia da Saúde com ênfase em vigilância em saúde, desigualdades socioespaciais, territórios periféricos, saneamento e saúde, mudanças climáticas, indicadores de saúde e de interesse a saúde a partir do uso de técnicas de geoprocessamento, análise espacial.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/1361919652907283
O Centro de Estudos
O Centro de Estudos do Icict promove, mensalmente, eventos técnico-científicos que dialogam sobre temas da informação, comunicação e saúde para toda a comunidade científica. Por meio de seminários online, seu objetivo é promover a reflexão e a divulgação científica de estudos, pesquisas e iniciativas diversas que abordem políticas públicas em saúde, estratégias e ações de informação e comunicação e outras questões relevantes nos âmbitos da ciência, da tecnologia, da inovação e do Sistema Único de Saúde.
Dúvidas pelo e-mail: centrodeestudos@fiocruz.br
Acompanhe ao vivo:
O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) realizará, no dia 11 de abril, às 14h, a sua aula inaugural de 2024. O evento será comandado por Renato Noguera, professor e pesquisador da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFFRJ), que ministrará a palestra “A potência dos afetos: pequenas relações entre amor e aprendizagem", na Biblioteca de Manguinhos. Aberta ao público, a aula também marca as comemorações do aniversário do Instituto, que celebrou 38 anos de existência no dia 7 de abril. A palestra será transmitida pelo canal da VideoSaúde Distribuidora no YouTube. Haverá intérprete de libras.
A mesa de abertura contará com Eduarda Cesse, coordenadora geral adjunta de Educação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (CGE/VPEIC/Fiocruz), Rodrigo Murtinho, diretor do Icict, e Mel Bonfim, vice-diretora de Ensino da unidade. A mediação da palestra ficará a cargo de Igor Sacramento, coordenador e professor do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/Icict).
Alinhado às propostas do Icict, marcadas pela interface entre ensino, pesquisa, serviços e atividades que fortalecem e atendem às demandas sociais do SUS, o tema é, segundo Mel Bonfim, uma pauta mais do que necessária para o contexto atual. “Essa aula mantém nosso compromisso político de deslocar para o centro do debate: a cultura e a produção de conhecimento de povos tradicionais, dos povos indígenas, da favela. Estamos seguindo no caminho intencionalmente escolhido, de refletir, sobre outra forma de existirmos, considerando que vivemos em um modelo societário que há anos se mostra insustentável e falido”, afirma.
E por que falar de afetos? A vice-diretora do Icict complementa: "Em meio à produção de desinformação criminosa, em que o enfrentamento ao discurso de ódio passa a ser objeto do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, já é tempo, ou melhor, estamos atrasados em falar de afeto, em permitir que sejamos afetados e sensibilizados por um conceito de amor muito mais profundo, que costumeiramente compreendemos por essa palavra. Amar pode ser muito mais coletivo e comunitário”, explica Bonfim.
Renato Noguera é doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), integra o Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEduc) e participa do Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Leafro/UFRRJ), onde coordena o Grupo de Pesquisa Afroperspectivas, Saberes e Infâncias (Afrosin). Ele também é roteirista e consultor de produções audiovisuais e escritor, já tendo lançado diversos livros, incluindo Mulheres e Deusas: como as divindades e os mitos femininos formaram a mulher atual (Harper Collins, 2018), Por Que Amamos: o que os mitos e a filosofia têm a dizer sobre o amor (Harper Collins, 2020) e O que é o luto? Como os mitos e as filosofias entendem a morte e a dor da perda (Harper Collins, 2022).
Ao site do Icict, Noguera falou como o amor se aplicaria no ensino de Comunicação, Informação e Saúde, considerando seus desdobramentos, como a relação entre docentes e alunos e o resultado de seus trabalhos (teses e dissertações). "Amar implica em reconhecer os nossos limites. É preciso mensurar corretamente a quantidade e qualidade dos recursos disponíveis para que atividades de comunicação e informação na área de saúde sejam potentes. Quais instâncias coletivas e institucionais podem dar a devida atenção para mediar os conflitos entre docentes e discentes?”, indagou.
Considerando o ensino de Comunicação e Informação em Saúde sob a ótica da afroperspectiva, que é um tema abordado por Noguera, ele afirmou que é “necessária uma perspectiva contracolonial , preciso problematizar as ausências na área. Afinal, o que nos falta? Mas é importante elaborar mais espaços biointerativos que façam confluir maneiras de desejar, pensar e sentir que reconheçam nossa irmandade cósmica com o mundo e desfaça a nosso divórcio com a natureza.”
Renato Noguera concedeu, em 2019, uma entrevista ao programa Ciência e Letras, do Canal Saúde da Fiocruz.
Confira a entrevista de Renato Noguera ao Ciência e Letras
Assista à transmissão ao vivo da palestra
Na sexta-feira, 15 de março, às 14 horas, o Centro de Estudos do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) estará recebendo as pesquisadoras Érica Miranda, da École de Santé Publique de L'Université de Montréal (Canadá) e Maria de Fátima Ebole, do Laboratório de Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Licts), do Icict, para debater o tema “Translação do Conhecimento no Setor Saúde: Uma Perspectiva da Democratização do Conhecimento Científico”. Este é o primeiro seminário do Centro de Estudos em 2024 e será on-line, não havendo necessidade de inscrição. A transmissão será feita pela VideoSaúde Distribuidora em seu canal no Youtube.
Resumo
Nos últimos tempos, o setor de saúde encontra-se sob enorme pressão devido às mudanças tecnológicas que estão afetando o sistema como um todo. Em todo o mundo, os tomadores de decisão na área de saúde lutam com a absorção de conhecimento científico em rápida evolução na prática de saúde, organização e política. Preencher a lacuna do “saber-fazer” é um dos mais importantes desafios para a saúde pública neste século. Há uma sensação de que a ciência não fez o suficiente, especialmente pela saúde pública, e há uma lacuna entre os avanços científicos de hoje e sua aplicação: entre o que sabemos e o que realmente está sendo feito. Neste sentido, esse seminário se propõe abordar a questão da translação do conhecimento como um dos eixos norteadores para democratização do conhecimento científico para a sociedade, na perspectiva de ser um processo colaborativo entre produtores de conhecimento (principalmente pesquisadores) e usuários do conhecimento (comunidade, tomadores de decisão, profissionais de saúde e partes interessadas), envolvendo muitos elementos como síntese, disseminação e compartilhamento.
Paralelamente, a palestrante trará sua expertise na Teoria Ator-Rede e os movimentos de translação do conhecimento sobre a rede de atenção e tratamento às pessoas com doença renal crônica, abordando tanto a reflexão teórica quanto o uso da teoria no desenvolvimento de uma pesquisa na área de saúde coletiva.
Sobre os debatedores
Érica da Silva Miranda
Bióloga com mestrado em ensino de biociências e saúde (M.Sc.) pelo IOC/Fiocruz e doutorado em saúde pública (Ph.D.) pela École de Santé Publique de L'Université de Montréal. Atualmente é analista de políticas no Canadá, sendo responsável pelo engajamento com as partes interessadas em questões de violência de gênero. Ela tem como principais temas de estudo a promoção da saúde, a translação do conhecimento e a igualdade de gênero.
Maria de Fátima Ebole
Engenheira Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001), mestre em Gestão e Inovação Tecnológica pela EQ/UFRJ (2004), aluna do curso de Doutorado do PPGICS/Icict (2021) e desde novembro de 2022 é integrante na equipe de pesquisadores do Laboratório de Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Licts) como Analista de Pesquisa. Tem experiência nas áreas de Engenharia Química, Meio Ambiente, Vigilância em Saúde e Gestão do Conhecimento, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão e inovação tecnológica, prospectiva científica e tecnológica, meio ambiente, saúde ambiental e translação do conhecimento. Seu tema de doutorado aborda a translação do conhecimento no campo da saúde com ênfase no desfecho Zika e doenças correlatas, sob a orientação da Profa. Dra. Maria Cristina Guimarães (PPGICS/Icict).
Entre os dias 11 e 13 de março, a Rede de Bibliotecas Fiocruz realiza um evento especial para celebrar o Dia do Bibliotecário (12/3), que tem como tema “Modernização de bibliotecas e acesso aberto: inovação de serviços e recursos”. O primeiro dia de atividades será realizado no Salão de Periódicos Lobato Paraense, na Biblioteca de Manguinhos, no campus Manguinhos da Fiocruz, no Rio de Janeiro e contará com transmissão da VideoSaúde Distribuidora.
O evento, que é aberto a bibliotecários, profissionais da área de informação e do campo da saúde e alunos de Biblioteconomia, está dividido em palestras e cursos e contará com a presença de Isadora Cristal, diretora da regional sudeste, da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas de Informação e Instituições – Febab; Fábio Cordeiro, presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia, que estarão na mesa de abertura, juntamente com Tania Santos, vice-diretora de Informação e Comunicação do Icict, e Viviane Veiga, coordenadora da Rede de Bibliotecas Fiocruz.
Nas palestras, Ana Lígia, da Fundação Casa de Rui Barbosa; Flávia Bastos, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Caterina Groposo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) abordarão ângulos diferentes e complementares do tema central.
Na parte de ensino, a Rede está oferecendo dois cursos gratuitos: “Catalogação: RDA e MARC21”, com Vinicius Tolentino, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UniRio, e “Indexação”, com Sueli Mitiko, do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, também conhecido como BIREME, que é ligado à Organização Panamericana de Saúde (OPAS). Haverá também visitas guiadas ao Castelo Mourisco, à Seção de Obras Raras e à Biblioteca de Manguinhos.
O Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde - PPGICS, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz (Icict/Fiocruz), realizará entre os dias 4 e 8 de março de 2024 a sua Semana de Abertura, que tem como tema "O direito à saúde: os lugares para a informação e a comunicação".
Já no primeiro dia, será realizada uma homenagem à Ilma Noronha, que foi diretora do Icict de 2000 a 2008. Formada em Biblioteconomia, Ilma teve atuação marcante nas áreas de informação da Fiocruz e foi uma das idealizadoras do Ensino do Icict. Ela, juntamente com o seu esposo Rômulo Noronha, também foi uma incansável lutadora e militante pela democracia, os direitos humanos e contra a repressão e todas as formas de violência institucionalizada, sendo agraciada com a 30ª Medalha Chico Mendes de Resistência, em 2018, pelo Grupo Tortura Nunca Mais.
Na parte da tarde, a partir das 14 horas, haverá o debate "O PPGICS e a interdisciplinaridade: a informação e a comunicação como direitos à saúde", com os pesquisadores do Icict e professores do PPGICS, Viviane Veiga, Ricardo Dantas e Wilson Borges, com moderação de Igor Sacramento, coordenador do programa de pós-graduação. Veja a programação completa aqui
Os novos e antigos discentes, além do público interessado, terão oficinas e passeio pelo campus Manguinhos, além de mesas redondas, seguidas de apresentações de livros de professores e ex-alunos do Programa.
2º dia – terça-feira – 05/03
Desinformação e covid-19: desafios contemporâneos na comunicação e saúde. Organizadores: Cláudia Malinverni, Jacqueline I. Machado Brigagão, Janine Cardoso, Edlaine Faria Moura Villela, Carlos Roberto Z. Bugueño. São Paulo: Instituto de Saúde, 2023.
Entre medo e solidariedade: mídia, política e alteridade na covid-19. Organizadores: Kátia Lerner, Cristina Teixeira e Paulo Vaz. São Paulo: Pimenta Cultural, 2023.
3º dia – quarta-feira – 06/03
Mudanças climáticas, desastres e saúde. Organizadores: Christovam Barcellos, Carlos Corvalán, Eliane Lima e Silva. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2022.
4º dia – quinta-feira – 07/03
Boas práticas de saúde pública no Instagram: estudo comparado entre Portugal e Brasil. Autora: Pâmela Araujo Pinto. Aveiro: UA Editora Universidade de Aveiro Serviços de Biblioteca, Informação Documental e Museologia, 2023.
Autocuidado em Saúde e Literacia para a Saúde. Coordenação técnica: Ana Luiza Braz Pavão. Brasília: Ministério da Saúde, 2023.
5º dia – sexta-feira – 08/03
A infecção e suas memórias: o testemunho e a exposição do viver com HIV no YouTube. Autores: Igor Sacramento e J. Antônio Cirino. São Paulo: Pimenta Cultural, 2023.
Inscrições
Para se inscrever para o passeio e oficinas oferecidas durante a semana, os interessados devem preencher a ficha de inscrição.
Estarão disponíveis apenas 20 (vinte) vagas para as oficinas, que serão confirmadas por ordem de inscrição. Todas as atividades são presenciais e serão realizadas no campus Maré Fiocruz - Av. Brasil, 4036 - Manguinhos, Rio de Janeiro, onde está localizado o PPGICS, no quarto andar - as mesas ocorrerão nas salas 401 e 402 e as oficinas, no Laboratório de Informática, sala 408.
Oferecido pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), o curso de atualização Práticas de Comunicação em Instituições Públicas de Saúde está com inscrições abertas até 19 de março. Seu objetivo é estimular profissionais da comunicação e da saúde pública a refletirem sobre a importância de rever métodos cotidianos de trabalho. E, com isso, buscarem uma comunicação pública que seja mais acessível, mais empática e mais eficaz em seu papel não apenas de informar, mas também de ser elemento-chave no fortalecimento da cidadania e da democracia.
Podem se inscrever pessoas com graduação em qualquer área, desde que mostrem que tenham em sua trajetória algum tipo de interação com o campo da comunicação e da saúde pública. O curso é presencial, e as aulas vão ocorrer no Campus Maré da Fiocruz, em Manguinhos, sempre às quartas-feiras, das 8h às 17h, entre 17 de abril e 29 de maio. As inscrições são gratuitas, e devem ser feitas pelo Campus Virtual Fiocruz. Além da documentação, os candidatos deverão enviar currículo e carta de intenção, como descrito no edital.
A pandemia de Covid-19 enfatizou ainda mais a centralidade que a comunicação ocupa, hoje, nos processos de saúde pública. Infodemia, desinformação, notícias falsas: desafios que têm impacto direto na saúde da população. E que, em conjunto, representam um fenômeno que tem em sua base a desigualdade estrutural e as violências históricas que marcam a sociedade brasileira. Como, porém, construir estratégias para fazer da comunicação pública um instrumento para enfrentar essas desigualdades? De que forma jornalistas, divulgadores científicos, gestores e cientistas podem buscar, em seu dia a dia, uma comunicação que esteja alinhada com os princípios do SUS?
"O Ensino do Icict possui reconhecida trajetória no debate e no pensamento teórico multidisciplinar, ou seja, no enlace entre informação, comunicação e saúde. O que propomos com este curso, porém, é um enfoque prático. Ou seja, uma reflexão sobre como aplicar, no dia a dia, as conclusões e sentidos obtidos pelo debate acadêmico da área", explica Valéria Machado, coordenadora do curso.
Como inserir a acessibilidade de forma definitiva no cotidiano de quem faz comunicação? Como fazer da linguagem simples uma premissa para a produção de conteúdos diversos? Que tipo de preocupações éticas devemos ter na escolha de imagens e fotografias que ilustrem temas da saúde? Quais os caminhos da divulgação científica numa instituição pública? Olhando para questões como essas, profissionais de diferentes especialidades vão convidar os alunos a construírem reflexões e possíveis transformações em suas rotinas de trabalho.
Oferecido em formato remoto, o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) abre 20 vagas para profissionais, comunicadores populares e pessoas com interesses acadêmicos de todo o Brasil que queiram fazer o curso de atualização em Comunicação e Saúde, com inscrições até 28 de fevereiro de 2024. As aulas serão ministradas por plataforma digital.
O curso gratuito possui carga horária de 36 horas, com aulas ministradas às terças-feiras, das 9h às 12h, de 9 de abril a 11 de junho de 2024. O curso é coordenado pelas pesquisadoras do Laboratório de Comunicação e Saúde (Laces) do Icict, Márcia Lisboa e Kátia Lerner (coordenadora adjunta).
Os interessados devem possuir graduação completa e conhecer todas as regras contidas na Chamada Pública e se certificar de efetivamente preencher todos os requisitos exigidos. Para se inscrever, o candidato deve efetuar o pedido de inscrição através do envio de documentação para o e-mail processoseletivo@icict.fiocruz.br. As inscrições podem ser realizadas através do Campus Virtual Fiocruz.
Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail da Secretaria Acadêmica do Icict: seca.icict@icict.fiocruz.br – informando no assunto o nome do curso. Exemplo: Atualização em Comunicação e Saúde 2024.
+ Confira a chamada pública do curso remoto de atualização em Comunicação e Saúde
Pouco mais de dois anos após ser lançada, a Plataforma de Filmes em Acesso Aberto da VideoSaúde-Icict/Fiocruz, que reúne uma ampla diversidade de obras sobre temas de saúde coletiva e ciência e tecnologia, de documentários a dramas, passando por animações, oriundas do acervo institucional da Fiocruz e de parceiros externos, chega a 300 obras audiovisuais disponíveis gratuitamente. A Plataforma, apelidada de Fioflix, é acessada por milhares de telespectadores mensalmente e o acervo disponível vem sendo cada vez mais solicitado para ações de educação e ensino e por canais de televisão para exibição em rede nacional.
Canta Caps, estreia da Fioflix neste início de 2024, compõe a trilogia “SUS e o Caps”, que conta ainda com os curtas Estica, Alonga Caps (já disponível na Fioflix) e Nossa Casa (estreia em breve), parceria entre a VideoSaúde-Icict e Plataforma IdeiaSUS Fiocruz. Em Canta Caps, pelas mãos e violão de Pierre, oficineiro e usuário de unidade de saúde pública, e pelo trabalho de profissionais de saúde, pacientes de um centro de atenção psicossocial no subúrbio do Rio de Janeiro soltam a voz e cantam em atividade periódica, associada ao tratamento, aos cuidados e à redução de danos e agravos, reafirmando como a arte e as atividades lúdicas podem ser elementos centrais nas políticas e nas rotinas do campo da saúde mental. São momentos que apontam a potência de uma experiência de integração entre uma unidade de saúde mental e seus pacientes, por meio de depoimentos reveladores de caminhos possíveis.
Uma plataforma de filmes ampla e diversa
Na Fioflix, há filmes para todos os gostos, públicos e aplicações. Histórias de entregadores e motoristas de aplicativos, documentários sobre doenças negligenciadas e saúde e ambiente, narrativas a respeito de vivências durante a pandemia de Covid-19. Sobre o SUS português, cinebiografias de cientistas e profissionais da saúde, sobre a presença das mulheres na ciência, histórias de povos indígenas, de agentes de saúde no campo e de moradores do entorno de barragens de mineração.
Outros destaques da Plataforma Fiocruz são filmes da mostra “Saúde para Todos”, concebida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que possibilita acesso a produções sobre saúde vindas de cada canto do planeta. Assista aqui a entrevista do coordenador do Festival Saúde Para Todos, Gilles Reboux, destacando a importância do audiovisual para a promoção da saúde.
Os filmes da Plataforma, para a VideoSaúde, ampliam a oferta de conteúdos audiovisuais oferecidos pela Fiocruz, visando a circulação de informações e os debates qualificados, que retratem distintas realidades regionais, territoriais, de profissionais e de populações no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos desafios dos campos da ciência e da tecnologia. Confira outras estreias recentes (clique no título dos filmes para assistí-los):
Walter Firmo: um olhar sobre Bispo do Rosário
Documentário integrante da exposição “Walter Firmo: um olhar sobre Bispo do Rosário”. Neste curta, o jornalista José Catello e o fotógrafo Walter Firmo conversam sobre o ensaio fotográfico e matéria realizada em 1985, sobre o artista Bispo do Rosário, publicada na revista IstoÉ.
O Zika Vírus e seus danos e agravos, como a microcefalia, trouxeram uma série de novos arranjos para milhares de famílias brasileiras, lançando desafios para os campos da saúde coletiva e o SUS. Mulheres e mães emergiram como atores potentes neste estado de coisas. O cotidiano de amor infinito, lutas e alegrias atravessa um tocante relato sobre a vida de três famílias.
O documentário “A criação do Serviço Nacional de Saúde: a conquista de um direito (1974-1979)”, sobre a criação do SUS português, faz refletir sobre as coleções alusivas ao tema da saúde em Portugal existentes no Centro de Documentação 25 de Abril, da Universidade de Coimbra, trazendo memórias sobre a criação do SNS durante a Revolução dos Cravos de abril de 1974 e os desafios para manutenção da saúde como direito.
Trilogia de documentários que apresenta o contexto da tragédia da Boate Kiss e como as equipes de emergência do SUS, incluindo o SAMU, foram mobilizadas para atender as vítimas no local do incidente.
Aborda a parceria da Fiocruz com cinco organizações sociais, sendo elas o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra, o Movimento de Trabalhadores e Trabalhadoras por Direitos, o Levante Popular da Juventude, o Centro de Integração da Serra da Misericórdia e a Rede Carioca de Agricultura Urbana, na aplicação do curso de Agentes Populares em Saúde, uma ação da Campanha Nacional Periferia Viva, concomitante a uma pesquisa para levantamento de dados territoriais, com o intuito de expor fragilidades e potenciais para que os movimentos sociais atuantes na localidade tenham mais subsídios para lutar por melhores políticas públicas.
Heliana, a menina que virou cientista
Conta a história da transformação de uma menina ribeirinha da Amazônia em cientista e ambientalista. A menina ribeirinha da Amazônia, nunca deixou sua paixão pela ciência e pela natureza desaparecer. Sua jornada a levou da floresta amazônica para a cidade grande realizando seu sonho de tornar-se cientista, finalmente, de volta à sua comunidade, ela se tornou uma fonte de conhecimento e esperança.
Ponto de referência em audiovisual sobre saúde e ciência
De acordo com a VideoSaúde, o desenvolvimento da plataforma representou uma série de acúmulos e reflexões, seja pela observação de demandas que o setor recebeu do público, de como os filmes foram visualizados e comentados no YouTube ou em redes sociais, de apontamentos de parceiros exibidores do acervo institucional. Mais que isso, na visão dos organizadores: o campo do audiovisual passa por profundas modificações, principalmente nas formas de distribuição e capilarização de acervos por meio da internet. E a Plataforma, completa a VideoSaúde, procura trabalhar esses aspectos como desafios para a comunicação pública.
Acessibilidade e legendas em seis idiomas
A Plataforma foi lançada em outubro de 2021, contando inicialmente com 115 filmes sobre diferentes temas dos campos da saúde e da ciência. De biografias e animações a direitos humanos e doenças negligenciadas. De história da ciência e da saúde a saúde da mulher e da criança, entre outros temas associados às determinações sociais da saúde. Também apresenta 60 versões das produções com recursos de Janela em Libras e audiodescrição. Oferece, ainda, filmes com legendas em cinco diferentes línguas além do português.
São produções próprias ou realizadas em parcerias, ou de instituições e realizadores parceiros que integram o acervo da VideoSaúde. O projeto também foi concebido numa perspectiva de comunicação integrada, onde cada filme aponta links para outros conteúdos da Fiocruz, principalmente da Editora Fiocruz, Canal Saúde, Revista Radis, Portal Fiocruz e Agência Fiocruz de Notícias.
Assista ao Canta Caps:
O Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) disponibilizará vagas para discentes externos ou externas em Disciplinas Eletivas no primeiro semestre de 2024 para candidatos e candidatas externas, que estejam matriculados ou matriculadas em cursos de pós-graduação Lato e Stricto Sensu.
As disciplinas oferecidas são:
Os interessados e interessadas poderão se inscrever entre os dias 22 e 25 de janeiro de 2024, no site da Plataforma Siga, pelo caminho: Inscrição>Informação e Comunicação em Saúde - ICICT >Inscrição.
As aulas serão presenciais e acontecerão na sede do Ensino do Icict/Fiocruz, que fica na Avenida Brasil, 4036, 4º andar, no Campus Maré da Fiocruz, no Rio de Janeiro (RJ).
Outras informações poderão ser obtidas pelo e-mail da Secretaria Acadêmica do Icict/Fiocruz: seca.icict@icict.fiocruz.br
Leia atentamente à chamada pública, disponível aqui e veja também as informações gerais sobre as disciplinas no site do PPGICS ou na Plataforma Siga (caminho: Mural de Notícias>Programa> Informação e Comunicação em Saúde – ICICT>Disciplinas>2024 – Primeiro Semestre) e clique aqui para baixar o Anexo II.
A Secretaria Acadêmica do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica da Fiocruz (Icict/Fiocruz) recebe inscrições para o processo seletivo da especialização em Sistemas de Informação, Monitoramento e Análise de Saúde Pública, voltada para candidatos com graduação em Saúde Coletiva, Ciências Sociais ou áreas correlatas. As inscrições estão abertas até 2 de fevereiro pelo Campus Virtual Fiocruz.
São oferecidas 20 vagas, destas 30% são para candidatos e candidatas com deficiência, autodeclarados negros ou indígenas. As demais vagas são de livre concorrência. O curso tem carga horária de 378 horas, com as aulas sendo ministradas presencialmente às terças-feiras, das 9h às 17h, no período de 19 de março a 10 de dezembro de 2024.
Com coordenação das pesquisadoras do Laboratório de Informação em Saúde (LIS/Icict), Renata Gracie (coordenadora e Observatório de Clima e Saúde), Aline Pinto Marques (Grupo de Informação em Saúde e Envelhecimento - Gise) e Carolina de Campos Carvalho (Projeto Avaliação do Desempenho do Sistema Saúde - Proadess), a especialização tem como objetivo qualificar os alunos no manejo, produção, análise e utilização das informações em saúde no campo da saúde pública.
Para saber mais, acesse aqui a chamada pública e inscreva-se até 2 de fevereiro de 2024.
#ParaTodosVerem Imagem com uma foto ao fundo de um tablet mostrando na tela trabalhadores em um corredor de hospital e, ao lado, um papel com gráficos. No plano frontal, o nome do curso "Curso de Especialização 2024 - Sistemas de Informação, Monitoramento e Análise de Saúde Pública" e o período de inscrições "2/1 a 2/2/2024 - 20 vagas".