Estão abertas até 15/5 as inscrições para o Curso de Especialização em Gestão de Redes de Atenção à Saúde, na modalidade à distância. Há 600 vagas para profissionais de nível superior que atuem como gestores ou técnicos, nas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), além de profissionais e professores das áreas de planejamento e gestão em saúde de todo o Brasil. A especialização é oferecida pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) e coordenada pela pesquisadora Rosana Kuschnir.
Em sua última edição, o curso recebeu 25 mil inscrições online. Rosana diz que a procura mostra a importância da área: “Este curso é fruto de parceria da Ensp/Fiocruz com o Ministério da Saúde. O objetivo é dar suporte à constituição de redes de atenção, estratégia central para o alcance dos objetivos do SUS, buscando garantir atenção integral e de qualidade, além de maior eficiência na produção do cuidado. O foco é em planejamento e gestão, especialmente nas dimensões de diagnóstico e desenho de estratégias de intervenção, organização da atenção e sua gestão, com ênfase na utilização de mecanismos de coordenação".
O curso visa apoiar a política de constituição de redes e de (re)instituição do espaço regional, por meio de formação de concepção sistêmica, propiciando a compreensão do processo de construção das redes em suas diferentes dimensões, e da provisão de base conceitual e instrumental que habilite ao planejamento e gestão de redes de atenção à saúde.
De acordo com a coordenadora, a avaliação dos ex-alunos e a qualidade dos trabalhos de conclusão de curso apresentados têm demonstrado o alcance dos objetivos. "Estamos imensamente orgulhosos de nossos alunos e da nossa equipe de tutores e orientadores de aprendizagem", diz.
Confira o edital e o link de inscrição.
Fonte: Ensp/Fiocruz
O enfrentamento da crise de zika e o papel dos cientistas brasileiros nas descobertas sobre o vírus desde 2015 foram temas das palestras que marcaram a Aula Inaugural da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na última sexta (10/3), em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Integrada aos eventos da semana do Dia Internacional da Mulher (8/3), a abertura do ano letivo da Fiocruz contou com a presença de duas pesquisadoras que se destacaram durante a emergência de saúde pública internacional: a epidemiologista Celina Turchi, da Fiocruz Pernambuco, e a virologista Ana Maria Bispo, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
A abertura da Aula Inaugural teve a participação da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima; do vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Manoel Barral Netto; da presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN), Justa Helena Franco; e da presidente da Associação de Pós-Graduandos (APG) da Fiocruz, Maria Fantinatti.
Em sua apresentação, a presidente Nísia Trindade Lima destacou o protagonismo da Fiocruz no combate ao vírus zika e os esforços de sua gestão para priorizar a vigilância em saúde, cumprindo a missão institucional de colocar a ciência a serviço da sociedade. Aproveitando a semana do Dia Internacional da Mulher, Nísia também destacou os avanços da agenda de equidade de gênero na Fundação e homenageou não somente as mulheres cientistas, mas as mulheres e mães vítimas do vírus zika. “Temos que lembrar que essa é uma doença que atingiu de uma maneira muito forte, com implicações muito profundas, as mulheres ‘severinas’ deste país”, disse a presidente, se referindo à expressão consagrada pelo poeta João Cabral de Melo Neto (1920-1999). “Nós, mulheres da Ciência, avançamos em muitos direitos. Mas há muitas mulheres ‘severinas’ em nosso país que precisam e merecem o nosso respeito. Elas têm o mesmo direito de nascer, de amar e de viver”, completou.
O vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral Netto, ressaltou o número crescente de atividades da Fundação no que se refere à formação de recursos humanos. Ele afirmou, ainda, que é preciso integrar, de forma harmônica, as ações realizadas na instituição, para garantir que o Sistema Único de Saúde (SUS) seja forte e atuante. “Não podemos esquecer que no ano passado a Fiocruz titulou mais de 160 doutores. Este é um número que impressiona, pois é maior que de vários países da América Latina”, disse Barral.
Zika e microcefalia
Eleita em dezembro de 2016 uma das dez personalidades do ano na Ciência pela revista britância Nature, a pesquisadora Celina Turchi (Fiocruz Pernambuco) apresentou um pouco mais do trabalho desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa da Epidemia da Microcefalia (Merg) durante a epidemia de microcefalia que assolou o país no ano passado, principalmente os estados do Nordeste. O Merg foi responsável pela comprovação da relação entre o vírus zika e a microcefalia em bebês.
Entre os principais desafios, Celina relatou a falta de clareza sobre a causa do número de recém-nascidos com comprometimento neurológico, a inexistência de literatura científica e de testes laboratoriais disponíveis. A pesquisadora descreveu todo o trabalho realizado por profissionais de diferentes áreas, como epidemiologistas, médicos e biólogos. “Diante da tragédia social que estávamos vivendo, tivemos a oportunidade de integrar os protocolos de pesquisa de diferentes áreas, além de compartilhar resultados com outros pesquisadores e instituições, na luta por respostas rápidas à epidemia”.
A pesquisadora também enfatizou o trabalho realizado em maternidades do estado de Pernambuco. “Em conjunto com as secretarias de saúde, nós conseguimos harmonizar o protocolo de pesquisa, com ações que se mantiveram. Assim, o Grupo de Pesquisa também colaborou no treinamento dos profissionais das maternidades nas atividades de vigilância e monitoramento dos casos de microcefalia neonatal”.
Conquistas da ciência brasileira
Virologista do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Ana Maria Bispo celebrou a chance de compartilhar informações das pesquisas científicas sobre o vírus zika com estudantes e colegas pesquisadores durante a Aula Inaugural. Após um breve histórico do vírus e da doença no mundo, Ana Bispo destacou a importância do Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), enquanto laboratório de referência do Ministério da Saúde, no enfrentamento do vírus zika no Brasil. A virologista também ressaltou os projetos em colaboração com a União Europeia, Canadá e Organização Mundial de Saúde (OMS) para investigar o vírus, que foi isolado pela primeira vez no Brasil em março de 2015, na Bahia. “Estas pesquisas são oportunidades de entender a dinâmica do vírus, incluindo o papel do vetor na sua transmissão. Ninguém estava preparado para a chegada do vírus zika e para as suas consequências. Ainda temos muitas perguntas sem respostas”, explicou Ana Bispo.
Entre as conquistas da ciência brasileira em relação ao vírus, Ana Maria Bispo destacou as descobertas sobre os efeitos do zika em gestantes e em recém-nascidos e o desenvolvimento de um teste rápido e de custo baixo para o diagnóstico de zika, dengue e chikungunya, já que muitos de seus sintomas se confundem nos estágios iniciais das doenças. De acordo com a cientista do IOC/Fiocruz, mesmo com todas as dificuldades de recursos, “a epidemia de zika revelou a capacidade dos cientistas brasileiros de responder em curto tempo a uma emergência grave de saúde”. Ela afirmou que “houve uma sensibilidade muito grande de diferentes áreas da comunidade científica, que se articulou e se uniu, em parcerias locais e internacionais, para direcionar seus esforços para o enfrentamento da epidemia de zika. Nós avançamos muito, mas ainda nos restam grandes desafios, como o desenvolvimento de testes sorológicos específicos e de uma vacina eficaz”.
Fonte: César Guerra Chevrand e Leonardo Azevedo (Agência Fiocruz de Notícias)
Estão abertas, até 20/2, as inscrições para o International Update Course on Immunohistochemistry, Molecular Pathology and Histopathology for the Diagnosis of Infectious Diseases and Neoplastic Diseases. Oferecido pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), o curso visa promover a atualização de profissionais da área de saúde que atuam ou desejam atuar na área de anatomia patológica.
Coordenado por Rodrigo Caldas Menezes, Leonardo Pereira Quintella, Matti Kiupel e Luiz Claudio Ferreira, o curso aborda técnicas de histopatologia, imuno-histoquímica e de patologia molecular voltadas para o diagnóstico histopatológico com ênfase em doenças infecciosas e neoplásicas associadas a agentes infecciosos em seres humanos e animais.
São oferecidas 40 vagas para profissionais de saúde de nível superior ou médio e para estudantes da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz).
Clique aqui para mais informações.
Fonte: Antonio Fuchs (INI/Fiocruz)
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) disponibiliza duas vagas para o curso de especialização em infectologia para médicos estrangeiros. As inscrições acontecem até o dia 26 de outubro.
A especialização visa formar médicos para a atuação nas áreas de prevenção, controle, diagnóstico, tratamento, reabilitação, avaliação e formulação de políticas na área da Infectologia, contribuindo para a transformação da realidade sanitária em seu país.
Podem participar da seleção médicos estrangeiros com interesse em desenvolver atividades relacionadas à infectologia em seus países de origem.
O curso tem início a partir do dia 18 de março com uma cargo horária de 5760 horas, distribuídas em 3 anos, em regime de 40 horas semanais.
Saiba mais sobre o curso aqui no Campus Virtual Fiocruz!
Thaís Dantas (Campus Virtual Fiocruz)
O Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz acaba de concluir pesquisa sobre uma tecnologia que deverá gerar grande impacto positivo sobre o diagnóstico em saúde pública: o lab-on-a-chip (LOC), ou laboratório em um chip. Como o nome indica, trata-se de um pequeno dispositivo que integra e automatiza todas as etapas de uma análise laboratorial convencional em um sistema que cabe num chip. A expectativa é que a tecnologia venha a produzir diagnóstico rápido e com baixo custo, tanto para doenças infecciosas quanto para doenças crônicas não transmissíveis, além de reduzir o desperdício e a exposição a substâncias químicas perigosas.
Utilizando a metodologia Foresight, voltada a estudos de futuro, a pesquisa realizada pelo CEE-Fiocruz buscou verificar o estado da arte da tecnologia LOC no mundo, por meio de: revisão de literatura, mapeamento da produção científica e tecnológica mundial e realização de uma web survey, com 256 pesquisadores de vários países, sobre as perspectivas dessa tecnologia. Em uma quarta etapa, foi realizado, ainda, um mapeamento das competências científicas e tecnológicas relacionadas ao LOC na Fiocruz. Os resultados serão apresentados no workshop LOC: O futuro do diagnóstico em Saúde Pública, que reunirá, em 17 de maio, na sala de conferências do Centro, pesquisadores participantes do estudo e dirigentes da Fiocruz.
“A iniciativa é parte da proposta do Centro de fortalecer a gestão estratégica da Fiocruz, por meio da realização de estudos prospectivos, em áreas de interesse institucional”, explica o coordenador do CEE, Antonio Ivo de Carvalho, lembrando que a decisão de se realizar um estudo sobre LOC foi tomada em uma oficina realizada em julho de 2016, com lideranças da Fiocruz. “Com o estudo, esperamos contribuir para que a instituição desenvolva sua capacidade de reflexão sobre o futuro, de forma integrada aos processos de decisão”, diz Antonio Ivo.
Os resultados encontrados apontam que a tecnologia LOC deverá ser capaz de oferecer testes diagnósticos point-of-care isto é, nos locais em que o paciente está recebendo atenção, com testagem para doenças ou substâncias específicas, de forma ágil e sem a necessidade de uma estrutura cara e imobilizada de laboratório de análises clínicas. “Existe a expectativa de que o LOC impacte fortemente os laboratórios convencionais, podendo ser apropriado por estes ou substituí-los”, observa a pesquisadora Roseli Monteiro, à frente do estudo do CEE. “O LOC é um microdispositivo que combina a tecnologia de microfluidos com funções elétricas e mecânicas para analisar volumes muito pequenos de líquidos. Tem enorme potencial de aplicação na área da saúde”, explica Fábio Mota, um dos coordenadores da pesquisa. “Em até 20 anos, espera-se que esses dispositivos sejam produzidos em escala industrial e alcancem sucesso comercial global”, diz.
De acordo com Antonio Ivo, as expectativas quanto ao potencial do LOC no país também são positivas. “É possível que em futuro próximo, os LOCs sejam incorporados ao Sistema Único de Saúde”.
Fonte: CEE Fiocruz
O Ministério da Saúde elaborou uma cartilha com instruções sobre a Febre Amarela para auxiliar o trabalho de profissionais e gestores no diagnóstico e tratamento da doença em regiões com surtos constatados. O documento contou com a colaboração de quatro pesquisadores do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) em sua redação: André Siqueira, José Cerbino Neto, Juliana Arruda de Matos e Marília Santini de Oliveira.
Além de cooperar para o aumento da qualidade do tratamento da doença dentro das unidades básicas de saúde por meio de informações destinada a gestores e profissionais do Sistema único de Saúde (SUS), o guia também apresenta medidas de controle e prevenção, identificação e manejo de eventos adversos pós-vacinação e conceitos de vigilância de febre amarela.
Para saber todos os tipos de tratamento e dicas de prevenção, acesse a cartilha Febre amarela: guia para profissionais de saúde.
Em julho, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) abre as portas para receber estudantes de graduação de todo o país. A 19ª edição dos Cursos de Férias oferece três modalidades: Principais arboviroses de importância médica no Brasil: perfil e diagnóstico (12 vagas), Rastreamento de mutações humanas e diagnóstico de doenças genéticas (10 vagas) e Tópicos em Bioinformática (10 vagas). As atividades acontecem entre os dias 17/7 e 21/7, no campus da Fiocruz, no Rio de Janeiro (Av. Brasil, 4.365, Manguinhos).
As inscrições serão realizadas apenas no dia 8/6, das 9h às 17h. Para se candidatar, basta preencher o formulário eletrônico nesse link, que estará disponível no dia, com atenção a todos os campos especificados, incluindo a carta de interesse e o currículo (não serão recebidos anexos). Para os selecionados, há uma taxa de R$ 50 para a inscrição, sendo de responsabilidade do candidato o custeio de hospedagem, transporte e alimentação.
Os cursos destacam metodologias utilizadas na pesquisa básica, conceitos e contextos relativos a diferentes assuntos de importância para a saúde no Brasil. As atividades teóricas e práticas são ministradas por estudantes dos cursos de Pós-graduação Stricto sensu do IOC e coordenadas por pesquisadores do Instituto.
Principais arboviroses de importância médica no Brasil: perfil e diagnóstico
Aborda as principais arboviroses de importância médica no Brasil, envolvidas no cenário epidemiológico atual (dengue, zika, febre amarela e chikungunya) – das características gerais e epidemiológicas às técnicas diagnósticas preconizadas pelo Ministério da Saúde.
Público-alvo: alunos de graduação da área da saúde.
Confira a ementa.
Rastreamento de mutações humanas e diagnóstico de doenças genéticas
Reúne temas de genética aplicados à saúde humana, como a estrutura e o funcionamento dos ácidos nucleicos, classificação e a nomenclatura de mutações humanas. Apresenta as doenças gênicas (doenças monogênicas e doenças complexas) e os conceitos de epigenética, além de noções básicas dos métodos de diagnóstico molecular, como PCR convencional, PCR RFLP, PCR em tempo real (quantitativo), sequenciamento de Sanger e de nova geração.
Público-alvo: alunos de graduação da área da saúde.
Confira a ementa.
Tópicos em bioinformática
Discute conceitos importantes utilizados em bioinformática e biologia computacional, tais como: Linux; Banco de dados biológicos, Alinhamento de sequências, Busca por similaridade e Comparação de genomas; Biologia molecular básica, Estrutura de proteínas, Modelagem Comparativa e Docking Molecular; Teoria de redes, Dinâmica Molecular e Análise de Modos Normais; Linguagem R e Bio 3D.
Público-alvo: alunos de graduação da área da saúde e tecnologia da informação.
Confira a ementa.
Fonte: Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)