A divulgação científica como atividade prática vem, há algumas décadas, conquistando importância e espaço no Brasil. A interface acadêmica do campo, no entanto, embora atraia atenção crescente, ainda é emergente no país e precisa enfrentar dificuldades e desafios para se estabelecer como área de conhecimento independente. O simpósio “A ciência da divulgação científica II: a construção de um campo acadêmico”, que vai acontecer de 5 a 7 de março, no Museu da Vida (COC/Fiocruz), visa contribuir para fortalecer essa interface da divulgação científica.
Com a participação de diversos especialistas no campo, do Brasil e de outros cinco países, o evento abordará uma série de temas relevantes nos estudos da divulgação científica, entre eles a inserção da ciência na cultura, a percepção pública da ciência e tecnologia e pesquisas em museus de ciências.
Além de mesas redondas, haverá um workshop sobre metodologias de pesquisas em museus, no dia 7 pela manhã, com Marianne Achiam, do Departamento de Educação Científica da Universidade de Copenhagen (Dinamarca).
No mesmo dia, na parte da tarde, haverá a primeira aula da disciplina “Leitura e avaliação de fontes de informação em ciência e tecnologia”, que será oferecida no âmbito do Mestrado Acadêmico em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde, por Mônica Macedo-Rouet, da Universidade Paris 8, na França. Com vagas limitadas, a disciplina, que será ministrada em português, está aberta somente para estudantes de pós-graduação da Fiocruz e de outras instituições de ensino e pesquisa.
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Dias 5/3 e 6/3: as atividades são abertas a todos e dispensam inscrições.
Dia 7/3 (manhã): para participar do workshop é preciso se inscrever pelo e-mail nedc.fiocruz@gmail.com
Dia 7/3 (tarde): estudantes da pós-graduação devem se inscrever pelo e-mail pgdc@fiocruz.br
Fonte: Museu da Vida
Foi lançado o maior acervo online sobre a vida e a obra do sanitarista brasileiro Oswaldo Cruz: a Biblioteca Virtual Oswaldo Cruz. A nova plataforma digital reúne bibliografia, correspondências, documentos, e conta a trajetória do cientista, disponibilizando vários conteúdos de interesse. São 239 imagens, 159 correspondências, 11 vídeos e 6 músicas, além de uma linha do tempo, textos de referência e diversos materiais e apoio, que podem ser acessados por estudantes, pesquisadores e pelo público em geral. Todo o conteúdo é oferecido em português e inglês, com o objetivo de ampliar o acesso do público internacional à obra do cientista.
Responsáveis pela coordenação e pesquisa histórica do projeto, as historiadoras da Casa de Oswaldo Cruz Nara Azevedo e Ana Luce Girão levaram cerca de cinco anos trabalhando na Biblioteca, junto com profissionais de diversas áreas: tecnologia da informação (TI), design, comunicação, biblioteconomia e arquivo.
O cuidado com a classificação dos documentos foi fundamental para o desenvolvimento de um sistema de busca integrado, um dos diferenciais da Biblioteca. O objetivo foi construir uma narrativa histórica atraente e acessível tanto para pesquisadores das áreas das ciências e da saúde quanto para o público em geral. “A Biblioteca Virtual Oswaldo Cruz é um trabalho de divulgação científica. Queremos oferecer nosso conteúdo de maneira que um público leigo, mais amplo, também compreenda. Além de falar do patrono da Fiocruz, nossa meta principal é divulgar o acervo da Casa de Oswaldo Cruz, na perspectiva da história e da memória”, conta Nara Azevedo.
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Fonte: COC/Fiocruz | Foto: Peter Ilicciev
Até o dia 17/2, estão abertas as inscrições para o Curso de Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência, promovido pelo Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz (COC), em parceria com Museu de Astronomia e Ciências Afins, CECIERJ, Casa da Ciência e Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
O curso, criado em 2009 como Especialização em Divulgação da Ciência, da Tecnologia e da Saúde, este ano foi rebatizado com o nome de Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência. Seu objetivo é formar especialistas para atender a crescente demanda por mediação entre ciência, tecnologia e sociedade, incorporando a reflexão crítica sobre os processos e produtos da divulgação e popularização da ciência.
Desenvolvido por uma equipe multiprofissional, a especialização se destina a museólogos e outros perfis ligados a museus e centros de ciência, cultura e arte; comunicadores; jornalistas; cientistas; educadores; sociólogos; cenógrafos; produtores culturais; professores de ciências licenciados (nível superior) e demais profissionais que atuam, seja no âmbito prático ou no acadêmico, na área da divulgação e popularização da ciência. São oferecidas 20 vagas.
Com 360 horas presenciais, o curso é constituído por módulos que abordam aspectos históricos e conceituais do campo da divulgação e popularização da ciência; uma discussão introdutória sobre metodologia de pesquisa; oficinas instrumentais sobre interpretação e elaboração de textos acadêmicos; um ciclo de seminários que abrange assuntos variados; disciplinas eletivas; e o módulo final, com o desenvolvimento do Trabalho de Conclusão do Curso (TCC).
Para a elaboração do TCC, os alunos serão orientados pór um ou mais professores do curso. O trabalho poderá ser uma monografia sobre tema ligado à Divulgação e Popularização da Ciência ou o desenvolvimento de um produto ou processo de Divulgação e Popularização da Ciência, com relatório incluindo discussão e problematização embasadas na literatura sobre o desenvolvimento deste produto ou processo.
O curso é gratuito, mas é cobrada uma taxa de R$ 50 de inscrição. As aulas terão início em 27/3 e serão ministradas na Oficina-Escola de Manguinhos às segundas e quartas-feiras, das 9h às 17h. O aluno deve estar preparado para algumas atividades externas nas instituições parceiras e em outros espaços.
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Mais informações pelo e-mail: secadcoc@fiocruz.br
Quais os desafios para a garantia da democracia no contexto digital? O tema será debatido no Fórum Arquivos e Arquivos, que, em sua 17ª edição, celebra os 30 anos do Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos (Sigda) da Fiocruz. O evento será realizado no dia 7 de novembro, das 9h30 às 16h, no Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira, no Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), no campus Manguinhos. Para participar, inscreva-se no Campus Virtual Fiocruz.
Criado para compartilhar iniciativas promissoras adotadas pela Fiocruz para a gestão e preservação de documentos arquivísticos, o Fórum Arquivos e Arquivos é organizado por profissionais do Sigda e coordenado pelo Departamento de Arquivo e Documentação (DAD) da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).
A mesa de abertura desta edição vai reunir Paulo Elian, pesquisador da Casa, Sonia Eveline de Assis Baptista, analista de documentação do Instituto de Tecnologia em Fármarcos (Farmanguinhos) e Karina Veras Praxedes, coordenadora da Assistência Técnica do Sigda para falar sobre os 30 anos do Sigda.
A programação conta também com profissionais da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Casa de Rui Barbosa, da VideoSaúde Distribuidora e da Casa de Oswaldo Cruz. Eles vão discutir temas como a justiça social nas instituições arquivística, a instrumentalização da democracia por meio da gestão de documentos e relatos de experiência do Projeto Prodígio.
O Sigda iniciou suas atividades em 1994, como um projeto da Casa de Oswaldo Cruz que, diante do compromisso de conservar a memória histórica e institucional da Fiocruz, lançou a iniciativa para contribuir para o desenvolvimento de práticas de gestão de arquivos. O sistema seria institucionalizado em 2009.
Em seus 30 anos de atividades, o Sigda atua na gestão de documentos analógicos e digitais e tem como atribuições estabelecer políticas e programas de gestão de documentos e arquivos da Fiocruz; promover a gestão de documentos de arquivo da Fiocruz e assegurar a implementação e harmonização dos procedimentos e operações técnicas da gestão documental nas fases corrente, intermediária e permanente.
PROGRAMAÇÃO
09h30 – 10h00 | Credenciamento, café e bate-papo
10h00 – 10h45 | Mesa de abertura: Sigda 30 anos!
Paulo Roberto Elian dos Santos, pesquisador do Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz
Sonia Eveline de Assis Baptista, Analista de documentação da Seção de Gestão de Documentos do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos)
Karina Veras Praxedes, coordenadora da Assistência Técnica do Sigda do Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz
10h45 – 11h15 | A justiça social nas instituições arquivísticas: caminhos possíveis.
Natália Bolfarini Tognoli, Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal Fluminense (UFF)
11h15 – 11h45 | A instrumentalização da democracia por meio da gestão de documentos
Bianca Therezinha Carvalho Panisset, Serviço de Arquivo Histórico e Institucional da Fundação Casa de Rui Barbosa
11h45 – 12h00 | Debate
12h00 – 13h00 | Almoço
13h00 – 13h20 | Plano de Gestão de Documentos Arquivísticos Digitais da Fiocruz
Karina Veras Praxedes, Assistência Técnica do Sigda do Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz
13h20 – 13h50 | Sistemas de negócios, gestão e preservação de documentos na Fiocruz: perspectivas e apontamentos
André Felipe Paiva dos Santos, Serviço de Arquivo Histórico do Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz
Marco Dreer, Assistência Técnica do Sigda do Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz
13h50 – 14h50 | Relatos de experiências do Projeto Prodígio
Preservação digital colaborativa de acervos arquivísticos: a experiência da Fiocruz e da Casa de Rui Barbosa.
Marcus Vinícius, Biblioteca de História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz
Projeto Prodígio: Panorama preliminar na VideoSaude Distribuidora/ICICT
Eliane Batista Pontes, VídeoSaúde Distribuidora, Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde/Fiocruz
João Guilherme Nogueira Machado, VídeoSaúde Distribuidora, Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde/Fiocruz
A experiência da Fundação Casa de Rui Barbosa com o Projeto Prodígio.
Leandro Jaccoud, Centro de Memória e Informação da Fundação Casa de Rui Barbosa
14h50 – 15h10 | Orientações gerais para avaliação, seleção e retenção de dados para pesquisa na Fiocruz
Renata Oliveira de Araújo, Assistência Técnica do Sigda do Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz
15h10 – 15h30 | Levantamento sobre o status de implantação do Sigda nas unidades da Fiocruz
Renata Perez Alves, Assistência Técnica do Sigda do Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz
15h30 – 16h00 | Debate e encerramento