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Publicado em 10/02/2021

Cursos de doutorado do Instituto Oswaldo Cruz estão com inscrições abertas

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) está com inscrições abertas para três cursos de doutorado de diferentes programas de pós-graduação: Biologia Parasitária, Medicina Tropical e Biodiversidade e Saúde. O IOC desempenha importante papel na formação de pesquisadores e recursos humanos na área das Ciências Biológicas e Biomédicas e de Educação em Saúde, além de ser considerado um dos principais centros nacionais de pesquisa e ensino nestas áreas, desenvolvendo pesquisa básica e novas tecnologias em seus 72 Laboratórios. Acesse os editais e confira todos os detalhes das chamadas.

Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária | doutorado 2021

O Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária visa à formação científica avançada de pesquisadores, profissionais dos campos da ciência e tecnologia em saúde e docentes de ensino superior para as diferentes abordagens das áreas do conhecimento relacionadas à Parasitologia.  A proposta é associar a tradição de excelência à necessidade de manter-se na vanguarda científica e tecnológica das áreas envolvidas no conceito mais amplo da Parasitologia.

Ao todo, estão disponíveis 5 vagas e as inscrições podem ser realizadas online até 28 de fevereiro

Inscreva-se já!

Pós-graduação Stricto sensu em Medicina Tropical | doutorado 2021

O Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Medicina Tropical tem como objetivo formar docentes de nível superior e pesquisadores em nível de mestrado ou doutorado, qualificando-os para o desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas na área das doenças infecciosas e parasitárias, proporcionando formação para a identificação e o manejo de questões associadas aos aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais.

Ao todo, estão disponíveis três vagas e as inscrições poderão ser realizadas online até 23 de fevereiro.

Inscreva-se já! 

Pós-graduação Stricto sensu em Biodiversidade e Saúde | Doutorado - fluxo contínuo

O Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biodiversidade e Saúde visa à formação de mestres e doutores capazes de atuar em pesquisa, docência e atividades técnicas em estudos sobre a Biodiversidade e sobre os problemas de saúde humana decorrentes das alterações ambientais naturais ou devidas à ação antrópica. 

As inscrições devem ser feitas online. O curso destina-se a portadores de diploma de mestrado, reconhecido pelo MEC, com, pelo menos, um artigo científico publicado ou aceito para publicação em revista indexada, como primeiro autor ou autor correspondente.

Inscreva-se já! 

Publicado em 09/02/2021

Fiocruz celebra Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

Autor(a): 
Valentina Leite (comunicação Vpeic/Fiocruz)

Para comemorar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, a Fiocruz vai realizar, nos dias 11 e 12 de fevereiro, uma série de atividades online, que serão transmitidas pelo canal oficial da Fundação no Youtube. Celebrado em 11/2, a data mundial foi instituída em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além de diversos debates, a programação engloba o lançamento do vídeo do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência na Fiocruz, de um vídeo da série Mulheres na Fiocruz: Pioneiras, organizado pela COC/Fiocruz; e ainda o lançamento do e-book Menina Hoje, Cientista Amanhã, produzido pela Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fundação. A transmissão da programação conta com tradução para libras, em acordo com o compromisso da Fundação de ampliar a acessibilidade na informação e comunicação. Acompanhe as atividades!

O dia 10 de fevereiro também conta com uma programação, porém será exclusivamente dedicada às unidades regionais da Fiocruz que foram selecionadas no edital Mais Meninas na Ciência em 2020. Além disso, também reunirá as estudantes que se inscreveram na seleção para visita à Fiocruz no Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência do ano passado. 

11 de fevereiro

A programação aberta ao público terá início em 11 de fevereiro, às 10h. Na ocasião, será lançado o vídeo do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência na Fiocruz. A primeira mesa virtual será formada pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), Cristiani Vieira Machado, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN), Mychelle Alves, a representante da coordenação colegiada do Comitê Pro-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, Marina Maria, a representante da Associação de Pós-graduandos da Fiocruz, Elizabeth Leite, e a coordenadora de Divulgação Científica da Vpeic e do Projeto Mulheres e Meninas na Ciência na Fiocruz, Cristina Araripe. 

Em seguida, a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) apresentará um vídeo da série Mulheres na Fiocruz: Pioneiras. No lançamento, estarão presentes a documentarista Cristiana Grumbach e as pesquisadoras Nara Azevedo e Daiane Rossi, ambas da COC. As homenageadas desse episódio da série são as pioneiras Anna Kohn, Monica Barth e Luiza Cristina Krau (In memoriam).

Na parte da tarde, às 14h, uma mesa virtual reúne cientistas para falar sobre Mulheres no enfrentamento da Covid-19 na Fiocruz. A atividade conta com a presença de: Fabiana Damásio (Fiocruz Brasília), Margareth Dalcomo (Escola Nacional de Saúde Pública), Margareth Portela (Escola Nacional de Saúde Pública), Marilda Siqueira (Instituto Oswaldo Cruz), Rosane Cuber Guimarães (Bio-Manguinhos) e Valdiléa Veloso (Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas). A anfitriã será Cristiani Vieira Machado (Vpeic/Fiocruz).

Para finalizar o dia 11, às 16h, o projeto Meninas Negras na Ciência apresenta a live O que você quer ser quando crescer?, ministrada por Hilda Gomes e Aline Pessoa (Museu da Vida/COC). Diferente do toda a programação, a live será transmitida pelo canal do Museu da Vida no Youtube.

12 de fevereiro

A programamção do dia 12 de fevereiro terá início às 10h, com a mesa virtual Menina hoje, cientista amanhã: encontro de gerações, que reunirá Beatriz Grinsztejn (Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas), Marilda Gonçalves (Fiocruz Bahia), Zélia Profeta (Fiocruz Minas), Jaqueline Goes (Universidade de São Paulo), Aryella Corrêa (Pibic/Far-Manguinhos) e Amanda da Rocha Paula Reyes (Programa de Vocação Científica no Instituto Oswaldo Cruz). 

Também será lançado o e-book Menina Hoje, Cientista Amanhã, produzido pela Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz (OBSMA). Os organizadores do material, Cristina Araripe, João Boueri e Valentina Leite, estarão presentes.

Para finalizar a programação, Desigualdades e gênero é o tema da mesa coordenada por Anakeila Stauffer (Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio). As convidadas são Dália Romero (Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde), Isabela Soares Santos (Escola Nacional de Saúde Pública), Martha Moreira (Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira), Paula Bevilacqua (Fiocruz Minas), Roberta Gondin (Escola Nacional de Saúde Pública) e Roseane Corrêa (Escola Nacional de Saúde Pública).

Programação especial do Canal Saúde - de 12 a 18 de fevereiro

Dia 12/2

Programa Boletim Ciência - Mulheres Comunicando Ciência

15h – ao vivo no YouTube do Canal Saúde e 19h30 na programação da TV do Canal Saúde

Programa Em Pauta na Saúde - Semana das Mulheres e Meninas na Ciência

13h – na programação da TV do Canal Saúde

Dia 15/2

Programa Bate Papo na Saúde - Mulheres e Meninas na Ciência

10h – na programação da TV do Canal Saúde

Dia 18/2

Programa Sala de Convidados - Mulheres e Meninas na Ciência 

11h – na programação da TV do Canal Saúde

Veja detalhes da programação e como participar.

Acesse aqui o convite interativo com os links para o evento da Fiocruz.

Publicado em 08/02/2021

Povos Indígenas: CVF reforça a importância da formação em saúde para o enfrentamento das desigualdades

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)*

Os casos de Covid-19 na população indígena seguem aumentando, assim como a necessidade de reforçar as ações de prevenção, cuidado e atenção a essa população. Para marcar o Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas, celebrado em 7 de fevereiro, o Campus Virtual Fiocruz reforça a importância da formação em saúde para o enfrentamento das desigualdades e lembra que o curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas segue com inscrições abertas! Com quase dois mil participantes, a formação é online, gratuita, aberta a todos os interessados no tema, mas visa capacitar, técnica e operacionalmente, gestores e equipes multidisciplinares de saúde indígena para a prevenção, vigilância e assistência à Covid-19, respeitando os aspectos socioculturais dessa população. Confira essa e outras iniciativas da Fiocruz relacionadas à área da saúde indígena.  

O curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas integra um roll de ações para o enfrentamento desta pandemia entre essas populações que, tradicionalmente, são mais suscetível a novas doenças em função de suas condições socioculturais, econômicas e de saúde. 

Inscreva-se já!

O curso foi desenvolvido pelo Campus Virtual Fiocruz e teve a participação de pesquisadores da Fiocruz, de outras universidades e instituições parceiras. Esta é uma formação livre, composta de quatro módulos, com carga horária total de 30h. 

Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas: conheça a estrutura do curso

Módulo 1: Povos indígenas no Brasil

  • Aula 1: História, territórios e diversidade
  • Aula 2: Organização do subsistema de Atenção à Saúde Indígena

Módulo 2: Vulnerabilidade dos povos indígenas

  • Aula 1: Aspectos históricos e as multivulnerabilidades dos povos indígenas
  • Aula 2: Perfil Epidemiológico e a Covid-19 nos povos indígenas

Módulo 3: Organização do trabalho e da assistência no subsistema de saúde

  • Aula 1: Organização do trabalho da Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena
  • Aula 2: Educação e comunicação em saúde na prevenção para Covid-19 no contexto indígena
  • Aula 3: Manejo Clínico da Covid-19

Módulo 4: Vigilância da Covid-19 em comunidades indígenas

  • Aula 1: Vigilância da Covid-19 em comunidades indígenas
  • Aula 2: Notificação e monitoramento de casos

Conheça outras iniciativas na área:

+Leia mais: Fiocruz lança nova formação online voltada à saúde mental indígena no contexto da Covid-19

Risco de morte e prejuízos à saúde mental são dois significativos aspectos dos efeitos da pandemia entre as populações indígenas. Buscando implementar ações que ajudem a mitigar tais efeitos, o Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) lançou o curso Bem-Viver: Saúde Mental Indígena, cujo objetivo é construir uma rede de apoio psicossocial voltada para essas populações vulnerabilizadas. 

Para tanto, busca formar diferentes profissionais ligados à saúde, educação, sistemas de proteção social (conselheiros tutelares, professores), assistência social e outros diretamente envolvidos na assistência das populações indígenas. O curso é online, gratuito e autoinstrucional. As inscrições podem ser feitas até 18 de fevereiro pelo Campus Virtual Fiocruz. O conteúdo já está disponível aos inscritos.

Inscreva-se já! 

+Leia mais: Fiocruz divulga livros sobre temas de saúde indígena em acesso aberto

O Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas foi oficializado em 2008, pela Lei Nº 11.696, e integra o calendário de reivindicações de movimentos sociais e de direitos humanos de grupos minoritários. A Editora Fiocruz conta, há quase duas décadas, com a coleção Saúde dos Povos Indígenas em seu catálogo. Com a primeira publicação (Poder, hierarquia e reciprocidade: saúde e harmonia entre os Baniwa do Alto Rio Negro) lançada em 2003, a coleção contempla oito obras. Atenta à missão de difundir e ampliar o acesso ao conhecimento científico nas diversas áreas da saúde, a Editora Fiocruz disponibilizou todos os livros da coleção em formato digital na rede SciELO Livros. Os volumes podem ser baixados gratuitamente na plataforma através do endereço: books.scielo.org/fiocruz. Acesse o catálogo completo da coleção Saúde dos Povos Indígenas.

Além das obras que integram a coleção, outros livros da Editora Fiocruz que abordam a temática de saúde indígena estão em acesso aberto no SciELO Livros: Atenção diferenciada: a formação técnica de agentes indígenas de saúde do Alto Rio Negro; Epidemiologia e saúde dos povos indígenas no Brasil e Identidades emergentes, genética e saúde: perspectivas antropológicas.

Coautora de Atenção Diferenciada, livro de 2019 que integra a coleção Fazer Saúde, a médica sanitarista - pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública e conteudista do curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas - Ana Lúcia Pontes também participou do projeto Fiocruz na Pandemia, série de vídeos divulgados no YouTube sobre as ações e respostas da Fundação no enfrentamento à Covid-19. A pesquisadora falou sobre saúde indígena em meio ao novo coronavírus, destacando uma série de atividades e parcerias desenvolvidas pela Fiocruz nesse período.   

Assita ao vídeo Fiocruz na Pandemia: Saúde Indígena

 

*com informações de Marcella Vieira (Editora Fiocruz)

Publicado em 05/02/2021

Educação crítica e emancipatória na prática pedagógica docente

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

"Somos todos aprendentes!" Foi assim que a pesquisadora emérita e professora da Fiocruz, Cecília Minayo, iniciou a sua apresentação no 7º Webinário Educação e desigualdades no mundo contemporâneo, realizado no âmbito do Curso Internacional sobre a Interdisciplinaridade das Ciências Humanas para a formação docente em Saúde. Além dela, a tarde de debates contou com palestras do professor e epidemiologista Naomar de Almeida Filho e do pesquisador Gustavo Figueiredo, do Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde (Nutes/UFRJ). Durante a atividade, que marcou o encerramento do curso, aconteceu também uma grande homenagem a Cecília Minayo. Assista ao vídeo do encontro, disponível na íntegra, no canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz.

O Curso Internacional buscou contribuir para a consolidação das funções da Escola de Governo da Fundação, trazendo para a discussão temas candentes da área das ciências sociais e humanas e políticas de educação em saúde. Ele cumpriu o papel de disseminador de temas educacionais com vistas a embasar discussões e reflexões sobre a prática pedagógica docente no âmbito da Fiocruz e das Escolas de Saúde.

Seu público-alvo foram docentes da Fundação, das Escolas e Centros Formadores das Redes de Formação em Saúde Pública (RedEscola), da Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS), das Escolas de Saúde Pública do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (Renasf), da Rede Internacional de Educação de Técnicos em Saúde, da Rede Latino-Americana de Escolas de Saúde Pública, além de professores universitários, estudantes de pós-graduação e outros profissionais envolvidos no tema.

Todas as sete apresentações foram gravadas e estão disponíveis para acesso no canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube.

Educação e desigualdades no mundo contemporâneo

A mesa de encerramento reuniu Naomar de Almeida Filho e Gustavo Figueiredo em torno da questão da educação e das desigualdades no mundo contemporâneo. Os debates foram mediados por Terezinha de Lisieux Quesado Fagundes, da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Abrindo as apresentações, Terezinha lembrou que, junto com a educação, a questão da desigualdade permeou todas as discussões realizadas durante o curso. Ela ressaltou a importância do papel da educação e das ciências sociais e humanas para a superação das desigualdades. "Nós, das áreas da saúde, educação e social, devemos nos unir aos esforços já existentes em outras áreas para diminuir, superar e, se for o caso, acabar com tantas desigualdades que se manifestam na questão do trabalho, assim como nas questões de gênero, sexo, raça, colonialização e da própria educação, que foram abordadas e debatidas nos seis webinários anteriores promovidos pelo curso".

Durante sua fala, Naomar mencionou que a educação deveria ter sido o quarto pilar da saúde coletiva, além da epidemiologia, das ciências humanas e sociais em saúde, e da política, gestão e planejamento. Mas, por uma série de circunstâncias, a educação não assumiu tal lugar. De acordo com ele, "quando buscamos as raízes das desigualdades e iniquidades em saúde, descobrimos que existe uma fonte primária que é a desigualdade em educação. E isso vem me incentivando muito nesse processo de discussão. Do ponto de vista de reprodução da sociedade, a educação é eixo, centro e estrutura de base para a compreensão dessa questão", defendeu.

Gustavo Figueiredo, do Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Nutes/UFRJ), fez sua exposição a partir de resultados de projetos de pesquisa que vem desenvolvendo ao longo dos últimos anos, entre eles, sobre processo de formação política no enfrentamento das desigualdades sociais; e a formação pedagógica de doentes na saúde em busca de um modelo com novos padrões de ensino-aprendizagem para as escolas de governo em saúde. Durante a exposição, ele buscou articular questões referenciais das ciências humanas, da saúde, sociais e políticas e argumentou que as desigualdades na educação também são reflexos de outras desigualdades que fazem parte da estrutura patriarcal do Estado brasileiro, e também da maioria dos Estados latino-americanos e muitos Estados africanos.

Pensar o ensino é pensar em como podemos nos reavivar como seres aprendentes

"O que é pesquisa?”, questionou Cecília Minayo, apontando que a mesma é uma curiosidade colocada em prática. A pesquisa se propõe a resolver um problema da vida real no longo ou curto prazo. Além do mais, toda ela traz conhecimento novo, renova o saber e permite o desenvolvimento humano. Com muito humor, Cecília defendeu que todo professor é um aprendente com um pouco mais de juízo do que os alunos.

“O ensino baseado em pesquisa mostra que o verdadeiro ensino é aquele que responde à necessidade do indivíduo. Mas não para aumentar o individualismos e, sim, para que os alunos assumam a responsabilidade pelo seu aprendizado, desenvolvam o pensamento crítico. Portanto, o professor aparece como uma figura central capaz mediar, motivar, facilitar e estimular a problematização”. Cecília encerrou dizendo que “pensar o ensino é pensar em como podemos nos reavivar como seres aprendentes”.

"Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo"

Tania Celeste, responsável pela elaboração e condução do Curso Internacional encerrou o último encontro com uma grande homenagem a Cecília Minayo em nome da Fiocruz, do grupo de trabalho, alunos do curso e integrantes da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação. “Temos muito a agradecer em nome da ciência e da saúde brasileira, latino-americana e também de outros países do mundo pelo seu talento e competência; e sua contribuição em variadas esferas da vida brasileira que ela dialoga”, disse. Tânia  lembrou de Itabira, cidade natal de Cecília, que também foi berço do poeta Carlos Drummond de Andrade. Para tanto, trouxe pequenos recortes de suas poesias, que, em seu entendimento, versam com toda obra e colaboração de Cecília: "Perder tempo é aprender coisas que não interessam. Priva-nos de descobrir coisas interessantes" e "Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo".

“Temos muito orgulho e admiração por Cecília, uma mulher forte, engajada, com enorme capacidade de trabalho e afeto”, disse Tania, lembrando sua rica vivência pessoal com Cecília. Ela acredita que sua obra traga para as pessoas a mesma sensação que ela sente no convívio: amparo... instigação. “Cecília desafia, mas traz questões que nos ajudam a buscar as melhores ferramentas para os nossos estudos, fazendo isso sempre com muita ciência e engajamento. Por isso digo: Cecília, seus ensinamentos fertilizam os caminhos da ciência pela vida, indicando sempre novos caminhos às gerações que a sucedem. A você, o nosso emocionado e carinhoso obrigada!”.

Assista a íntegra do 7º Webinário Educação e desigualdades no mundo contemporâneo: 

 

Assista aos outros temas debatidos durante o Curso Internacional sobre a Interdisciplinaridade das Ciências Humanas para a formação docente em Saúde:

6º Webinario | Educação Permanente em Saúde - Português

6º Webinario | Educação Permanente em Saúde - Español

5º Webinario | Decolonialidade e o cotidiano na sala de aula - Português

5º Webinario | Decolonialidad y el cotidiano em el aula - Español

4º Webinario | Formação e trabalho em saúde no Brasil - Português

4º Webinario | Formación y trabajo em salud em Brasil - Español

3º Webinario | O Caráter Interdisciplinar da Educação - Português

3º Webinario | El carácter interdisciplinar de la educación - Español

2º Webinario | Contribuições das Ciências Sociais e Humanas para Formação e o Trabalho Docente

1º Webinario | Formação, Trabalho e Identidade Docente

 

Publicado em 04/02/2021

Inscrições abertas para disciplinas eletivas do Programa de Pós em Informação e Comunicação em Saúde

Autor(a): 
Júlia Motta (comunicação Icict)

Alunos externos de cursos de pós-graduação stricto sensu ou graduados poderão se inscrever em quatro disciplinas do Programa de Pós-graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) do Icict/Fiocruz até o dia 5 de fevereiro, próxima sexta-feira. As disciplinas serão oferecidas apenas de forma remota devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19. Interessados podem consultar a grade de disciplinas eletivas 2021.1, disponível no site do programa e na Plataforma Siga (Inscrição> Informação e Comunicação em Saúde - Icict > Inscrição).

Entre os temas abordados estão “Sistema de informações e indicadores na era da pandemia”, ministrada pelos pesquisadores responsáveis pelo Projeto MonitoraCovid: Christovam Barcellos, Marcel Pedroso, Diego Ricardo Xavier  e Mônica de A. F. M. Magalhães, além de professores convidados. Há também as disciplinas “Comunicação, história e memória: Para pensar os sentidos da saúde”, com Igor Sacramento; “Leituras em avaliação qualitativa de sistemas de informação”, com Josué Laguardia; e “Avaliação da qualidade da informação em sites de saúde: Pressuposto, métodos e perspectivas”, ministrada por André Pereira Neto.

Informações gerais sobre as disciplinas poderão ser obtidas na Plataforma Siga em: Mural de Notícias> Programa> Informação e Comunicação em Saúde - Icict > Disciplinas>2021 – Primeiro Semestre.

Para se inscrever, os candidatos deverão preencher o formulário de inscrição e encaminhá-lo junto com o currículo lattes para o e-mail da Secretaria Acadêmica: gestac.ppgics@icict.fiocruz.br.

O resultado será divulgado no site do Ppgics no dia 12 de fevereiro de 2021, a partir das 14h e também na Plataforma Siga, em Inscrição> Informação e Comunicação em Saúde - Icict > Seleção.

Publicado em 03/02/2021

Documentos, cursos, debates e vacinas: Fiocruz segue discutindo retorno seguro às aulas durante pandemia

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)*

A pandemia de Covid-19 provocou impactos sem precedentes no desenvolvimento escolar em todo o mundo. Gestores, autoridades de saúde e profissionais da educação estudam maneiras de retornar às atividades nas escolas com segurança. A Fiocruz vem atuando em diversas frentes, com a publicação de manuais, a elaboração de cursos e a realização de debates que auxiliem nesse processo. Na próxima segunda-feira, 8/2, às 18h, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) vai realizar o seminário online Vacinas para Covid-19 e o retorno seguro às aulas: desafios e perspectivas. Ele é aberto ao público e será transmitido pelo Youtube. Recentemente, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) publicou a 2° edição do Manual sobre biossegurança para reabertura de escolas no contexto da Covid-19. Além disso, o Campus Virtual Fiocruz segue com inscrições abertas para o curso online e gratuito Caminhos e conexões no ensino remoto, voltado a docentes e profissionais da área de educação. 

Confira todas as iniciativas

O seminário online Vacinas para Covid-19 e o retorno seguro às aulas: desafios e perspectivas será transmitido online pelo canal da Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC/Fiocruz no Youtube. A atividade conta com a presença da pneumologista da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Margareth Dalcolmo, do médico sanitarista Gonzalo Vecina, e as professoras Deise Vianna, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Claudia Vieira, que atua na rede pública de ensino. 

A iniciativa faz parte de um ciclo de seminários virtuais, que discutiram temas como os desafios das aulas em casa, biossegurança, reabertura das escolas e planejamento escolar local. A íntegra dos encontros realizados está disponível. O projeto é realizado pelo IOC, com o apoio do Programa de Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde, em parceria com a Rede de Programas de Pós-graduação em Ensino do Estado do Rio de Janeiro e a Fundação Cecierj. A realização do ciclo é um dos desdobramentos do documento elaborado por pesquisadores da Fiocruz e de outras instituições de ensino e pesquisa, que sugere ações de promoção da saúde ambiental e estratégias para reconfiguração do espaço escolar e do processo de aprendizagem. 

O curso Caminhos e conexões no ensino remoto é o tema da formação oferecida pelo Campus Virtual Fiocruz, voltado a docentes e profissionais da área de educação. Seu objetivo é compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial. A formação, que é autoinstrucional, online e gratuita, está aberta a todos os interessados.

Ele foi desenvolvido para colaborar com a retomada das atividades de ensino e em atenção à necessidade do professor por informações rápidas e práticas. No entanto, com a persistência da pandemia, a formação continua sendo necessária, visto que o curso traz um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que podem apoiar a realização de disciplinas ou outras ações educacionais na modalidade de educação remota. Ele está estruturado em formato de guia e é dividido em quatro seções independentes, que podem ser acessadas de acordo com a preferência ou necessidade de cada usuário.

A volta às aulas em meio à pandemia traz muitas dúvidas e inseguranças por parte de gestores, professores, comunidade escolar, alunos e também seus familiares. Para nortear decisões de gestores e auxiliar no esclarecimento de dúvidas, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) lançou, em janeiro de 2021, a 2° edição do Manual sobre biossegurança para reabertura de escolas no contexto da Covid-19. O documento, elaborado com o apoio institucional da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), traz normas e diretrizes, cujo objetivo é orientar sobre a retomada das atividades presenciais e contribuir para a tomada de decisão. Sua proposta é disponibilizar informações facilmente acessíveis para escolas públicas, destacando a comunicação sobre os mecanismos de transmissão da Covid-19 e a implementação de boas práticas que possam contribuir para a promoção da saúde e a prevenção dessa doença nas escolas.

 

*Com informações de Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)

*Imagem: Freepik

Publicado em 03/02/2021

Escola Politécnica em Saúde da Fiocruz é redesignada como Centro Colaborador da OMS

Autor(a): 
Julia Neves (EPSJV/Fiocruz)

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV /Fiocruz) foi redesignada como Centro Colaborador da Organização Pan-Americana de Saúde da Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) para a Educação de Técnicos em Saúde. As instituições que atuam como centros colaboradores participam de redes colaborativas internacionais e desenvolvem diversas atividades de apoio à OMS, com o objetivo de contribuir para aumentar a cooperação técnica entre os países. O novo plano de trabalho, com vigência até meados de 2024, inclui ações como elaboração de e-books, seminários virtuais, materiais educativos e didáticos, além de discussões de diversos temas como atenção primária, álcool e outras drogas e informação em saúde. “No momento em que vivenciamos uma pandemia e em que os laços de solidariedade são forçosamente interrompidos, termos esse processo finalizado é importante, ainda mais por sermos único centro colaborador voltado para os técnicos em saúde, que são os profissionais que estão na linha de frente para o enfrentamento da Covid-19. Que continuemos em nosso propósito, lutando e instituindo processos formativos junto aos técnicos em saúde, sobretudo da África e da América Latina”, ressalta a diretora da EPSJV/Fiocruz, Anakeila Stauffer, destacando que essa aposição é fruto do reconhecimento da contribuição do trabalho coletivo da instituição aos países durante todos esses anos, principalmente na cooperação sul-sul. 

Segundo o coordenador de Cooperação Internacional da Escola Politécnica, o professor-pesquisador Helifrancis Condé, o processo de redesignação, que tem início geralmente seis meses antes da vigência anterior, contou com ampla participação da comunidade escolar do Politécnico. “Os laboratórios já desenvolviam as suas ações e a gente ajudou a ver quais delas poderiam ter uma perspectiva internacional de modo a serem agregadas ao nosso plano de trabalho como centro colaborador. Esse processo transverssalizou as ações e aproximou a cooperação internacional dos setores e laboratórios da Escola”, apontou.

O coordenador lembrou que o trabalho da EPSJV/Fiocruz como centro colaborador se baseia nos princípios da cooperação Sul-sul e cooperação estruturante – que trabalha a partir das prioridades dos sistemas de saúde locais e das necessidades dos países, apoiando e reforçando suas capacidades.

Helifrancis contou ainda os próximos passos, que envolvem uma reunião com os atores envolvidos no projeto e a criação de uma dinâmica de acompanhamento das atividades. Anteriormente, nos outros anos, a maioria das atividades dos planos eram ações que a própria coordenação de Cooperação Internacional fazia. Dessa vez, entretanto, por ter outros setores da Escola envolvidos, isso implicará uma dinâmica diferente. “Temos um trabalho conjunto de execução, monitoramento, avaliação e registro e execução, sempre seguindo de maneira conjunta com os setores e laboratórios da EPSJV/Fiocruz. É um processo novo, um desafio, mas será muito importante”, define.

Um longo caminho...
A EPSJV/Fiocruz foi designada como centro colaborador da OMS pela primeira vez em julho de 2004, o que se repetiu em 2008, em 2012 e em 2016 com vigência até meados de 2020. Ao longo desses anos, a instituição promoveu diversas ações de cooperação técnica internacional, como a realização de estudos científicos no âmbito da educação profissional; disseminação de informações e conhecimentos técnico-científicos sobre profissionais técnicos em saúde; realização de projetos para a formação e desenvolvimento de profissionais de saúde; assessoria no desenvolvimento local de ações de formação continuada de profissionais de saúde; elaboração de materiais didáticos para apoiar a formação e o desenvolvimento de profissionais de saúde e docentes; entre outras atividades.

São exemplos concretos dessa atuação o Curso de Especialização Técnica de Nível Médio em Gestão e Manutenção de Equipamentos em Saúde foi ofertado pela EPSJV/Fiocruz para um grupo de alunos de Moçambique, que são trabalhadores do Departamento de Manutenção do Ministério da Saúde de Moçambique, em 2009. Dois anos depois, foi promovido o Curso de Especialização em Educação Profissional em Saúde para Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palops), que formou professores e dirigentes de instituições públicas de formação de técnicos em saúde de Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Guiné Bissau. As aulas aconteceram de forma itinerante nesses cinco países africanos e foram finalizadas na EPSJV/Fiocruz, no Brasil. 

Em 2012, a experiência brasileira na Atenção Primária em Saúde (APS) foi tema de um curso oferecido pela EPSJV/Fiocruz a um grupo de 80 trabalhadores dos serviços de saúde do Chile. O curso de Atualização em Atenção Primária em Saúde na Experiência Brasileira foi dividido em seis módulos que trataram de temas como modelos de atenção em saúde, construção da política brasileira de APS, operacionalização da Atenção Básica em Saúde e o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

Em 2016, a EPSJV/Fiocruz ofereceu a Especialização em Docência em Educação Profissional em Saúde para a formação de docentes da Universidade da República do Uruguai (Udelar). O curso, que formou 28 profissionais que trabalham nas diferentes formações da área da saúde do Centro Universitário Regional (Cenur) - Litoral Norte da Udelar, em Paysandú, buscou aprofundar a fundamentação teórica das práticas de educação na sua relação com a saúde e com o trabalho nesse campo. 

Mais recentemente, em 2018, o curso Internacional de curta duração ‘A formação e o trabalho em saúde: vínculos com o trabalho docente na área da saúde’ teve um impacto efetivo no processo de internacionalização do ensino no âmbito da EPSJV/Fiocruz, a partir da ampliação do intercâmbio entre docentes e discentes das diferentes unidades e programas educacionais da Fiocruz e ainda da Universidade Nacional da Colômbia. O curso debateu os principais dilemas que perpassam a formação e o trabalho docente na área da saúde na contemporaneidade, a partir de experiências de formação de docentes em saúde na América Latina, que é um dos eixos de reflexão e de estudo a ser consolidado tanto no âmbito do Programa de Pós-Graduação da EPSJV como das ações de Cooperação Internacional desenvolvidas pela Escola.

Outras cooperações estruturantes foram realizadas em formatos de cursos ou ações pontuais, como apoio e construção de materiais didáticos. Essas iniciativas aconteceram nas áreas de Biossegurança em Biotérios no Uruguai, de Gestão em Saúde na Angola, Biodiagnóstico em Cabo Verde, de Vigilância em Saúde na Argentina e em Cabo Verde, bem como ações de cooperação com Haiti para ajudar na inserção de agentes comunitários de saúde (ACS) no serviço de saúde, após o terremoto que destruiu parte importante do país em 2010.

Covid-19
Em relação a pandemia, a primeira ação definida foi a criação de um grupo de aplicativo de mensagens específico para discutir os aspectos da pandemia no âmbito da América Latina. A partir daí, foram realizadas a 1ª Reunião Virtual da Rets para os países latino-americanos, em 22 de maio de 2020, com a presença de 45 pessoas, e a 1ª Reunião Virtual da Rets-CPLP, em 1 de julho, com mais de 30 participantes. Nos dois encontros, a prioridade foi discutir a formação de técnicos em saúde no contexto da pandemia. Nas reuniões, os países apresentaram os desafios que estão enfrentando e começaram a discutir novas possibilidades de cooperação e a continuidade de ações já em andamento.

Das propostas aprovadas nas reuniões estão: a criação de uma página Covid-19 no website da Rets, para a divulgação de materiais produzidos sobre a Covid-19 e compartilhados por seus membros; a realização do I Colóquio Virtual Latino-Americano de Educação Interprofissional e Formação de Técnicos em Saúde, cuja versão presencial seria realizada em maio de 2020, na Colômbia; a publicação de uma edição especial Covid-19 da Revista Rets, em formato eletrônico; a tradução emergencial de materiais didáticos e informativos sobre Covid-19 para atender um número maior de países. Nesse sentido foi lançada, em julho, a versão em espanhol da cartilha “Orientações para cuidadores domiciliares de pessoa idosa na epidemia do Coronavírus – Covid-19” ; a elaboração de um curso virtual, adequado às condições tecnológicas dos Palop, fruto de parceria entre a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) e a EPSJV/Fiocruz; e o estabelecimento, via Coordenação da Rede Universitária de Telemedicina (Rute), de uma parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) para a distribuição de salas de webconferência para membros dos Palop que tenham interesse em utilizar a plataforma desta rede para reuniões e processos formativos durante a pandemia.

Veja mais ações de cooperação no livro ‘Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio: 10 anos como Centro Colaborador da OMS para a Educação de Técnicos em Saúde'

Publicado em 12/02/2021

Covid-19: Opas e Conselho Nacional de Saúde divulgam coletânea de artigos

Autor(a): 
Comunicação Conass

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) acabam de lançar a Coleção Covid-19, uma coletânea de artigos preparados por integrantes de diversas áreas do conhecimento para discutir as lições, perspectivas e efeitos da pandemia para o SUS e para o Brasil. Dividida em seis volumes, a obra aborda desde as respostas à pandemia, os desacertos e as implicações jurídicas até o impacto social provocado pela doença, que enfrenta agora um recrudescimento no país. Para fazer essa ampla reflexão, foram convidados mais de 190 autores. Na lista, encontram-se ex-ministros da Saúde, parlamentares, juízes, professores, jornalistas, representantes de órgãos de controle e integrantes de instituições internacionais. 

Acesse aqui a Coleção Covid!

Os textos produzidos pelos colaboradores do material foram respeitados na íntegra. “As análises representam um valioso instrumento para analisar a pandemia sob seus mais variados aspectos e certamente vão auxiliar a gestão estadual do SUS na tomada de decisão”, afirmou o presidente do Conass, Carlos Lula.

No primeiro volume, foram reunidos textos que abordam os principais temas relacionados à pandemia. O segundo traz um olhar mais aprofundado sobre a perspectiva do Planejamento e Gestão. O terceiro volume é dedicado à discussão sobre as competências e regras a que se submetem os entes federados e as diferentes instituições. Também são analisadas as estratégias de saúde digital e da comunicação em saúde, a transparência de informações e as transferências de recursos federais para Estados. Profissionais de saúde e cuidados primários são os temas centrais do quarto volume da coleção. Os 21 artigos do quinto volume são dedicados ao acesso e cuidados especializados. O sexto e último volume reúne artigos dedicados a uma reflexão sobre as lições aprendidas e com perspectivas. É abordada também a relação entres saúde pública e privada e a atenção especializada.

Quando a coleção começou a ser organizada, em agosto de 2020, a expectativa era a de que, na ocasião do lançamento, os indicadores da doença já estivessem em pleno declínio. Essa esperança, no entanto, não se concretizou. Dados mostram que a pandemia está num patamar alto e neste momento, as atenções se voltam para efetividade das vacinas. Diante deste panorama, organizadores não descartam futuros complementos para a coleção.

Acesse gratuitamente todos os volumes da coleção na Biblioteca Digital do Conass.

Publicado em 02/02/2021

Direito autoral e licenciamento livre: conheça nova cartilha e cursos online sobre o tema

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)*

O que você precisa saber sobre Licenças CC é o nome da primeira cartilha em português que acaba de ser lançada pela Creative Commons Brasil. Ela traz conceitos e orientações fundamentais sobre direito autoral e de licenciamento livre, e como utilizar obras em CC ou licenciar suas próprias obras. Segundo a Creative Commons Brasil, neste momento de pandemia, materiais educativos que expliquem o que é o licenciamento livre e como fazer uso dele tornaram-se ainda mais urgentes. Alinhado ao mesmo ideal, o Campus Virtual Fiocruz oferece a Formação Modular sobre Ciência Aberta - oito cursos online independentes entre si -, que aborda práticas, expectativas e controvérsias da área. Inscreva-se já! A Fiocruz é signatária do Plano de Acesso Aberto desde o ano de 2014, mostrando a importância da difusão da ciência e da produção científica no Brasil e no mundo.

+Saiba mais: Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos: nova formação online e gratuita

As Licenças Creative Commons são hoje utilizadas para que autores e detentores de direitos de obras protegidas – como artigos, fotografias, filmes, músicas, trilhas, matérias jornalísticas, etc –  possam sinalizar claramente, e de forma juridicamente válida, como desejam que seja dado o uso amplos às suas obras – sempre com citação da autoria.

Acesse a cartilha na íntegra! 

Os organizadores da cartilha explicam que a ideia é disseminar a lógica por trás do licenciamento livre. Para tanto, abordam questões referentes a compreensão da existência do direito autoral, o que ele protege, e o que as licenças CC permitem que se faça com as obras protegidas: "Apesar de o direito autoral ter penetrado a vida cotidiana das pessoas, não existe muito conhecimento difundido sobre ele, e menos ainda sobre o que é o licenciamento livre ou o movimento do conhecimento livre. Explicamos o que o projeto faz e tem como missão, e as diferentes licenças, que autorizações de uso elas contêm, e como combiná-las entre si. Oferecemos também exemplos simples e concretos sobre como licenciar ou como usar uma obra em CC, e onde encontrar obras com usos livres autorizados", detalham os organizadores.

+Saiba mais: CC Brasil lança nova cartilha

Formação Modular sobre Ciência Aberta

A Formação Modular sobre Ciência Aberta foi concebida como uma das estratégias para apresentar o movimento da Ciência Aberta. Produção colaborativa e conhecimento compartilhado são temas de grande relevância para a educação, principalmente neste momento em que estão sendo discutidas formas inovadoras, integrativas e com processos colaborativos de trabalho e ensino remoto. Os cursos são especialmente voltados aos alunos de Pós-Graduação, no entanto, podem ser cursados por todos os interessadas na temática. 

Eles foram desenvolvidos por meio de uma parceria entre a Coordenação de Informação e Comunicação da Fiocruz, a Escola Corporativa Fiocruz, a Universidade do Minho (Portugal) e o Campus Virtual Fiocruz. Eles cursos são independentes entre si. Portanto, podem ser cursados da maneira que for mais conveniente aos participantes. A cada curso realizado, os alunos passam por uma avaliação online e recebem o certificado de conclusão de acordo com os critérios de aprovação.

O que é ciência aberta? – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: Introdução à Ciência Aberta
  • Aula 2: Acesso Aberto
  • Aula 3: Dados de pesquisa abertos
  • Aula 4: Workflows abertos
  • Aula 5: Ciência Cidadã
  • Aula 6: Inovação Aberta
  • Aula 7: Educação Aberta
  • Aula 8: Boas práticas e ferramentas de ciência aberta

Panorama histórico da ciência aberta – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: Cenário Internacional
  • Aula 2: Cenário Brasileiro
  • Aula 3: Ciência aberta e saúde: abertura dos dados governamentais
  • Aula 4: Os obstáculos que a Ciência Aberta pretende mitigar
  • Aula 5: Uma ciência aberta, várias expectativas
  • Aula 6: Visões críticas da Ciência Aberta
  • Aula 7: Qual Ciência Aberta precisamos?

Propriedade intelectual aplicada à ciência aberta – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: Propriedade Intelectual: Direitos Autorais
  • Aula 2: História
  • Aula 3: Direitos Autorais – Autoria
  • Aula 4: Direitos Morais
  • Aula 5: A obra protegida e não protegida
  • Aula 6: Direitos Patrimoniais
  • Aula 7: Domínio público
  • Aula 8: Limitações aos direitos autorais e usos livres
  • Aula 9: Transferência de Direitos Autorais
  • Aula 10: Os desafios da inovação
  • Aula 11: Propriedade Intelectual: Propriedade Industrial
  • Aula 12: As patentes e a criação do sistema internacional de proteção da Propriedade Industrial
  • Aula 13: Para que servem e quais informações encontramos nas patentes?
  • Aula 14: O modelo vigente da proteção das inovações
  • Aula 15: Ciência Aberta - possibilidade de um novo modelo

Direito de acesso à informação e proteção de dados pessoais – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: Acesso à informação pública como Direito Fundamental do cidadão
  • Aula 2: Princípios que regem o direito de acesso à informação
  • Aula 3: Dados públicos administrativos no contexto da pesquisa
  • Aula 4: As restrições ao acesso às informações sigilosas
  • Aula 5: Segurança da informação
  • Aula 6: Proteção de Dados Pessoais e a Pesquisa Científica

Acesso aberto – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: O que é Acesso Aberto
  • Aula 2: Panorama Internacional do Acesso Aberto
  • Aula 3: Acesso Aberto em perspectiva nacional e regional
  • Aula 4: Acesso Aberto na Fiocruz: relatos de experiência
  • Aula 5: Implicações da Comunicação Científica

Dados abertos – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: Gestão, compartilhamento e abertura de dados para pesquisa: uma nova cultura no fazer científico
  • Aula 2: Gestão “ativa” de dados: uma mudança cultural
  • Aula 3: Dados e proteção jurídica
  • Aula 4: Plano de Gestão de Dados
  • Aula 5: FAIR: dos princípios à prática
  • Aula 6: Políticas dos financiadores, requisitos das revistas científicas e repositórios de dados em saúde

Educação Aberta – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: Educação e Compromisso Social
  • Aula 2: Educação Aberta: O que significa 'aberto' em educação?
  • Aula 3: A Educação Aberta na Fiocruz
  • Aula 4: Educação aberta e Educação a Distância: modelos, desafios e perspectivas

Recursos Educacionais Abertos – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: O que são Recursos educacionais Abertos
  • Aula 2: Como criar REA?
  • Aula 3: Como encontrar, usar e compartilhar REA
  • Aula 4: Monitoramento e avaliação da qualidade de REA

* com informações de Creative Commons Brasil

*imagem de capa: Cartilha O que você precisa saber sobre Licenças CC 

Publicado em 01/02/2021

Cursos online: Fiocruz oferece diversas formações sobre coronavírus e outros

A pandemia não dá trégua. A vacina chegou, os grupos prioritários já estão sendo imunizados, mas essa ainda não é uma realidade para toda a população. Portanto, é preciso continuar cumprindo as normas de distanciamento social, bem como a indicação do uso de máscara e lavagem frequente das mãos. Outra questão extremamente relevante para o enfrentamento à Covid-19, sobretudo aos profissionais de saúde, é a capacitação. O Campus Virtual Fiocruz segue com inscrições abertas para diversos cursos, online e gratuitos, sobre a temática, além de muitos outros. Confira, inscreva-se e acompanhe as novidades!

Novos cursos já estão em desenvolvimento e serão lançados no primeiro trimestre de 2021. Um deles é sobre os protocolos e procedimentos para a vacinação, cujo objetivo é atualizar e capacitar equipes no contexto da emergência sanitária.

Os interessados nas diversas formações oferecidas pela Fiocruz podem acompanhar as oportunidades na área Cursos > Inscrição e seleção > Inscrições abertas do portal Campus Virtual Fiocruz

Cursos online desenvolvidos pelo Campus Virtual Fiocruz sobre Covid-19

Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas

Cada vez mais impactada pela Covid-19, a população indígena – que tradicionalmente é mais suscetível a novas doenças em função de suas condições socioculturais, econômicas e de saúde – precisa de múltiplos esforços para o enfrentamento desta pandemia. Para tanto, a Fiocruz lançou o curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas. Ele é online, gratuito, aberto a todos os interessados no tema, mas visa capacitar, técnica e operacionalmente, gestores e equipes multidisciplinares de saúde indígena para a prevenção, vigilância e assistência à Covid-19, respeitando os aspectos socioculturais dessa população.

Covid-19 e saúde no sistema prisional

Para atualizar profissionais e capacitá-los quanto às ações de prevenção e enfrentamento ao coronavírus entre a população privada de liberdade, o Campus Virtual Fiocruz e a Fiocruz Mato Grosso do Sul lançaram o curso autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional. A formação é oferecida na modalidade à distância e voltada a gestores, profissionais de saúde, policiais penais, trabalhadores dos estabelecimentos prisionais, membros dos conselhos penitenciários e demais interessados na área.

Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus

Para responder à demanda dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento, a Fiocruz lançou o curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus. Ele é aberto, gratuito, autoinstrucional e oferecido à distância (EAD), permitindo que qualquer pessoa interessada se inscreva. A qualificação é dirigida especialmente a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios, mas pode ser cursado por todos os interessados. Ele é composto de três módulos, que são independentes e podem ser cursados conforme necessidade do aluno, conferindo autonomia ao processo de formação.

Confira outras iniciativas com inscrições abertas

Bem-Viver: Saúde Mental Indígena

O curso está com inscrições abertas até 18 de fevereiro. A formação, online, gratuita e autoinstrucional, tem como objetivo construir uma rede de apoio psicossocial voltada para essas populações vulnerabilizadas. Para tanto, busca formar diferentes profissionais ligados à saúde, educação, sistemas de proteção social (conselheiros tutelares, professores), assistência social e outros diretamente envolvidos na assistência das populações indígenas. A formação foi desenvolvida pelo Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) e integra o projeto “Juntos contra a Covid-19 e na proteção de crianças e adolescentes indígenas na Amazônia Brasileira”, do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), do qual participam a Fiocruz e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab).

Educação remota para docentes e profissionais da educação

"Caminhos e conexões no ensino remoto" é o tema do curso voltado a docentes e profissionais da área de educação. Seu objetivo é compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial. A formação, que é autoinstrucional, online e gratuita, está aberta a todos os interessados.

Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos

Diálogo, produção colaborativa, conhecimento compartilhado, engajamento e diminuição de barreiras de acesso são alguns dos termos que permeiam os conceitos de Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos (REA). Tais práticas, cada vez mais urgentes e necessárias, especialmente neste momento de emergência sanitária global e imposição de isolamento social, são temas da última série que compõe a Formação Modular sobre Ciência Aberta. Ao todo, são oito cursos independentes entre si.

Concebida como uma das estratégias para apresentar o movimento da Ciência Aberta, a Formação Modular aborda práticas, expectativas e controvérsias da área. A Fiocruz é signatária do Plano de Acesso Aberto desde o ano de 2014, mostrando a importância da difusão da ciência e da produção científica no Brasil e no mundo.

Acessibilidade e os Princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde

O curso online Acessibilidade e os Princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde é voltado, prioritariamente, a profissionais da área de saúde, para que ofereçam um atendimento mais inclusivo e acessível a pessoas com deficiência (PCD) — em especial a pessoas surdas ou com deficiência auditiva. Apesar do foco nos profissionais da área, ele é aberto aos interessados em conhecer mais sobre práticas inclusivas.

Boas Práticas Clínicas

O curso Básico de Boas Práticas Clínicas é uma formação, online e gratuita. Ele visa atualizar profissionais que atuam em pesquisa clínica sobre as diretrizes das Boas Práticas Clínicas (BPC), cujo objetivo é garantir a condução ética e a base científica dos estudos clínicos desde sua concepção até a divulgação de resultados. O público-alvo são profissionais com nível superior ou médio que estejam envolvidos em pesquisa clínica. A carga horária total da formação é de 40h.

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