A construção do território independente será o tema da segunda edição do seminário internacional Ciência, saúde e ambiente: independências do Brasil?, promovido pela Casa de Oswaldo Cruz. As atividades do dia 1º de julho começam com a aula inaugural de Júnia Furtado (UFMG), intitulada Da conquista à colônia-metrópole: uma cartografia dos vocábulos políticos no contexto da Independência. Veja abaixo a programação completa. Os encontros acontecerão de modo híbrido, com público presente no Salão de Conferências do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), em Manguinhos (RJ), e transmissão pelo Youtube da COC. As conferências também contarão com intérpretes de libras.
Organizado pelo Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS) e pelo Departamento de Pesquisa em História das Ciências e da Saúde (Depes), o seminário será composto de quatro eventos ao longo do ano, com debates reunindo pesquisadores brasileiros e estrangeiros em torno do tema.
A primeira edição do seminário foi realizada em 27 de maio com o tema Instituições científicas, comunidades imaginadas e construção da nação e conferência de abertura apresentada por Lilia Moritz Schwarcz (USP). No segundo semestre, serão realizados outros dois eventos: Povos, diversidade, hierarquias (30/09) e Descolonizações: local, atlântica, global (25/11). A organização geral do seminário é de Lorelai Kury, Dominichi Miranda de Sá, Maria Rachel Fróes da Fonseca e Kaori Kodama (COC/Fiocruz).
Além da conferência de abertura de Júnia Furtado (UFMG), a programação do dia 1º de julho, contará com as mesas-redondas Demarcações, fronteiras e identidades do Brasil e Saberes sobre o território: perspectivas ambientais, sanitárias e sociais. A organização desta edição é de Lorelai Kury, Dominichi Miranda de Sá, Kaori Kodama, Stella Penido, Ingrid Fonseca Casazza e Ricardo Cabral de Freitas (COC/Fiocruz)
Confira a programação:
01/07 - A construção do território independente
8h30 - Café de recepção aos participantes.
9h às 10h - Conferência de abertura
Da conquista à colônia-metrópole: uma cartografia dos vocábulos políticos no contexto da Independência
Júnia Furtado (UFMG)
Mediação: Kaori Kodama (Fiocruz)
10h30 às 12h30 - Mesa-redonda: Demarcações, fronteiras e identidades do Brasil
Maria Fátima da Costa (UFMT)
Francismar Alex Lopes de Carvalho (UERJ)
Iris Kantor (USP)
Mediação: Heloisa Gesteira (Mast)
14h às 16h - Mesa-redonda: Saberes sobre o território: perspectivas ambientais, sanitárias e sociais
Lea Velho (Unicamp)
Jaime Benchimol (Fiocruz)
Diogo Cabral (Trinity College Dublin, Irlanda)
Maria Verônica Secreto (UFF)
Mediação: Robert Wegner (Fiocruz)
Assista aos vídeos da primeira sessão do Seminário, realizado em 27 de maio com o tema Instituições científicas, comunidades imaginadas e construção da nação e conferência de abertura apresentada por Lilia Moritz Schwarcz (USP).
A Fiocruz divulgou nova nota técnica sobre a manutenção das atividades presenciais nas escolas diante de um contexto que ainda é de pandemia. O grupo de trabalho (GT) formado por pesquisadores da Fundação que elaborou o texto reitera a importância da manutenção de aulas presenciais, resguardado o afastamento de casos positivos e de sintomáticos respiratórios, enfatiza que é necessário ter disponibilidade de testes para Covid-19 na comunidade escolar e recomenda que seja dada prioridade à vacinação (doses de reforço) aos trabalhadores da educação. Ainda de acordo com o documento, situações identificadas como agravos associados à Covid-19 devem ser referenciadas para as equipes de atenção primária à saúde, vinculadas a unidades básicas de saúde. Os pesquisadores ressaltam que as escolas são equipamentos seguros e essenciais, por serem promotoras e protetoras da saúde.
“Decorrido todo este tempo de convivência com períodos de maior ou menor transmissão do Sars-CoV-2, pode-se afirmar que as atividades presenciais nas escolas não têm sido associadas a eventos de maior transmissão do vírus”, afirmam os pesquisadores. Segundo o GT, “a detecção de casos nas escolas não significa necessariamente que a transmissão ocorreu nas escolas. Em sua maioria os casos são adquiridos nos territórios e levados para o ambiente escolar. Nesse sentido, a experiência atual, comprovada por estudos científicos de relevância, revela disseminação limitada da Covid-19 nas escolas”.
De acordo com a nota, pelas características da doença, padrão de disseminação nas diferentes faixas etárias e efeitos da vacinação, é possível afirmar que a transmissão de trabalhadores para trabalhadores é mais frequente do que a transmissão de alunos para trabalhadores, trabalhadores para alunos ou alunos para alunos. Portanto, aconselham os pesquisadores, medidas de proteção devem ser adotadas em todos os ambientes escolares, com priorização das estratégias direcionadas à redução da transmissão entre trabalhadores (por exemplo: espaços de convívio e ênfase no rastreio de casos e contatos).
A nota destaca que foi identificado um maior uso de autotestes após a liberação no Brasil. No entanto, chama a atenção para o difícil controle de sua execução correta, bem como as dificuldades de notificação, embora reconheça que os autotestes têm sido importantes para o isolamento precoce dos casos.
O documento lembra que o controle da pandemia resultou, em 2022, na retomada plena das atividades presenciais nas escolas, constatando as consequências e prejuízos pedagógicos e psicossociais da pandemia Covid-19. Assim, é imperativo buscar reconstruir as rotinas escolares e seus projetos pedagógicos. A nota afirma que, no atual momento epidemiológico, não são recomendadas novas interrupções das atividades escolares.
Os pesquisadores sublinham, porém, que “com o inverno, as viroses respiratórias têm sua incidência aumentada. É necessário rever os protocolos para melhor gerenciar os riscos. Assim, atenção especial à ventilação dos ambientes, higiene das mãos e uso de máscara nos sintomáticos leves devem ser incentivados. Essas medidas são importantes para todas as viroses respiratórias”.
O documento informa que em 21 de junho o Brasil apresentava 77,8% com ciclo completo de vacinação da população total e 85,5% para a população elegível acima de 5 anos. No entanto, somente 46% com ciclo completo (todas as doses de reforço) da população total e 55% da população vacinável com reforço acima de 12 anos. Na faixa etária entre 5 e 11 anos há 13.056.571 (63,69%) de crianças com a primeira dose e somente 7.967.345 (38,86%) com a segunda dose, números aquém do necessário para uma imunização coletiva completa. Segundo os pesquisadores, essas informações revelam um maior risco para internação, gravidade e morte relacionadas aos não vacinados completamente.
“É necessário um avanço nas taxas de vacinação, para que possamos proteger toda população e tentar reduzir a taxa de transmissão. Alguns países iniciaram a vacinação para crianças a partir do sexto mês de idade e, com isso, aumentam a cobertura vacinal, principalmente em bebês e crianças como população fortemente carreadora do vírus Sars-CoV-2. Apesar de a vacina não ser esterilizante, no sentido de eliminar o vírus completamente, além de proteger o vacinado contra as formas graves da doença ela reduz a carga viral do contaminado. O Brasil precisa avançar na vacinação para as doses de reforço para as populações mais vulnerabilizadas e definir a vacinação para a faixa etária acima dos seis meses, como forma de reduzir a carga viral circulantes nas escolas e em outros ambientes”, reforça a nota técnica.
O GT da Fiocruz é um grupo constituído em setembro de 2020 com o objetivo de orientar o retorno, o mais seguro possível, às atividades escolares presenciais na condição da pandemia de Covid-19, sempre avaliando o contexto epidemiológico, o avanço da cobertura vacinal e priorizando a vigilância em saúde como tripé fundamental nessa orientação. Os diversos documentos publicados pelo grupo desde então refletem os diferentes momentos e contextos epidemiológicos enfrentados, desde a condição de não retorno presencial até o retorno integral proporcionado pela ampla cobertura vacinal, queda na mortalidade e redução no número de casos.
Acesse aqui a nota técnica.
Imagem: Freepik
Na próxima segunda-feira, 27 de junho, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) vai abrir inscrições para seus cursos de inverno 2022. Ao todo, a unidade oferecerá quatro formações: 'Novos caminhos para o desenvolvimento farmacêutico: Introdução aos conceitos de Quality by Design', com 20 vagas; 'Medicamento: do desenvolvimento ao registro', com 20 vagas; 'Medicamentos pediátricos: Da problemática as tecnologias inovadoras', com 40 vagas; e 'Pilares da garantia da qualidade a luz da RDC n° 658/2022', com 30 vagas. Os interessados na formação devem ter atenção, pois o período de inscrições é curto: de 27 de junho a 1° de julho pelo Campus Virtual Fiocruz.
Conheça os cursos oferecidos e o público-alvo:
Novos Caminhos para o desenvolvimento farmacêutico: Introdução aos conceitos de Quality by Design - 20 vagas
Quality by Design (QbD) está no centro do desenvolvimento farmacêutico moderno. A implementação dos princípios de QbD fornece uma abordagem de excelente custo-benefício para fornecer medicamentos de alta qualidade aos pacientes. Este curso fornecerá informações sobre os princípios-chave de QbD, incluindo gerenciamento de risco de qualidade, planejamento experimental e aplicações nas áreas de pesquisa e desenvolvimento farmacotécnico e analítico. Profissionais da indústria irão familiarizar os alunos com o conhecimento atual sobre QbD e oferecer ideias sobre como esse conhecimento pode ser aplicado nos projetos de desenvolvimento.
Modalidade: Presencial
Carga horária: 20h
Público-alvo: alunos de graduação dos cursos de farmácia, química e áreas afins
Local de realização do curso: Auditório de Farmanguinhos (Campus Manguinhos), localizado no endereço: Rua Sizenando Nabuco, 100 - Manguinhos RJ.
Medicamento: do desenvolvimento ao registro - 20 vagas
O curso visa contextualizar as diferentes etapas relacionadas ao desenvolvimento tecnológico de medicamentos, agregando ao conhecimento técnico o que há de mais atual em termos de harmonização entre regulação nacional e guias internacionais. Serão apresentados os conceitos de desenvolvimento tecnológico com foco na qualidade pela concepção do produto, introduzindo aos alunos os conceitos Quality by Design (QbD) utilizados no desenvolvimento de produtos farmacêuticos e métodos analíticos. Ao final do curso, serão oferecidas visitas guiadas às estruturas de desenvolvimento tecnológico e área produtiva de uma indústria farmacêutica para a fabricação de medicamentos sólidos orais, enriquecendo a experiência e favorecendo a consolidação do conhecimento adquirido.
Como benefício adicional, o curso traz a oportunidade de conscientização do público-alvo a respeito do papel fundamental dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais, em especial de Farmanguinhos como unidade produtiva da Fiocruz, na política brasileira de saúde pública. Tal conscientização faz-se cada vez mais fundamental para valorização do SUS.
Modalidade: Híbrido (Metodologia na qual o ensino é desenvolvido de forma presencial e online)
Carga horária: 20h
Público-alvo: alunos de graduação do curso de farmácia, biomedicina, biologia, química, engenharia química, física.
Local de realização do curso: Plataforma Zoom / Auditório do prédio 20 – CTM (apenas no último dia)
Medicamentos Pediátricos: Da Problemática as Tecnologias Inovadoras - 40 vagas
O curso visa fornecer o panorama atual quanto às necessidades de medicamentos específicos para crianças, demonstrar os desafios farmacotécnicos durante o desenvolvimento de medicamentos pediátricos, alternativas tecnológicas inovadoras para contornar as barreiras específicas que este grupo de pacientes requer, bem como as avaliações de qualidade e regulações relacionadas a medicamentos pediátricos. Espera-se realizar um curso com uma temática evolutiva iniciando com a demonstração dos entraves, passando pelo desenvolvimento farmacotécnico, avaliações de qualidade do produto e estudos clínicos contemplando as necessidades específicos para medicamentos pediátricos em cada etapa. Como objetivo final, a ideia é despertar o interesse e conhecimento específicos para alunos de graduação, aprofundamento do tema e atualizações para profissionais da área e alunos de pós-graduação.
Modalidade: Remota
Carga horária: 20h
Público-alvo: alunos de graduação (farmácia, biomedicina, química e áreas relacionadas), pós-graduação e profissionais com interesse no assunto do curso.
Local de realização do curso: Plataforma Zoom
Pilares da Garantia da Qualidade a luz da RDC n° 658/2022 - 30 vagas
O curso destaca o Sistema de Qualidade Farmacêutico, incluindo: Gerenciamento de Riscos, Desvios e Capas, Controle de Mudanças, Qualificação de Fornecedores, Auditorias, Acordos de Qualidade e Integridade de dados. Além disso, contextualiza os principais requisitos da nova resolução associada às diretrizes gerais de Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. Seu diferencial é possibilitar uma visão integrada dos diversos setores envolvidos no processo de garantia da qualidade de produtos e serviços na cadeia industrial farmacêutica.
Modalidade: Remota
Carga horária: 20h
Público-alvo: estudantes de graduação e pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento; e profissionais que estejam relacionados direta ou indiretamente com o tema.
O Sextas desta semana apresenta Cântico Negro, de José Régio, pseudônimo de José Maria dos Reis Pereira. Nele o autor reforça que a individualidade reside nas escolhas: não seguir o caminho de todos, procurar um caminho diferente, mesmo que seja mais difícil e obscuro.
Quando me dizem: "vem por aqui!" Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
Cântico Negro é considerado um poema-manifesto, pois dentro dele há elementos comuns da poética de José Régio. Esta poesia, cujo tema central é a religiosidade, foi publicada em seu primeiro livro, chamado Poemas de Deus e do Diabo, publicado em 1926.
Com informações de https://www.culturagenial.com/poema-cantico-negro-de-jose-regio/
O que as recentes emergências de saúde pública têm em comum e as melhores formas de enfrentá-las globalmente serão os temas principais da edição extra do Seminários Avançados em Saúde Global e Diplomacia da Saúde, que ocorrerá nesta quinta-feira, 23/6. Com a participação de especialistas da Fiocruz e da Universidade de São Paulo (USP), o webinar organizado pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) debaterá os mecanismos de disseminação e controle de doenças como Covid-19, monkeypox, hepatite infantil, entre outras emergências internacionais e regionais. O evento será transmitido em português, inglês e espanhol.
Segundo o mediador do evento, o professor e pesquisador da Fiocruz Brasília Eduardo Hage, o foco do seminário será nos processos de ocorrência das emergências, baseando-se, principalmente, nas mais recentes. Cada um dos palestrantes abordará ao menos duas ou três delas. “Com isso, buscamos entender o que há em comum entre essas emergências em termos de produção: quais os fatores que as propiciam e as situações que determinam a sua ocorrência ou contribuem para a disseminação da doença, tendo a consciência das diferenças entre elas, como de manifestação clínica, gravidade e letalidade”, assinala Hage.
Em um mundo cada vez mais globalizado e onde as distâncias são menores, possibilitando o tráfego intenso de pessoas e bens de consumo entre os países, o pesquisador ressalta a importância do debate. Ele enumera algumas das crises recentes de saúde global, como a disseminação rápida entre os continentes da Síndrome Respiratória Grave nos primeiros anos deste século e da Covid-19.
“A monkeypox também teve disseminação rápida, principalmente para Europa e Estados Unidos. Mas há alguns mecanismos de transmissão da doença que ainda estão sendo analisados”, aponta Hage sobre a doença antes considerada de transmissão eventual, de reservatórios animais para o homem, que ocorria episodicamente em alguns países da África e que passou a se disseminar quando se estabeleceu a transmissão pessoa a pessoa.
Estratégias globais
É possível e preciso, então, pensar em estratégias nacionais e globais. Para Hage, não será restringindo o fluxo de pessoas que esse cenário irá melhorar, mas com o fortalecimento dos sistemas de saúde nacionais, com capacidade de detecção precoce e de resposta, além de boa capacidade de laboratório para monitoramento de agentes etiológicos, por exemplo.
Os painelistas entrarão neste debate, trazendo ainda as possíveis medidas de controle internacionais, como redes globais de produção e desenvolvimento de insumos, a necessidade de disseminação de informações e a situação atual dos tratados globais para o tema, como a reformulação do Regulamento Sanitário Internacional.
Para isso, o webinar contará com a participação de Carlos Morel, ex-presidente da Fiocruz, atual coordenador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) e membro do Grupo Assessor Científico da OMS sobre Origens de Novos Patógenos (SAGO); Marilia Santini, infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz); e Deisy Ventura, da Faculdade de Saúde Pública da USP.
Em "Não sei quantas almas tenho", Fernando Pessoa, o poeta escolhido para esta edição do Sextas, faz uma reflexão sobre si mesmo trazendo seus "múltiplos eus", com numa autoanálise em que busca por si próprio. O poema foi escrito em 1930, no período de maturidade artística do autor.
Neste mês em que comemoramos o amor, também é lembrado o aniversário desse, que é um dos mais importantes poetas da língua portuguesa. Nascido em 13 de junho de 1888, Fernando Pessoa escreveu poesia, prosa, teatro, ensaios críticos e filosóficos. Ele ficou conhecido ainda por ser vários poetas ao mesmo tempo, não se tratando de pseudônimos, mas de heterônimos, ou seja, entidades individuais que revelavam seus próprios gostos, estilos, influências, valores e crenças.
A Fiocruz vai receber um grupo de estudantes americanos vindos da Universidade de Princeton, Estados Unidos. O intercâmbio é fruto de um memorando de entendimento entre as instituições e receberá, ao todo, sete estudantes que atuarão em cinco de nossas unidades. Os quatro primeiros integrantes da comitiva chegaram à Fundação em 9 de junho e foram recepcionados com uma aula sobre a história da Saúde no Brasil, proferida pelo pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) Gilberto Hochman, que é também professor do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde e pesquisador (PPGHCS/COC). Os estudantes ficarão na Fiocruz por oito semanas. Os outros três integrantes da missão chegarão na instituição no mês de julho.
O objetivo do memorando de entendimento entre a Universidade de Princeton e a Fiocruz é estabelecer um ambiente cooperativo e definir, em comum acordo, as bases da cooperação internacional a ser desenvolvida nas áreas de ensino, pesquisa e intercâmbio de estudantes no campo da saúde.
Neste primeiro ano, cinco unidades da Fiocruz receberão estudantes
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, destacou o fato de Princeton ter um Programa de Saúde Global bastante expressivo e de caráter interdisciplinar, lembrando que os estágios de verão (summer internship) estão entre suas ações. “Nessa estratégia de fortalecimento da nossa parceria, a expectativa é que os estagiários conheçam o trabalho desenvolvido pela Fiocruz em suas diversas áreas de interesse, tenham a vivência da inserção em projetos de pesquisa, além de colaborarem com elas, sendo uma experiência profissional rica e de muito aprendizado para esses estudantes”, disse Cristiani entusiasmada.
Neste primeiro ano, os estagiários desenvolverão pesquisas no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), sob a coordenação de Leticia Lery e Roberta Olmo; na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) com Carlos Machado; na Casa de Oswaldo Cruz com André Felipe Cândido da Silva; no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) com Marcos Nascimento, Adriana Castro e Paula Gaudenzi; e no Instituto Nacional de Doenças Infecciosas Evandro Chagas (INI/Fiocruz) com Claudia Valete e Rodrigo Menezes. Os temas tratados serão Resistência antimicrobiana; Pesquisa em hanseníase; Redução de riscos de desastres na saúde; História, ecologia e saúde no antropoceno; e saúde pública e pesquisa aplicada na área da saúde da mulher, criança e adolescente.
Outro propósito da iniciativa, segundo Cristiani, é estreitar a nossa cooperação com a Universidade, “envolvendo outras ações de mobilidade de estudantes, de lá pra cá e daqui pra lá. Essa é a primeira experiência da Summer School de Princeton com a Fiocruz, mas, para além disso, pretendemos ampliar essas estratégias de intercâmbio e de mobilidade e, se possível, em um momento futuro, avançar para outras iniciativas conjuntas mais profícuas, como temos com diversas outras instituições internacionais, incentivando a mobilidade de estudantes de pós-graduação e abarcando o intercâmbio de pesquisadores visitantes”, comentou.
Após quase um mês do início desta ação, em 11/7, a Fiocruz receberá o diretor dos Programas de Pós-graduação de Saúde Global da Universidade de Princeton, Gilbert Collins, para uma agenda estratégica que prevê uma série de reuniões de acompanhamento dos estagiários, visando o debate conjunto de novas iniciativas, e, sobretudo, o fortalecimento da parceria entre as instituições.
A cooperação internacional com a Universidade de Princeton
A iniciativa surgiu a partir de uma visita da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, em outubro de 2021, à Universidade de Princeton, quando ela quando participou de um colóquio sobre saúde global na instituição. O memorando de entendimento foi acordado pela presidência da Fiocruz, mas a condução de todo o processo está a cargo da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fundação.
Já no âmbito desta cooperação, em abril de 2022, dois pesquisadores da Fundação, um do INI e um do IOC, estiveram em Princeton participando de um seminário sobre resistência microbiana. Após o convite de Princeton para a Summer School, Cristiani contou que diferentes áreas foram mobilizadas para receber os alunos neste estágio de verão, pelo período de dois meses. As vagas foram desenhadas nos campos de interesse manifestados por Princeton, que selecionou os estudantes num processo anual tradicional da instituição.
A vice-presidente salientou ainda que a iniciativa está em consonância com a Política de Internacionalização da Fiocruz, que visa fortalecer laços e parcerias com instituições acadêmicas de excelência e cooperações Norte-Sul e Sul-Sul, e, mais especificamente, com as políticas de internacionalização do Ensino e com o envolvimento do maior número possível de programas de pós-graduação e unidades. “Neste momento, os estagiários estão na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, como uma primeira experiência, mas já adiantamos para Princeton o nosso interesse em estender os summer internship para unidades da Fundação de outros estados do Brasil”, concluiu Cristiani.
Imagens: Jeferson Mendonça, fotógrafo da COC/Fiocruz
A medicina tropical no contexto da saúde única – que integra as perspectivas de saúde humana, animal e ambiental – será o tema central do 2º Encontro Tropical Professor José Rodrigues Coura, organizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e marcado para o dia 15 de junho, de 9h as 17h. As inscrições podem ser feitas pelo Campus Virtual da Fiocruz até o dia do evento. Em formato online, a atividade será transmitida pelo canal do IOC no Youtube.
O encontro abordará também o cenário da doença de Chagas durante a pandemia de Covid-19. A atividade acontece no âmbito do Centro de Estudos do IOC/Fiocruz.
Com participação de representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, o evento contará com palestras sobre a situação da doença de Chagas e das grandes endemias do Brasil em meio à pandemia de Covid-19. Também estarão em pauta a virologia ambiental e a saúde indígena, no contexto da saúde única, com apresentações de pesquisadores do IOC e da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).
A programação terá ainda apresentações de resultados de três teses defendidas no Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do IOC, abordando arenaviroses, doença de Chagas e parasitoses intestinais, além da exibição de um vídeo sobre tropicalistas brasileiros. Confira a programação completa no Campus Virtual da Fiocruz.
Divulgado resultado preliminar da chamada interna para apresentação de projetos que visem a organização de acções e atividades abertas à população e dirigidas ao público não especializado durante a 19ª SNCT. A iniciativa buscou estimular a participação das unidades técnico-científicas e escritórios regionais da Fiocruz localizados fora do Estado do Rio de Janeiro em iniciativas de divulgação e popularização da ciência durante a 19ª Semana Nacional de Ciência Tecnologia (SNCT) 2022. Organizada pela Presidência da Fundação Oswaldo Cruz, por intermédio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), a chamada prevê em edital o recebimento de recursos nos dias 11 e 12 de julho, e divulgação do resultado final em 13 de julho. Acompanhe!
A SNCT 2022 acontecerá entre os dias 17 e 23 de outubro de 2022, com o tema Bicentenário da Independência: 200 anos de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil.
É importante considerar que os projetos a serem submetidos devem, obrigatoriamente, ser coordenados por profissionais lotados nas unidades e escritórios localizados fora do Estado do Rio de
Janeiro.
A VPEIC, em consonância com as principais finalidades da SNCT, apoiará projetos que visem promover eventos e ações de divulgação e popularização da ciência que estimulem a curiosidade científica, o caráter inquiridor e o pensamento crítico dos cidadãos; elaborar ações abrangentes de divulgação e socialização de conhecimentos científicos, não apenas originários de estudos e pesquisas acadêmicas, mas dos saberes e fazeres dos povos e comunidades tradicionais; e estimular a livre circulação e apropriação do conhecimento em todas as camadas da sociedade brasileira, em especial as socialmente vulneráveis.
A chamada busca ainda fomentar a realização de atividades e a produção de material para divulgação junto a meninas e mulheres; promover ações e programas participativos e plenamente acessíveis, que visem à ampliação da abrangência, da circulação e da multiplicação de atividades institucionais de divulgação e popularização da ciência; além de valorizar eventos científico-culturais e ações de divulgação e popularização da ciência, que estimulem práticas interdisciplinares ou transdisciplinares como
palestras, cursos, oficinas, mostras, exposições, festivais, concursos, desafios, atividades que conectem arte e ciência e outras ações de divulgação para o público em geral ou setores específicos; e busca, por fim, aumentar o número de municípios e estados que desenvolvem atividades e eventos de popularização da ciência, bem como do público atendido e sua abrangência.
O total de recursos financeiros disponíveis para essa Chamada Interna é de até R$130.000,00 (cento e trinta mil reais). Os recursos solicitados pelos proponentes poderão ser atendidos no todo ou em parte. As unidades técnico-científicas e escritórios regionais participantes devem, obrigatoriamente, disponibilizar como contrapartida infraestrutura, suporte tecnológico por meio de recursos e equipes de TI (tecnologias da informação), e assessoria de comunicação social.
Acesse aqui o edital - 13/6/2022
Acesseaqui a errata do edital- 15/6/2022
Acesse aqui o resultado preliminar do edital - 8/7/2022
*matéria publicada em 13/6 e atualizada em 15/6 com retificação do e-mail de envio das propostas e em 8/7/2022 com o resultado preliminar.
O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem aos namorados e ao amor na voz do poetinha, Vinícius de Moraes, com seu "Soneto do Amor Total".
Nele, o poeta se debruça sobre o tempo do amor - que vive no presente e também na expectativa de futuro.
Escrito em 1951 para a então companheira de Vinícius, Lila Bôscoli, Soneto do Amor Total é uma das composições mais celebradas do poeta Vinicius de Moraes.