‘Patrimônio e Território’ é o tema do curso online que a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) promove de 14 de setembro a 9 de novembro, das 14h às 17h, com o objetivo de subsidiar a elaboração de projetos que visem à preservação e valorização de territórios em interface com as disciplinas de turismo cultural e museologia social. Ministrado pela arquiteta e urbanista Inês El-Jaick Andrade, o curso é voltado para graduados em arquitetura, arqueologia, história, conservação, turismo e/ou museologia. As inscrições vão até 5 de setembro, pelo Campus Virtual Fiocruz.
As aulas terão como base de discussão os textos selecionados e estudos de caso apresentados. Todos os textos de leitura indicados deverão ser lidos antecipadamente e discutidos pelo grupo.
A iniciativa visa também aprofundar as discussões sobre a relação de território, memória e patrimônio; analisar estratégias de mediação cultural e participação social, que contribuem no processo de patrimonialização das territorialidades; abordar o território enquanto uma construção social e refletir sobre as práticas da conservação integrada de contextos urbanos de bens patrimoniais, e apresentar historicamente a construção dos princípios da comunicação interpretativa e dos museus de território.
Conheça a estrutura do curso:
1ª aula – Apresentação do curso
2ª aula – Do monumento ao território
3ª aula – Conceitos. Território e territorialidade.
4ª aula – Dimensão social do patrimônio: usos culturais e sociedade.
5ª aula – Mesa redonda com convidados: Território, museu e disputa de narrativas
6ª aula – Patrimonio compartilhado I: memória social, narrativas e patrimônios
7ª aula – Patrimonio compartilhado II: práticas de comunicação interpretativa
Imagem: Acervo COC/Fiocruz
A revista Radis, edição 227, de agosto de 2021, traz como reportagem de capa uma matéria sobre os povos tradicionais e seus conhecimentos para evitar a devastação ambiental. Segundo o costume tradicional do povo Xerente, no Tocantins, o fogo de baixa intensidade é utilizado nos meses que antecedem a estação seca — geralmente entre abril e junho, quando há mais umidade no ar — para queimar palhas e capim seco e evitar que grandes incêndios aconteçam nos meses mais secos do ano. O uso do chamado fogo preventivo, tradição passada pelos anciãos, é uma técnica utilizada pelas brigadas indígenas de combate às queimadas e reconhecida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do Programa PrevFogo. Leia essa reportagem e outras na nova edição da Revista Radis.
A reportagem "Povos conta a devastação - Resistência socioambiental dos povos tradicionais é fronteira que ainda garante a preservação das florestas", de Luiz Felipe Stevanim, aborda a experiência de quem se arrisca para enfrentar os incêndios criminosos. Waīkairo defende que é preciso pensar também em formas de conscientização sobre os impactos do fogo para a fauna e a flora. “Muitas florestas estão desaparecendo por causa dos incêndios florestais. O Ibama contrata as equipes durante seis meses do ano, mas Waīkairo também destaca o papel fundamental das organizações indígenas, como a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), no fortalecimento de uma rede de apoio tanto na prevenção como no combate aos incêndios. “O treinamento técnico é somado ao conhecimento tradicional indígena sobre o território”, completa.
A revista traz ainda diversas outras reportagens sobre essa temática e também matérias como a história do sanitarista Juliano Moreira, que fala sobre o seu papel pioneiro na psiquiatria brasileira e na luta contra teorias racistas; e uma reportagem sobre a contaminação por esquistossomose, que permanece endêmica em regiões do Brasil pela falta de saneamento básico.
A Radis de agosto também traz uma entrevista com Anselmo Luís dos Santos, professor de Economia da Unicamp, na qual ele analisa a distribuição dos profissionais de saúde no Brasil, fala sobre o SUS e a redução de resigualdades. Com foco na comunicação, a revista traz uma reportagem sobre os pontos em comum e as lições aprendidas sobre a Aids e a Covid-19; e sobre o atraso na vacinação, descaso no controle da pandemia e das mortes que poderiam ter sido evitadas.
Confira aqui a edição 227 da revista (agosto de 2021) na íntegra.
Por que fazer ciência aberta? Qual a diferença entre dados abertos e ciência aberta? Qual a vantagem de abrir meus dados de pesquisa e como proteger minha privacidade? Essas e outras questões são abordadas na disciplina transversal Introdução à Ciência Aberta, que já está disponível para adesão dos programas de pós-graduação da Fiocruz. A disciplina ficará disponível aos alunos de 1°de outubro a 17 de dezembro – que devem fazer inscrição diretamente com os programas aos quais estão ligados. Ao todo, são oferecidas 60 vagas aos estudantes. Vale ressaltar que o período de inscrições dos alunos também é determinado pelos programas ofertante, de acordo com calendário interno.
Programa de Pós-graduação: confira aqui como aderir a uma disciplina transversal
Por que aprender sobre ciência aberta?
A ciência aberta é um movimento atual e internacional: propõe um modo mais colaborativo, transparente e sustentável de fazer pesquisa. A Fiocruz já está comprometida com o movimento, desde a publicação de sua Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, em 2014, até o lançamento mais recente da Política de Gestão, Compartilhamento e Abertura de Dados para a Pesquisa, em 2020.
“A reflexão sobre o movimento de abertura da ciência é necessária não só nas pesquisas realizadas na pós-graduação, mas também nas carreiras científicas. Os pesquisadores precisam estar preparados para as novas demandas, diálogos e desafios do fazer científico na atualidade”, pontua a coordenadora da disciplina, Vanessa Arruda Jorge. A disciplina é oferecida pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz.
Conheça a estrutura da nova disciplina
Com carga horária total de 45h, a disciplina apresentará os fundamentos, perspectivas e dimensões atuais da ciência aberta. Baseada na já lançada Formação Modular em Ciência Aberta, ela é dividida em quatro módulos (com uma parte obrigatória e outra opcional):
Ao final de cada módulo, que ficarão disponíveis para acesso durante 10 dias cada, haverá discussões com os professores – tudo em modalidade remota. Após a conclusão, o aluno deverá realizar os exercícios propostos e entregar um trabalho final.
Indústria alimentícia e sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis estão na pauta da próxima edição do ciclo de seminários do curso de especialização em Divulgação e Popularização da Ciência da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). Este seminário é organizado pelos discentes do curso, e conta com a mediação de Lucas Escamilha e Paulo Abrão, ambos alunos da turma 2021. O evento será transmitido pelo Facebook da Casa em 6 de setembro, às 14h. Acompanhe ao vivo!
O debate "Indústria alimentícia e sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis: como a divulgação científica atua nesse campo?" visa estimular a discussão sobre a conexão entre a alimentação nas cidades, o clima e a cultura, bem como perceber que comer é uma experiência cultural, social e política. De acordo com os organizadores, para isso, há a necessidade de articular quatro eixos: disseminação, formação, pesquisa e incidência, buscando destacar o papel e a atuação da divulgação científica nesse campo.
Os convidados para este encontro são Juliana Tângari, diretora do Instituto Comida do Amanhã e participante da Cúpula da ONU sobre Sistemas Alimentares, e Murilo Bomfim, coordenador de comunicação do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde, da Universidade de São Paulo (Nupens/USP).
Vale destacar que não haverá emissão de declaração de presença para os participantes.
A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) lançou recentemente três editais voltados à pós-graduação e incentivo ao desempenho científico e tecnológico do estado, incluindo pesquisas sobre a Covid-19. São eles: Pós-Doutorado Nota 10 (PDR 10); Apoio para Programas e cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu; e Apoio a Projetos Científicos e Tecnológicos para o Desenvolvimento e Avaliação de Vacinas e Terapias contra a Covid-19. Veja os editais abertos, confira os detalhes de cada chamada e participe.
Pós-Doutorado Nota 10 (PDR 10)
A nova edição do Programa de Pós-Doutorado Nota 10 (PDR 10) concederá até 120 bolsas, no valor mensal de R$5.200, além de uma taxa mensal de bancada para projetos de R$1 mil. O PDR 10 2021 contará com um aporte superior a R$35 milhões. Nesta edição, a Fundação estendeu a vigência máxima dos projetos para até 48 meses, 12 meses iniciais com três renovações possíveis. O prazo para submissão das propostas online é até 16 de setembro.
O objetivo do edital PDR10 é incentivar os programas de pós-graduação stricto sensu sediados no estado do Rio de Janeiro, com conceitos 4, 5, 6 ou 7 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), mediante a concessão de bolsas a recém-doutores com destacado desempenho acadêmico. Serão selecionadas propostas que aumentem qualitativa e quantitativamente o desempenho científico e tecnológico do estado, que tenham potencial de incrementar a competitividade internacional da pesquisa brasileira.
Além disso, serão apoiados projetos que objetivem a formação de recursos humanos para ensino, pesquisa e inovação, em nível de pós-graduação stricto sensu, e estejam relacionados à inovação e ao incremento da cooperação científica com empresas.
Acesse aqui o edital
Inscrição: até 16 de setembro
Apoio para Programas e cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu
Estão abertas as inscrições para a seleção de projetos no âmbito do edital Apoio para Programas e Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu do Estado do Rio de Janeiro. Serão destinados um total de 20 milhões de reais em recursos para o financiamento. O proponente deve ser o coordenador ou pesquisador representante (indicado pelo colegiado) e possuir vínculo funcional ou empregatício com a instituição de ensino e/ou pesquisa público ou privada solicitante sediadas no Estado do Rio de Janeiro.
Os valores aportados por projeto buscam apoiar, na forma de custeio, programas e cursos de pós-graduação stricto sensu (PPGs) e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) do Estado do Rio de Janeiro, visando garantir a continuidade da progressão qualitativa e quantitativa de sua produção. Além disso, serão priorizadas propostas que explicitem a relevância das ações pretendidas para o adequado funcionamento do curso durante a pandemia.
Confira o enquadramentos de projetos, que serão dividos por Faixa A (recursos de R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais) pagos na forma de auxílio à pesquisa (até o valor máximo de 100 mil reais), destinada a programas de pós-graduação com mestrado e doutorado credenciados pela Capes) e Faixa B (recursos de R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais) pagos na forma de auxílio à pesquisa (até o valor máximo de 80 mil reais), destinada a programas de pós-graduação com apenas mestrado credenciados pela Capes).
Acesse aqui o edital
Inscrições: até 16 de setembro
O Programa de Apoio a Projetos Científicos e Tecnológicos para o Desenvolvimento e Avaliação de Vacinas e Terapias contra a Covid-19 visa apoiar projetos científicos e tecnológicos para o desenvolvimento de novas possibilidades terapêuticas contra a doença causada pelo novo coronavírus, estimulando a obtenção de vacinas recombinantes, vacinas inativadas, vacinas de vetor viral, vacinas de RNA e DNA, assim como vacinas atenuadas contra o vírus SARS-CoV-2. O edital busca também estimular estudos de fase 4 das vacinas já autorizadas no Brasil pela Anvisa, e avaliar a resposta vacinal às variantes do vírus que têm surgido e se disseminado por todos os países.
Em outra vertente, o Programa pretende estimular estudos sobre o tratamento dos pacientes infectados, para proporcionar condições mais favoráveis para o desfecho da doença. Imunoterapias, baseadas em anticorpos monoclonais, plasma de pacientes convalescentes ou globulinas heterólogas, além de estudos sobre o reposicionamento de fármacos, serão financiados pelo Programa.
Acesse aqui o edital
Inscrições: até 23 de setembro
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), que, há mais de seis décadas, dedica-se à formação de profissionais para o Sistema Único de Saúde, assistência à população e pesquisa para o SUS, celebrará seus 67 anos de história de 31 de agosto a 3 de setembro. A comemoração começa na próxima terça e debaterá o futuro brasileiro e alternativas de enfrentamento do atual cenário. "Que país será este? Reconstruindo e construindo agendas e trajetórias" é o tema escolhido para o ano de 2021. A primeira atividade será a já tradicional cerimônia de formatura dos alunos da Ensp, no dia 31, a partir das 9h. O evento virtual é aberto ao público (sem inscrição para participação) e será transmitido pelo canal da Escola no YouTube. Confira a programação e participe!
Observatório Covid-19, os cenários do mundo do trabalho na pandemia, direito à comunicação, integridade na pesquisa e na publicação científica, mudança estrutural e saúde, desigualdades étnico-raciais e de gênero no contexto da crise estão entre os temas que serão debatidos durante a comemoração do 67º aniversário da Escola. Na tarde do dia 31, a partir das 14h, será realizada também uma homenagem ao ex-diretor da Ensp, Antônio Ivo de Carvalho, organizada pela direção da Escola em conjunto com o Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Daps) e o Centro de Estudos Estratégicos Antonio Ivo de Carvalho.
+Leia aqui a matéria da Ensp/Fiocruz na íntegra: ENSP celebrará seus 67 anos debatendo o futuro do Brasil
Confira a programação:
A Fundação Oswaldo Cruz está com inscrições abertas para dois cursos de especialização: Enfermagem Neonatal e Vigilância em Saúde na Atenção Primária. Ambos são voltados a profissionais portadores de diploma de graduação. Confira os detalhes das chamadas e inscreva-se.
Especialização em Vigilância em Saúde na Atenção Primária
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) está com inscrições abertas para o curso de especialização em Vigilância em Saúde na Atenção Primária 2021. A formação visa capacitar profissionais para atuar, de forma crítica e reflexiva, no desenvolvimento de ações de vigilância em saúde, contribuindo assim para a promoção da saúde da população.
Ao todo, estão disponíveis 15 vagas para profissionais de nível superior que estejam atuando na Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Com carga horária total de 520 horas, o curso ocorrerá a partir de outubro de 2021 e, devido à pandemia de Covid-19, as aulas se darão, inicialmente, na modalidade remota emergencial. Caso seja possível, as aulas presenciais serão retomadas no Pavilhão de Ensino do INI ou em outro local do campus Manguinhos da Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Inscrições: até 30 de agosto
Confira o edital completo e inscreva-se.
Especialização em Enfermagem Neonatal
O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz) abriu processo seletivo para ingresso no curso de especialização em Enfermagem Neonatal 2021. Ele está inserido no contexto das ações nacionais do IFF/Fiocruz e tem como público-alvo enfermeiros que atuam em Unidades Neonatais das maternidades prioritárias da Qualineo, em regime parcial, modalidade à distância com atividades práticas presenciais.
A Qualineo, iniciativa do Ministério da Saúde que tem o IFF como instituição executante, desenvolve, desde 2018, um conjunto de ações voltadas para a qualificação de práticas clínicas em maternidades situadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Seu objetivo é a melhoria do cuidado e da rede de atenção e redução da mortalidade neonatal no Brasil.
Serão oferecidas 166 vagas, sendo 17 delas reservadas às ações afirmativas. O curso tem duração mínima de 585h e há a exigência de entrega de trabalho de conclusão de curso (TCC) até o seu término.
Inscrições: até 5 de setembro
Foi prorrogado, até 30 de agosto, o envio de trabalhos acadêmicos e artísticos para o evento virtual Primavera Paulo Freire, que a Fiocruz realizará em homenagem aos 100 anos do patrono da educação brasileira. O evento acontecerá de 22 a 24 de setembro e as inscrições para participação seguem abertas. O encontro será transmitido pelo canal da VideoSaúde Distribuidora no Youtube, mas certificará apenas participantes inscritos. Acesse a página do evento, faça a sua inscrições e leia todos os detalhes sobre o envio de trabalhos.
Chamada de trabalhos acadêmicos e artísticos
A Comissão Organizadora do evento convida toda a comunidade Fiocruz, bem como universidades e movimentos sociais de todo o Brasil para o envio de trabalhos acadêmicos e artísticos, que serão apresentados durante o encontro online. Serão avaliados trabalhos que, de preferência, estejam relacionados aos seguintes temas: Educação popular em saúde; Experiências educacionais na perspectiva freiriana; e Ciência e cultura.
Serão aceitas submissões de estudantes (individual ou em parceria), grupos de pesquisa e docentes; além de membros de comunidades e movimentos sociais que tiveram ou têm vivências a compartilhar a partir do contato ou aplicação da obra de Paulo Freire.
Assim como a trajetória de Paulo Freire, a programação do encontro tratará de conceitos, teorias e aportes da educação, mas transitará também pelas práticas, vivências, artes e outras expressões. Para tanto, o evento aceitará trabalhos de cunho acadêmico e também de caráter cultural, como por exemplo, cordéis, roteiros, produção de vídeos e outros. Todos os trabalhos selecionados serão apresentados no segundo dia do encontro, 23/9, na seção “Cirandas de diálogo”.
Leia mais aqui sobre o evento: Fiocruz celebrará os 100 anos de Paulo Freire com encontro virtual
A Fiocruz acaba de lançar uma nova versão, atualizada e ampliada, do documento que publicou em março sobre um conjunto de orientações e recomendações a respeito das atividades escolares em um cenário que ainda é de pandemia. Com o título "Recomendações para o retorno às atividades escolares presenciais no contexto da pandemia de Covid-19", o material é baseado em evidências e informações científicas e sanitárias, nacionais e internacionais, sobre o retorno às atividades escolares. Esta nova edição traz como elementos questões como a vacinação de crianças e adolescentes, a transmissão aérea da Covid-19, os possíveis riscos em ambientes fechados e como enfrentá-los, entre outros temas.
Acesse aqui o documento: Recomendações para o retorno às atividades escolares presenciais no contexto da pandemia de Covid-19
O documento foi desenvolvido por um grupo de trabalho que é coordenado pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (Vpaaps/Fiocruz) e conta com a participação da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSVJ), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) e do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF).
Vacinação para adolescentes está entre os novos apontamentos
O documento da Fiocruz aponta que a vacinação de jovens de 12 a 18 anos pode significar um retorno mais rápido à prática de esportes e outras atividades e a uma socialização mais completa, incluindo o fortalecimento das relações intergeracionais na família e na comunidade. A implementação da vacinação para adolescentes pode reduzir significativamente o fechamento prolongado de turmas, escolas e interrupções de aprendizagem. O documento, tendo como base estudos internacionais, lembra que a vacinação de adolescentes em situação de vulnerabilidade clínica ou necessidade educacional especial pode ajudar a garantir a segurança e a oportunidade de acesso à escola e à educação.
“O risco de afastamento dos menores de 18 anos de suas atividades normais como escola e eventos sociais pode se revelar um problema maior do que o da própria Sars-CoV-2 para eles. Não há razão para acreditar que as vacinas não devam ser igualmente protetoras contra a Covid-19 em adolescentes como são em adultos e, em conjunto com as medidas de distanciamento e uso de máscaras, propiciem um retorno às aulas ainda mais seguro”, comenta a coordenadora do grupo de trabalho (GT) da Fiocruz e assessora da Vpaaps, Patrícia Canto.
Prioridade para medidas protetivas
O GT Fiocruz ressalta que em um cenário de alta transmissão comunitária do Sars-CoV-2, ainda com uma cobertura vacinal completa (esquema de duas doses ou uma dose para vacina de dose única) inferior a 30% da população, no Brasil o funcionamento das escolas com atividades presenciais precisa estar associado à manutenção das medidas não farmacológicas de controle da transmissão. O documento informa que os protocolos para o retorno seguro passaram a considerar, sobretudo nos ambientes escolares, a seguinte composição de prioridade para as medidas protetivas: adaptação para ventilação e melhoria da qualidade do ar dos ambientes; uso de máscaras com comprovada eficácia; definição de estratégia para rastreamento e monitoramento de casos e contatos na escola, além de medidas para suspensão de atividades presenciais; manutenção do distanciamento físico de, pelo menos, 1,5 metro; assim como orientações sobre higienização contínua das mãos.
Além disso, a publicação avalia que escolas podem fechar, na dependência de transmissão elevada ou aumento de casos, e devem atender a todas as medidas indicadas pelas autoridades sanitárias que garantam a maior segurança nas atividades presenciais. A decisão sobre o melhor momento para a reabertura deve seguir as orientações dos indicadores epidemiológicos, sem que se esqueça dos grandes malefícios do afastamento prolongado das atividades presenciais na saúde de crianças, jovens e adultos, bem como dos prejuízos para a educação e a formação de toda uma geração. Para a maior segurança de toda comunidade escolar, as pessoas com sintomas respiratórios não devem sair de suas casas, exceto para procurar serviços de saúde, devem evitar utilizar transportes públicos e não devem frequentar aulas ou o local de trabalho.
Plano de retorno às atividades presenciais deve ser aprovado após ampla discussão com comunidade escolar e continuamente atualizado
O GT responsável pela publicação deixa claro, no entanto, que o plano de retorno às atividades presenciais de ensino deve ser aprovado após ampla discussão com a comunidade escolar e continuamente atualizado. E que é importante o envolvimento dos alunos, crianças, adolescentes ou adultos, na tomada de decisões. O documento traz ainda indicações para medidas de suspensão de atividades presenciais mediante o rastreamento de casos e contatos nas escolas. E aborda a ventilação e outros parâmetros que influenciam o risco de infecção aérea da Covid-19.
O Grupo valoriza a ampliação do acesso da vacinação dos educadores, aliada a estratégias de monitoramento e vigilância permanente, para a melhor gestão do plano a ser estabelecido pela comunidade escolar. “Temos como expectativa que as autoridades sanitárias consigam apoiar a produção de informações sobre esse monitoramento epidemiológico, com vistas a ampliar a análise dos dados das bases oficiais. É importante ressaltar que esta edição é a nossa terceira atualização do documento original e mais uma vez reforça a necessidade do uso de máscaras, da higiene das mãos e do distanciamento social como medidas indispensáveis ao controle da pandemia, associadas à progressão da vacinação”, ressalta Patrícia. Segundo ela, o aprendizado sobre a pandemia é diário e tem sido apresentado em grande velocidade, por isso o documento precisa ser entendido no contexto na data de elaboração e estará sujeito a revisões e atualizações sempre que necessárias.
O GT Fiocruz
O documento foi produzido pelo GT da Fiocruz que se dedica ao tema há mais de um ano, com o intuito de pesquisar, discutir e trocar experiências com outras iniciativas da sociedade. A publicação apresenta aspectos de análises epidemiológicas, informações clínicas sobre o adoecimento e transmissibilidade, testes, vacinação, ventilação entre outros. Para o GT, o objetivo central do documento é reafirmar a valorização da proteção da comunidade escolar, para evitar a disseminação do Sars-CoV-2 em um contexto de retomada das atividades presenciais nas escolas. Desde o primeiro documento (de setembro de 2020), o grupo vem destacando a importância da escola como promotora da saúde por meio de recomendações que contribuam para a segurança do retorno e a manutenção das atividades planejadas, com a máxima redução de riscos possível.
O grupo é coordenado pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (Vpaaps/Fiocruz) e conta com a participação da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSVJ), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) e do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF).
A versão preliminar do ‘Relatório do Painel Científico para a Amazônia’ está aberta para consulta pública - disponíveil em inglês e em português. Elaborado por mais de 200 pesquisadores, o documento será o primeiro a apresentar uma avaliação científica abrangente para toda a Bacia Amazônica e seus biomas, abordando o estado atual, tendências e recomendações para o bem-estar a longo prazo do ecossistema e das populações da região. Pessoas e organizações de todos os setores, incluindo governo, empresas, academia e sociedade civil, podem apresentar contribuições ao documento. Os comentários devem ser enviados através de formulário disponível no site da publicação (menu > Consulta Pública). O prazo para envio de contribuições está indicado em cada capítulo, variando os dias até 31 de agosto.
O ‘Relatório do Painel Científico para a Amazônia' conta com autorias de pesquisadoras do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz), além de estudantes de pós-graduação do IOC.
Os autores destacam que os capítulos passaram por um rigoroso processo de revisão por pares antes da publicação preliminar. A expectativa é que a consulta pública permita identificar questões não abordadas ou abordadas de forma insuficiente, erros em dados ou estatísticas, dados mais recentes disponíveis e perspectivas ausentes.
“Além da versão completa, com ampla revisão da literatura científica, o Relatório contém um resumo de cada capítulo, que apresenta as principais informações para subsidiar o trabalho de tomadores de decisão em relação ao futuro da Amazônia. A consulta pública é uma etapa importante para que tenhamos a publicação o mais abrangente possível”, ressalta Cecília Andreazzi.
A primeira versão do ‘Relatório do Painel Científico da Amazônia’ deve ser apresentada na Conferência das Partes da Convenção Quadro para Mudança do Clima das Nações Unidas, a COP26, que será realizada entre 31 de outubro e 12 de novembro na Escócia.
Participação da Fiocruz no ‘Relatório do Painel Científico para a Amazônia
Cecília Andreazzi é uma das autoras do capítulo 3 do Relatório, intitulado ‘Diversidade biológica e redes ecológicas na Amazônia’, que aborda a variedade de espécies do ecossistema e as relações entre plantas e animais que são fundamentais para a manutenção da diversidade. O texto conta ainda com a autoria da estudante do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Saúde do IOC Gabriella Tabet, assim como de pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia (UFRO) e de instituições da Bolívia, Colômbia, Equador, Estados Unidos e França.
Já o capítulo 21 do documento, que tem como tema ‘Bem-estar humano e impactos na saúde da degradação dos ecossistemas terrestres e aquáticos’, conta novamente com a autoria de Cecília Andreazzi e da pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) Sandra Hacon, além de cientistas da Colômbia, Peru, Estados Unidos, França e Reino Unido. O capítulo discute os impactos da degradação ambiental na saúde das populações amazônicas. No anexo 3 do capítulo, que conta com a autoria da pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) Claudia Codeço e da aluna do doutorado em Medicina Tropical do IOC Tatiana Neves, são também apresentados os impactos da Covid-19 na região amazônica.