Mesmo de máscara, no supermercado ou no elevador, ela é reconhecida como “a doutora da Fiocruz”. Não é para menos: desde o início da pandemia de Covid-19, a médica pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, tornou-se um dos rostos mais frequentes na mídia como uma das porta-vozes da ciência, em um esforço incansável para levar orientações e informações confiáveis para a população. Contudo, ela afirma que a empreitada assumida por ela e outros cientistas é uma luta “desigual de Davi contra Golias”, principalmente quando autoridades públicas adotam falas que deseducam a população ou recomendam medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento do novo coronavírus. “Mesmo que a gente esteja com o luto absolutamente indissociável do nosso dia a dia, carregando nas costas 210 mil mortes, as autoridades continuam dizendo que o problema está resolvido”, aponta.
+Saiba mais: Campus Virtual Fiocruz lança curso sobre Vacinação: protocolos e procedimentos técnicos: online, gratuito e autoinstrucional. As inscrições estão abertas! Mais de 20 mil alunos já se matricularam. Faça parte você também dessa rede de formação!
Com décadas de experiência na saúde pública, a médica não tem dúvidas em afirmar que “a vacina é a única e perfeita solução de controle de uma epidemia do porte da Covid-19”. Fundadora do ambulatório do Centro de Referência Professor Hélio Fraga, da Fiocruz, Margareth é uma das coordenadoras principais do estudo internacional de fase 3 que avalia o uso da vacina BCG para reduzir o impacto do novo coronavírus. “O Brasil, tradicionalmente, sabe vacinar. Nós sabemos fazer campanha e podemos vacinar milhões de brasileiros num único dia para a Covid-19, se nós quisermos”, afirma, em referência ao reconhecimento internacional do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Quando conversou com Radis, faltavam quatro dias para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar duas vacinas para uso emergencial no Brasil: a Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan, em parceria com a empresa Sinovac; e o imunizante da AstraZeneca/Oxford, a ser produzido no país pela Fiocruz. Depois da liberação da Anvisa, em 17/1, uma avalanche de acontecimentos tomou os noticiários: o início imediato da campanha de vacinação, por pressão dos governadores, foi sucedido pelas notícias de atraso no envio de 2 milhões de doses compradas na Índia e dos insumos necessários para produzir tanto a vacina do Butantan quanto a da Fiocruz, o que comprometeria a estratégia de imunizar a população. Em vídeo que viralizou na internet diante desses fatos, Margareth afirmou que “é absolutamente injustificável” que um país como o Brasil não tenha as vacinas disponíveis para a sua população. Em nossa conversa, ela já destacava que erros na negociação e falta de ação poderiam prejudicar a estratégia brasileira de imunização, que conta a seu favor com a experiência do SUS.
Como cientista, Margareth afirma que tem um compromisso cívico “inarredável” de orientar a população. Para ela, ciência “não é uma abstração”, mas algo concreto, que impacta a vida das pessoas, feita por gente de carne e osso. “Sobretudo num país desigual como o Brasil, ela exige que nós todos, médicos, pesquisadores, cientistas, sejamos cidadãos muito engajados pelo bem comum”, ressalta. Isso também exige a capacidade de dizer que não sabe: “A gente não pode chutar”. A médica faz duras críticas à coação do Ministério da Saúde, em ofício de 7/1, para que médicos de Manaus receitassem o chamado “kit covid” ou “tratamento precoce”, com medicamentos sem eficácia comprovada.
Para ela, a Covid-19 foi “um fenômeno modificador de nossas vidas”. Ou, como costuma dizer, “um divisor de águas”. Ela afirma que gostaria de estar errada em suas previsões, mas não foi assim ao considerar que teríamos “o janeiro mais triste de nossas vidas”. “Teremos um ano de 2021 ainda muito difícil e, nos próximos dois anos, o mundo todo terá que guardar alguns cuidados coletivos de proteção”, pontua. Antes de iniciar a entrevista, Margareth foi interrompida por mensagens do serviço de saúde que coordena: “Tá um inferno minha vida, gente”, brincou. Dez minutos depois de falar com Radis, ela seguiria a maratona com outra entrevista para o jornal “Der Spiegel”, da Alemanha. Contudo, a médica revela que tem o ânimo renovado por “uma quantidade tão grande de estímulos e de mensagens tão extraordinariamente confiantes”. “Eu me sinto diante de um compromisso, de uma missão, e não me furtarei a ela, de modo algum”, resume.
Leia aqui a reportagem na íntegra: Vacina é a única solução . Confira também as outras reportagens na nova edição da revista Radis
Leia também:
Curso Vacinação para Covid-19 da Fiocruz alcança mais de 20 mil inscritos*
Fiocruz lança curso online sobre Covid-19 e saúde nas Instituições de Longa Permanência para Idosos
Vacina sim! Campus Virtual Fiocruz lança novo curso online sobre vacinação da Covid-19
Covid-19 continua em alta entre a População Privada de Liberdade: curso sobre o tema segue com inscrições abertas
Cursos online: Fiocruz oferece diversas formações sobre coronavírus e outros
*Imagem: Revista Radis - reportagem de capa: Vacina é a única solução
A Fundação Oswaldo Cruz promoverá, em 6 de abril, a oitava edição do Fiocruz Acolhe, evento de boas-vindas para os alunos estrangeiros e de outras regiões do país que estudam nas unidades da instituição no Rio de Janeiro. O encontro será realizado das 9h30 às 11h30, com transmissão pelo Zoom. A coordenadora-geral de Educação da instituição, Cristina Guilam, destacou que a Fiocruz, desde a sua criação, tem um forte compromisso com a Internacionalização. "Portanto, para nós, receber um aluno estrangeiro é estabelecer pontes, parcerias, cooperações internacionais", disse ela, entusiasmada. O Fiocruz Acolhe busca incentivar a integração entre os alunos, além de oferecer as orientações necessárias para os estudantes da Fundação. O evento é promovido pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz) e conta com o apoio do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz).
O ensino na Fiocruz e o impacto da pandemia do coronavírus é tema de apresentação de Cristina Guilam durante o encontro. Segundo ela, nesta edição, já familiarizados com as ferramentas digitais e virtuais, mais do que nunca é fundamental mantermos a conexão, não somente para a aquisição de conhecimentos acadêmicos, mas para termos canais de interação e de troca com nossos alunos".
Entre os destaques da programação da edição de 2021, estão a apresentação dos alunos estrangeiros e de fora do Rio de Janeiro para um breve relato sobre as experiências na Fiocruz e um espaço para perguntas dos estudantes.
A mesa de abertura contará com participação da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado; o coordenador-geral do Centro de Relações Internacionais em Saúde, Paulo Buss; a coordenadora-geral de Educação da Vpeic, Cristina Guilam; a coordenadora-adjunta de Educação da Vpeic, Eduarda Cesse; e o representante da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz (APG-Fiocruz) Richalls Martins.
Em apenas duas semanas, mais de 20 mil profissionais de saúde já se inscreveram no novo curso do Campus Virtual Fiocruz: Vacinação: protocolos e procedimentos técnicos. A formação – online, gratuita e autoinstrucional – está com inscrições abertas! Faça parte você também dessa rede de formação! O curso é composto de 19 aulas, distribuídas em 5 módulos, com 50h de carga horária. Além das aulas, o aluno terá acesso à bibliografia utilizada no curso, materiais complementares e a um conjunto de perguntas e respostas frequentes (FAQ).
Em todo o mundo, 400 mil doses de vacinas já foram aplicadas. No Brasil, segundo dados do MonitoraCovid19, da Fiocruz, até 17 de março, mais de 10 milhões de pessoas receberam a vacina e quase 4 milhões já tomaram a segunda dose. Também em 17 de março, a Fiocruz entregou ao Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde (PNI/MS) o primeiro lote de vacinas Covid-19 produzidas na instituição. Na ocasião, a presidente Nísia Trindade Lima disse que essa entrega “é um marco para o país começar a superar a grave crise sanitária, econômica, social e humanitária que vive. A vacina é um dos principais instrumentos para virarmos esta página”, comentou a dirigente.
O aumento do fluxo de produção e entrega de vacinas aos postos, aumentará também o trabalho dos que atuam na linha de frente da imunização. Para tanto, o objetivo do curso é atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes profissionais envolvidas na cadeia de vacinação da Covid-19, bem como outros profissionais de saúde, da comunicação e demais interessados no tema.
O curso foi desenvolvido em parceria com o Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescon/UFMG) e contou com o apoio do Programa Nacional de Imunização do Ministério da saúde (PNI).
Ao final da formação, espera-se que o participante seja capaz de contextualizar a importância das vacinas; conheça a cadeia de desenvolvimento, produção e distribuição e seus conceitos básicos; entenda as necessidades específicas de cadeia de frio para transporte, armazenamento e conservação; tenha conhecimento das especificidades da organização e dos procedimentos da sala de vacinação para Covid-19; e ainda possa orientar a implantação de uma sala de vacina para Covid-19 no contexto dos povos indígenas, população privada de liberdade, residentes em Instituições de Longa Permanência e população de rua.
Conheça a estrutura do curso
Módulo 1 - Introdução às vacinas: conceitos, desafios e desenvolvimento
Módulo 2- Vacinas Covid‑19: produção, transporte, conservação e armazenamento
Módulo 3 - Sala de Vacina Covid‑19: organização e procedimentos
Módulo 4 - Sala de Vacina Covid‑19: organização e procedimentos para populações vulnerabilizadas
Módulo 5 - Vacinas e vigilância
Já está no ar o Painel com os dados da Pesquisa de Egressos da Fiocruz – 2013 a 2020, de cursos em nível Lato e Stricto sensu. O material é resultado do levantamento realizado pela equipe da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (Vpeic) em duas grandes etapas (2013-2019 e 2019-2020) e poderá auxiliar as decisões dos programas de Pós-graduação, bem como os gestores das unidades e coordenadores de cursos. De acordo com a responsável pela iniciativa, Isabella Delgado, que é coordenadora adjunta de Educação, esse é um rico material que serve como diagnóstico e pode subsidiar o planejamento institucional.
Durante a navegação, é possível ver a totalidade dos resultados pelo período estudado, sexo, cor da pele autodeclarada, tipo de ingresso (ação afirmativa), faixa etária, atividade profissional exercida na época do curso, inserção no mercado de trabalho antes e depois do curso, o impacto da formação na vida profissional dos alunos e outros. Além disso, os resultados podem ser consultados a partir da utilização de filtros (disponível na primeira página do painel – aba 2) por período (todo o período, quadriênio ou por ano), nível e tipo de ensino (Lato e Stricto sensu; e especialização, residência, mestrado e doutorado), ano de conclusão do curso e unidade/programas/cursos de origem.
Para Isabella, ultrapassando as demandas impostas pelos principais órgãos de avaliação e fomento da pós-graduação brasileira, com os resultados da pesquisa é possível gerar informações e indicadores de fácil acesso para otimizar a gestão do campo da educação, subsidiando os gestores para avaliações internas e externas, assim como para o planejamento dos programas e cursos da Fundação.
Resultados do levantamento 2013 – 2020
As mulheres seguem sendo a maioria entre os egressos respondentes dos dois levantamentos realizados com os estudantes de especialização, residência, mestrado e doutorado da Fiocruz.
Assim como na divulgação publicada em setembro de 2020, os dados atualizados em 2021 apontam que 74,47% dos egressos são mulheres; 58,20% dos estudantes se autodeclararam brancos e 48,39% deles eram jovens adultos – entre 20 e 30 anos – quando se formaram. Além disso, apenas 0,71% dos ex-alunos reportaram ingressar nos cursos por meio de ações afirmativas (cota racial ou pessoa com deficiência).
Isabella detalhou que o conjunto de dados aporta informações relevantes para subsidiar avaliações e ações de planejamento global para a Educação, assim como fornece elementos para analisar o impacto social das ações de educação da instituição. De acordo com ela, sua análise indica, de forma inquestionável, a importância da Fiocruz na formação e carreira desses profissionais.
+Saiba mais sobre os resultados já divulgados: Fiocruz divulga resultados de sua primeira pesquisa de egressos
Agora, a ideia é avançar para um sistema de acompanhamento de egressos de caráter contínuo e integrado ao sistema de gestão acadêmica da instituição. Com ele, cada unidade poderá acompanhar a trajetória de seus alunos, desde o processo seletivo até o final do curso, incluindo diferentes intervalos de tempo após a conclusão.
Dados abertos a outras análises
Os gestores e coordenadores de programas da Fiocruz receberam ainda um dicionário de dados que abarca o detalhamento dos campos da base de dados contendo o levantamento de egressos; e também a própria base de dados nos formatos txt e csv. Permitindo, assim, a realização de análises complementares àquelas que já constam no Painel Power BI. É importante ressaltar que as bases foram consolidadas e tratadas de modo a manter a confidencialidade dos dados dos respondentes.
“Com esses dados será possível, por exemplo, realizar a carga dos dados em qualquer sistema gerenciador de banco de dados, livre ou proprietário”, disse Isabella, destacando que, mais que a base de dados e do Painel Power BI, os coordenadores receberam também links do Repositório Institucional da Fiocruz (Arca) com os relatórios do 1º survey, que trazem informações como contexto, justificativa da pesquisa e a metodologia adotada e análise dos principais resultados, que, segundo ela, poderão ser úteis para o preenchimento do relatório Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Como é sabido, há quase duas décadas, o envelhecimento da população vem crescendo exponencialmente e pode ser considerado um fenômeno mundial. Com a chegada da Covid-19, há um ano, a preocupação com essas pessoas mais uma vez ficou em evidência por ter se mostrado uma doença de maior letalidade entre os idosos. Abordando as especificidades do novo coronavírus e sua relação com as vulnerabilidades desse grupo de risco, o Campus Virtual Fiocruz lança hoje o novo curso Cuidado de Saúde e Segurança nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) no contexto da Covid-19. As inscrições estão abertas e podem ser feitas por cuidadores, familiares e profissionais que atuam com a saúde da pessoa idosa e segurança do paciente.
A formação – oferecida pelo CVF e desenvolvida em uma parceria entre o Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e a Segurança do Paciente (Proqualis) e o Comitê de Saúde da Pessoa Idosa, ambos ligados Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) –, é composta de seis aulas, com um total de 12h de carga horária. O curso é gratuito, online e autoinstrucional (sem tutoria). Entre os temas abordados nas aulas estão: medidas de prevenção e controle da disseminação de doenças; cuidados em áreas comuns; fragilidade e violência; vacinação para proteção da Covid-19 nas ILPIs; contatos sociais em tempos de isolamento; estratégias de comunicação para garantir o contato da pessoa idosa com a sua família ou comunidade; recomendações para a comunicação de notícias difíceis; entre outros.
Segundo a coordenadora acadêmica do curso, Sabrina Duarte – que é professora da UFRJ e assessora tecnico-científica do Proqualis –, levando em conta o contexto atual, essa nova formação é de grande relevância, pois coloca em discussão uma população vulnerável e muitas vezes desvalorizada pela sociedade. “Precisamos falar sobre a pessoa idosa, sobre os processos de institucionalização e também sobre a atuação dos profissionais de saúde e dos envolvidos nas ILPI, considerando as especificidades, necessidades e singularidades desse cenário", argumentou ela.
A coordenação acadêmica do curso é partilhada ainda com os pesquisadores da Fiocruz Victor Grabois (Ensp) e Ana Luiza Pavão (Icict), que são, respectivamente, coordenador executivo e coordenadora adjunta do Proqualis/Icict/Fiocruz.
Com a idade, o organismo torna-se naturalmente mais susceptível, além de aumentar a probabilidade de comorbidades entre as pessoas das faixas etárias mais elevadas. Segundo o Estatuto do Idoso, essa expansão é cada vez mais relevante, e os efeitos do aumento dessa população podem ser percebidos nas demandas sociais, com destaque para as áreas da saúde e previdência. Com o curso, a ideia é que os participantes conheçam as bases conceituais sobre a saúde da pessoa idosa no contexto da pandemia de Covid-19, possibilitando uma reflexão crítica sobre a qualidade do cuidado prestado e a segurança do paciente.
A coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, relembrou que toda pessoal com 60 anos ou mais é considerada idosa e seus direitos são assegurados na Política Nacional do Idoso, no Estatuto do Idoso e na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Para ela, o curso insere-se nesse contexto, pois reforça a importância da temática de cuidado ao idoso, especialmente neste momento de pandemia, abordando questões de extrema relevância para esse grupo prioritário, como, por exemplo, a vacinação. Ela salientou ainda a importância da parceria com Proqualis/Icict/Fiocruz no desenvolvimento desse trabalho em equipe.
Confira a estrutura do curso e inscreva-se:
Aula 1: População idosa e a Covid-19
Aula 2: Cuidados integrais
Aula 3: Vacinação para proteção da Covid-19 nas ILPIs
Aula 4: Contatos sociais em tempos de isolamento
Aula 5: Atendimento ao residente com quadro suspeito ou com diagnóstico de Covid-19
Aula 6: Recomendações para Comunicação de Notícias Difíceis no Contexto da Covid-19
Está chegando o Health Challenge Brazil 2021 (HCB 21). O desafio vai reunir pessoas com ideias inovadoras para pensar em maneiras diferentes de resolver os problemas da saúde no Brasil. O evento nasceu em um momento de mudanças e transformações que estamos vivendo nos últimos tempos. O hackathon é totalmente online e gratuito. Podem participar estudantes e profissionais de saúde, designers, desenvolvedores, pessoas da área de negócios e outros interessados no tema.
O encontro acontecerá nos dias 19, 20 e 21 de março. Notando a necessidade de um olhar mais sensível para a área médica, a StartUpDays adentrou no âmbito clínico para entender, e assim, fomentar a criação de um evento voltado a assuntos de relevância para os profissionais do futuro da medicina. A Fiocruz é a patrocinadora oficial do HCB 21. O encontro será realizado com a finalidade de estimular o desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios da área da saúde do Brasil.
A ideia do encontro é fomentar a resolução dos problemas da área da saúde brasileira; estimular o desenvolvimento de ideias que podem se tornar negócios; conectar empresas da área da saúde que buscam inovação e mentes criativas; entrar em um ecossistema de inovação, com profissionais e estudantes de diversas áreas; e premiar os participantes.
Portanto, faça sua inscrição, forme seu time ou encontre um já inscrito e participe de mais de 60h de muito conteúdo transmitido pelas Lives, assim como aproveitar as sessões de mentoria com especialistas de diversas áreas. Ao final da jornada, você terá que apresentar sua solução, assim como submeter seu projeto final para avaliação da banca de jurados. A banca utilizará critérios pré-definidos para avaliar as soluções e definir quem será o grande campeão do Health Challenge Brazil 2021! Os resultados serão divulgados em 24 de março.
A chegada da pandemia potencializou o número de materiais cadastrados na Plataforma Educare – um ecossistema digital da Fiocruz que reúne centenas de Recursos Educacionais Abertos (REA)–, em especial as inserções sobre a temática da Covid-19. Por meio dela, o Campus Virtual Fiocruz vem consolidando, cotidianamente, as práticas de Educação Aberta na instituição, oportunizando a aprendizagem de forma ampla e irrestrita. Atualmente, o Educare reúne cerca de 600 aulas, cursos completos, animações em 3D, FAQs, vídeos, podcasts, apresentações, jogos e outros recursos. Um destaque importante neste momento são os REA relacionados ao novo coronavírus: já são quase 200 recursos apenas sobre o tema.
Conheça, acesse, use, compartilhe e aprenda!
Promover o acesso global à informação em saúde está entre as iniciativas na busca pelo alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A Fiocruz é análoga a esses princípios desde 2014, quando instituiu sua Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, visando garantir à sociedade o acesso gratuito, público e aberto ao conteúdo integral de toda sua obra intelectual. Recentemente, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Carissa Etienne, pediu aos países das Américas que trabalhem em direção a oito metas na transformação digital da saúde pública, incluindo a implementação de sistemas de informação e saúde digitais abertos e sustentáveis. Ela ressaltou que a pandemia de Covid-19 expôs a necessidade dos sistemas de saúde serem mais resilientes, interdisciplinares, intersetoriais e interconectados do que nunca.
Assista: O que acontece no seu corpo após a vacina contra Covid‑19?
O acervo da Plataforma Educare
A Plataforma Educare é um ecossistema digital online da Fiocruz que concentra cerca de 600 REA que foram cadastrados ao longo dos últimos dois anos, além de ter recebido mais de 25 mil visitas nesse mesmo período. Não por acaso, as inserções sobre a Covid-19 aumentaram significativamente. O desenvolvimento e publicações de cursos do Campus Virtual Fiocruz relativos à temática da Covid-19 também contribuíram para esse aumento.
Segundo a coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, o Educare tem papel fundamental nesse processo de organização e disponibilização de REAs. “Desenvolvemos diversos tipos de recursos educacionais para nossos cursos, em especial a produção sobre coronavírus. Todos estão disponíveis na plataforma de maneira aberta, podendo ser utilizados em materiais didáticos, salas de aula e até em novos cursos. São de produção autoral, trazer a marca de tradição, inovação e confiança da Fiocruz, além de abarcarem uma enorme riqueza e diversidade, reforçando a trajetória da instituição pela educação aberta”, legitimou ela.
Já a responsável pela iniciativa Educare, Rosane Mendes, que é coordenadora adjunta do CVF, salientou a característica inovadora da plataforma. De acordo com ela, o Educare possibilita a utilização de ferramentas de autoria disponíveis, como, por exemplo, construtor de textos, criador de enquetes online e apresentações. “Muitos dos recursos utilizados nos nossos cursos autoinstrucionais foram criados na própria plataforma. Dessa maneira, num único ambiente, elaboramos, classificamos e armazenamos o REA para uso coletivo”, explicou Rosane.
Vale lembrar também que os cursos sobre Covid-19 produzidos pelo Campus Virtual Fiocruz seguem com inscrições abertas:
Estão abertas as inscrições para XI Ciclo de Debates: Doenças Negligenciadas. A primeira sessão será realizada no dia 18 de março de 2021, a partir das 14hs, com a vice-diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariângela Simão, responsável pela área de Acesso a Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos, e com o diretor do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) da Fiocruz, Carlos Morel. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, coordenará os debates.
As doenças negligenciadas – como malária, leishmaniose, hanseníase e dengue – afetam cerca de 1.5 bilhão de pessoas em todo o mundo, mas somente algo em torno de 1% dos novos medicamentos lançados nas últimas décadas foram destinados a essas enfermidades.
As sessões do debate serão transmitidas ao vivo pelo canal no Youtube do Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis/Fiocruz Brasília), com participação de renomados profissionais brasileiros e internacionais da ciência e da gestão.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo Campus Virtual Fiocruz. Aqueles que acompanharem o evento receberão certificado de participação emitido pela Escola de Governo Fiocruz Brasília.
Ciclo de Debates
O XI Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública é promovido pelo Núcleo de Estudos em Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis/Fiocruz Brasília). A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) apoia a realização das sessões.
Confira aqui a programação de debates para este semestre do XI Ciclo de Debates.
Última semana de inscrições no Programa Educacional Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras – Brasil). Seu objetivo é fortalecer a atuação de gestores e de profissionais de saúde brasileiros e estrangeiros que atuam nas fronteiras do Brasil com outros países da América do Sul. O cenário da pandemia da Covid-19 em que vivemos hoje e a recente experiência do Brasil com a epidemia de Zika colocou ainda mais em evidência a necessidade de tomadas de ação ainda mais coordenadas, rápidas e articuladas pelas autoridades sanitárias. O edital está disponível no Campus Virtual Fiocruz (menu Cursos > Programas > VigiFronteiras-Brasil). O Programa é uma iniciativa da Fiocruz, por meio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, e conta com o apoio da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (SVS/MS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). As inscrições vão até 30 de abril.
Acesse os editais de seleção e inscreva-se!
Segundo a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, o Programa VigiFronteiras-Brasil pretende capacitar profissionais de saúde atuantes na região de fronteira, seja na gestão, assistência, vigilância ou na avaliação da qualidade dos serviços. "É uma oportunidade de ampliarem os conhecimentos e a compreensão da realidade para que exerçam suas atividades considerando as singularidades do funcionamento do sistema de saúde desses locais, que é totalmente influenciado pela dinâmica dos fluxos populacionais", explicou.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, destaca a importância da chamada para a melhoria dos serviços de saúde. “O programa é fundamental nesse momento de pandemia e extremamente estratégico para avançarmos no conhecimento sobre a vigilância epidemiológica nas fronteiras. A formação em nível de pós-graduação dos profissionais dessas localidades contribuirá para alcançarmos uma saúde pública cada vez melhor para o nosso país", ressaltou.
O programa também dotará os participantes de uma maior capacidade para tomada de decisão, segundo o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis (DEIDT) do Ministério da Saúde, Laurício Monteiro Cruz. "A qualificação dos profissionais brasileiros e estrangeiros resultará em um serviço mais qualificado para o enfrentamento de surtos, epidemias ou pandemias. Queremos incentivar gestores e profissionais de todas as secretarias de saúde estaduais e municipais a participarem da seleção. Isso se traduzirá em uma vigilância em saúde baseada em dados, garantindo ao gestor uma maior segurança nas decisões. Ciência sempre", comentou.
Para Socorro Gross, Representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, o Programa VigiFronteiras Brasil é estratégico. "O Programa VigiFronteiras Brasil, é uma importante iniciativa para capacitar e fortalecer a capacidade de resposta dos profissionais que atuam na fronteira brasileira com outros países da América do Sul. Será um espaço para brasileiros e participantes dos outros países se articularem, compartilharem e encontrarem soluções conjuntas para a saúde e a vigilância nas fronteiras", comenta.
O VigiFronteiras-Brasil oferece 75 vagas para os cursos de mestrado e de doutorado, que serão ministrados por meio de um consórcio entre os Programas de Pós-Graduação em Saúde Pública, Epidemiologia em Saúde Pública e Saúde Pública e Meio Ambiente, oferecidos pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e o Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia, ligado ao Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazonas), além de docentes da Fiocruz Mato Grosso do Sul.
Enquanto a emergência sanitária pela Covid-19 perdurar, as atividades acadêmicas desenvolvidas pelos programas consorciados serão oferecidas na modalidade remota (online). Quando houver a determinação do fim do isolamento social pelas autoridades sanitárias dos países de origem dos alunos, os cursos serão oferecidos na modalidade presencial, nos polos determinados para a oferta: Escritório Regional da Fiocruz de Mato Grosso do Sul (Campo Grande/MS), Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Manaus/Manaus-AM) e Instituto Federal do Amazonas (Tabatinga/AM).
O doutorado tem duração mínima de 24 meses e máxima de 48 meses. Já para o mestrado, o tempo mínimo para conclusão é de 12 meses e máximo de 24 meses. Cerca de 20% das vagas serão reservadas para Ações Afirmativas (Cotas) e 80% para Ampla Concorrência (AC). Metade das vagas serão destinadas, preferencialmente, para os candidatos que atuam nas fronteiras nos países sul-americanos, podendo haver remanejamento caso as vagas não sejam preenchidas por candidatos estrangeiros. Não haverá oferta de bolsas.
No edital estão listados todos os documentos necessários, a forma de apresentação, além do cronograma de seleção. É de exclusiva responsabilidade do candidato acompanhar a divulgação das inscrições homologadas e o resultado das três etapas do processo seletivo - prova de inglês, análise curricular e documental e entrevista - na mesma página em que se inscreveu. As aulas devem ser iniciadas no segundo semestre de 2021.
Por conta da pandemia da Covid-19, a equipe envolvida na seleção está atuando remotamente. Por isso, todas as dúvidas sobre o edital serão respondidas apenas por e-mail. Solicitações de informações e questionamentos devem ser encaminhados para o selecaovigifronteiras@fiocruz.br.
* matéria publicada em 8 de março e atualizada em 22 de março e 26 de abril
Acolher é o ato de oferecer refúgio, conforto e hospitalidade. E foi assim, com esse sentimento, que a Fiocruz deu início às atividades de seus cursos de residência 2021. Aulas inaugurais e outros encontros de integração marcaram o início das novas turmas com debates de temas relevantes, particularmente neste momento de tanto trabalho, tensão e estresse que esses profissionais de saúde, que atuam na ponta do atendimento, estão vivenciando. Confira alguns eventos e temas realizados.
Residências são formações oferecidas em nível de especialização, com treinamento em serviço e voltadas a inúmeros profissionais que atuam na área. A Fiocruz tem décadas de tradição nesta oferta e anualmente abre inscrições para seus cursos. A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado, em encontro na Fiocruz Brasília, comentou que a residência é uma etapa de relevo na trajetória dos estudantes. Para ela, é quando se tem contato com a força do nosso sistema de saúde e também com suas contradições. Ela ressaltou também que o residente precisa lidar com uma série de emoções, das alegrias às dúvidas quanto à sua vocação. “É um período intenso com todo o dinamismo da entrada no mundo do trabalho e da prática profissional. Uma fase de muitos aprendizados e desafios”, enfatizou Cristiani.
Já a coordenadora adjunta de Residências em Saúde, da Coordenação Geral de Educação, da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (CGE/Vpeic/Fiocruz), Adriana Coser Gutiérrez, lembrou que sempre na primeira semana de março, em todo o Brasil, se inagura o calendário das novas turmas dos programas de residências em saúde, sendo esse rito uma atividade já tradicional para a Fiocruz. "Não realizamos somente a abertura das turmas, mas proporcionamos um momento de acolhida aos novos residentes. É com muita alegria e expectativas que começamos mais essa etapa, sobretudo com todos os desafios e aprendizados que a pandemia de Covid-19 trouxe para os profissionais de saúde. Neste ano, seguimos mantendo grande parte das ofertas dos nossos programas e com a taxa de ocupação de todas as vagas, pois foi grande a procura pelos nossos cursos. Para nós isso demonstra que a Fiocruz é uma instituição atenta a qualificar novos trabalhadores de saúde para as necessidades atuais do SUS", comentou ela.
A aula magna Atributos da Atenção Primária à Saúde, foi realizada em 28 de fevereiro, pelos Programas Residência em Medicina de Família e Comunidade, Enfermagem de Familia e Comunidade e Multiprofissional em Saúde da Família oferecidos, respectivamente, pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em parceria com a Fundação Oswaldo (Cruz). A aula magna foi proferida pelo médico geral familiar e Presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e do Vale do Tejo, Portugal, Luis Pisco.
Assista ao encontro:
Semana de Integração das Residências do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz)
A Semana de Integração dos programas de residência do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), foi realizada em 1° de março, reuniu centenas de alunos e contou com participação de especialistas da área para debater temas como o SUS na pré e pós-pandemia (José Temporão); a saúde mental dos profissionais de saúde em tempos de pandemia (Maria Paula Gomes); sistema de cotas (Roseli Rocha); atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violências (Rachel Niskier); prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (Natalie Del Vecchio); notificações de importância epidemiológica (Marcelle Piazi); segurança e qualidade hospitalar (Maria Beatriz Carvalho); lazer, cultura e educação no hospital (Maria Magdalena Oliveira).
Assista às palestras que aconteceram na parte da manhã e da tarde do dia 1° de março:
Também em 1° de março, aconteceu o Acolhimento dos Residentes, promovido pela Fiocruz Brasília, com encontro entre os ingressantes e os egressos dos cursos no painel “Potencial e desafio da residência para o fortalecimento do SUS”, com palestras da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado; da coordenadora adjunta das Residências em Saúde da Fiocruz, Adriana Coser; e da coordenadora geral dos Programas Integrados de Residência de Medicina de Família e Comunidade e Multiprofissional em Saúde da Família da Fesf-SUS, Grace Rosa.
Confira a matéria publicada pela Fiocruz Brasília: Acolhimento dos residentes reúne mais de 250 participantes em painel online sobre potenciais e desafios para fortalecer o SUS
Os novos alunos dos Programas de Residência Médica em Infectologia e de Residência Multiprofissional em Doenças Infecciosas e Parasitárias do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) foram recepcionados em 1° de março pelos coordenadores das residências oferecidas pela unidade: Suze Sant’Anna, coordenadora do programa de Pós-graduação Lato sensu, Alberto dos Santos Lemos, coordenador da Residência Médica, e Maria do Socorro Ferraz Machado, coordenadora do programa da Residência Multiprofissional. Além disso, Celina Mannarino comandou uma roda de conversa de acolhimento.
Confira mais detalhes em: Programas de Residência do INI recepcionam alunos das turmas 2021
Os alunos participaram ainda da aula de abertura do ano letivo do INI/Fiocruz, voltada a todos os programas de pós-Graduação Stricto e Lato sensu da unidade. A primeira palestra foi sobre as respostas da Fiocruz e do INI à pandemia (Paulo Buss) e a segunda apresentou a pesquisa clínica no Instituto. Assista: