As apostas online se tornaram um fenômeno de massa no Brasil. As chamadas “bets” patrocinam times de futebol, são divulgadas por influenciadores e parecem ser uma diversão inofensiva.
Só parecem. A realidade é que 4 milhões de brasileiros e brasileiras se tornaram apostadores de risco e 52% apostam mesmo após perdas significativas. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). As consequências são sentidas na economia e na saúde mental: pessoas que se endividaram para apostar, venderam bens, gastaram o pouco que tinham e desenvolveram dependência em relação aos jogos.
Estamos diante de uma epidemia das bets? A reportagem de capa da Radis de agosto (edição 275) mostra que a lógica de recompensa imediata, a facilidade de acesso e o apoio da mídia, de influenciadores e de equipes esportivas cria um ambiente propício à dependência. Quem ganha com as bets? Quem perde?
Na edição, você também confere outros assuntos: pacientes relatam como é conviver com a fibromialgia, que altera a percepção de dor no corpo; Museu da Vida Fiocruz mostra que arte, cultura e educação caminham juntas; O que foi notícia na 13ª Conferência da IAS sobre Ciência do HIV.
O mês de setembro será marcado por uma série de atividades inclusivas no Centro de Recepção do Museu da Vida Fiocruz, com o objetivo de promover a acessibilidade e o respeito à diversidade. A programação começa em 2 de setembro, às 12h, com a apresentação de Vanderson Pereira, músico cego com trajetória reconhecida nos palcos cariocas.
Nos dias seguintes, o público poderá visitar estandes informativos sobre o sistema Braille, em 3 de setembro, tecnologia assistiva para pessoas com deficiência visual, 4 de setembro, e sobre a baixa visão, 5 de setembro. Em 6 de setembro, às 10h, as crianças participarão da oficina lúdica de audiodescrição “Brincando de Descrever”.
A programação segue com oficinas de Braille em 10 de setembro, Libras e cultura surda, 13 de setembro, e a inauguração da exposição acessível “Tatuando Sentidos – Flores em Tela”, que o público confere a partir de 19 de setembro. A mostra apresenta obras táteis e recursos em Braille, Libras e audiodescrição.
Em 16 de setembro, a artista Moira Braga apresenta a performance “O Que Você Vê?” A artista explora dramaturgias do gesto, o mover sonoro e palavras que constroem movimento.
Haverá ainda as atividades sobre neurodiversidade, 18 de setembro e estratégias comunicacionais para pessoas autistas não verbais, em 20 de setembro. Na primeira, as educadoras Emanoela, Fernanda e Sophia apresentam recursos para regulação sensorial e um jogo de cartas que relaciona termos usuais referentes ao autismo e suas definições. O objetivo é proporcionar o diálogo sobre neurodiversidade e inclusão com o público.
A programação se encerra com a oficina “Enxergando diferente”. A atividade visa estimular vivências sobre baixa visão, 24 de setembro e uma apresentação musical da dupla Gabriel e Lucas em 27 de setembro, às 12h, com repertório autoral e sucessos da música popular brasileira.
Serviço
Evento: Setembro Inclusivo
Local: Centro de Recepção
Data: 2 a 30 de setembro de 2025
Horários variam conforme a atividade (ver programação)
Entrada: Grátis
Mais informações: Site do Museu da Vida Fiocruz
Programação:
• 02/09/2025 – Abertura
Local: Centro de Recepção
Horário:12h -Apresentação de Vanderson com Voz e teclado. Vanderson Pereira é pianista, tecladista e músico cego, com trajetória marcada pela versatilidade e presença nos palcos de grandes teatros do Rio de Janeiro.
• 03/09/2025 – Estande Informativo Braille
Local: Centro de Recepção
Horário:12h Nessa atividade as Educadoras Eduarda e Ana Beatriz estarão em um estande montado no Centro de Recepção com o objetivo de apresentar o sistema de leitura e escrita Braille ao público visitante.
• 04/09/2025 – Estande Informativo Deficiência visual e recursos de tecnologia assistiva
Local: Centro de Recepção
Horário: 12h
Nessa atividade o educador Felipe Monteiro irá compartilhar sua experiência no que se refere a acessos, apresentando recursos como materiais em Braille, pisos táteis, caneta Pentop, e a maquete tátil que estarão em exposição no stand. A atividade visa proporcionar a discussão e reflexão sobre a acessibilidade em museus e demais equipamentos culturais.
• 05/09/2025 – Estande Enxergando diferente: a baixa visão no cotidiano
Local: Centro de Recepção
Horário: 12h
A atividade proposta pela educadora Ana Beatriz busca sensibilizar e informar o público visitante sobre a baixa visão, suas causas, características, desafios e recursos de acessibilidade, promovendo empatia, respeito e inclusão social.
• 06/09/2025 – Brincando de Descrever: Oficina de Audiodescrição para Crianças. Local: Sala de Vídeo do Centro de Recepção
Horário: 10h
A oficina tem como proposta introduzir, de forma lúdica e interativa, os princípios da audiodescrição para o público infantil. Por meio de uma atividade em grupo com objetos surpresa, as crianças serão estimuladas a usar a linguagem descritiva como ferramenta de imaginação, inclusão e comunicação.
• 10/09/2025 – Oficina de Braille
Local: Sala de Vídeo do Centro de Recepção
Horário:10h
Nessa atividade além de ser apresentado à história do sistema Braille, os visitantes terão a oportunidade de experenciar a leitura e escrita Braille utilizando reglete e punção.
• 12/09/2025 – Stand informativo Libras e Cultura Surda
Local: Centro de Recepção
Horário:12h Nessa atividade, o educador Paulo Andrade, irá expor seus trabalhos realizados na Língua Brasileira de Sinais, além de interagir com o público visitante, destacando a importância da inclusão, transmitindo conhecimentos a respeito da comunicação em Libras e esclarecendo dúvidas.
• 13/09/2025 – Oficina Libras e Cultura surda
Local: Sala de Vídeo do Centro de Recepção
Horário: 10h
Esta atividade propõe indagar o público participante acerca da seguinte reflexão crítica sobre os aspectos sociolinguísticos da Língua Brasileira de Sinais (Libras), existe uma padronização na sinalização em libras no Brasil? Por exemplo o sinal de Mamãe é o mesmo? Sobre identidade surda questionar sobre o conhecimento a cerca dessa identidade, quantas são e quais são? Serão abordadas as diferentes formas de variação na Libras sejam regionais, etárias, sociais e históricas.
• 16/09/2025 – Intervenção artística – Performance
Local: Centro de Recepção
Horário:12h
O QUE VOCÊ VÊ? Uma pergunta, uma provocação, um convite. Nesta performance, Moira Braga explora dramaturgias do gesto, o mover sonoro e palavras que constroem movimento. A performance nasceu como uma proposta de intervenção em ambientes artísticos, como teatros e centros culturais e já foi apresentada em diversos lugares no Rio de Janeiro desde 2017. Uma das características deste trabalho são as camadas que o transforma e renova a cada apresentação, trazendo o ineditismo para a cena que nunca é a mesma pois permite adaptações e releituras de acordo com os espaços.
• 18/09/2025 – Estande Informativo Neurodiversidade
Local: Centro de Recepção
Horário: 12h
Nessa atividade as educadoras Emanuela, Fernanda e Sophia apresentarão recursos utilizados para regulação sensorial e um jogo de cartas que relaciona termos usuais referentes ao autismo e suas definições como forma de dialogarem sobre neurodiversidade e inclusão público visitante.
• 19/09/2025 – Estreia da Exposição acessível “Tatuando Sentidos – Flores em Tela”
Local: Casa de Chá
Exibição até 30/09/2025
A exposição busca promover contemplação, interação e inclusão, aproximando a arte de todos os públicos de forma sensorial e acessível. Tatuar sentidos está presente em desenhos feitos para tatuagens, bordado com linha preta de diversas espessuras em tela de pintura branca, inspirados no Guia botânico de Niterói (2019), na flora brasileira, incluindo e aproximando todos os espectadores ao reconhecimento e busca sobre a flora local e suas funcionalidades no meio ambiente de forma sensorial e acessível. Toda a exposição conta com obras táteis, textos com audiodescrição, BRAILLE e LIBRAS.• 20/09/2025 – Oficina Estratégias da Imagética como Baluarte Comunicacional com Pessoas Autistas não Verbais e Surdos Autistas
Local: Sala de Vídeo do Centro de Recepção
Horário: 10h
A oficina ministrada pela educadora Emanoela propõe uma abordagem inclusiva, sensível e prática, incentivando profissionais, familiares, educadores e acompanhantes terapêuticos a desenvolverem ferramentas visuais que ampliem as possibilidades de interação, expressão de desejos, sentimentos e compreensão. Ampliando condições de previsibilidade agregada a rotina e socialização de autistas, utilizando ferramentas através de treinamento por tentativa discreta, que fortaleça a autonomia comunicacional da vida diária.
• 24/09/2025 – Oficina Enxergando diferente: conhecendo a baixa visão Local: Sala de Vídeo do Centro de Recepção Horário:
10h Essa atividade irá proporcionar vivências sensoriais que simulem diferentes tipos de perda visual, favorecendo a empatia, além de demonstrar recursos de acessibilidade tecnológica e arquitetônica para pessoas com baixa visão.
• 27/09/2025 – Apresentação Musical
Local: Centro de Recepção
Horário: 12h
A dupla Gabriel e Lucas fará uma apresentação musical especial no dia 27 de Setembro. O repertório escolhido transita entre músicas autorais e sucessos da música popular brasileira, com potencial de emocionar o público em um espetáculo sensível, para cima e repleto de significado.
O Encontro às Quintas recebe, em 28 de agosto, o historiador Alexandre Fortes, Professor Titular da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Com o título A Força Expedicionária Brasileira: Relações Raciais, Identidade Nacional e Ambições Diplomáticas, a palestra aborda o envio da Força Experdicionária Brasileira (FEB) para lutar na Itália entre 1944 e 1945, contextualizando o cenário político e diplomático que levou o Brasil a se unir aos aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Fortes discute como a participação no conflito foi utilizada para projetar uma imagem de “democracia racial” no exterior e para reposicionar o país no pós-guerra, além de analisar as tensões internas relacionadas ao comando e à modernização das Forças Armadas.
Alexandre Fortes é doutor em História pela Unicamp e integra o corpo docente permanente dos Programas de Pós-Graduação em História e em Humanidades Digitais. Bolsista de Produtividade do CNPq e Cientista do Nosso Estado (Faperj), é autor, entre outros, dos livros Nós do Quarto Distrito: A Classe Trabalhadora Porto-alegrense e a Era Vargas (Garamond, 2004) e The Second World War and the Rise of Mass Nationalism in Brazil: Class, Race, and Citizenship (Palgrave MacMillan, 2024).
Encontro às Quintas – 2ª sessão
A Força Expedicionária Brasileira: Relações Raciais, Identidade Nacional e Ambições Diplomáticas
Expositor: Alexandre Fortes (UFRRJ)
Coordenação: Marcos Chor Maio (COC/Fiocruz)
Data: 28/8/2025
Horário: 10h
Modalidade: Presencial
Local: Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira (CDHS), Campus Fiocruz Manguinhos
Nesta quinta-feira, 28 de agosto, às 18h, será realizada uma aula inaugural com o tema "Educação Territorializada: Mulheres Negras Tecendo Saberes e Potências na Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai)".
A atividade é organizada pela EJA Manguinhos/Fiocruz em parceria com o Comitê da Rede de Mulheres Negras do Estado do Rio de Janeiro para a Marcha Nacional das Mulheres Negras 2025 e o projeto Julho das Pretas nas Escolas.
O evento acontece presencialmente no auditório da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), na Av. Brasil, 4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro/RJ.
Estão abertas as inscrições para Semana da Pós-graduação do Instituto Oswaldo Cruz 2025, que este ano acontece de 15 a 19 de setembro de 2025, no auditório Emmanuel Dias – Pavilhão Arthur Neiva (campus da Fiocruz, em Manguinhos - RJ).
Voltada para estudantes e docentes de pós-graduação do IOC, da Fiocruz e de outras instituições, a edição 2025 traz como temáticas a internacionalização, as mudanças climáticas, o ensino, a extensão, a inovação e a empregabilidade. Tudo com o intuito de proporcionar, ao longo dos cinco dias de evento, a interação dos participantes com parceiros do meio acadêmico e profissional, visando facilitar a troca e a construção de novos conhecimentos a respeito das temáticas.
Pensada com objetivo de facilitar a troca e a construção de novos conhecimentos acerca dos temas propostos, a programação conta com palestras, mesas-redondas, mesas científicas e workshops, além das iniciativas já tradicionais:
A participação está condicionada à inscrição prévia pelo Campus Virtual Fiocruz até o dia 12 de setembro.
A programação da Semana de Pós-graduação está entre as ações do Jubileu Secular de Prata do IOC, projeto que comemora os 125 anos do Instituto.
Jornada Jovens Talentos
Na edição em que completa 10 anos, a Jornada Jovens Talentos do IOC será realizada, de forma inédita, como evento satélite da Semana da Pós-graduação 2025.
As apresentações ocorrerão nos dias 11 e 12 de setembro de 2025, nas dependências do Pavilhão Arthur Neiva (campus da Fiocruz, em Manguinhos). Já a tradicional premiação dos melhores trabalhos continuará sendo no último dia da Semana da Pós-graduação (19/9).
A Jornada Jovens Talentos visa promover a apresentação oral de projetos de pesquisa em desenvolvimento por estudantes de mestrado e doutorado do IOC e da Fiocruz.
Para mais informações, clique aqui.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
Estão prorrogadas até 31 de agosto as inscrições para a III Jornada de Pós-Graduação de Farmanguinho, cujo tema de 2025 é "Capacitando o Ceis para fortalecer o SUS". Promovida pelo Departamento de Educação do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), o evento tem como objetivo a formação de profissionais com conhecimento multidisciplinar sobre temas integrados à cadeia de desenvolvimento de fármacos e medicamentos, capacitados para atuar tanto no Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis), como no Sistema Único de Saúde (SUS). A III edição será realizada nos dias 8 e 9 de outubro, de maneira presencial, e contará com conferências nacionais e internacionais, mesas-redondas e apresentações de trabalhos. O encontro terá ainda a participação de empresas parceiras, o que promove a interação indústria academia, favorecendo a criação de novos projetos e acordos. As inscrições devem ser realizadas pelo Campus Virtual Fiocruz até 31 de agosto.
O público-alvo são estudantes de graduação, pós-graduação, docentes e profissionais. O evento certifica os participantes e oferece carga horária de 16 horas. A submissão de resumos também vai até o dia 31/8. Confira aqui as regras.
A iniciativa conta com programas de pós-graduação stricto sensu, lato sensu e cursos de qualificação. E tais programas, por estarem inseridos em um ambiente fabril, tem um grande diferencial, sendo fundamental esse um fator fundamental para que o estudante tenha contato com a realidade e as etapas de produção de um medicamento, apresentando um contraponto entre o panorama teórico-prático da pesquisa em fármacos e o entendimento da cadeia produtiva no setor de saúde. Baseados nisso, os evento científicos organizados pelo Departamento de Educação de Farmanguinhos buscam integrar estudantes, egressos e docentes dos programas com outros entes da cadeia de descoberta e desenvolvimento de medicamentos.
A II Jornada, realizada em 2024, teve a participação de diversas instituições de ensino do Rio de Janeiro, contou com palestras envolvendo pesquisadores da Fiocruz e de outras instituições, incluindo a participação de parceiros internacionais, o Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova Lisboa.
Data e horário
8/10/2025 – 8h30 às 16h30
9/10/2025 - 8h30 às 16h30
Local de realização do curso: Auditório de Biomanguinhos: Avenida Brasil 4365, Fiocruz - campus Manguinhos, Rio de Janeiro
Inscrições: prorrogadas até 31/8/2025
Certificação: Após finalização do evento, comprovada a participação.
Contato: eventosedu.far@fiocruz.br
Critério de seleção: Serão admitidas as inscrições completas por ordem de chegada.
O lançamento coletivo da Editora Fiocruz reuniu autores, pesquisadores e leitores em uma roda de conversa, seguida de homenagens e confraternização. O encontro fez parte das comemorações pelos 32 anos da Editora e pelos 125 anos da Fundação Oswaldo Cruz, e foi realizado no dia 22 de agosto, no espaço de convívio da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). Foram lançados oito títulos publicados entre janeiro e julho deste ano, que refletem a pluralidade de áreas contempladas no catálogo da Editora — da saúde pública/coletiva e ciências biomédicas às ciências sociais e humanas em saúde.
As obras abordam temas centrais do debate contemporâneo. Questões como justiça reprodutiva e interseccionalidade, os impactos sociais da eugenia, as políticas de exclusão vividas por refugiados, e os desafios globais impostos pelas superbactérias resistentes a antimicrobianos aparecem lado a lado com reflexões sobre saúde pública/coletiva, políticas públicas e a própria história da Fiocruz.
Entre os destaques, a obra Ciência e Saúde pela Vida: 125 anos de história da Fiocruz (coedição com a Hucitec Editora), organizada por pesquisadores da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), e o livro Ciência a Caminho da Roça, obra agora lançada em versão em inglês, como parte do plano editorial da Editora Fiocruz voltado às agendas da saúde global.
A roda de conversa contou com a participação de autores e organizadores como Dominichi Miranda de Sá, Elaine Reis Brandão, Cristiana Facchinetti, Eduardo Thielen, Robert Wegner, Marilia Sá Carvalho e Daiana Cristina Silva Rodrigues, que representaram as obras lançadas no primeiro semestre. O bate-papo trouxe ao público reflexões sobre a contribuição dos títulos para o debate contemporâneo em saúde e sociedade.
Autores e organizadores: Reconhecimento e homenagens
Na abertura, foi destacada uma conquista recente: o livro 'Epidemiologia Pós-Pandemia: de ciência tímida a ciência emergente', de Naomar de Almeida Filho, venceu o Prêmio Jabuti Acadêmico 2025 na categoria Enfermagem, Farmácia, Saúde Coletiva e Serviço Social. Em 2024, a Editora também recebeu o prêmio na mesma categoria com A'tenção Primária à Saúde em Municípios Rurais Remotos no Brasil'.
Como parte da programação, foi exibido um vídeo comemorativo com depoimentos de pessoas que ajudaram a escrever a história da Editora Fiocruz ao longo de 32 anos, representando todos aqueles que contribuíram para a construção dessa trajetória.
O evento incluiu ainda a entrega de placas de reconhecimento a personalidades que marcaram a história da Editora, seja pela liderança, pela dedicação ou pela contribuição científica e institucional. Entre eles, Carlos Morel, presidente da Fiocruz quando a Editora foi criada, em 1993; e Nísia Trindade Lima, cuja trajetória inclui a direção da Editora, a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e a Presidência da Fiocruz. Também foram homenageados Manoel Barral-Netto e Cristiani Vieira Machado, que ocuparam a direção da Editora durante seus mandatos como vice-presidentes de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC).
Nísia ressaltou que a Editora é um projeto que de fato se institucionalizou e cujo maior valor está no afeto, no cuidado e no trabalho coletivo que a sustentam.
A atual diretora da Editora e vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC), Marly Cruz, agradeceu aos homenageados, ao editor executivo, João Canossa, e à equipe pelo empenho e contribuição na consolidação da Editora Fiocruz. Destacou ainda o acolhimento e o carinho com o qual foi recebida desde o início da gestão.
O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, encerrou o evento cumprimentando a Editora pelo excelente trabalho, que já faz parte da história institucional da Fiocruz.
Livros lançados no semestre
Ciência e Saúde pela Vida: 125 anos de história da Fiocruz (coedição com a Hucitec Editora), organizado por Dominichi Miranda de Sá, André Felipe Cândido da Silva, Tamara Rangel Vieira, Vanessa Pereira da Silva e Mello e Lorenna Ribeiro Zem El-Dine
Complexidade e Ação Sistêmica na Saúde Coletiva, de Luiz Carlos de Sá Carvalho e Marilia Sá Carvalho
Eugenia: ontem e hoje, de Robert Wegner (Coleção Temas em Saúde)
Justiça Reprodutiva: desafios interseccionais na saúde coletiva, organizado por Elaine Reis Brandão, Laura Lowenkron e Rosamaria Giatti Carneiro
Perspectivas Analíticas em Políticas Públicas, organizado por Vanessa Elias de Oliveira
Refugiados e Políticas de Exclusão: histórias do nazismo, Holocausto e exílio no Brasil, organizado por Cristiana Facchinetti, Pedro Felipe Muñoz e Maurício Parada
Science on the Trail to the Backlands: photographs of the scientific expeditions by the Oswaldo Cruz Institute to the hinterlands of Brazil from 1911 to 1913, de Eduardo Thielen, Fernando Antonio Pires Alves, Jaime Larry Benchimol, Marli Brito de Albuquerque, Ricardo Augusto dos Santos e Wanda Latmann Weltman
Superbactérias Resistentes a Antimicrobianos, organizado por Ana Paula D’Alincourt Carvalho Assef, Leticia Miranda Lery Santos e Viviane Zahner (Coleção Bio)
O CNPq lançou edição especial COP30 do Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica. O prêmio localiza-se dentro da agenda do CNPq para a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas (COP30) - um evento tão importante que vai acontecer em Belém do Pará este ano e que também põe o Brasil no destaque na defesa do clima, da biodiversidade, do meio ambiente, em defesa da vida. As inscrições são de caráter individual e terminam nesta semana, às 18h do dia 29 de agosto de 2025, horário de Brasília.
A edição especial do Prêmio José Reis será na categoria Mídias Digitais e contemplará dois produtores de conteúdo digital de divulgação e popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação ao grande público. Os trabalhos apresentados devem ser relacionados ao tema “Caminhos Científicos nas Mudanças Climáticas” e mostrar soluções criativas que utilizem meios digitais para promover a conscientização sobre a mudança do clima e seus impactos.
A iniciativa da edição especial do Prêmio José Reis relacionada às mudanças climáticas partiu do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que decidiu aproveitar a oportunidade da COP30 para fazer uma exposição mais positiva de o que a ciência brasileira está fazendo. “Nós pensamos em uma diferente estrutura de programação, envolvendo diferentes atores científicos no Brasil. É nesse sentido que entra o Prêmio, que nós consideramos que deveríamos proporcionar, para que os jovens cientistas se engajassem nessa tarefa de divulgação da ciência, mas com o foco das mudanças climáticas”, diz o secretário adjunto de Políticas e Programas Estratégicos (Seppe) do MCTI, Osvaldo Moraes.
Segundo Moraes, quem trabalha com ciência sabe que existe uma grande lacuna de diálogo entre quem produz a ciência e quem usa a ciência para tomada de decisão. “Nós precisamos, de alguma maneira, fazer um esforço para transpor essa barreira, precisamos construir uma ponte entre a ciência e tomadores de decisão e nada mais útil do que nos envolvermos os jovens pesquisadores nessa tarefa. Foi com esse sentido que procuramos o CNPq e propusemos que esse prêmio deste ano fosse dedicado ao tema da COP”, lembra.
Inscrições
As inscrições são de caráter individual e se encontram abertas até as 18 horas do dia 29 de agosto de 2025, horário de Brasília. Conforme o edital, as iniciativas de difusão devem estar vinculadas de modo formal à geração de conhecimento nacional e de evidências científicas robustas. A divulgação do resultado está prevista para o final de outubro deste ano.
Diferente da premiação anual, que só tem um premiado, esta edição especial terá dois agraciados e pode premiar também um concorrente com Menção Honrosa. Os escolhidos em primeiro e segundo lugar receberão como premiação, respectivamente, R$ 20 mil e R$ 10 mil, além de certificados e passagens aéreas e diárias para permitir que participem da cerimônia de entrega do Prêmio, que deve ocorrer em Brasília, durante a realização do Seminário Comemorativo dos 45 Anos do Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica, em data a ser definida. O agraciado com Menção Honrosa receberá comente certificado.
As candidaturas apresentadas serão julgadas por Comissão Julgadora designada pela Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos (SEPPE) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela Diretoria de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação (DCOI) do CNPq. Os critérios de julgamento incluem relevância do conteúdo digital para a divulgação e popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação e sua aderência ao tema do prêmio; efetividade na transmissão do conteúdo digital com clareza, objetividade e rigor científico; originalidade, inovação e criatividade na produção de conteúdo digital; além de estratégia de engajamento e mobilização do público por meio de mídia digital.
A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) anuncia a realização do 1º Encontro Brasileiro sobre Políticas Afirmativas na Pós-graduação em Saúde Coletiva (PPGSC), o AFIRMAÇO, que acontece entre os dias 1 e 3 de outubro, no Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em Santo Antônio de Jesus, Bahia. O evento reunirá estudantes, docentes e coordenadores de programas em um espaço de trocas, reflexões e construção conjunta e será sediado no Recôncavo da Bahia, território marcado pela força das culturas negras, indígenas, quilombolas e ribeirinhas, símbolo da resistência social e cultural do país.
Para o membro da Abrasco Marcelo Castellanos, o encontro é oportunidade para refletirmos sobre as políticas afirmativas na pós-graduação. “Nossa proposta é identificar caminhos para avançar com as consequências práticas dos compromissos da Saúde Coletiva com a reparação social devida a populações historicamente afastadas do ensino superior e da pós-graduação”, afirma.
O AFIRMAÇO tem como propósito fortalecer as pontes para ampliar o acesso, a permanência e a conclusão da formação de sujeitos historicamente afastados do ensino superior, reafirmando o compromisso da Saúde Coletiva com a reparação histórica e a construção de uma sociedade mais justa. O encontro discutirá experiências, desafios e caminhos para a efetiva implementação das Políticas Afirmativas (PAF) nos PPGSC de todo o Brasil, além de incentivar reflexões mais amplas sobre seus impactos.
AFIRMAÊ: pesquisa e movimento pela transformação na Saúde Coletiva
O encontro integra as ações do AFIRMAÊ Saúde Coletiva, projeto de pesquisa e extensão universitária voltado à avaliação da implementação e dos efeitos das políticas de ações afirmativas na pós-graduação em Saúde Coletiva. Com abrangência nacional e abordagem mista quali-quanti, a iniciativa também promove ações extensionistas, especialmente por meio das redes sociais, ampliando a integração com a comunidade acadêmica e segmentos sociais diretamente envolvidos.
Além de pesquisa, o AFIRMAÊ se consolida como movimento de transformação da formação em saúde coletiva, estimulando a construção de uma universidade pública mais diversa, acolhedora e comprometida com a justiça social. Estudantes cotistas de programas de pós-graduação em Saúde Coletiva interessados em se integrar ao movimento podem entrar em contato com a equipe do AFIRMAÊ pelo Instagram ou pelo e-mail: projetoafirmae@gmail.com.
O Sextas de Poesia desta semana junta-se a várias manifestações pelo mês de conscientização e enfrentamento à violência contra as mulheres. São diversas as faces da violência, assistimos ao aumento do feminicidio, agressão, violência doméstica, além de propostas de proibir o aborto em todas as circunstâncias, incluindo as atualmente previstas em lei. Durante o mês de agosto, o Governo Federal intensifica a mobilização nacional pelo fim da violência contra as mulheres, com uma série de ações coordenadas pelo Ministério das Mulheres. O Agosto Lilás é um marco anual de conscientização e enfrentamento à violência contra elas e, em 2025, ganha ainda mais força com a campanha “Não deixe chegar ao fim da linha. Ligue 180”, que reforça o papel da Lei Maria da Penha como instrumento de proteção e transformação de vidas.
Os poemas escolhidos para esta semana são um compilado do coletivo feminista Papel Mulher (@papel.mulher), que traz as poetas Monique Malcher, Bianca Manicongo, Maura Lopes Cançado, Apéagá, Lelia Gonzalez e Violeta Formiga. O projeto Papel Mulher, por meio de lambe-lambes — pôsteres artísticos de tamanhos variados que são colados em espaços públicos —, o coletivo distribui nas cidades do Brasil palavras de poesia e beleza que reforçam a resistência feminina.