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Publicado em 02/12/2021

Sextas de Poesia homenageia ganhadora do Prêmio Jabuti 2021

Autor(a): 
Ana Furniel

Com o poema Aquavia, de Maria Lúcia Alvim, o Sextas de Poesia desta semana retrata o amor na força de uma fonte que transborda, na ambivalência dos sentimentos e na leveza da alma que se evapora.

A nova edição homenageia a autora Maria Lúcia, cotemplada em 2021 com o prêmio Jabuti na categoria poesia, mais importante troféu anual da literatura brasileira. A poeta  mineira, venceu postumamente pela coletânea de poesias "Batendo Pasto", da Relicário.

Nascida em 4 de outubro de 1932, em Araxá, no Alto Paranaíba, Minas Gerais, a escritora morreu em fevereiro deste ano, vítima da Covid-19, aos 88 anos, em uma casa de repouso de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. 

Publicado em 26/11/2021

Com Chacal, Sextas traz poesia marginal

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana traz Chacal, ou Ricardo de Carvalho Duarte, com "Na porta lá de casa". O poema escolhido parece nos falar da percepção de um cotidiano, contraditório entre casa e rua, lúdico e marginal. Chacal é o principal sobrevivente da Poesia Marginal, típico antropófago, que sabe imprimir as marcas da brasilidade carioca em seus versos.

Em 1970, ele escreveu seu primeiro livro, intitulado “Muito Prazer”, uma edição mimeografada, um misto de cartão de apresentação com livro de poesia, pessoalmente distribuído pelo autor, em 1971, com confecção de 100 exemplares. A partir de 1972, passou a colaborar com a revista Navilouca. 

Chacal foi um poeta da chamada geração mimeógrafo, que fazia uma poesia que saia da página do livro e ganhava as ruas. A Poesia Marginal é irreverente, descompromissada com qualquer estética. 

Como atesta a criação do CEP 20.000 (Centro de Experimentações Poéticas), em 1990, no Rio de Janeiro, como forma de reunir poetas e artistas e agitar a vida política e cultural da cidade. Chacal passou a ler avidamente Guimarães Rosa. Descobriu que “palavras tinham molas, dobravam esquinas”, ao mesmo tempo em que vivia as manifestações nas ruas contra a ditadura. 

Publicado em 12/11/2021

Sextas homenageia o letrista, poeta e jornalista Torquato Neto

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana traz Torquato Neto com o poema "Cogito" em que mostra sua dualidade, inconformismo e complexidade, um poeta que busca na palavra e na escrita romper silêncios e caminhos perdidos. Letrista, poeta e jornalista, Torquato Neto nasceu em Teresina em 1944. Viveu em Salvador e, a partir de 1963, no Rio de Janeiro, onde cursou Jornalismo e trabalhou nas redações do Correio da Manhã.

Entre suas primeiras letras está “Louvação”, lançada com sucesso por Elis Regina e, em seguida, pelo seu coautor, Gilberto Gil, em 1967. Naquele ano, estourou o Tropicalismo, no qual Torquato Neto brilhou como excepcional letrista. Sua grande contribuição para o movimento foram as letras da canção-manifesto, como, por exemplo, “Geleia Geral”.

Em 1971 e 1972, Torquato escreveu a polêmica coluna no jornal Última Hora, intitulada Geleia Geral. Com nada nos bolsos ou nas mãos, divino e maravilhoso, pessoa intransferível, Torquato suicidou-se em 10/11/1972, no Rio de Janeiro, aos 28 anos.

Publicado em 05/11/2021

Sextas de poesia homenageia Paulina Chiziane, vencedora do Prêmio Camões

Autor(a): 
Ana Furniel

Na obra "O alegre canto da perdiz", que ilustra o Sextas de Poesia desta semana, Paulina Chiziane conta a história de vida de Delfina, “dos contrastes, dos conflitos, das confusões e contradições, é a história da mulher africana, a história da apocalíptica perda do sonho". Mas que segue na luta com encanto, com a força da mulher negra, cujo grito de liberdade está sempre sufocado, seja qual for a língua.

Nascida em 1965, Paulina é a vencedora do Prêmio Camões de 2021, e foi a primeira moçambicana a publicar um romance. Autora de "Niketche", lançado pela Companhia das Letras, e "O alegre canto da perdiz" (Editora Dubliense), sua obra tem encontrado grande recepção no Brasil, sendo tema, inclusive, de teses e dissertações defendidas em universidades de todo o país. Na juventude, atuou na Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), durante a Guerra de Independência, e só publicou seu primeiro romance — "Balada de amor ao vento" — em 1990.

Publicado em 29/10/2021

Sextas homenageia Carlos Drummond de Andrade

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana homenageia o aniversário de Carlos Drummond de Andrade, celebrado em 31 de outubro, com o poema "Confidência do Itabirano". Drummond é considerado um dos poetas brasileiros mais influentes do século XX, e um dos principais artistas da segunda geração do modernismo brasileiro, embora sua obra não se restrinja a formas e temáticas de movimentos específicos.

Carlos Drummond de Andrade, que também foi contista e cronista, nasceu em Itabira do Mato Dentro - hoje apenas Itabira -, em Minas Gerais, em 31 de outubro de 1902. E vem de suas memórias de Itabira o poema em sua homenagem: "Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!"

Drummond merece todas as homenagens! É o poeta que traduz o “ferro nas calçadas" e a dor do "ferro nas almas”. O homem que viu o mundo tão grande que cabia na janela sob o mar, e que fazia da poesia seus braços pra alcançar. "Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo". 

Viva Drummond, o poeta do mundo!

Publicado em 15/10/2021

Sexta de Poesia homenageia professores

Autor(a): 
Ana Furniel

Neste 15 de outubro, data em que se comemora o Dia dos professores, o Sextas de Poesia faz uma homenagem a todos aqueles que são plantadores de esperança, que semeiam em cada criança um adulto sonhador. Com um cordel - gênero da literatura que, por meio da declamação e textos rimados, leva arte, conhecimento e identidade à população -, esta edição do 'Sextas' mostra "A força do professor", de Bráulio Bessa.

Parabéns aos mestres que transformam vidas. Como no cordel, a educação é ter esperança, mas esperança do verbo esperançar, não de esperar. Assim, como já nos dizia Paulo Freire, "esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir!"

Braulio Bessa, poeta e cordelista, nasceu em 1985, no pequeno município de Alto Santo, no interior do Ceará. Foi na escola que teve contato, pela primeira vez, com a poesia nordestina. A partir daí, passou a admirar e a frequentar cantorias de viola em sua cidade. Em 2011, criou uma página no Facebook, chamada Nação Nordestina, para publicar conteúdos sobre tradições, expressões populares e culinária da região, e ainda postar vídeos para resgatar a tradicional literatura de cordel. Foi dessa forma que se tornou um fenômeno nas redes sociais, levando a cultura de cordel como forma de divulgação e aprendizagem.

Publicado em 08/10/2021

Sextas de Poesia traz Mário de Andrade falando sobre a inconstância do amor

Autor(a): 
Ana Furniel

A edição desta semana do Sextas de Poesia traz Mário de Andrade com o soneto "Aceitarás o amor como eu o encaro?". Nele, o escritor e poeta, fala sobre a inconstância do amor em um poema de hesitação. Reticências...

Mário de Andrade nasceu em 9 de outubro de 1893, em São Paulo, cidade que tornou-se o centro de sua poesia modernista. 

Ele publicou "Pauliceia Desvairada" o primeiro livro de poemas da fase inicial do modernismo. Mário também foi romancista, contista, crítico literário, professor e pesquisador de manifestações musicais e excelente folclorista. Ele interessava-se por tudo aquilo que dissesse respeito ao seu país e teve relevante papel na implantação do Modernismo no Brasil, tornado-se a figura mais importante da geração de 1922. Seu romance "Macunaíma" foi sua criação máxima. 

Publicado em 24/09/2021

Sextas de Poesia brinda a primavera com 'Bela flor'

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana brinda a chegada da primavera com "Bela Flor", de Maria Gadú, celebrando o florescer e a esperança do renascimento em cores de vida, força da natureza e tecendo manhãs.

Publicado em 17/09/2021

Sextas de Poesia fala sobre renovação e renascimento com Cecília Meireles

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana é ilustrado pelo poema Cântico XIII, de Cecília Meireles. Nele, a poeta nos convida para um autoencontro, para olhar pra dentro e renovar para transformar e renascer. "Ser sempre o mesmo, mas outro".

O livro Cânticos, de 2003, reúne poemas inéditos de Cecília Meireles, os quais foram transcritos dos manuscritos deixados pela autora. Além de contar com duas ilustrações da própria escritora, os poemas transcritos são reproduzidos em fac-símile e compostos de vinte e seis poemas de extrema beleza e sensibilidade.

Cecília Meireles foi escritora, jornalista, professora e pintora, considerada uma das mais importantes poetisas do Brasil. Sua obra de caráter intimista ,
destacou-se na segunda fase do modernismo no Brasil, no grupo de poetas que consolidaram a "Poesia de 30". Ela ganhou vários prêmios, entre eles o Machado de Assis e o Jabuti. 

Publicado em 10/09/2021

Sextas de Poesia traz Ferreira Gular

Autor(a): 
Ana Furniel

No poema escolhido para o Sextas de Poesia desta semana, o escritor, poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro Ferreira Gullar, reflete a certeza quase matemática de que " dois e dois são quatro", afirmando que a vida vale pena. O poema se faz com expressões cotidianas, exaltando a liberdade e a vida apesar do terror: O dia adentra a noite e o oceano é azul.

Hoje, 10 de setembro, seria aniversário de Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira, que nasceu em 1930 e faleceu em 2016. Gullar, que foi um dos fundadores do neoconcretismo, procurou sempre apontar em sua obra a problemática da vida política e social do homem brasileiro.

Um viva para o poeta Ferreira Gullar! 

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