Portal Fiocruz

Home Portal Fiocruz
Voltar
Publicado em 30/11/2022

Fiocruz vence três categorias no Prêmio Capes-Elsevier 2022

Autor(a): 
Isabela Schincariol*

A Fundação Oswaldo Cruz foi uma das vencedoras da sexta edição do Prêmio Capes-Elsevier 2022, anunciado na noite de terça-feira, 29/11, em Brasília, que reconheceu 13 instituições de ensino e pesquisa por sua produção e contribuição nacional. A Fiocruz foi contemplada em três categorias: Produção científica citada em políticas públicas; Contribuição para pesquisa de Covid-19; e Impacto da colaboração internacional. Representando a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, esteve na cerimônia e afirmou que "essa premiação é, sem dúvida, fruto do trabalho coletivo dos nossos milhares de trabalhadores, das unidades da Fiocruz em todo o país".

Cristiani destacou que a premiação é significativa ao reconhecer o compromisso institucional em trabalhar de forma cooperativa e aumentar a presença da ciência brasileira no cenário global; em dar respostas à sociedade em cenários de estabilidade ou de crise, como o da pandemia de Covid-19; e em produzir conhecimento relevante para fortalecer o SUS e a saúde como direito de todos.

Os critérios de seleção do Prêmio Capes-Elsevier 2022

Os vencedores foram selecionados a partir de indicadores de produção científica extraídos da ferramenta SciVal, da Elsevier. A metodologia englobou diferentes combinações de indicadores para cada categoria, no período de 2017 a 2021, e norteou-se pelo manual Research Metrics Guide Book. O objetivo também foi utilizar indicadores ponderados por disciplina, para garantir uma avaliação mais equilibrada.

Foram consideradas para análise instituições com mais de duas mil publicações no período (2017-2021). Além disso, para a avaliação, foi considerada a porcentagem no indicador selecionado, ao invés do valor absoluto. A exceção à regra foi a categoria 'Contribuição para a pesquisa de Covid-19', para a qual a quantidade total de citações foi utilizada como um dos critérios de seleção.  

Conheça os indicadores utilizados em cada uma das categorias em que a Fiocruz foi contemplada

Categoria Impacto da colaboração internacional

Indicador: porcentagem de artigos em colaboração internacional e impacto da colaboração internacional (quantidade de citações para os artigos em colaboração internacional).

Contribuição para a pesquisa de Covid-19

Indicador: quantidade de artigos relacionados ao tema Covid-19 e média do impacto ponderado das citações (Fiel-Weighted Citation Impact) desses artigos.

Produção científica citada em políticas públicas

Indicador: Porcentagem de artigos que foram citados em alguma política pública local, nacional ou internacional.

 

*com informações de Dedicata Assessoria & Conteúdo / **imagem do grupo na montagem: Telmo Ximenes

Publicado em 25/11/2022

Sextas homenageia Pablo Milanés

O Sextas de Poesia desta semana homenageia Pablo Milanés, cantor e compositor cubano que imortalizou canções com seu timbre conhecido por ser hipnotizante. Milanés faleceu em 22 de novembro, em Madri, Espanha, aos 79 anos.  

Em “Yolanda”, música dele com versão de Chico Buarque, o compositor fala sobre a grandiosidade do amor: "Se alguma vez me sinto derrotado. Eu abro mão do sol de cada dia. Rezando o credo que tu me ensinaste. Olho teu rosto e digo à ventania, Yolanda, Yolanda, eternamente Yolanda".

Publicado em 24/11/2022

Novo curso sobre estigma e discriminação em serviços de saúde é lançado no Abrascão 2022

Autor(a): 
Isabela Schincariol

O Campus Virtual Fiocruz e a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, em parceria com Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde estiveram no 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, em Salvador, Bahia, para o lançamento do curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde. Confira um pouquinho desse encontro durante o Abrascão 2022.

A formação é online, gratuita e está com inscrições abertas!

A cerimônia presencial foi realizada no estande Fiocruz e contou com a participação de representantes das instituições envolvidas. A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, destacou a importância do tema central da formação para o enfrentamento das desigualdades no âmbito dos serviços de saúde. Ela acentuou que o estigma e o preconceito promovem a exclusão, limitam o direito das pessoas ao cuidado de qualidade e afastam essa população já tão vulnerável dos serviços de saúde, prejudicando, assim, que tenham acesso ao atendimento digno e humanizado que precisam e tem o direito de receber.

O curso, segundo o diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (DCCI/SVS/MS), Gerson Mendes Pereira, nasceu dentro do Departamento e tem a intenção de atingir o maior número de profissionais de saúde possíveis de modo a reduzir o estigma e a discriminação no processo de cuidado, sobretudo em relação a essas pessoas e populações já tão vulnerabilizadas, para que sejam bem acolhidas nos serviços de saúde.

O responsável acadêmico da formação pela Fiocruz, Rivaldo Venâncio, que é coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fundação, destacou que o novo curso consolida uma parceria profícua com o Ministério da Saúde, particularmente com a Secretaria de Vigilância Sanitária, num momento especial para o país. Para ele, a formação tem como objetivo melhorar a formação das trabalhadoras e trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS). "Ao abordar esse tema tão relevante, que é o estigma e preconceito nos serviços de saúde, também estamos dando uma enorme contribuição para a construção de uma sociedade melhor, mais justa e fraterna, sobretudo neste momento em que o Brasil disse não à violência, ao racismo e ao preconceito", destacou.    

Conheça o curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde

O curso foi organizado em 3 macrotemas — Bases conceituais; Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas: normas e legislações; e Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação —, 5 módulos e 17 aulas. Ele é voltado a trabalhadores e trabalhadoras da saúde, estudantes, mas aberto a todos os interessados na temática. A formação é online, gratuita, autoinstrucional e certifica os participantes inscritos que realizem avaliação com obtenção de nota maior ou igual a 7.

O curso foi elaborado a partir da necessidade premente de sensibilizar e instrumentalizar profissionais de saúde que estão na ponta do atendimento, visando atualizar, aprimorar e qualificar suas práticas, pois o estigma e a discriminação promovem a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis. Tais fatores são limitantes e também podem interferir na adesão ao tratamento das doenças e qualidade de vida, perpetuando, assim, um ciclo de exclusão social, que, ao mesmo tempo, reforça situações de discriminação, bem como a perda do status do indivíduo, aumentando a vulnerabilidade de pessoas e populações.

As fotos e entrevistas foram realizadas durante o Abrascão 2022 por Filipe Leonel, jornalista e coordenador de Comunicação Institucional da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz)

Publicado em 23/11/2022

Últimos dias de contribuição à Política de Apoio ao Estudante da Fiocruz

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Para evidenciar a importância do posicionamento institucional diante da necessidade de formação plena e de qualidade dos estudantes que ingressam e realizam seus cursos na pós-graduação e na educação profissional, a Fiocruz elaborou sua Política de Apoio ao Estudante (PAE), que está em consulta interna para toda a comunidade durante o período de um mês. O documento define os princípios e diretrizes que vão orientar a elaboração e execução de ações que garantam ao estudante o acesso, a permanência e a conclusão dos cursos oferecidos pelas unidades e escritórios da Fundação, com vistas à formação de excelência acadêmica, à inclusão social, à produção de conhecimento e de inovação, à melhoria do desempenho acadêmico e ao bem-estar biopsicossocial durante a trajetória educacional de cada discente na Fiocruz. Conheça aqui a PAE. Contribuições poderão ser enviadas até o próximo domingo, 27 de novembro, por meio da Intranet Fiocruz

Atenção! Para enviar a sua contribuição à Política de Apoio ao Estudante é preciso estar logado no Acesso Único Fiocruz antes de clicar no link direto da consulta. Outra opção é o usuário acessar pela Intranet FiocruzFaça seu login → "Ferramentas Fiocruz" disponível no menu central da página → clique em "► Mais" → "Funcionalidades" → "Consulta Pública Fiocruz"

A PAE é voltada aos estudantes com matrícula ativa e regular nos cursos técnicos de nível médio, de pós-graduação Lato sensu (especialização e residência em saúde) e Stricto sensu (mestrado e doutorado) oferecidos pela Fiocruz ou em rede, consórcio, cooperação, associação ou parceria da qual a Fundação faça parte, conforme as distintas necessidades e o princípio da equidade. Mas a consulta, para além dos estudantes, é voltada a toda comunidade educacional da Fiocruz. 

A Política de Apoio ao Estudante é uma ferramenta para que uma comunidade de grande importância institucional — neste caso, os estudantes, que também são pesquisadores —, sinta-se apoiada e instrumentalizada para conseguir identificar formas de estar bem e desenvolver de maneira adequada aquilo que realiza dentro da Fiocruz.

O estudante como um agente da inovação científica 

Segundo a coordenadora do Centro de Apoio ao Discente (CAD), Etinete Nascimento Gonçalves, que também integra o Grupo de Trabalho da PAE, a política foi elaborada no sentido de ser uma ferramenta que legitima, ampara e dá assistência às atividades do estudante, mas é voltada especialmente a todos que com eles trabalham, seus orientadores, profissionais da Coordenação-Geral de Educação, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, das secretarias acadêmicas e outros que são sensíveis a essa comunidade. "Esse grupo deve ter grande compromisso com a PAE, pois são eles os maiores responsáveis por colocá-la em prática", comentou.

É imperativo considerar que quem desenvolve pesquisas, seja nos cursos de mestrado, doutorado, especialização, residência ou cursos técnicos de nível médio da Fiocruz, não é apenas um estudante, mas também um trabalhador da ciência. Etinete destacou que os estudantes realizam pesquisas que fortalecem a nossa instituição, o SUS e a sociedade como um todo. "Seu trabalho abarca desenvolvimento, inovação e aperfeiçoamento das atividades que são próprias do escopo da Fiocruz em termos de produção científica e inovação. Portanto, essa comunidade é fundamental para a expansão e evolução do conhecimento". 

PAE: mais um espaço amplo e democrático de debate institucional

Tradicionalmente, a Fiocruz adota vias democráticas em seus processos decisórios em qualquer que seja a esfera. Com a construção da PAE não poderia ser diferente. Para a elaboração do documento foi criado um Grupo de Trabalho composto de representantes de diferentes instâncias institucionais ligadas à educação, sobretudo pela representação dos estudantes. Portanto, a Política foi feita para eles e por eles. Buscou-se compreender as diferentes necessidades apresentadas ao longo dos anos e trabalhá-las para que, de fato, a redação final represente os diferentes grupos. 

Neste momento, enfatizou Etinete, "é importante contar com a leitura e participação de todos para que se familiarizem, empoderem e se apropriem do documento. Esse novos e coletivos olhares podem trazer ainda mais melhorias após essa grande revisão popular, que é a consulta pública", disse ela, defendendo ainda que não podemos nunca abrir mão de processos democráticos, pois eles estão na essência do SUS, de um país democrático e especialmente na essência da inteligência humana, cuja capacidade de alteridade implica também em estarmos abertos à inclusão e à diversidade. 

Conheça a estrutura da Política de Apoio ao Estudante

A PAE está fundamentada em nove princípios e é composta de cinco eixos estruturantes. 

Princípios: Educação de excelência como direito universal; Defesa da saúde, do bem-estar social e da vida; Compromisso com o Sistema Único de Saúde, com a ciência e com a sociedade; Participação social e democracia; Equidade e inclusão; Valorização da diversidade e multiculturalismo; Valorização discente; Educação integral e emancipatória; e Indissociabilidade entre pesquisa, ensino, serviços, trabalho e comunicação com a sociedade. 

Eixos estruturantes: Infraestrutura, Apoio pedagógico e acadêmico, Inclusão social, Apoio psicossocial e promoção à saúde, e Participação estudantil.   

Acesse aqui a Política de Apoio ao Estudante e clique aqui para enviar sua contribuição (link direto).

Publicado em 23/11/2022

Fiocruz participa de oficina pré-Abrascão para mobilizar mais instituições

Autor(a): 
Ensp/Fiocruz

Os desdobramentos da oficina pré-congresso da Abrasco “A formação de sanitaristas no contexto de múltiplas crises: uma agenda para o ensino, pesquisa e cooperação”, organizada a várias mãos dentro da Fiocruz após iniciativa da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), terão ainda mais participantes ligados à questão da saúde coletiva. Realizada nos dias 19 e 20 de novembro, véspera do Abrascão 2022, a oficina deu o pontapé inicial para a construção de um programa de formação do sanitarista junto à Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública (RedEscola), universidades e movimentos sociais e outras entidades, confirmando seu potencial integrador. “Foi bem importante a realização dessa oficina proposta pela Ensp e que contou com a participação de várias unidades da Fiocruz e também de universidades, movimentos sociais e conselhos de saúde. Essa troca tem sido muito interessante para refletir sobre quais são os desafios atuais para a formação dos sanitaristas, profissionais que precisam estar engajados em busca de justiça social”, avaliou Cristiani Machado, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz.

A coordenadora adjunta dos cursos Lato Sensu da VPEIC, Isabella Delgado, explicou que foram definidos alguns encaminhamentos da oficina para aumentar a mobilização: “é preciso inicialmente visitar os estados onde a Fiocruz tem unidade ou escritório e fazer encontros. Dessa maneira, teremos unidades da Fiocruz, áreas de integração e vice-presidências participando”. Isabella afirmou ainda que a VPEIC buscará também todos os segmentos possíveis, do lato ao stricto sensu, a fim de reunir o máximo de pessoas para contribuírem. Na avaliação dela, a tarde de sábado da oficina foi muito rica, já que a dinâmica da atividade, com os participantes divididos em grupos, ofereceu espaço de fala para todos. “Conseguimos coletar ideias bem interessantes que vão certamente subsidiar a apoiar a construção desse plano que, no final, virou até um programa de formação do sanitarista. Vamos continuar a partir disso. A ideia inicial já não era que a oficina se esgotasse em si, mas que fosse um primeiro passo dessa construção que ainda virá”, detalhou.

Em relação a essa mobilização institucional, Cristiani Machado ressaltou que a Fiocruz tem um papel fundamental nesse processo por ser uma instituição centenária da saúde pública, das mais antigas do Brasil e da América Latina, e pela diversidade de formações que oferece para a saúde coletiva. “Desde os cursos lato sensu, especializações, residências, mestrados profissionais e mesmo nos acadêmicos, nós oferecemos diversas modalidades de formação e qualificação profissional para o SUS. Além disso, há o fato de a Fiocruz estar presente em todo país, em onze estados, e trabalhar em redes de parceria, com universidades, por exemplo”, resumiu.

“A partir de agora a nossa expectativa é poder ampliar essa discussão para todos os lugares onde a Fiocruz está presente hoje, convocando instituições que estão ligadas à formação do sanitarista para que a gente possa estabelecer redes”, afirma Enirtes Caetano, vice-diretora de Ensino da Ensp, alinhada às conclusões das demais organizadoras da oficina. Já de olho no ano que vem, a pesquisadora da Ensp vislumbra “uma série de ações que fazem parte dessa grande discussão do que é formação do sanitarista nos seus vários momentos e, sobretudo, qual é o nosso papel específico”.

Já a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, destacou alguns pontos que acredita que devem ser observados nos desdobramentos da oficina. Para ela, é necessário, primeiramente, considerar que a academia e a pesquisa trabalham num compasso diferente do serviço de saúde. “Uma pessoa que está na ponta, enfrentando a Covid-19 no cotidiano, por exemplo, tem que dar respostas muito ágeis. Então, a gente tem que fazer um esforço de proporcionar às diversas secretarias e profissionais de saúde, além do próprio Ministério da Saúde, formas de capacitação que possibilitem essa atuação de imediato, no curto prazo”, ressaltou Cristina. Ela aproveitou para lembrar que é preciso valorizar o cotidiano do profissional de saúde, pois ele “pode fornecer ciência”. Segundo a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, trata-se de um ambiente fértil para novas formulações científicas: “não se produz conhecimento somente na academia, mas também no cotidiano de serviço. Isso tem que ser valorizado e a gente tem que encontrar cada vez mais essa conexão entre a academia e os serviços de saúde”.

Publicado em 28/11/2022

Fiocruz e Ministério da Saúde lançam curso online e gratuito sobre enfrentamento ao estigma e discriminação nos serviços de saúde

Autor(a): 
Isabela Schincariol

O estigma e o preconceito são realidades cotidianas de grupos ou indivíduos que vivenciam determinadas doenças. A discriminação relacionada a condições de saúde acontece inclusive nos serviços de saúde, o que reforça a exclusão, e, sobretudo, causa sofrimento e traz enormes desafios à gestão do cuidado. Buscando qualificar e instrumentalizar trabalhadores da saúde para uma atenção inclusiva, humanizada, interseccional e não discriminatória, a Fiocruz e o Ministério da Saúde lançam hoje o curso, online e gratutito, Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde. As inscrições já estão abertas!
 
Inscreva-se já!

O curso foi organizado em 3 macrotemas — Bases conceituais; Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas: normas e legislações; e Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação —, 5 módulos e 17 aulas. Ele é voltado a trabalhadores e trabalhadoras da saúde, estudantes, mas aberto a todos os interessados na temática. A formação é online, gratuita, autoinstrucional e certifica os participantes inscritos que realizem avaliação com obtenção de nota maior ou igual a 7.

Seu lançamento oficial aconteceu em 21 de novembro, durante o 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, o Abrascão 2022. A cerimônia presencial foi realizada no estande da Fiocruz. Confira aqui alguns momentos do lançamento - Novo curso sobre estigma e discriminação em serviços de saúde é lançado no Abrascão 2022

A formação é uma realização da Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, em parceria com Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

A elaboração do curso nasceu da necessidade de sensibilizar e instrumentalizar profissionais de saúde que estão na ponta do atendimento, visando atualizar, aprimorar e qualificar suas práticas, construções socio-históricas que acontecem durante o processo de trabalho e por meio da interação entre tais profissionais e os usuários dos serviços de saúde. É nessa interação que nascem também aspectos relacionados ao estigma e à discriminação, os quais, como já é sabido, promovem a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis. Tais fatores são limitantes e também podem interferir na adesão ao tratamento das doenças e qualidade de vida, perpetuando, assim, um ciclo de exclusão social, que, ao mesmo tempo, reforça situações de discriminação, bem como a perda do status do indivíduo, aumentando a vulnerabilidade de pessoas e populações.

Portanto, as instituições e pesquisadores envolvidos neste curso — sempre alinhados à tais evidências científicas que avançam nacional e internacionalmente em proposições diretivas ao enfrentamento das vulnerabilidades sociais — , entendem que o fortalecimento das ações de inclusão social e de enfrentamento ao estigma e discriminação se apresentam como estratégias de minimização das vulnerabilidades. Assim, esta nova formação apresenta-se como uma ferramenta nesse contexto de necessidade constante de ampliação de esforços em ações educativas no âmbito dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde para a contínua qualificação das práticas.

Conheça a organização do curso e temas tratados:

Bases conceituais:

Módulo 1 - Bases conceituais

  • Aula 1 - Enfrentamento ao estigma e discriminação
  • Aula 2 - Condições individuais, programáticas e sociais da vulnerabilidade
  • Aula 3 - Implicações éticas em saúde

Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas - Normas e legislações:

Módulo 2 - Estigmas relacionados a algumas doenças

  • Aula 1 - Pessoas vivendo com HIV/Aids e pessoas com IST
  • Aula 2 - Pessoas acometidas pela hanseníase e seus familiares e pessoas acometidas pelas micoses endêmicas
  • Aula 3 - Pessoas acometidas por tuberculose e pessoas acometidas pelas hepatites virais

Módulo 3 - Estigmas relacionados a práticas ou comportamentos

  • Aula 1 - Pessoas privadas de liberdade
  • Aula 2 - Pessoas em situação de rua
  • Aula 3 - Pessoas que usam álcool e outras drogas
  • Aula 4 - Trabalhadoras(es) do sexo e cuidados em saúde

Módulo 4 - Estigmas relacionados a condições específicas

  • Aula 1 - População negra
  • Aula 2 - Povos indígenas
  • Aula 3 - População LGBTQIA+

Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação

Módulo 5 - Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação nos serviços de saúde

  • Aula 1 - Normas e legislações vigentes relacionadas ao enfrentamento do estigma, da discriminação e das legislações discriminatórias
  • Aula 2 - Condições e estratégias para alcance de um serviço livre de discriminação
  • Aula 3 - Práticas estigmatizantes e discriminatórias dirigidas as/os usuários(as) dos serviços de saúde
  • Aula 4 - Estratégias de melhoria para acesso aos serviços pelos(as) usuários(as)

 

Publicado em 18/11/2022

Plano de Convivência com a Covid-19 da Fiocruz ganha nova versão

Autor(a): 
CCS/Fiocruz

Foi publicada nesta quinta-feira (17/11) uma versão atualizada do Plano de Convivência com a Covid-19 na Fiocruz – Em defesa da vida (versão 4.3). Em razão do recente aumento do número de casos positivos de Covid-19 em diversos estados, a nova versão traz o retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados, em situações de aglomeração e no transporte coletivo institucional. O documento também recomenda que os trabalhadores utilizem máscara fora do ambiente de trabalho, em locais com pouca ventilação, no transporte coletivo ou onde houver grande circulação de pessoas. A opção deve ser por máscaras cirúrgicas ou com alto nível de filtração (N95 e PFF2). 

Afastamentos 

Para reduzir o impacto do afastamento de trabalhadores infectados em algumas atividades institucionais e considerando a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados, a versão 4.3 também altera o tempo de isolamento para trabalhadores com teste positivo para SARS-Cov-2 (RT-PCR ou Antígeno), que passa a ser de no mínimo de 7 dias a partir do início dos sintomas ou da data da coleta do exame, para os assintomáticos. Para o retorno ao trabalho presencial a partir do sétimo dia, é necessário estar sem febre e sem sintomas respiratórios há pelo menos 24 horas. 

Vacinação 

O Plano de Convivência reforça ainda a necessidade de completar o esquema vacinal com a segunda dose de reforço e de buscar o serviço de diagnóstico, caso o trabalhador ou estudante apresente um sintoma ou tenha tido contato com alguém infectado. No Campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro, o ponto de coleta do Nust/CST funciona na Unidade de Apoio Diagnóstico (Unadig). O agendamento de exame deve ser feito pelo sistema de teste Covid da Fiocruz. Nos Nust das demais unidades, bem como nas unidades regionais, o fluxo de agendamento, monitoramento e liberação dos resultados podem variar conforme disponibilidade local. 

Para saber mais, acesse o documento completo e acesse a página do plano de convivência da Fiocruz. 

Publicado em 18/11/2022

Sextas traz Lima Barreto em Dia da Consciência Negra

O Sextas de Poesia desta semana homenageia Lima Barreto, lembrando seus 100 anos de morte. Esta edição celebra ainda o Dia Nacional da Consciência Negra, que segue sendo um dia de resistência, reflexão e luta! "Tinha entrado na consciência de todos a injustiça originária da escravidão. Mas como ainda estamos longe de ser livres! Como ainda nos enleamos nas teias dos preceitos, das regras e das leis!", pontuou Lima Barreto, em crônica publicada no jornal Gazeta da Tarde, em maio de 1911, na qual ele faz uma crítica às festas pela abolição da escravatura. 

Lima Barreto (1881-1922) foi um dos principais escritores do pré-modernismo brasileiro. Sua obra é impregnada de fatos históricos, além de ser estritamente relacionada com temáticas sociais e nacionalistas, trazendo críticas à mentalidade burguesa da época. Negro e proveniente de uma família humilde, teve sua vida e carreira permeadas por situações que o colocaram diante de discriminação racial, mas ele nunca ficou alheio às injustiças e aos preconceitos. 

O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado no Brasil em 20 de novembro e foi escolhido em homenagem a Zumbi dos Palmares, que morreu nessa data, no ano de 1665. Zumbi comandou o Quilombo dos Palmares por quase 15 anos e liderou a resistência de milhares de negros contra a escravidão.

Publicado em 11/11/2022

Sextas homenageia duas grandes vozes brasileiras

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia faz uma homenagem dupla nesta semana: Cecília Meireles, escritora e poetisa, que nasceu (7) e morreu (9) no mês de novembro; e Gal Costa, por sua triste e repentina partida nesta semana, dia 9 de novembro. 

Com o poema "Canção Mínima", Cecília Meireles fala de forma leve sobre o mistério da vida, "entre o planeta e o sem-fim, a asa de uma borboleta". Cecília Meireles foi escritora, jornalista, professora e pintora, considerada uma das mais importantes poetisas do Brasil, e a primeira voz feminina de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas. Embora mais conhecida como poetisa, deixou contribuições no domínio do conto, da crônica, da literatura infantil e do folclore. 

À grande Gal Costa, nossa homenagem a essa voz, que era de muitas e também de todo Brasil. Um canto que mudava a cada melodia. “Minha gravação de A rã (de 1974) me emociona. Aquilo é de uma pureza, parece que estou ouvindo um anjo. Aquela não sou mais eu. A beleza da vida é essa. A mudança”, disse Gal Costa. Na época do Recanto, Caetano afirmou, referindo-se à cantora, que “a pessoa, quando pode, muda para se transformar cada vez mais naquilo que é”. Anjo ou borboleta, seu nome é Gal!!!

 

* com informações de Revista Piauí

Publicado em 10/11/2022

Fiocruz realiza evento em comemoração aos 10 anos da Lei de Cotas

Autor(a): 
Fabiano Gama*

Em celebração aos dez anos da Lei de Cotas (12.711 de 2012), o Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz realizará em 17 de novembro, das 9h30 às 12h, o evento online 10 anos da lei de cotas raciais na educação: Experiências e perspectivas, para debater a importância da implementação das cotas raciais na educação e os avanços e desafios para a sua consolidação. Para participar, acesse o canal da Cogepe no Youtube.  

O evento contará com a participação da pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Social (Afro-CEBRAP) e do Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (LAUT), Anna Carolina Venturini, do diretor executivo da Educafro Brasil, Frei Davi, da pesquisadora e doutoranda em Antropologia Social na Universidade federal de Santa Catarina (UFSC), Joziléia Kaingang, e de Roseli Rocha, assistente social do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e integrante da Coordenação Colegiada do Comitê Pró-Equidade. A mediação será realizada pela assistente social e coordenadora adjunta da Fiocruz Piauí, Elaine Nascimento, também do Comitê Pró-Equidade.

Criado em 2009, o Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz tem o objetivo de consolidar uma agenda institucional pelo fortalecimento dos temas étnico-raciais e de gênero na Fundação, colaborando para uma constante atualização e reorientação de suas políticas, bem como de suas ações, seja nas relações de trabalho, seja no atendimento ao público e na produção e popularização do conhecimento.  

A promoção da equidade de gênero, da diversidade sexual e das relações étnico-raciais na Fiocruz é prioridade do Comitê, em alinhamento com o posicionamento da instituição em defesa dos direitos humanos e do reconhecimento da pluralidade do povo brasileiro e de suas demandas.

 

*Com informações da CCS/Fiocruz.

Páginas

Subscrever RSS - Portal Fiocruz