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Publicado em 13/02/2023

Mais Meninas na Fiocruz 2023: publicada chamada interna para regionais

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A Fiocruz, no âmbito da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), lança nesta segunda-feira, 13 de fevereiro, a chamada interna Mais Meninas na Fiocruz 2023, voltada a unidades técnico-científicas e escritórios regionais da instituição localizados fora do município do Rio de Janeiro. A iniciativa receberá projetos cujo objetivo seja incentivar jovens mulheres a conhecerem o campo das pesquisas em ciência e tecnologia em saúde; estimular o interesse por carreiras científicas; e refletir sobre o papel que as mulheres desempenham na sociedade nas áreas de produção de conhecimentos científicos e tecnológicos. As inscrições vão até 6 de março.

+Acesse aqui a chamada interna na íntegra

Com foco na integração de ações e projetos institucionais, as atividades propostas devem incentivar parcerias internas entre unidades e escritórios regionais, sobretudo aquelas que permitam fomentar iniciativas voltadas ao compromisso da Fiocruz no combate às desigualdades sociais. Portanto, é valido ressaltar que os projetos submetidos devem, obrigatoriamente, ser coordenados por profissionais lotados nas unidades e escritórios localizados fora do estado do Rio de Janeiro, e com vínculo permanente com a instituição.

A chamada reafirma a importância da equidade de gênero na Ciência, na Tecnologia e na Inovação (CT&I), buscando fortalecer as políticas públicas de inclusão, especialmente políticas afirmativas voltadas a grupos que sofrem discriminações de gênero e étnico-raciais.

Esta é uma iniciativa do Programa Mulheres e Meninas na Ciência, sob a responsabilidade de Cristina Araripe, que é coordenadora de Divulgação Científica da Fiocruz.

Valorização da participação das mulheres e articulação institucional

O objetivo geral da chamada é promover ações educativas e de divulgação científica que possam valorizar a participação de mulheres em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país, buscando fortalecer, notadamente, o papel das cientistas para a redução de desigualdades sociais. A chamada interna visa articular iniciativas institucionais que estimulem a troca dialógica com jovens, compreendendo o seu papel central na construção de um futuro mais justo e sustentável para o Brasil e o mundo; além de apoiar especialmente projetos que contribuam significativamente para a formação de meninas e mulheres oriundas de instituições públicas de ensino. 

Somente poderá ser encaminhado um (1) projeto por unidade ou escritório regional da Fiocruz. A proposta deve ser encaminhada pelo(a) diretor(a) da unidade ou coordenador(a) do escritório, e a direção ou coordenação deverá se comprometer a realizar, pelo menos, um evento público, presencial ou online, que seja integrado ao calendário anual do Programa Mulheres e Meninas na Ciência. É fortemente recomendado que sejam desenvolvidas atividades integradas entre duas ou mais unidades e escritórios no decorrer da vigência do projeto.

Acesse aqui a chamada na íntegra!

Publicado em 10/02/2023

Sextas traz poema angolano José Eduardo Agualusa

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Esta semana, o Sextas de Poesia traz José Eduardo Agualusa com o poema "Acalanto de um rio", que integra o livro "O vendedor de passados", uma de suas obras mais premiadas. Nele o autor faz uma reflexão sobre a construção da memória e os seus equívocos, "nada passa, nada expira. O passado é um rio que dorme..."

José Eduardo Agualusa é um dos mais importantes escritores em língua portuguesa da atualidade. Nascido em Angola, mudou-se ainda jovem para Portugal para estudar agronomia e silvicultura, mas acabou alterando a sua carreira para o jornalismo. Sua obra foi traduzida para mais de 25 idiomas. 

Publicado em 07/02/2023

Fiocruz recebe alunas do ensino médio do Rio para o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

Autor(a): 
Simone Kabarite (Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência)

Para marcar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, a Fiocruz, por meio do Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, realiza o evento Imersão no Verão, com a participação de 100 alunas do ensino médio de escolas públicas do estado do Rio de Janeiro, que serão recebidas por profissionais em seus laboratórios e espaços de pesquisa. As estudantes vivenciarão o cotidiano de 11 unidades da Fiocruz e da Presidência da instituição.

As atividades ocorrerão nos dias 8, 9 e 10 de fevereiro, das 9h às 16h, em todas as unidades técnico-científicas da Fiocruz no Rio de Janeiro. O encerramento será realizado no dia 10, sexta-feira, às 9h, com uma grande roda de conversas entre alunas e pesquisadoras para um bate-papo e trocas de experiências. Transmitido pelo canal do Youtube da VideoSaúde da Fiocruz, o evento vai contar com a participação de pesquisadoras da Fiocruz de todo o país.

Ao todo, 291 estudantes de 30 municípios do estado se inscreveram através do hotsite do evento, interessadas em conhecer um pouco mais sobre como se faz ciência na Fundação. Espera-se, com a iniciativa, estimular e promover a inserção de mais jovens na pesquisa em saúde pública.

O evento é promovido pelo Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, da Coordenação de Divulgação Científica, vinculada à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (Vpeic), e está em consonância como as políticas afirmativas para educação da instituição, orientadas pela busca por uma sociedade mais justa, equânime e inclusiva.

Para Letícia Meirelles, moradora de Manguinhos e participante do evento Meninas Negras na Ciência, coordenado pela pesquisadora Hilda Gomes, e parte da programação do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência em 2020, o Programa abriu diversas portas para a sua trajetória estudantil. “O projeto foi de suma importância na minha vida. Tive a oportunidade de conhecer laboratórios, cientistas negras, periféricas que fizeram toda a diferença, que me inspiraram e encorajaram a seguir carreira científica. No final do ano, eu vou prestar vestibular para medicina, na UERJ, e a Fiocruz me possibilitou viver esse momento”, afirmou.

A coordenadora do Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, Cristina Araripe destaca a importância do evento deste ano, que volta a ser presencial, após dois anos no formato virtual, em função da pandemia. "Estamos, finalmente, retornando às atividades presenciais plenas e, com isso, muito animadas e otimistas em relação ao Imersão no Verão 2023.Abriremos as portas da Fiocruz durante três dias para receber 100 jovens estudantes do ensino médio nos nossos espaços de pesquisa.

Cristina ressalta a participação das unidades e de diversas áreas da instituição para o sucesso do evento. “Além dos laboratórios, das unidades de saúde, dos ambulatórios e das unidades de produção de vacinas, imunológicos e medicamentos, mobilizamos equipes inteiras das áreas de gestão, comunicação e informação para nos apoiarem com a organização de ações educativas voltadas para o incentivo ao diálogo. É muito importante para a nossa instituição essa aproximação com a educação básica, em especial, com a juventude que tem curiosidade e interesse em conhecer mais a ciência que fazemos”, destacou.

“O fazer científico é uma das atividades que mais demandam preparação por parte daqueles que querem se dedicar à pesquisa. E começar cedo, ainda na educação básica, é algo muito promissor. Queremos despertar interesse nas jovens e assim contribuir para escolhas profissionais que as aproximem da ciência”, concluiu.

A data do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência – 11 de fevereiro – foi instituída em 2015 pela ONU, e desde 2019 integra o calendário Fiocruz. Sob a liderança da Unesco e da ONU Mulheres, o evento acontece em diversos países, com a colaboração de instituições e parceiros da sociedade civil, e dá visibilidade ao papel e às contribuições das mulheres na ciência e tecnologia, reafirmando e fortalecendo a participação do gênero no âmbito científico.

Programação

8 de fevereiro:

8h30 – Credenciamento e boas-vindas no Centro de Recepção do Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz (próximo à portaria principal)

10h – Visita aos espaços históricos e ao Museu da Vida

13h – Atividades nos espaços de pesquisas e laboratórios

16h - Encerramento

9 de fevereiro:

8h30 - Centro de Recepção do Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz (próximo à portaria principal)

9h - Atividades nos espaços de pesquisas e laboratórios

16h - Encerramento

10 de fevereiro

8h30 - Centro de Recepção do Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz (próximo à portaria principal)

9h - Roda de conversas: Diversidade de Vozes - Tenda Luís Fernando Ferreira na Escola Politécnica de Saúde Pública Joaquim Venâncio (próximo à portaria da Rua Leopoldo Bulhões

13h30 - Encerramento

Acesse aqui para acompanhar a transmissão.

Publicado em 03/02/2023

Sextas fala sobre medo, liberdade e superação no amor

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia homenageia os 100 anos de nascimento de Eugénio de Andrade, um dos maiores poetas portugueses contemporâneos. Tem obras publicadas em várias línguas, tendo recebido o Prêmio Camões em 2001.

É dele o poema "Sê tu a palavra", no qual os silêncios e as palavras duelam, superação e liberdade, ausência de palavras e medo de amar.

Eugénio de Andrade, pseudônimo de José Frontinhas Neto, nasceu em Póvoa de Atalaia, pequena aldeia da Beira Baixa, em Portugal, no dia 19 de janeiro de 1923.

Publicado em 02/02/2023

Delegação de consulado americano discute intercâmbio em visita à Fiocruz

Autor(a): 
Cristina Azevedo (Agência Fiocruz de Notícias)

Uma ideia que surgiu durante a visita da cônsul geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Jacqueline Ward, à Fiocruz, em 2021, ganhou forma e se concretizará este ano. A participação de três pesquisadores da Fundação no International Visitor Leadership Program (IVLP), uma iniciativa de intercâmbio financiada pelo Departamento de Estado americano, foi um dos temas da reunião com uma nova delegação da representação diplomática americana na última sexta-feira (28/1). No encontro, na sala do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), no Rio de Janeiro, foram discutidas ainda as ações da Fiocruz no combate à pandemia de Covid-19, assim como uma possível colaboração entre as bibliotecas da Fundação e a do Congresso dos EUA, além de novas áreas de cooperação com instituições científicas e de educação do país.

Sofia M. Khilji, cônsul chefe do Departamento de Política e Economia, Marco S. Sotelino, cônsul para Assuntos Econômicos, e Paul Losch, diretor da Biblioteca do Congresso, trouxeram atualizações sobre o IVLP. No caso do programa deste ano, o tema escolhido foi a Promoção da Colaboração Bilateral na Ciência em Saúde, elaborado especialmente para um grupo de dez brasileiros, dos quais três serão da Fiocruz. De 10 a 18 de abril, os integrantes deverão visitar instituições como os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos), e os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), além de universidades e empresas de tecnologia em saúde.

A reunião, no entanto, foi além do IVLP. A delegação foi recebida por Cristiani Vieira Machado, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), que deu uma visão geral da atuação da Fiocruz no território brasileiro, destacando os cursos à distância, elaborados pelo Campus Virtual Fiocruz, rapidamente estabelecidos para treinar profissionais de saúde a lidarem com o novo coronavírus. Rodrigo Correa de Oliveira, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz), contou sobre o legado das ações contra a Covid-19, como o estabelecimento da Rede Genômica Fiocruz, o Biobanco Covid-19 Fiocruz e a pesquisa com vacina com RNA mensageiro. Já Paulo Gadelha, coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 (EFA 2030), contou não só sobre a realização da G-Stic Rio, conferência global que visa a busca de soluções de desenvolvimento sustentável e que será realizada de 13 a 15 de fevereiro, como sobre o Complexo Industrial e Saúde. 

Sofia Khilji lembrou a colaboração de longa data entre a Fiocruz e instituições científicas americanas e destacou o que ouviu sobre tecnologia sustentável. “É muito importante não perdermos o que foi alcançado durante a pandemia, porque outras crises virão. São importantes essa resiliência, as respostas para desastres e em relação a comunidades vulneráveis, como os Yanomamis, assim como defender os recursos naturais da Amazônia e do Pantanal. Essas são áreas em que a parceria pode aumentar com nossos centros epidemiológicos e com os Institutos Nacionais de Saúde”, disse.

Cristiani lembrou a chegada de sete estudantes de Princeton. “Em troca, recebemos duas ‘bolsas sanduíches’. Já chegaram mais propostas. Esse é um tipo de intercâmbio que poderia avançar com outras instituições”.

Participaram ainda do encontro Pedro Burger, coordenador adjunto do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/ Fiocruz); Valber Frutuoso, assessor de Relações Institucionais da Presidência da Fiocruz; e Vinicius Cotta de Almeida, coordenador adjunto de Educação Internacional (CGE/Vpeic/Fiocruz).

Imagem: Peter Ilicciev

Publicado em 03/02/2023

Fiocruz disponibiliza em acesso aberto centenas de títulos sobre povos indígenas

Autor(a): 
Fabiano Gama

A situação de Emergência em Saúde Pública, declarada pelo Ministério da Saúde (MS), em que se encontra a população Yanomami, causada devido à desassistência sanitária e nutricional que os atinge, levantou inúmeros e importantes debates em relação aos cuidados e atenção à saúde dos povos indígenas, voltando a eles a atenção de todo o país em busca de apoio e soluções humanitárias na luta contra essa situação de extrema vulnerabilidade.

Em face disso, a Fiocruz reuniu diversos trabalhos e obras que abordam temas ligados aos povos indígenas, como: vigilância alimentar e nutricional; direito sanitário; vulnerabilidade; cenários epidemiológicos; medicinas e tradições indígenas, entre outros assuntos.

Os títulos foram disponibilizados pelo portal de livros em acesso aberto Porto Livre, pelo Repositório Institucional da Fiocruz (Arca), pela Editora Fiocruz e pela VideoSaúde.

Confira abaixo as obras:

Porto Livre

A plataforma de livros em acesso aberto é coordenada pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz). Ao todo, estão disponíveis 15 obras para download gratuito sobre o tema. São livros que transitam sobre as mais diversas questões de saúde relacionadas aos povos originários.

Confira:

Vozes indígenas na saúde: trajetórias, memórias e protagonismos

Os autores Ana Lúcia de Moura Pontes, Vanessa Hacon, Luiz Eloy Terena e Ricardo Ventura Santos basearam-se nos relatos de diversas lideranças indígenas acerca de suas trajetórias de vida e de atuação no movimento social indígena, com ênfase no campo da saúde. O livro evidencia o protagonismo indígena na elaboração, estruturação e implementação da política de saúde indígena no Brasil. Vozes indígenas na saúde apresenta um panorama diversificado de narrativas individuais que percorrem experiências pessoais e memórias coletivas sobre a construção da política de saúde indígena no Brasil, ressituando o lugar desses atores no processo, ao explicitar suas múltiplas lutas, debates e embates, diante das distintas realidades culturais, regionais e, ainda, reflexões sobre questões de gênero.

Primeira edição: 2022

Editora: Editora Fiocruz

Acesse aqui o e-book.

Covid-19 no Brasil: cenários epidemiológicos e vigilância em saúde

Organizado por Carlos Machado de Freitas, Christovam Barcellos e Daniel Antunes Maciel Villela, o livro apresenta um diagnóstico e constitui uma memória sobre a evolução da pandemia no Brasil, a partir de registros e análises de dados, sistemas de monitoramento e vigilância em saúde. Apesar de não ser uma publicação exclusivamente dedicada à saúde indígena, o volume apresenta um importante capítulo intitulado Vulnerabilidade das populações indígenas à pandemia de Covid19 no Brasil e os desafios para o seu monitoramento.

Historicamente, há inúmeros registros do expressivo e devastador impacto de doenças infecciosas e parasitárias como gripe, sarampo, varíola e malária nos povos indígenas (Walker, Sattenspiel & Hill, 2015). Recentemente, colaboradores demonstraram que a introdução de vírus respiratórios em comunidades indígenas suscetíveis tem elevado potencial de disseminação, resultando em altas taxas de ataque e de internações, podendo causar óbitos. Diante desse preocupante cenário, pesquisadores do campo da saúde dos povos indígenas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Grupo de Trabalho de Saúde Indígena da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), com técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e com diversas organizações indígenas e entidades da sociedade civil que apoiam a causa indígena, se mobilizaram para alertar sobre a emergência da nova pandemia em povos indígenas, monitorar a sua disseminação e apoiar o desenvolvimento de estratégias para seu enfrentamento a fim de minimizar seus impactos.

Primeira edição: 2021

Editora: Observatório Covid-19 Fiocruz; Editora Fiocruz

Acesse aqui o e-book.

Atenção diferenciada: a formação técnica de agentes indígenas de saúde do Alto Rio Negro

Dos autores Luiza Garnelo, Sully de Souza Sampaio e Ana Lúcia Pontes, o livro, da coleção Fazer Saúde, apresenta as contribuições do curso técnico de Agentes Comunitários Indígenas de Saúde (Ctacis) na região do Alto Rio Negro do Brasil. A obra analisa etapas como o trabalho e a formação dos agentes comunitários e indígenas de saúde, as concepções político-pedagógicas e a organização curricular do Ctacis, os cuidados da saúde de crianças e mulheres indígenas, vigilância alimentar e nutricional em terra indígena, além de temas transversais, como território, cultura e política. 

Primeira edição: 2019

Editora: Editora Fiocruz

Acesse aqui o e-book.

Vigilância alimentar e nutricional para a saúde Indígena, Vol. 1 e Vol. 2

As publicações levantam relevantes contribuições para a consolidação da vigilância alimentar e nutricional no âmbito da saúde indígena, com destaque para a importância e os desafios da diversidade étnica brasileira.

  • Volume 1

O primeiro volume aborda a importância da diversidade étnica brasileira e seus desafios, aspectos fundamentais para os profissionais que atuam no campo da saúde indígena. Trata-se de contribuição relevante e inédita ao debate e à consolidação da vigilância alimentar e nutricional no âmbito da saúde indígena. A primeira edição aborda temas como: povos indígenas e o processo saúde-doença; situações e determinantes de saúde e nutrição da população brasileira; sociodiversidade, alimentação e nutrição indígena; políticas públicas e intervenções nutricionais.

Primeira edição: 2007

Acesse aqui o e-book do Vol. 1.

  • Volume 2

O segundo volume discute a avaliação nutricional de comunidades e indivíduos, em todas as faixas etárias e mesmo na gestação, e destaca as duas faces de um problema: os déficits de crescimento ou subnutrição, de um lado, e o sobrepeso e a obesidade, de outro. Oferece ao leitor as bases para a realização do diagnóstico nutricional na atenção básica; aprofunda o estudo de técnicas e procedimentos usados nas medições antropométricas; destaca como a informação pode orientar ações, reorganizar serviços e melhorar a assistência; e explica as etapas de organização do fluxo de dados, desde a construção até o uso para o planejamento de intervenções, passando pela análise e divulgação de resultados.

Primeira edição: 2008

Acesse aqui o e-book do Vol. 2.

Editora: Editora Fiocruz

Pohã Ñana: nãnombarete, tekoha, guarani ha kaiowá arandu rehegua = Plantas medicinais: fortalecimento, território e memória guarani e kaiowá

Organizado por Paulo Basta, Islândia Sousa, Ananda Bevacqua e Aparecida Benites, o livro é resultado de um amplo processo de diálogo entre o grupo de pesquisa Ambiente, Diversidade e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o povo Guarani e Kaiowá das aldeias Guapo'y (Amambai), Jaguapiré, Guasuty, Kurusu Amba, Tapyi Kora (Limão Verde) e Takuapery, localizadas na região conhecida como cone Sul, no estado de Mato Grosso do Sul. Este livro foi elaborado como produto da pesquisa "Práticas tradicionais de cura e plantas medicinais mais prevalentes entre os indígenas da etnia Guarani e Kaiowá, na região Centro-Oeste" e teve como objetivo identificar e descrever as práticas tradicionais de cura e as plantas medicinais mais prevalentes entre os Guarani e Kaiowá. A ideia é proporcionar aos leitores uma aproximação do conhecimento tradicional Guarani e Kaiowá, a partir dos relatos de experiências ancestrais de ñanderu e ñandesy com o uso de plantas medicinais.

Primeira edição: 2020

Editora: Fiocruz - PE

Acesse aqui o e-book.

Equidade Étnicorracial no SUS: pesquisas, reflexões e ações em saúde da população negra e dos povos indígenas

O livro foi organizado por Daniel Canavese, Elaine Oliveira Soares, Fernanda Bairros, Maurício Polidoro e Rosa Maris Rosado com o objetivo de criar subsídios para trabalhadores da saúde que lidam cotidianamente com a questão da equidade étnicorracial no Sistema Único de Saúde (SUS). É divido em tópicos que abordam as ações desenvolvidas para a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra em Porto Alegre e sobre o panorama dos Povos Indígenas no Brasil no contexto da política de atenção à saúde dos Povos Indígenas na capital gaúcha.

Primeira edição: 2018

Editora: Rede UNIDA

Acesse aqui o e-book.

O direito sanitário na sociedade de risco: a política nacional de atenção à saúde dos Povos Indígenas

De autoria de Abel Gabriel Gonçalves Junior, a publicação é fruto de pesquisas realizadas durante o curso de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Direito e Justiça Social da Universidade Federal do Rio Grande (PPGD/Furg), e tem como objetivo demonstrar o tratamento dado ao direto à saúde para os povos indígenas na sociedade de risco.

Primeira edição: 2017

Editora: Editora Fi

Acesse aqui o e-book.

Além destas obras, a Editora Fiocruz disponibiliza, também em acesso aberto para download gratuito, nove títulos da coleção Saúde dos Povos Indígenas. Confira a matéria completa no link abaixo e acesse aqui a coleção completa.

+Editora Fiocruz disponibiliza em acesso aberto coleção Saúde dos Povos Indígenas

Arca - Repositório Institucional da Fiocruz

A Arca, plataforma vinculada ao Icict, também apresenta uma série de obras em acesso aberto relacionadas à saúde indígena. São centenas de trabalhos desenvolvidos pela comunidade Fiocruz, que incluem livros, teses, manuais, dissertações e artigos.

Confira: Arca - Povos indígenas.

VideoSaúde

A VideoSaúde, responsável por produzir, distribuir e preservar material audiovisual sobre saúde, ciência e tecnologia, também disponibilizou uma área temática com sete documentários sobre saúde indígena, produzidos no período de 2005 a 2020. As obras podem ser assistidas gratuitamente na plataforma da VideoSaúde e os vídeos podem ser baixados no Arca.

Confira a lista completa:

Amazônia Sem Garimpo

A animação é parte integrante do projeto de pesquisa “Impactos do Mercúrio em Áreas Protegidas e Povos da Floresta na Amazônia: Uma Abordagem Integrada de Saúde e Meio Ambiente”.

Produção: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Direção: Tiago Carvalho, Julia Bernstein

Ano: 2022

Acesse aqui o filme.

MBORAIHU – O Espírito que nos Une

Por meio de um olhar sensível e por intermédio de uma abordagem etnográfica, o filme retrata a realidade dos povos Guarani e Kaiowá que vivem na região conhecida como Cone Sul, no Estado de Mato Grosso do Sul. São tratados diversos temas relacionados à saúde e ao bem-viver dessas populações, incluindo a apresentação de uma ampla variedade de plantas medicinais, além de práticas tradicionais de cuidados realizadas por rezadores e rezadoras (conhecidos como Ñanderu e Ñandesy) nas comunidades. A película explora o papel dos detentores de conhecimento tradicional na luta pela manutenção de sua cultura e na preservação/retomada de territórios considerados sagrados.

Produção: Baseum Produções

Direção: Davilson Brasileiro

Ano: 2020

Acesse aqui o filme.

Médico Indígena

O documentário conta a história de vida do médico indígena, Sildo Gonzaga e da Lei Arouca, que diz que essa mesma Constituição define a saúde como direito de todos e dever do Estado, consolidando os princípios para a criação do Sistema Único de Saúde/SUS (CF/88 art. … O Subsistema de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas foi criado em 1999, por meio da Lei no 9.836/99.

Produção: Canal Saúde

Direção: Rodrigo Ponichi

Ano: 2020

Acesse aqui o filme.

Ehcimakî Kirwañhe: um debate na saúde indígena

Traz para a tela a discussão sobre a estruturação e o funcionamento da rede de saúde indígena no oeste do Pará, na região do Mapuera. Participam do documentário diferentes interlocutores, agentes indígenas de saúde, profissionais da Casa de Apoio à Saúde Indígena, sanitaristas e outros profissionais do Sistema Único de Saúde. A partir do olhar proposto pela Política Nacional de Humanização da Assistência em Saúde, apresenta reflexões e diálogos sobre o uso da medicina tradicional, a produção da demanda pelo serviço de saúde indígena e a relação com a diferença.

produção: Fundação Oswaldo Cruz

direção: Giuliano Jorge, Marcus Leopoldino, Paula Saules, Pedro Perazzo, Tunico Amâncio

Ano: 2008

Acesse aqui o filme.

O índio cor de rosa contra a fera invisível: a peleja de Noel Nutels

O sanitarista Noel Nutels percorreu o Brasil tratando da saúde de indígenas, ribeirinhos e sertanejos e filmou muitas de suas expedições. Em 1968, foi convidado a falar sobre a questão indígena à CPI do índio. Imagens inéditas do seu acervo e o único registro de sua voz se unem para denunciar o que ele chamou de massacre histórico contra as populações indígenas.

produção: Banda Filmes

direção: Tiago Carvalho

Ano: 2019

Acesse aqui o filme.

Baniwa: Uma história de plantas e curas

As práticas tradicionais de cura estão no cerne da cultura Baniwa, povo indígena do Alto Rio Negro (AM). São os saberes míticos dos Baniwa que orientam suas concepções de saúde e doença e que direcionam as ações de cura dos conhecedores de plantas, dos pajés e dos benzedores. Qual é o espaço de reconhecimento destes saberes hoje? O documentário busca o sentido de permanência dessas práticas no atual contexto do contato.

Produção: Casa de Oswaldo Cruz

Ano: 2005

Acesse aqui o filme.

 

Diálogos entre saberes e sistema de curas

O Projeto Xingu tornou-se referência na produção de conhecimento e práticas voltadas para o campo da saúde indígena, junto com outros esforços da universidade como a Cátedra Kaapora onde busca a troca de conhecimentos com grupos sociais não hegemônicos. O documentário é um trabalho de extensão universitária da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Produção: Peripécia Filmes

Direção: Caio Polesi

Ano: 2019

Acesse aqui o filme.

Foto: Marcelo Camargo (Agência Brasil) | Arte: Vera L. F. de Pinho (Ascom/Icict)

Publicado em 02/02/2023

Fiocruz na pandemia de Covid-19: Campus Virtual tem destaque na formação de profissionais de saúde

Autor(a): 
Lucas Leal*

A Fiocruz acaba de publicar seu Balanço de Gestão: Atuação da Fiocruz na Pandemia de Covid-19 - 2020 – 2022. O documento detalha as ações da instituição no enfrentamento da Covid-19 e os impactos gerados pelas suas intervenções. De forma interativa, a publicação apresenta um balanço das conquistas da Fundação, mas também os obstáculos e as falhas encontradas e enfrentadas nesse período. Na área da educação, o relatório destaca a atuação do Campus Virtual Fiocruz

Acesse aqui o relatório completo

No mesmo ano em que completou 120 anos de história, a Fiocruz assumiu papel central na resposta aos desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus. Para isso, todo o sistema articulado da instituição em pesquisa, educação, serviços e produção foi acionado para fornecer respostas eficazes no enfrentamento da doença, tendo alcançado grandes conquistas e avanços, como a produção de vacinas. O relatório destaca, principalmente, o trabalho realizado pelas trabalhadoras e trabalhadores da Fiocruz, que se dedicaram na manutenção das atividades essenciais e no enfrentamento da pandemia, reforçando o comprometimento da Fiocruz com a sociedade brasileira.

Para mais informações e análises sobre o papel da Fundação na pandemia, confira o Balanço de Gestão 2020 – 2022.

Campus Virtual Fiocruz como destaque na formação de profissionais de saúde

A Fiocruz é a principal instituição não-universitária de formação e qualificação para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a área de Ciência e Tecnologia em Saúde do Brasil. No momento em que o mundo passou a enfrentar uma das maiores crises sanitárias da atualidade, a Fundação ampliou o acesso à educação ao nível regional, nacional e internacional, com destaque para a expansão do Campus Virtual Fiocruz (CVF), uma plataforma voltada à educação aberta e gratuita de grande alcance. Além de reunir informações sobre os 50 programas de pós-graduação stricto sensu, cursos de especialização, programas de residência e educação de nível técnica, o CVF também oferece mais de 30 cursos próprios, 11 deles sobre a temática da Covid-19, que juntos somam mais de 150 mil alunos inscritos.

Tendo em vista os novos cenários impostos pela pandemia, o Campus Virtual passou por uma reestruturação e ampliação de suas ações para seguir atuando no fortalecimento do Sistema de Vigilância em Saúde. A equipe elaborou, de maneira urgente, cursos autoinstrucionais na modalidade à distância para formação em escala, voltados à capacitação de profissionais de saúde em diferentes aspectos da Covid-19. Nesse sentido, houve um crescimento significativo de cursos e materiais disponibilizados na plataforma, bem como no ecossistema Educare durante a pandemia, com um amplo alcance no Brasil e no mundo.

Somente entre os anos de 2020 e 2021, a Fiocruz capacitou mais de 430 mil profissionais de saúde nos cursos de enfrentamento à Covid-19 pelo Campus Virtual Fiocruz e pela rede da UNA-SUS. Orientadas para o enfrentamento da pandemia, as formações foram cruciais na capacitação dos profissionais de saúde de todo o país. Destacamos os cursos: Manejo da infecção causada pelo novo coronavírus (2020), com mais de 60 mil profissionais inscritos; Manejo clínico da Covid-19 na atenção primária à saúde (2021), com quase 73 mil e Vacinação Covid-19: protocolos e procedimentos técnicos (2021, em atendimento ao PNI), com cerca de 40 mil.

O Campus Virtual Fiocruz segue firme, há 6 anos, como uma rede de conhecimento e aprendizagem voltada à educação em saúde. Crescemos, planejamos, aprendemos e adaptamos, mas sempre buscando fortalecer o SUS e reforçar o papel da Fundação como instituição de pesquisa na área da saúde pública.

Conheça cursos do Campus Virtual Fiocruz com inscrições abertas

*Com informações de Isabela Schincariol

*Lucas Leal é estagiário sob a supervisão de Isabela Schincariol

Publicado em 02/02/2023

Fiocruz realiza simpósio sobre inovação em saúde com foco em enfermagem

Autor(a): 
Bárbara Clara (INI/Fiocruz)*

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) realiza, nesta sexta-feira, 3 de fevereiro, das 14h às 16h, o simpósio “Inovação em Saúde: A Enfermagem na Cocriação do cuidado no INI/Fiocruz”. O evento acontece no Auditório do Ensino do Instituto e terá transmissão ao vivo pelo canal oficial do INI no Youtube.

O Simpósio vai discutir a implementação do projeto “Cocriação em Saúde: Estímulo ao espírito inovador na rede de cuidado em saúde”, que tem por objetivo ampliar a percepção das ações de melhoria e inovação de processos e de serviços de Enfermagem. O evento é voltado para profissionais de saúde, com destaques para as equipes de enfermagem, e gestores que atuam na rede de cuidados no INI e seus parceiros.

A coordenação do Simpósio é das pesquisadoras do INI/Fiocruz, Mirian Miranda Cohen, assessora de Inovação Tecnológica; e de Mariana Machay, coordenadora geral de Enfermagem.

Confira a programação prevista:

Tema I - A Inovação em Saúde como valor no INI Fiocruz

Drª. Mirian Miranda Cohen, especialista em Educação em Saúde Pública (UFF) e em Gestão de Organizações de Saúde, mestre e doutora em Saúde Pública – Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), com ênfase na formulação, implementação e avaliação de políticas públicas de Saúde. Servidora Pública federal, Assessora de Inovação Tecnológica, responsável pelo Núcleo de Inovação Tecnológica do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (NIT/INI/Fiocruz) e Pesquisadora e Docente permanente do stricto sensu INI/Fiocruz.

Tema II - Enfermagem como chave para inovação em saúde: protagonismo na saúde 4.0

Drª. Clarice Araújo Rodrigues, enfermeira graduada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), possui 14 anos de experiência na gestão em saúde, atuando nos temas: liderança, gestão do cuidado, gestão de projetos, gestão da qualidade e gestão de produtos para a saúde. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa sobre Desenvolvimento, Complexo Econômico Industrial e Inovação em Saúde (GIS/Ensp/Fiocruz) e Doutoranda em Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) com ênfase na Sustentabilidade do Subsistema de Serviços do Complexo Econômico Industrial da Saúde (Ceis). Servidora pública, coordenadora de Atenção à Saúde e do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Nats) do Complexo Hospitalar e da Saúde (CHS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Tema III – Inovação no Cuidado à saúde: Linha de Tempo na Enfermagem INI Fiocruz

Profª. Mariana Machay Pinto Nogueira, graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam, 2007). Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgico pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio, 2010). Especialista em Gestão Hospitalar (2017). Mestre em Pesquisa Clínica INI/Fiocruz (2019). Gerente de Enfermagem no INI/Fiocruz. Docente no programa de especialização de enfermagem em doenças infecciosas.

 

 

*Bárbara Clara é estagiária sob supervisão de Alexandre Magno (INI/Fiocruz)

Publicado em 31/01/2023

Para muito além do Janeiro Roxo: Ministério da Saúde investe no enfrentamento à hanseníase

Autor(a): 
Edis Henrique Peres (Ministério da Saúde)*

A partir de fevereiro, o Ministério da Saúde dará início à distribuição de 150 mil testes rápidos para o apoio ao diagnóstico da hanseníase no Sistema Único de Saúde (SUS). A entrega dos testes coloca o Brasil como primeiro país no mundo a ofertar insumos para a detecção da doença na rede pública. A ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, destacou a importância da iniciativa. “Hoje, o Ministério da Saúde anuncia a entrega dos testes que são fruto de pesquisas realizadas por instituições brasileiras. O teste rápido pela Universidade Federal de Goiás e o PCR pela Fiocruz e Institutos de Biologia Molecular do Paraná”, disse ela, durante a cerimônia de abertura do seminário “Hanseníase no Brasil: da evidência à prática”, que ocorreu na última terça-feira (24). As unidades serão destinadas às pessoas que tiveram contato próximo e prolongado com casos confirmados da doença e serão de dois tipos: o teste rápido (sorológico) e o teste de biologia molecular (qPCR). Uma terceira modalidade, de biologia molecular (PCR), também será ofertada pelo SUS e vai auxiliar na detecção da resistência a antimicrobianos. As três tecnologias foram incluídas no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da doença em julho do ano passado.

A ministra reforçou a importância de se combater a desinformação e o preconceito, de batalhar pela transversalidade de atuação do Ministério e enfatizou que a hanseníase é uma doença curável. "Não é apenas a doença que é negligenciada, mas também as pessoas. Por isso esse seminário é tão importante. O esforço conjunto no combate à infeção é essencial para vencer uma doença que, historicamente, é carregada de estigma", comentou. Nesse sentido, o Campus Virtual Fiocruz lembra que recentemente, em novembro de 2022, lançou o curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde, uma formação online, gratuita e autoinstrucional, elaborada a partir da necessidade de sensibilizar e instrumentalizar profissionais de saúde que estão na ponta do atendimento, visando atualizar, aprimorar e qualificar suas práticas, que são construções sócio-históricas que acontecem durante o processo de trabalho e por meio da interação entre tais profissionais e os usuários dos serviços de saúde. É nessa interação que nascem também aspectos relacionados ao estigma e à discriminação, os quais, como já é sabido, promovem a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis. Tais fatores são limitantes e também podem interferir na adesão ao tratamento das doenças e qualidade de vida, perpetuando, assim, um ciclo de exclusão social, que, ao mesmo tempo, reforça situações de discriminação, bem como a perda do status do indivíduo, aumentando a vulnerabilidade de pessoas e populações. As inscrições estão abertas!

A formação é uma realização da Fiocruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, em parceria com Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS).

+Inscreva-se já:  Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde

Sobre a importância da presença da sociedade civil no evento, Angélica Espinosa, representante da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/MS), agradeceu às equipes da sociedade que trabalham contra a doença em conjunto com o Ministério da Saúde. “A atuação de vocês é muito importante", afirmou. Angélica também apontou que dar visibilidade à pauta é fundamental, não apenas para vencer a hanseníase, mas também para eliminar "o estigma e discriminação contra os pacientes".

Valorização dos profissionais

No evento, que seguiu até quinta-feira (26), também foi apresentado o resultado de vivências de sucesso no enfrentamento à infecção. Ao todo, a pasta selecionou, por meio do Edital de Mapeamento de Experiência Exitosas em Hanseníase, 10 dentre 52 inscritos para trazer visibilidade às ações bem-sucedidas ao SUS e estimular os profissionais que atuam na linha de frente.

O evento contou, ainda, com o lançamento do Painel Interativo de Indicadores - Hanseníase no Brasil, com acesso a dados da infecção, com base no levantamento do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Os participantes do seminário também receberam os dados atualizados do Boletim Epidemiológico da Hanseníase 2023.

Tecnologia e informação

Outra novidade apresentada no seminário foi o AppHans, que será usado para a construção de uma política pública de maior acesso e com mais tecnologia. O objetivo do Ministério da Saúde é, com o aplicativo, oferecer conteúdo textual e visual para apoiar os profissionais de saúde no diagnóstico, tratamento, prevenção de incapacidade física e reações hansênicas. Durante o evento, os participantes conheceram a versão Beta do aplicativo e tiveram espaço para apoiar o MS com sugestões para consolidação das versões para Android e iOS, antes que a versão final seja disponibilizada para o usuário.

Estratégia nacional de enfrentamento

A perspectiva é que os estados fomentem a implantação do Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas da Hanseníase (PCDT), com novos testes nos municípios, apoiados pela definição da linha do cuidado da doença e alinhada à adoção das ações propostas na Estratégia Nacional para Enfrentamento à Hanseníase 2023-2030, de forma a possibilitar o alcance das metas, que são:

1. Reduzir em 55% a taxa de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos de idade até 2030 – levando em consideração o ano-base de 2019, 3,44 casos novos por 100.000 habitantes;

2. Reduzir em 30% o número absoluto de casos novos com Grau de Incapacidade Física 2 (GIF2) — quando o paciente apresenta lesões consideradas graves nos olhos, mãos e pés — no momento do diagnóstico de hanseníase até 2030 – levando em consideração o ano-base 2019, que registrou 2.351 casos novos com GIF2 no momento do diagnóstico;

3. Dar providência a 100% das manifestações sobre práticas discriminatórias em hanseníase registradas nas Ouvidorias do SUS.

Para além do Janeiro Roxo

Tradicionalmente, o mês de janeiro é destinado às ações e estratégias de enfrentamento à hanseníase e luta pelos direitos das pessoas infectadas. No entanto, o governo pretende que a pauta seja debatida durante todo o ano e, por isso, o compromisso de levar o diagnóstico, informações, cuidados e o tratamento aos pacientes. “A hanseníase tem cura! O Brasil não pode continuar com a triste referência de segundo país no mundo com maior número de novos casos da doença”, ressaltou, em outra oportunidade, Ethel Maciel, titular da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS).

A pasta aponta que nos últimos 11 anos, considerando a série histórica da taxa de detecção de 2010 e 2021, a hanseníase apresentou padrão de redução com pequenas mudanças no período de 2017 a 2019, o que pode ser associado ao fomento de capacitações dos profissionais da Atenção Primária à Saúde com a estratégia de busca ativa dos contatos e de casos suspeitos na comunidade, apoiados pela epidemiologia espacial.

Entre 2020 e 2021 ocorreu a maior redução da taxa de detecção geral, no entanto, o número pode estar relacionado aos efeitos da sobrecarga dos serviços de saúde e pelas restrições durante a pandemia da Covid-19. Vale lembrar que durante os dois primeiros anos de crise sanitária do Sars-CoV-2, os diagnósticos da doença reduziram cerca de 35%.

Brasil sem hanseníase

A Estratégia Nacional para Enfrentamento à Hanseníase 2023-2030 apresenta a visão de um Brasil sem a doença. Para tanto, é encorajado e apoiado que os 75,03% dos municípios do país com casos notificados no período de 2015 e 2019 intensifiquem as ações de enfrentamento, buscando envolver os setores de saúde, educação social, bem como incentivo aos 24,97% dos municípios que não apresentaram casos a adotar medidas específicas para aprimoramento da vigilância em saúde e para a prevenção de incapacidades físicas decorrentes da hanseníase. O documento parte de uma construção tripartite, com a participação de diferentes entidades do setor, e busca apoiar as ações de luta contra a hanseníase.

Participantes

O evento contou com a participação de coordenadores estaduais de programas de hanseníase, centros de referência, pesquisadores da doença, movimentos sociais e sociedades médicas. Além das importantes entidades do setor, o Ministério da Saúde também recebeu, como convidados especiais, os representantes do Programa Global de Hanseníase, da Organização Mundial da Saúde, e representante da Parceria Global para Zero Hanseníase (GPZL).

O que é a doença?

Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase é uma doença infecciosa e de evolução crônica, que atinge principalmente os nervos periféricos, a pele e as mucosas. A infecção pode causar lesões neurais, danos irreversíveis e depende de um diagnóstico precoce para evitar o desenvolvimento de sequelas.

Em 2022, mais de 17 mil novos casos foram diagnosticados no país, segundo levantamento preliminar realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde. Devido à alta quantidade de registros anuais, a doença ainda é considerada um problema de saúde pública e a pasta estabelece como medida obrigatória o aviso compulsório e investigação dos casos suspeitos.

 

*com informações de Isabela Schincariol sobre o curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde


 

Publicado em 27/01/2023

Fiocruz divulga resultado das estudantes selecionadas para a Imersão no Verão

Autor(a): 
Simone Kabarite

A Coordenação do Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência e representantes do Grupo de Trabalho realizaram a seleção das 100 alunas do ensino médio do estado do Rio de janeiro que participarão da Imersão no Verão, que acontecerá de 8 a 10 de fevereiro. Ao todo, foram 291 inscrições, de 30 cidades do estado, de estudantes de escolas interessadas em vivenciar atividades de pesquisa e interação com mulheres cientistas nas unidades da Fiocruz no Rio.

 As meninas selecionadas devem ler as informações no edital, enviar a documentação exigida no Artigo 9 da Chamada até o dia 3 de fevereiro, para o e-mail mulheres.ciencia@fiocruz.br

 Os documentos são:

. Cópia do documento de identificação com foto;

. Comprovante de escolaridade (matrícula 2023);

. Autorização do responsável, quando menor de idade (modelo no Anexo I);

. Autorização de uso da imagem e do som assinada pela aluna e o seu responsável, quando menor de idade (modelo no Anexo II).

. Cópias do documento de identificação e CPF do responsável, quando menor de idade

É importante lembrar que a Fiocruz não arcará com custos de hospedagem nem transporte de nenhum tipo, sendo ambos de inteira responsabilidade das participantes. Confira aqui o resultado das estudantes selecionadas para a Imersão no Verão. 

Se você foi selecionada ou está na lista de espera, fique atenta ao e-mail cadastrado, em breve você terá que confirmar sua participação na Imersão no Verão.

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