Descrição: Mosquitos dos gêneros Aedes, Anopheles, Culex podem ser vetores de agentes causadores de doenças como a malária, filariose linfática, dengue, febres amarela, zika e chikungunya (FOSTER & WALKER, 2009; GUEDES et al., 2017). Apesar da existência de vacinas para algumas dessas doenças como febre amarela e dengue (BRASIL, 2014; PORTER et al.,2014) uma alternativa efetiva para reduzir os riscos de transmissão agentes etiológicos dessas doenças é atuar na ruptura do ciclo de transmissão através de ações de combate ao mosquito vetor, reduzindo assim os riscos de epidemias. O Instituto Aggeu Magalhães – Fiocruz/PE criou o curso de aperfeiçoamento em Bases da Vigilância e Controle de Mosquitos com o objetivo de aprofundar os conhecimentos dos agentes de endemias municipais a respeito do controle e monitoramento de mosquitos vetores de patógenos ao homem, conhecendo aspectos biológicos, ecológicos e comportamentais. Este recurso educacional se destina principalmente a agentes de endemias dos municípios, podendo interessar também profissionais do serviço de saúde que trabalhem na gestão de controle de vetores, gestores em saúde e ao público em geral.
Objetivo Geral: • Aprofundar os conhecimentos dos agentes de endemias municipais a respeito do controle e monitoramento de mosquitos vetores de patógenos ao homem (índices entomológicos, larvicidas, inseticidas e uso de armadilhas).
• Formar profissionais capazes de identificar em campo, larvas de mosquitos de Aedes aegypti e Culex quinquefasciatus, assim como aspectos gerais de sua biologia e ecologia.
• Esclarecer e reinterar a importância da tríade: serviços em saúde, população e pesquisa no controle, vigilância e monitoramento dos mosquitos.
Justificativa: Algumas espécies de mosquitos têm a capacidade de transmitir agentes etiológicos de várias doenças causando sérios problemas de saúde pública, além de incômodo à população humana (SERVICE, 2004). Alguns fatores ambientais contribuem para o sucesso reprodutivo dos mosquitos, destacando-se as alterações climáticas, mudanças nas paisagens e nos ecossistemas (GLASSER & GOMES, 2002; FADER & JULIANO et al., 2014). Além disso, o estabelecimento de novos padrões e modos de vida da população, o crescimento e concentração demográfica são fatores que influenciam no tamanho populacional dos mosquitos (FORATTINI, 2002; SERPA et al., 2013; Organização Mundial de Saúde, 2014).
Mosquitos dos gêneros Aedes, Anopheles, Culex podem ser vetores de agentes causadores de doenças como a malária, filariose linfática, dengue, febres amarela, zika e chikungunya (FOSTER & WALKER, 2009; GUEDES et al., 2017). Apesar da existência de vacinas para algumas dessas doenças como febre amarela e dengue (BRASIL, 2014; PORTER et al.,2014) uma alternativa efetiva para reduzir os riscos de transmissão agentes etiológicos dessas doenças é atuar na ruptura do ciclo de transmissão através de ações de combate ao mosquito vetor, reduzindo assim os riscos de epidemias
Atualmente, as ações de combate ao mosquito são realizadas pelos Agentes de endemias no Programa Nacional de Combate a Dengue (PNCD) e do Plano Nacional de Eliminação da Filariose Linfática (PNEFL). Programas educacionais e informativos direcionados a formação de pessoal e a atualização são bastante promissores para melhoria dos Serviços de Saúde. Pois, assim, torna-se possível propagar o conhecimento adquirido e produzido dentro das universidades e instituições de pesquisa, levando a informação de forma segura e consistente aos serviços de saúde. Os agentes de endemias são profissionais que atuam na interface entre a população e a informação a respeito das ações de controle vetorial. Com a melhoria da formação dos agentes, através do acesso ao conhecimento atualizado sobre o tema, possivelmente teremos melhorias nas ações de controle vetorial recomendadas pelo PNCD e PNEFL. Consequentemente, a qualidade da informação que será disponibilizada para população através desses profissionais capacitados será aprimorada. Assim, destacamos ainda a importância da cooperação entre institutos de pesquisa e os serviços de saúde no sucesso de ações de vigilância e controle vetorial.