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Publicado em 10/01/2023

Nova edição da Revista Saúde em Debate aborda a interdisciplinaridade na saúde coletiva

Autor(a): 
Fabiano Gama*

Está disponível em acesso aberto a revista Saúde em Debate, editada pelo Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes). O editorial chegou ao volume 46, nº especial 6, e traz como tema principal a interdisciplinaridade na saúde coletiva. Lançada em dezembro de 2022, o tema reflete e explora aspectos teórico-metodológicos, a formação e a pesquisa sobre esse tema no campo da saúde coletiva.

+Acesse aqui para fazer o download da revista.

A publicação tem como característica a divulgação de trabalhos desenvolvidos na relação docente-discente, eixo do ensino e da pesquisa em programas de pós-graduação da área de saúde coletiva, e da própria interdisciplinaridade na saúde, que aproxima saberes, práticas e formações diversas.

A revista traz artigos originais e de revisão, além de relatos de experiência. Alguns textos apresentam experiências práticas dos fazeres de pesquisa, ensino, extensão, gestão e cuidado em saúde, e outros produzem e aprofundam discussões sobre a interdisciplinaridade no que se refere às suas teorias. Também se apresenta um diálogo com novas temáticas, conceitos e categorias, que se mostram essenciais no campo da saúde coletiva.

Esta edição se inicia com o artigo de Nísia Trindade Lima, ex-presidente da Fiocruz e atual Ministra da Saúde, intitulado ‘Pandemia e interdisciplinaridade: desafios para a saúde coletiva’, que aborda os desafios no caminho da interdisciplinaridade e a forma por meio da qual eles vêm se desenvolvendo no campo da saúde coletiva.

O artigo de Nísia Trindade Lima discute o papel da interdisciplinaridade na análise e no enfrentamento da crise sanitária e social global suscitada pela pandemia de Covid-19. Defende também a necessidade de se repensarem as divisões entre mundo natural e sociedade, com destaque para a questão ambiental, e a nova conformação do campo da informação e comunicação e seus impactos na sociedade contemporânea.

 

*Com informações do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde

 

Publicado em 06/01/2023

Sextas traz uma janela aberta aos sonhos para 2023

Autor(a): 
Ana Furniel

O primeiro Sextas de Poesia do ano é com um poema de Fernando Leite Couto, jornalista, poeta, editor e tradutor, nasceu em Rio Tinto, arredores da cidade do Porto, em Portugal, em 16 de abril de 1924 - faleceu em Maputo, Moçambique, em 10/01/2013.

Fernando Leite Couto, pai do escritor Mia Couto, foi um poeta, jornalista e editor que muito contribuiu para a literatura Moçambicana. Grande parte da sua vida foi dedicada ao apoio e promoção da jovem literatura Moçambicana. Esta sua contribuição no campo das Letras possibilitou que o sonho de dezenas de autores moçambicanos se realizasse e as respectivas obras nascessem, ampliando, assim, o horizonte dos produtores da Literatura.

Como no poema, que seja um ano de janelas abertas aos sonhos.

Publicado em 03/11/2023

Sextas fala sobre a beleza e a dúvida da existência

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de poesia faz sua homenagem a Sophia de Mello Breyner Andresen, aniversariante em 6/11. O poema escolhido " Escuto" fala da beleza e dúvida da existência, entre Deus ou apenas o silêncio, segue o caminhar "em cada gesto ponho solenidade e risco".

Sophia foi uma das mais importantes poetas portuguesas do século XX e também a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prêmio Camões, em 1999. O seu corpo está no Panteão Nacional desde 2014 e tem uma biblioteca com o seu nome no país.

 

 

#ParaTodosVerem: Foto da silhueta de um homem em pé, de cabeça baixa, ele está em um local rodeado de pedras com o céu nublado ao fundo. No centro da foto o poema "Escuto" de Sophia de Mello Breyner Andresen:
Escuto mas não sei
Se o que oiço é silêncio
Ou deus

Escuto sem saber se estou ouvindo
O ressoar das planíces do vazio
Ou a consiencia atenta
Que nos confins do universo
Me decifra e fita

Apenas sei que caminho como quem
É olhado amado e conhecido
E por isso em cada gesto ponho
Solenidade e risco.

Publicado em 02/01/2023

Inscrições abertas para chamada voltada a meninas estudantes do ensino médio*

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A Fundação Oswaldo Cruz torna público a abertura das inscrições da chamada para o programa Mais meninas na Fiocruz - Imersão Verão. A iniciativa - voltada exclusivamente a estudantes mulheres do ensino médio vinculadas a escolas públicas e residentes no Rio de Janeiro - selecionará meninas para vivenciarem atividades de pesquisa durante três dias na Fiocruz-RJ. O projeto se baseia em um movimento que vem se fortalecendo ao longo dos anos em busca da igualdade de gênero para as mulheres, que ainda enfrentam muitos obstáculos na sociedade. Na Fundação Oswaldo Cruz, temos muitas mulheres de referência, e que trabalham e incentivam outras mulheres a estudarem, crescerem e conquistarem seus espaços. As inscrições estão abertas até 22 de janeiro de 2023.

+Acesse a chamada Mais meninas na Fiocruz - Imersão Verão, disponível no Campus Virtual Fiocruz

A atividade tem como principal objetivo estimular e promover a participação de jovens na pesquisa ligada à saúde pública, despertando o interesse nas áreas de ciência, tecnologia e inovação em saúde pública; incentivando o desenvolvimento do pensamento científico e tecnológico; possibilitando o acesso das participantes aos espaços culturais e científicos da Fiocruz-RJ; além de destacar trajetórias de mulheres cientistas na Fiocruz.

Além de conhecerem os espaços históricos da Fiocruz, as alunas selecionadas serão acompanhadas por cientistas mulheres da instituição, que irão apresentar a rotina da profissão. No último dia, as estudantes participarão de um evento aberto ao púbico no qual poderão compartilhar as experiências vividas durante a visita aos laboratórios e espaços de pesquisa da instituição.

Inscreva-se já!

Inscrições vão de 2 a 22 de janeiro de 2023  

As estudantes selecionadas participarão de atividades relacionadas ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência de 2023, ligado ao Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, e vivenciarão diversas atividades de pesquisa nos dias 8, 9 e 10 de fevereiro de 2023. 

Comemorada em 11 de fevereiro, a data foi instituída em 22 de dezembro de 2015 pela Assembleia Geral das Nações Unidas da Organização das Nações Unidas (ONU) e passou a integrar o calendário de eventos da Fiocruz em 2019. Sob a liderança da Unesco e da ONU Mulheres, o evento acontece em diversos países, com a colaboração de instituições e parceiros da sociedade civil, e dá visibilidade ao papel e às contribuições das mulheres na ciência e tecnologia, reafirmando e fortalecendo a participação do gênero no âmbito científico.

 

 

*Matéria publicada em 28/12/2022 e atualizada em 2/1/2023 com a abertura das inscrições.

Publicado em 27/12/2022

Fiocruz e MS lançam curso online e gratuito sobre autocuidado e literacia para a saúde

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Como você cuida da sua saúde, e o que faz para mantê-la em níveis saudáveis? Como você avalia, compreende e aplica as informações sobre saúde que recebe ao longo da vida? Essas são questões tratadas no campo da literacia para a saúde e o autocuidado que, a partir de agora, podem ser aprendidas na nova formação, gratuita e online, do Campus Virtual Fiocruz. Com foco em profissionais de saúde, o curso Autocuidado em Saúde e a Literacia para a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde já está com inscrições abertas!

Inscreva-se já!

A formação, que aborda modelos, estratégias e possibilidades de intervenções para a promoção do autocuidado, busca qualificar profissionais de nível médio e superior, especialmente os que atuam na atenção primária à saúde, mas é aberto a todos os interessados na temática. Ela é dividida em cinco módulos, carga horária de 60 horas  e é autoinstrucional, ou seja, não conta com tutoria e pode ser cursado conforme a necessidade do participante. O curso certifica os participantes mediante avaliação dos conhecimentos adquiridos . 

A formação surgiu de uma demanda do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), e foi desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), em parceria com o grupo de estudos e pesquisa Promoção em comunicação, educação e Literacia para a Saúde no Brasil (ProLiSaBr), vinculado ao Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais  da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM); e está sob a coordenação-geral da médica sanitarista Ana Luiza Pavão, pesquisadora do Laboratório de Informações em Saúde (Lis/Icict/Fiocruz) e docente colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/Icict), além da coordenação adjunta de Rosane Aparecida de Sousa, da UFTM.

Foram desenvolvidos especialmente para este curso cinco guias, que estão disponíveis como material de apoio à formação: um sobre autocuidado e literacia e outros quatro voltados para o manejo de doenças específicas, como hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica e diabetes tipo 2. O curso disponibiliza ainda oito vídeos relativos às características das referidas doenças e suas formas de prevenção e controle, videoaulas e outros recursos educativos.

A literacia para a saúde e o autocuidado 

Ana Luiza explicou que o conceito de literacia para a saúde (LS) versa sobre o conhecimento, as motivações e as competências dos indivíduos para acessar, compreender, avaliar e aplicar informações sobre saúde, a fim de fazer julgamentos e tomar decisões na vida cotidiana relacionadas aos cuidados de saúde, à prevenção de doenças e à promoção da saúde para manter ou melhorar sua qualidade de vida ao longo dos anos. Ela detalhou que a LS vem do termo em inglês health literacy, e que existem outras traduções utilizadas para o conceito, como literacia em saúde, letramento em saúde e até mesmo alfabetização em saúde.

Para Ana Luiza, quanto maior o nível de literacia para a saúde — conceito que está intimamente relacionado ao autocuidado —, melhores serão os desfechos em saúde daquele indivíduo. "O curso tem foco em profissionais da Atenção Primária, pois quando falamos de promoção e prevenção à saúde, nos referimos principalmente a esse nível de atuação, apesar de não ser exclusivo para a APS, sendo essa comprovadamente a abordagem mais eficaz", detalhou Ana Luiza.   

Ela comentou ainda que o curso estimula o profissional a se questionar, a pensar, durante a assistência cotidiana do trabalho, sobre o que podem fazer para promover a saúde naquele indivíduo atendido. A ideia é fomentar uma visão focada na saúde e não na doença e suas complicações. "Ao termos uma visão positiva sobre o cuidado, buscamos novas estratégias para melhorar a saúde, com foco na qualidade de vida, bem-estar, saúde mental, e outros aspectos que influenciam fortemente o dia a dia das pessoas.  

A proposta deste curso é trazer uma série de conceitos e reflexões a respeito do autocuidado em saúde e da literacia para a saúde, incluindo também a questão da comunicação em saúde, e a importância da literacia digital em saúde — que é a influência da internet e da capacidade das pessoas de obterem e manejarem informações de saúde provenientes da internet —, além dos fundamentos da promoção da saúde, e da Política Nacional de Promoção da Saúde do Ministério da Saúde. 

Conheça a estrutura do curso Autocuidado em Saúde e a Literacia para a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde (APS): 

Módulo 1 - A PROMOÇÃO DA SAÚDE, A SALUTOGÊNESE E A LITERACIA PARA A SAÚDE (LS)

  • Aula 1 - Promoção da saúde: um conceito em construção
  • Aula 2 - Reflexões sobre a salutogênese no contexto da Atenção Primária à Saúde
  • Aula 3 - Literacia para a Saúde: concepção e perspectivas para promover saúde

 Módulo 2 - CUIDADO, AUTOCUIDADO E A LITERACIA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE E A PREVENÇÃO DE DOENÇAS NA APS

  • Aula 1 - Promoção da saúde e prevenção de doenças: aspectos conceituais, políticas e ações na APS
  • Aula 2 - O cuidado e o autocuidado no contexto da promoção da saúde e prevenção de doenças 
  • Aula 3 - O cuidado e o autocuidado na APS: espaço para a ampliação dos níveis de LS

 Módulo 3 - INTERVENÇÕES PARA EQUIPES E SISTEMAS DE SAÚDE NAS PRÁTICAS DE LS

  • Aula 1 - A Literacia para a Saúde no cotidiano da Atenção Primária à Saúde
  • Aula 2 - Boas práticas de LS em contextos específicos e nos ciclos da vida
  • Aula 3 - A educação em saúde e a educação popular em saúde como estratégias para a assistência à saúde na APS

Módulo 4 - FERRAMENTAS NO COTIDIANO DO TRABALHO DAS EQUIPES DA APS

  • Aula 1 - A comunicação em saúde e estratégias para melhoria na APS
  • Aula 2 - As mídias e a tecnologia de informação em saúde
  • Aula 3 - A Literacia Digital em Saúde como competência para promover saúde na APS

 Módulo 5 - AUTOCUIDADO EM SAÚDE NA APS: AÇÕES PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

  • Aula 1 - Autocuidado no âmbito pessoal
  • Aula 2 - Autocuidado no âmbito profissional
  • Aula 3 - Relacionamentos e qualidade de vida
Publicado em 23/12/2022

Fortalecer o SUS é prioridade de Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz, anunciada como Ministra da Saúde do novo governo

Autor(a): 
Isabela Schincariol*

Primeira mulher a presidir a Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade Lima é também a primeira mulher à frente do Ministério da Saúde. Seu nome foi anunciado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em 22 de dezembro, para integrar o novo governo.

Nísia é pesquisadora da Fiocruz desde 1987. Graduada em Ciências Sociais e com doutorado em Sociologia, como presidente da Fundação, Nísia liderou as ações da Fiocruz no enfrentamento da pandemia. Em sua gestão, a Fiocruz tornou-se referência para a Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas para o diagnóstico de Covid-19. No campo das vacinas contra a Covid-19, Nísia coordenou o acordo da Fiocruz de encomenda tecnológica. E a Fundação tornou-se a primeira instituição do Brasil a produzir uma vacina contra a Covid-19 de forma 100% nacional.

Educação na redução das desigualdade

Na Fiocruz, Nísia também ocupou o cargo de vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, de 2011 a 2016, período em que foi criado o Campus Virtual Fiocruz. A atual presidente e futura ministra da saúde, Nísia Trindade Lima sempre fomentou iniciativas de educação em saúde, impulsionando a formação de profissionais para o SUS - um dos alicerces históricos da Fundação, que se dá por meio da oferta de cursos de qualificação profissional, especialização, residência e ainda no ensino da pós-graduação voltado para o sistema CT&I, de mestrado e doutorado.

+Assista ao depoimento de Nísia no aniversário de 6 anos do Campus Virtual Fiocruz

Ao longo dos últimos anos, a Fiocruz também vem transpondo muros e ampliando fronteiras com o incentivo e o fortalecimento da oferta de cursos à distância de qualificação profissional, ampliando a possibilidade de ofertas, inclusive internacionalmente.

Estão disponíveis formações sobre diferentes temáticas prioritárias e necessárias, como a Covid-19, o enfrentamento ao estigma e à discriminação nos serviços de saúde, a vacinação, a gestão de risco de emergência em saúde pública, a dengue e muitos outros. Tais iniciativas reafirmam o compromisso da Fundação com a qualificação de profissionais de saúde para o SUS e o papel da educação na redução das desigualdades, em parcerias com o Ministério da Saúde. Certamente, teremos muitos desafios e traçaremos inúmeras parcerias para o fortalecimento do nosso SUS na nova gestão!

*com informações de Ciro Oiticica (Agência Fiocruz de Notícias)

**Imagem: Fernando Frazão - Agência Brasil

Publicado em 23/12/2022

Sextas traz jovem poetisa indiana encerrando 2022

Autor(a): 
Ana Furniel

Encerrando o ano de 2022, o Sextas traz a poetisa Rupi Kaur, uma jovem escritora indiana que ganhou destaque nos últimos anos publicando seus poemas nas redes sociais. Com essa mensagem, o Campus Virtual Fiocruz deseja para tod@s um 2023 de novas histórias, poesia, arte, afeto e conexões que toquem o coração.

Com uma escrita simples, mas profundamente sincera e intimista, Rupi Kaur ecreve poemas sem títulos e apenas com letras minúsculas, da mesma forma que se escreve em Gurmukhi - um sistema de escrita indiano, também considerado um novo alfabeto.
 

Publicado em 09/01/2023

Em parceria inédita, Serrapilheira e Faperj fazem chamada exclusiva para cientistas negros e indígenas

Autor(a): 
Instituto Serrapilheira

Dados divulgados este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que cerca de 57% da população brasileira se classifica como preta, parda ou indígena. Nas instituições acadêmicas, no entanto, essa parcela majoritária da população é historicamente sub-representada. Para promover mudanças nesse cenário, o Instituto Serrapilheira, em parceria com a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), lançou uma nova chamada pública destinada a cientistas negros e indígenas. Serão disponibilizados até R$ 10,2 milhões para o pagamento de bolsas e investimentos em pesquisas. O edital completo será divulgado em janeiro e as inscrições começam em março.

O objetivo é estimular o intercâmbio de ideias entre cientistas – que deverão atuar, no caso deste edital, especificamente na ecologia. Assim, os candidatos selecionados vão integrar grupos de pesquisa do estado do Rio de Janeiro nos quais não tenham nem se formado nem atuado antes. Os pesquisadores, que trabalharão como pós-doutorandos, podem vir, portanto, de instituições, cidades, estados ou mesmo países diferentes: quanto maior a mobilidade, melhor. 

“Queremos fazer circular ideias novas e fomentar a diversidade entre grupos de pesquisa, ajudando a quebrar um pouco a perpetuação de linhas de pensamento que sabemos que existem no ambiente acadêmico”, afirma Cristina Caldas, diretora de Ciência do Serrapilheira. “Os candidatos devem buscar a inserção em grupos de pesquisa, departamentos e instituições diferentes daquelas em que iniciaram suas trajetórias na ciência. Queremos que esses grupos se nutram de novas perguntas, levantadas sobretudo por cientistas negros e indígenas”, explica.

O edital tem como foco jovens cientistas que tenham concluído o doutorado em qualquer área do conhecimento científico, entre 1º de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2022 – prazo estendido em até dois anos para mulheres com filhos. Os candidatos não devem ter nenhum tipo de vínculo empregatício com instituições de ciência e tecnologia (ICTs). O projeto precisa ser no campo da ecologia e os interessados devem indicar o grupo de pesquisa que irão integrar. Esse grupo deve ser formado por outros cientistas e atuar no Rio de Janeiro.

Com a iniciativa, o Serrapilheira e a Faperj pretendem promover novas linhas de pesquisa em ecologia formuladas por pós-doutores negros e indígenas que almejam obter, no médio prazo, posições permanentes. Os oito candidatos selecionados irão receber uma bolsa mensal de R$ 8 mil, além de até R$ 700 mil para o financiamento da pesquisa durante três anos, renováveis por mais dois anos. Serão ainda disponibilizados mais R$ 100 mil especificamente para integração e formação de pessoas de grupos sub-representados nas equipes de pesquisa.

No momento em que o Brasil volta às discussões globais sobre a crise climática, o Instituto Serrapilheira reafirma que a ecologia tropical deve ser um dos eixos estratégicos a guiar os investimentos em ciência no país. “Precisamos desenvolver o potencial enorme de liderança do Brasil em combater a crise climática e a devastação de biomas, tornando o país um hub global de cientistas do clima e da biodiversidade”, ressalta Hugo Aguilaniu, diretor-presidente do Serrapilheira.

“Ao nos juntarmos ao Instituto Serrapilheira nessa empreitada de fomentar a pesquisa em um campo como a ecologia, que está sob os holofotes do mundo e tem sido tão maltratada em nosso país, acreditamos que estamos cumprindo nosso papel para as futuras gerações. E quando direcionamos este edital para jovens talentosos negros e indígenas, acreditamos que estamos resgatando nossas dívidas com o passado. Esperamos que os resultados sejam surpreendentes, aliando grupos diversos e trazendo contribuições criativas”, afirmou Jerson Lima Silva, presidente da Faperj. 

Processo seletivo

As inscrições podem ser feitas entre 21 de março e 24 de abril de 2023. A seleção acontecerá em duas etapas, com uma análise da pré-proposta e outra da proposta completa. Essa avaliação será conduzida por cientistas que atuam em instituições internacionais de excelência.

A bolsa e os recursos para as pesquisas dos candidatos aprovados serão disponibilizados pela Faperj. Já o valor para a formação da equipe com pessoas de grupos sub-representados será disponibilizado pelo Instituto Serrapilheira.

Sobre o Serrapilheira

Criado em 2017, o Instituto Serrapilheira é a primeira instituição privada, sem fins lucrativos, de fomento à ciência e à divulgação científica no Brasil. Já apoiou mais de 200 projetos nessas duas áreas, com mais de R$ 60 milhões. Em 2021, lançou a Formação em Biologia e Ecologia Quantitativas (atualmente Formação em Ecologia Quantitativa), primeiro programa do instituto voltado a estudantes que estão nas etapas prévias ao doutorado.

Publicado em 20/12/2022

Fiocruz disponibiliza treinamento sobre manejo de resíduos em vídeo

Autor(a): 
Alexandre Magno (INI/Fiocruz)

Já está disponível no canal do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) do Youtube o treinamento sobre Resíduos do Serviço de Saúde e Mitigação de Derramamento. Realizado presencialmente no dia 22 de novembro, no auditório do Instituto em Manguinhos, Rio de Janeiro (RJ). O evento contou com quase 100 pessoas presencialmente. As aulas foram gravadas e divididas em dois vídeos, intitulados Parte 1 e Parte 2. O treinamento foi organizado e realizado pela Gerência de Resíduos do INI/Fiocruz. No primeiro vídeo (Parte 1), a engenheira e gerente do serviço, Mara Ribeiro, explica os objetivos do curso, apresenta os palestrantes  do curso, seguida pela vice-diretora de Gestão, do INI, Solange Siqueira que dá boas-vindas aos participantes e reforça a importância do manejo adequado dos resíduos como prática de promoção da saúde.

Acesse:

Treinamento: Resíduos do Serviço de Saúde e Mitigação de Derramamento de Produtos Químicos - Parte I

Treinamento: Resíduos do Serviço de Saúde e Mitigação de Derramamento de Produtos Químicos - Parte II

Em seguida, o suporte de gestão da Gerência de Resíduos, Pedro Caccavo, formado em engenharia ambiental  explica sobre as boas práticas no manejo dos resíduos em serviços de saúde. Pedro explica que Resolução de Diretoria Colegiada (RDC)  222/2018, da Anvisa é a norteadora das boas práticas em relação ao manejo dos resíduos em serviços de saúde. “Todos os estabelecimentos de assistência à saúde estão submetidos a essa norma.  É uma bíblia. Qualquer estabelecimento tem que ter esse conhecimento”, afirmou.

Pedro explicou para audiência que os resíduos em serviços de saúde são divididos em cinco grupos: Grupo A: são dos resíduos potencialmente infectantes, que têm risco biológico associado; Grupo B: são os resíduos químicos com risco químico associado; Grupo  C:  são os radioativos, com radiação ionizante; Grupo D: são os resíduos comuns, que são os equiparados com resíduos domiciliares;  e Grupo E: são os resíduos perfurantes, cortantes, escarificantes, com risco biológico, químico ou radioativo.

No segundo vídeo (Parte II), o biólogo, técnico em radiologia e radioproteção da Cogic/Fiocruz, Rafael Rodrigues, apresenta o tema sobre o manejo de resíduos perigosos. Ele explicou que além da RDC 222/18, há também a NBR 10004 da ABNT que fala sobre o manejo seguro de resíduos sólidos e suas classificações. Em seguida apresentou o kit para mitigação de derramamento de produtos  químicos e demostrou  seu uso em caso de um acidente.

O treinamento contou também com a participação de outras unidades como  IOC, IFF, COGIC  e INCQS. Para Mara Ribeiro, essa participação enriqueceu muito o evento. “A participação dessas unidades enriqueceu muito e promoveu a troca de experiências entre as unidades da Fiocruz sobre o tema”.

Publicado em 20/12/2022

Professor visitante e doutorado sanduíche: Coopbrass divulga resultado da análise de mérito

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, por meio da Coordenação-Geral de Educação (CGE/VPEIC), divulga o resultado da análise de mérito das candidaturas ao Programa de Professor Visitante no Exterior Sênior (PVES), e da bolsa na modalidade Doutorado Sanduíche no Exterior (DSE), ambas oferecidas no âmbito no âmbito do Projeto Coopbrass – Edital n° 05/2019 da Capes – Rede de Pesquisa e Formação em Saúde: Cooperação Sul-Sul entre a Fiocruz e Instituições Moçambicanas. Ressaltamos que o período de recurso vai de 26/12/2022 a 12/1/2023. Acesse os documentos e confira todas as informações na íntegra!

Resultado da análise de mérito da Chamada Interna nº 03/2022 - Seleção de Professor(a) Visitante no Exterior Sênior (PVES) - 20/12/2022

Resultado da análise de mérito da Chamada Interna nº 04/2022 - Seleção para a realização de Doutorado Sanduíche no Exterior - 20/12/2022

O Projeto Coopbrass prevê atuação em parceria entre a Fiocruz, o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS) e a Universidade Lúrio (UniLúrio) no desenvolvimento de pesquisas e na formação de gestores, pesquisadores e estudantes em duas áreas estratégicas: doenças infecciosas, negligenciadas e emergências sanitárias; e fortalecimento dos sistemas públicos de saúde. O projeto pretende contribuir ainda para a consolidação de redes de pesquisa já existentes e para a formação de pessoal qualificado.

Todas as bolsas são destinadas para a ida de pesquisadores a Moçambique, não sendo aceitas solicitações referentes à ida a outros países.

Chamada Interna nº 03/2022 - Seleção de Professor(a) Visitante no Exterior Sênior (PVES) 

Chamada Interna nº 04/2022 - Seleção para a realização de Doutorado Sanduíche no Exterior 

 

*imagem fundo da montagem: Freepik

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