O “II Ciclo de Webinários 2025 - Transformações tecnológicas na Saúde” tem como objetivo compreender as perspectivas e desafios colocados pelas transformações digitais, além de possibilitar a disseminação das informações e trocas de experiências entre os participantes.
O atual cenário de transformação tecnológica mostra que as tecnologias não são neutras e reafirmam as iniquidades que afetam os grupos populacionais mais vulneráveis em nossa sociedade. Neste contexto, deve-se aprofundar as questões sobre a exclusão social, onde o racismo se manifesta fortemente. Nesta quarta-feira, 22 de outubro, será realizado o quinto encontro deste ciclo, das 16h às 18h, com o tema "A interseccionalidade e o racismo na saúde: as tecnologias e a produção de iniquidades". As convidadas são as especialistas Nina Daora, do Instituto Daora, e Clarissa Marques, do Aqualtune Lab. A mediação será feita pela professora-pesquisadora Fernanda Martins (EPSJV/Fiocruz).
O encontro será transmitido pelo canal do YouTube da Poli.
O processo de construção coletiva do Plano de Desenvolvimento da Pesquisa da Fiocruz, iniciativa inédita da Fundação que está mobilizando sua comunidade científica ao longo das diversas etapas do Fórum Oswaldo Cruz, ganhou novo fôlego nesta terça-feira (23/9). Mais de 150 profissionais estiveram reunidos, em formato presencial e híbrido, durante o encontro conjunto entre as câmaras técnicas ligadas à Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB) e à Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC). O encontro foi palco para a assinatura do protocolo de intenções de cooperação entre Fiocruz e Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).
A parceria é um marco estratégico para ampliar a colaboração entre a Fundação e o Confap no âmbito nacional e internacional. O documento prevê maior integração nacional entre a Fiocruz e as fundações estaduais de Amparo à Pesquisa; acesso a novas fontes de financiamento; expansão da capacidade da instituição para coordenar e participar de redes em saúde pública, inovação e ciência aplicada; valorização da missão institucional; e fortalecimento da inserção da Fiocruz em consórcios globais de pesquisa em saúde.
O presidente do Confap, Márcio Araújo Pereira, destacou que os investimentos das fundações de amparo em pesquisa e inovação chegam a R$ 5 bilhões. “Estamos presentes nos estados brasileiros, assim como a Fiocruz, para atendermos às comunidades. Essa parceria oferecerá mais condições de enfrentar dificuldades e trazer soluções mais rápidas para o país”, afirmou.
O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, afirmou que há muitas possibilidades de cooperação com a Confap, que ele vê como um bloco nacional de agências de financiamento da pesquisa. “Junto com a Confap vamos elaborar um projeto nacional, com cooperação em financiamento e também nos territórios, que é uma tradição da Fiocruz. Queremos ganhar escala e a parceria com a Confap é fundamental para isso. Vamos estreitar laços, promover encontros e oficinas e buscar uma parceria dentro da perspectiva da Saúde Única”.
Fórum Oswaldo Cruz acumula etapas
Além de Mario Moreira e Marcio Pereira, participaram da mesa de abertura da reunião integrada de Câmaras Técnicas as vice-presidentes da VPPCB e VPEIC, Alda Maria da Cruz e Marly Cruz, respectivamente. O Fórum Oswaldo Cruz, iniciado em agosto com um seminário inaugural como parte do calendário oficial dos 125 anos da Fiocruz, é uma estratégia inovadora para ampliar a participação da comunidade científica da Fiocruz para construção de um Plano de Desenvolvimento da Pesquisa, ao mesmo tempo em que garante a escuta e a interação com a sociedade.
As Câmaras Técnicas foram mobilizadas na medida em que engajam dezenas de profissionais para refletir e formular propostas estratégicas na vida institucional. Na abertura das atividades, Alda ressaltou a relevância do Fórum Oswaldo Cruz, destacando o objetivo de construir uma agenda futura de pesquisa com a participação de toda a comunidade científica da instituição, que atualmente reúne 16 institutos, cinco escritórios e 48 programas de pós-graduação.
Marly apresentou o percurso metodológico para a construção participativa do Plano de Desenvolvimento da Pesquisa na Fiocruz e a agenda de trabalho do Fórum até 2026. A elaboração do documento envolverá grupos de formulação, recobrindo diversos eixos de discussão – que poderão ser ampliados e ajustados ao longo do processo. Em breve, será anunciada a abertura de adesões de profissionais da comunidade científica da Fiocruz em grupos de discussão de acordo com temas.
Também está prevista a participação de gestores do SUS e representantes de movimentos sociais da sociedade civil. “Serão convidados os que desejaram trabalhar em conjunto com a Fiocruz”, informou Marly. Ela acrescentou que formação e pesquisa são dimensões interligadas, e os eixos de discussão são transversais a toda instituição. A partir deles, a Fundação será pensada como instituição estratégica de Estado.
Mario Moreira comentou que a realização da sessão integrada de câmaras técnicas é inédita e demonstra como a instituição se prepara para enfrentar os seus desafios e do SUS. Ele reforçou que o Fórum Oswaldo Cruz é um espaço de integração e que a discussão da agenda de pesquisa deve partir das questões “com quem?” e “para quem?”. “Temos a expectativa de produzir um documento para subsidiar o governo federal”, afirmou. Sobre a parceria firmada, disse que a proposta é estreitar laços e desenvolver um programa de cooperação. O horizonte inclui também a aproximação com outras instituições, como a Embrapa, para debater a saúde única e atuar em programas nacionais. “A Fiocruz tem tradição de atuação nacional, e ganhamos muito com essa parceria com o Confap”, concluiu.
Nesta quarta-feira, dia 22 de outubro, às 14h, será realizada a próxima edição do Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos (CeEnsp), que abordará o tema “Mulheres migrantes no Brasil e brasileiras no exterior: trabalho, cuidado e violências”. A atividade será transmitida pelo canal da Ensp no Youtube e contará com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Coordenada pela pesquisadora do Claves/Ensp Cristiane Batista Andrade, a conversa será mediada por Camila Athayde, Ensp/Fiocruz, e terá como palestrantes: Margarita Campos, Sabores do Mundo e Claves/Ensp; Claudia Araújo de Lima, UFMS e Ministério da Saúde; Mariana Holanda, Universidade do Porto; e Mairê Carli, Femigrantes BR Podcast.
A proposta deste encontro é discutir as migrações de mulheres no Brasil, nas regiões de fronteiras e de brasileiras no exterior, compreendendo as complexidades dos fluxos migratórios e os desafios enfrentados por elas. As mulheres em deslocamentos enfrentam múltiplas formas de violência, tendo seus corpos atravessados pelas opressões do racismo, do patriarcado, do sexismo e das desigualdades socioeconômicas, existindo, portanto, a possibilidade de vivenciarem situações de tráfico de pessoas com fins de exploração sexual e trabalho escravo contemporâneo, o que as expõe continuamente a riscos graves à saúde e à própria vida. Neste contexto, lidam com os desafios impostos pelo trabalho reprodutivo do cuidado familiar, das complexidades da maternidade transnacional e dos arranjos familiares que emergem no contexto migratório. Para tanto, essas mulheres recorrem aos serviços públicos de Saúde, Educação e Assistência Social, bem como aos movimentos sociais de migrantes e às Organizações da Sociedade Civil em busca de atividades que lhes permitam cuidar de si e de suas famílias.
O CeEnsp apresentará os resultados parciais da pesquisa “Mulheres migrantes nas fronteiras brasileiras: interfaces entre trabalho, cuidado e violências”, coordenada por Cristiane Batista Andrade (Claves/Ensp/Fiocruz), que está sendo realizada em oito cidades (cinco capitais e três cidades de fronteiras brasileiras), com financiamento do CNPq e do Ministério da Saúde.
A próxima sessão do Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) terá como tema ‘Sobrevivência no planeta: COP 30, o futuro do meio ambiente e o combate às mudanças climáticas’. O evento será realizado nesta quinta-feira, dia 23 de outubro, às 14h, com transmissão pelo canal do IOC no YouTube.
O convidado principal será Eduardo Brondizio, professor do Departamento de Antropologia da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, ganhador do Prêmio Tyler de Conquista Ambiental 2025.
Colaborador do Programa Sociedade e Ambiente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o antropólogo é o primeiro brasileiro laureado com a premiação considerada como o “Nobel do meio ambiente”.
O debate contará com a participação de seis especialistas de diferentes instituições:
Cristiana Seixas, pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais da Universidade Estadual de Campinas (Nepam/Unicamp);
Emmanuel Zagury Tourinho, ex-reitor e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA);
Marilene Correa, professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e ex-reitora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA);
Roberto Araujo, pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi;
Tatiana Sá, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e ex-chefe da Embrapa Amazônia Oriental;
Tereza Favre, pesquisadora e coordenadora da Câmara Técnica de Ambiente e Saúde do IOC.
A coordenação do Núcleo de Estudos Avançados é do pesquisador emérito da Fiocruz Renato Cordeiro.
A sessão será realizada a poucos dias da abertura da 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP 30). Nos dias 6 e 7 de novembro, ocorrerá a Cúpula de Líderes, reunião de chefes de Estado que antecede os debates da COP, previstos para 10 a 21 de novembro.
Confira as edições anteriores do Núcleo de Estudos Avançados aqui.
Edição:
Vinicius Ferreira
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
Está disponível, até o dia 24 de outubro, a pré-inscrição para o evento ‘XIII Simpósio de Neurociências da UFF’ e ‘VIII Simpósio de Neurociências UFF-Fiocruz'.
A iniciativa é organizada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e pelo Programa de Pós-graduação em Neurociências da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O encontro será realizado de 25 a 27 de novembro no Auditório Maria Deane, no Pavilhão Leônidas Deane, em Manguinhos (RJ), e reunirá estudantes, docentes e especialistas nacionais e internacionais em torno de temas centrais das neurociências contemporâneas.
A pré-inscrição pode ser feita por meio de formulário eletrônico. Os nomes selecionados serão divulgados em 27 de outubro no site oficial do simpósio. A inscrição será efetivada após o pagamento de taxa correspondente via Plataforma de Serviços da UFF.
O prazo final para a submissão de resumos também se encerra em 24 de outubro.
Edição:
Vinicius Ferreira
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) realiza, no dia 23 de outubro, às 9h, a sexta sessão do ciclo de palestras Encontro às Quintas, no Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira (CDHS). O encontro terá a exibição e discussão do filme Virgínia e Adelaide (2023), dirigido por Yasmin Thayná e Jorge Furtado.
O longa-metragem narra o encontro e a parceria entre duas mulheres pioneiras da psicanálise no Brasil: Virgínia Leone Bicudo (1910-2003), socióloga negra e primeira não-médica reconhecida como psicanalista no país, e Adelheid Koch (1896-1980), psicanalista judia alemã que se refugiou no Brasil para escapar do regime nazista. Interpretadas por Gabriela Correa (Virgínia Bicudo) e Sophie Charlotte (Adelaide Koch), as personagens enfrentam desafios ligados ao racismo e ao antissemitismo, além das dificuldades de consolidação da psicanálise no Brasil.
Após a exibição do filme, haverá debate com a presença do diretor Jorge Furtado e da atriz Gabriela Correa, convidando o público a refletir sobre racismo, gênero e psicanálise, bem como sobre as contribuições de Virgínia e Adelaide para a área. Os pesquisadores da Casa de Oswaldo Cruz, Marcos Chor Maio e Cristiana Facchinetti, farão a mediação.
A atriz Gabriela Correa participou de várias produções teatrais e vem construindo uma carreira diversa em curtas e longas-metragens independentes desde 2015. Estreou no streaming em produções como a 2ª temporada das séries Bom Dia, Verônica (2022) e Justiça (2024). Jorge Furtado é diretor e roteirista de cinema e televisão de produções premiadas como o documentário Ilha das Flores (1989), O homem que copiava (2003), entre outros títulos.
A pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz, Cristiana Facchinetti, é doutora em Teoria Psicanalítica (UFRJ, 2001) e, entre seus trabalhos, destaca-se o artigo Psy-Knowledge and Avant-Garde in Brazil (1928-1948), publicado na revista European Yearbook of the History of Psychology (2024). Facchinetti também é organizadora, junto com Maurício Parada e Paulo Muñoz, do livro Refugiados e Políticas de Exclusão: histórias do nazismo, Holocausto e exílio no Brasil (Editora Fiocruz, 2025). O sociólogo Marcos Chor Maio, também pesquisador titular da Casa de Oswaldo Cruz, é doutor em Ciência Política (Iuperj, 1997). É organizador do livro Atitudes Raciais de Pretos e Mulatos em São Paulo, de Virgínia Leone Bicudo (2010), e coautor, com Alejandra Josiowicz, do artigo Stefan Zweig no Exílio: interpretações do Brasil de um cidadão cosmopolita (2025).
Encontro às Quintas – 6ª sessão
Virginia & Adelaide: o encontro entre a socióloga e psicanalista negra Virgínia Bicudo e Adelheid Koch, psicanalista judia alemã
Expositores: Gabriela Correa (atriz que interpreta Virgínia) e Jorge Furtado (diretor do filme)
Debatedores: Cristiana Facchinetti (COC/Fiocruz) e Marcos Chor Maio (COC/Fiocruz)
Coordenação: Marcos Chor Maio
Data: 23/10/2025
Horário: 9h
Modalidade: Presencial
Local: Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira (CDHS), Campus Fiocruz Manguinhos
Quais os impactos da inteligência artificial, entre outras tecnologias, na gestão e no acesso ao patrimônio documental? Para discutir o tema, o Departamento de Arquivo e Documentação (DAD) e o Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (PPGPAT) da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) reúnem especialistas, no dia 3 de novembro, no Salão de Conferências do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), no campus da Fiocruz em Manguinhos, zona norte do Rio. O evento conta com a parceria do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O VIII Seminário Patrimônio Documental em Perspectiva: novas tecnologias, usos e desafios terá como palestrantes Agnès Magnien (Ministério da Cultura da França), Isabelle Gaillard (Universidade Grenoble-Alpes) e Marcus Vinícius Pereira da Silva (COC/Fiocruz). Com mediação de Luciana Heymann (COC/Fiocruz), pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz e professora do PPGPAT, o evento será transmitido pelo canal da Casa de Oswaldo Cruz no Youtube. Contará com tradução simultânea e intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais).
Logo após a abertura, com Renata Lourenço (COC/Fiocruz), Luciana Heymann e Ana Paula Goulart (EcoPos/UFRJ), Agnès Magnien, Inspetora-Geral de Assuntos Culturais do Ministério da Cultura e presidente do Comitê Francês do Programa Memória do Mundo da UNESCO, abre as apresentações abordando as oportunidades e riscos que envolvem o uso de inteligência artificial no trabalho com arquivos. Em seguida, Isabelle Gaillard (Universidade Grenoble-Alpes), colíder do projeto de pesquisa franco-brasileiro AMIS (Arquivo-Mídia-Imagem-Sociedade) fala sobre a relação entre historiadores, arquivos e YouTube. Heyman, Goulart e Magnien integram o projeto, que reúne diversas instituições brasileiras e francesas das áreas de comunicação, história e ciência da informação.
O evento finaliza com Marcus Vinícius Pereira da Silva, professor no Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) e do PPGPAT e coordenador-adjunto do Fórum de Preservação Digital da Fiocruz. Ele vai abordar os desafios e possibilidades da difusão do patrimônio cultural por meio do Wikimedia, partindo de uma experiência realizada na Casa de Oswaldo Cruz.
Confira, abaixo, mais informações sobre os palestrantes e os temas que serão debatidos.
Programação
13h30 – Café (Solário do CDHS)
14h – Mesa de abertura: Renata Lourenço (COC/Fiocruz), Luciana Heymann (COC/Fiocruz) e Ana Paula Goulart (EcoPos/UFRJ)
14h15 – Mesa-redonda
Agnès Magnien
L’usage de l’IA dans les archives: opportunité et vigilance (O uso da IA nos arquivos: oportunidade e vigilância)
Em que medida a inteligência artificial pode ser uma ferramenta de apoio útil, uma fonte de desenvolvimento e um meio de facilitar o trabalho dos envolvidos no patrimônio arquivístico ou nas relações com o público? Quais riscos podem ser identificados no uso da inteligência artificial no campo do patrimônio documental e quais respostas podem ser fornecidas para tentar reduzi-los?
Isabelle Gaillard
“Les historiens, YouTube et les archives: des rapports complexes” (Os historiadores, o Youtube e os arquivos: relações complexas)
Qual a relação que os historiadores e as historiadoras têm com o YouTube e em que medida a plataforma pode ou não ser usada como um arquivo?
Marcus Vinícius Pereira da Silva
Patrimônio cultural e colaboração aberta: perspectivas no Ecossistema Wikimedia
A difusão do patrimônio cultural por meio do ecossistema Wikimedia apresenta desafios, incluindo os legais e éticos, e possibilidades. A partir da experiência da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, serão analisadas iniciativas de disponibilização e reuso de acervos em plataformas colaborativas e o potencial da colaboração aberta para ampliar o acesso, a preservação digital e o diálogo com diferentes públicos.
16h – Debate
16h30 – Encerramento
Palestrantes
Agnès Magnien
Inspetora-Geral de Assuntos Culturais do Ministério da Cultura desde setembro de 2021 e presidente do Comitê Francês do Programa Memória do Mundo desde abril de 2021. Formada na École Nationale des Chartes como arquivista-paleógrafa, foi Diretora do Arquivo Departamental de Seine-Saint-Denis (1994-1999), antes de assumir a Diretoria-Geral Adjunta do Departamento de Seine-Saint-Denis, responsável pelas faculdades, creches, cultura, esporte, juventude, patrimônio e arquivos (2000-2008). Retornou ao Ministério da Cultura para assumir a gestão do Arquivo Nacional e organizar a instalação de uma nova sede (2011 a 2014), e depois ingressou no Instituto Nacional do Audiovisual (INA) como Diretora Adjunta de Coleções (2014-2021).
Isabelle Gaillard
Professora titular do Departamento de História da Universidade Grenoble-Alpes desde 2007; membro do Laboratório de Pesquisa Histórica Rhône-Alpes (LARHRA) desde 2003. Colíder do projeto de pesquisa franco-brasileiro AMIS (Arquivo-Mídia-Imagem-Sociedade), de 2021 a 2026. Desenvolve pesquisas nas áreas de história econômica e social do consumo, história econômica e social do esporte, história da mídia e do audiovisual.
Marcus Vinícius Pereira da Silva
Doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre em Ciências na área de Informação e Comunicação em Saúde pela Fiocruz e bacharel em Biblioteconomia e Documentação pela UFF. Atua como professor nos programas de pós-graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) e em Gestão e Preservação do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (PPGPAT), ambos da Fiocruz. É coordenador-adjunto do Fórum de Preservação Digital da Fiocruz e integra o Comitê Gestor do Preservo – Complexo de Acervos da Fiocruz e o Fórum de Ciência Aberta. Desenvolve projetos de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico em patrimônio cultural e humanidades digitais, com ênfase em acesso e preservação digital, ciência aberta e indicadores de ciência, tecnologia e inovação em saúde.
O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) vai sediar as atividades da Semana Internacional do Acesso Aberto na Fiocruz, nos dias 22 e 23 de outubro, na Biblioteca de Manguinhos, como parte das atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
Organizado pelo Icict, em parceria com a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz, o evento terá o tema ‘Quem é o dono do conhecimento?’.
A mesa de abertura vai contar com a participação de Adriano da Silva, diretor do Icict; de Marly Cruz, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz; de Alda Cruz, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB); e Claude Pirmez, coordenadora do Programa INOVA Fiocruz/Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde.
Semana Internacional
A Semana do Acesso Aberto surgiu a partir do National Day of Action for Open Access, atividade realizada nos Estados Unidos em 2007. A partir de então, passou a ocorrer anualmente. Em 2025, o tema foi escolhido pela Scholarly Publishing and Academic Resources Coalition (SPARC) em parceria com um Comitê Consultivo da Semana de Acesso Aberto
No mês de outubro, são realizadas diversas atividades comemorativas, relacionadas ao tema Acesso Aberto. Diversas instituições de ensino e pesquisa do Brasil participam da Semana do Acesso Aberto, incluindo a Fiocruz, que começou a participar em 2019.
Na Fiocruz
Alinhada ao Movimento Internacional de Acesso Aberto, a Fiocruz possui uma Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, que completou 10 anos em 2024 e foi atualizada por um grupo de trabalho.
Voltado para democratização do conhecimento, o Movimento do Acesso Aberto possui diferentes caminhos para divulgação dos trabalhos resultantes de investigação científica: os repositórios institucionais (a via verde) e os periódicos científicos eletrônicos (a vida dourada).
Para a coordenadora de Informação e Comunicação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, Vanessa Jorge, é uma semana para comemorar e relembrar o compromisso assumido com o tema. “A Fiocruz assumiu esse compromisso com a sociedade e vem criando uma série de mecanismos para colocá-lo em prática. Além de guiar nossas ações e decisões por princípios e diretrizes de Ciência Aberta, implementamos diversas iniciativas de suma importância para tornar real essa prática, oferecendo transparência, acesso, cuidado com os diferentes tipos de acervos sob nossa guarda, além de um chamado para cocriação em pesquisas, educação e inovação com a nossa comunidade".
A coordenadora da Rede de Bibliotecas da Fiocruz, Claudete Fernandes de Queiroz, destacou a importância dos repositórios institucionais da Fiocruz, Arca e Arca Dados, para disponibilização de documentos de forma gratuita.
O diretor do Icict, Adriano da Silva, enfatizou o protagonismo do Instituto em prol do acesso aberto e a atuação na criação e atualização da Política de Acesso Aberto da Fiocruz: "Nós incentivamos o debate sobre o acesso aberto. É uma atuação estratégica, voltada para democratização do conhecimento científico, da saúde pública, contribuindo para garantia de direitos humanos, como o acesso à informação e o direito à saúde", completou.
Ao encontro do Movimento de Acesso Aberto, essas iniciativas existentes na Fiocruz facilitam: aumento de visibilidade de pesquisas; redução de desigualdades de acesso ao conhecimento; melhoria da colaboração entre pesquisadores de diferentes instituições, nacionais e internacionais; preservação da memória institucional; e transparência de informações.
No evento
As práticas de Ciência Aberta adotadas pela Fiocruz estarão em debate no evento, assim como os critérios da nova avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que podem afetar diferentes etapas do ciclo da pesquisa científica, incluindo os programas de pós-graduação: “A estratégia será estimular a discussão entre pesquisadores e a comunidade científica, para mostrar o cenário atual e as tendências relacionadas ao tema”, explicou Claudete, coordenadora da Rede de Bibliotecas da Fiocruz.
A importância do repositório Arca também estará em pauta, com as mudanças de classificações de artigos científicos e de reconhecimento dos cursos de pós-graduações pela Capes: “O repositório institucional Arca será uma espécie de ‘porta de entrada’ nessa nova avaliação da Capes. O Icict e a VPEIC estão alinhando trabalhos de conscientização, que deverão contar com o apoio de secretarias acadêmicas, coordenações de pós-graduação, discentes, profissionais de informação e bibliotecários”, explicou Claudete.
Convidados de diferentes organizações, como Capes, Dora (The Declaration on Research Assessment) e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) estão entre os participantes da discussão, além das coordenadoras das Redes Regionais de Repositórios Digitais das regiões do Brasil: Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Rede de Bibliotecas
Como parte das atividades, no dia 23 de outubro, vai acontecer o 19º Encontro da Rede de Bibliotecas da Fiocruz, com o tema 'Bibliotecas como facilitadoras do Conhecimento Aberto'.
No Encontro, vai acontecer uma atividade de lançamento do 'Dia do Autoarquivamento na Fiocruz'. O objetivo é fortalecer os depósitos de produção intelectual pela comunidade Fiocruz no repositório Arca, com o intuito de promover a preservação e disseminação da memória institucional.
A mesa de abertura vai contar com a participação da vice-diretora de Ensino do Icict, Kizi Araújo; da coordenadora da Rede, Claudete Fernandes de Queiroz; e da bibliotecária Simone Dib, coordenadora-adjunta da Rede. Durante o evento, as bibliotecas das unidades da Fiocruz estarão representadas pelos seus profissionais bibliotecários.
Durante a manhã, haverá uma palestra sobre 'Educação em informação e conhecimento aberto para evitar desinformação científica: possibilidades de ação biblioteconômica', com Marianna Zattar (Icict/UFRJ). E a outra convidada, Dayanne Prudencio (Unirio/Ibict), vai falar sobre 'Literacia em IA: discutindo o papel das bibliotecas'.
Na parte da tarde, serão apresentados diversos serviços realizados pela área de informação do Icict e as bibliotecas das unidades apresentarão pôsteres com os trabalhos desenvolvidos.
Serviço
Local: Salão de Periódicos Lobato Paraense - Biblioteca de Manguinhos
Data: 22 e 23 de outubro de 2025
Horário: das 9 às 16h
Inscrições em https://eventos.icict.fiocruz.br
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e a revista científica The Lancet promovem o seminário de pesquisa 'Desafios, estratégias e boas práticas para a publicação científica: perspectivas do The Lancet', no dia 23 de outubro, das 13h às 17h no auditório do INI no campus da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro (RJ), com transmissão ao vivo pelo canal oficial do Instituto no Youtube!
O evento é coordenado pelo INI e contará com a presença do diretor do Instituto, Estevão Portela, dos editores do The Lancet, Taissa Vila, Orison Woolcott, Maria Dario, Elisa Pocu e Gustavo Monnerat.
O evento é de caráter científico, voltado para pesquisadores, profissionais e estudantes e tem por objetivo promover uma reflexão sobre os desafios, estratégias e boas práticas no processo de publicação científica, a partir da experiência de editores do grupo The Lancet – que edita uma das mais antigas e prestigiadas revistas científicas sobre medicina do mundo.
“O evento é uma oportunidade para os participantes aprimorarem o entendimento sobre o processo editorial e de contribuir com fortalecimento da qualidade da produção científica nacional”, afirma Valdiléa Veloso, vice-diretora de Pequisa e Desenvolvimento Tecnlógico do INI.
A programação completa inclui mesa-redonda, palestras, discussões sobre aspectos editoriais, ética em pesquisa, inteligência artificial e tendências futuras na comunicação científica. Veja abaixo a programação completa.
Programação
13h – Abertura: A Importância da Publicação Científica – Dr. Estevão Portela (INI/Fiocruz)
13h10 – Palestra: Introdução aos periódicos do grupo The Lancet – Dra. Taissa Vila (The Lancet)
13h20 – Palestra: Dicas editoriais para publicação científica – Dr. Orison Woolcott (The Lancet)
14h – Mesa-redonda: Desafios editoriais na publicação científica: uma conversa com editores do The Lancet – Dr. Orison Woolcott, Dra. Taissa Vila, Dra. Maria Dario, Dra. Elisa Pucu, Dr. Gustavo Monnerat (The Lancet)
15h – Perguntas
15h15 – Coffee-break
15h45 – Palestra: O uso da inteligência artificial na publicação científica: desafios, limites e direções futuras – Dr. Gustavo Monnerat (The Lancet)
16h15 – Discussão e perguntas
17h – Término
Nesta segunda-feira, 20 de outubro, das 12h às 13h, será realizado mais um webinar do Projeto Echo, com o tema: "Associação Madrilenha da Covid longa".
A transmissão será feita pela plataforma Zoom e requer inscrição.
Para participar, utilize o QR Code na imagem ou acesse este link para se inscrever!