Professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/Icict/Fiocruz), Janine Miranda Cardoso é uma das organizadoras do livro Desinformação e Covid-19: desafios contemporâneos na comunicação e saúde. Lançada durante o 46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom Nacional), em Belo Horizonte (MG), a obra está disponível em acesso aberto no site da Porto Livre - Portal de Livros em Acesso Aberto da Fiocruz e no Arca - Repositório Institucional da Fiocruz. Ambas as plataformas são coordenadas pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).
Além de Janine Cardoso, outros pesquisadores do Icict participam da obra como autores: a doutoranda do PPGICS, Ana Carolina Monari, o bolsista de pós-doutorado do PPGICS, Hully Falcão, o pesquisador e coordenador do PPGICS, Igor Sacramento, a pesquisadora, coordenadora do Laboratório de Comunicação e Saúde e professora do PPGICS, Izamara Bastos e a pesquisadora e professora do PPGICS, Kátia Lerner.
O evento de lançamento ocorreu no início de setembro, no âmbito do Publicom, encontro que reuniu divulgação de livros da área de comunicação durante o congresso. Publicada pelo Instituto de Saúde do Estado de São Paulo, a obra integra a coleção Temas de Saúde Coletiva e está disponível para download também no site do órgão.
O livro aborda temas de extrema relevância no cenário atual, explorando as muitas interseções entre desinformação, comunicação e saúde no contexto da pandemia. Além disso, busca trazer luz aos desafios enfrentados na disseminação de informações confiáveis em um mundo digital cada vez mais difícil. No contexto de incertezas provocadas pela Covid-19, e proeminência de novos regimes de verdade instaurados pelas mídias digitais, ganharam espaço e se consolidaram fenômenos comunicacionais complexos, como a infodemia, a sindemia, a desinformação e as chamadas fake news.
Marca do nosso tempo, esses fenômenos, particularmente desafiadores no campo da saúde, atravessaram o cotidiano pandêmico, ampliando os desafios dos governos e, consequentemente, dos sistemas de saúde de todo o mundo no enfrentamento à crise sanitária. No Brasil, a propagação de discursos negacionistas e fraudulentos em torno da pandemia cresceu exponencialmente, ampliando os riscos pandêmicos. Entre outros desfechos nefastos, esses discursos contribuíram, por exemplo, para o aumento da hesitação vacinal e baixa adesão à quarentena e ao uso de máscaras, tornando vulnerável ao vírus o conjunto da população. E deixou um saldo trágico: 700 mil mortos, em março de 2023.
Fruto das inquietações de 34 pesquisadoras e pesquisadores vinculados a 20 instituições nacionais (incluindo a Fiocruz), a coletânea apresenta uma reflexão diversa sobre o período pandêmico, a partir de diferentes olhares teóricos e conceituais. Indo além da covid-19, o livro espera contribuir para a compreensão das interfaces cada vez mais estreitas e complexas entre comunicação e saúde.
A Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública da América Latina (Resp) vai realizar na próxima terça-feira (19/9), das 10 às 12h, o webinar 'Educação Permanente em Saúde na América Latina: Potências e Desafios nos Tempos Atuais'. O vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), Eduardo Melo, vai coordenar a atividade. Ao possibilitar uma discussão sobre a necessidade de se pensar a Educação Permanente como estratégia de gestão para fortalecer os sistemas de Saúde Pública na região da América Latina, no contexto pós-pandêmico, o Webinar aborda temas comuns e perspectivas para uma agenda estratégica de Saúde Pública regional. O evento será transmitido pelo canal da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública da América Latina (Resp), no Youtube.
Participam, como palestrantes, a Dra. Laura Feuerwerker (Brasil), Graduada em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) (1983), Especialização em Clínica Médica (1986), especialização em Administração de Serviços de Saúde (1991), Mestrado em Saúde Pública (1997) e Doutorado em Saúde Pública na Faculdade de Saúde Pública da USP (2002). Atualmente é professora associada do Departamento de Política, Gestão e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da USP e o Dr. Mário Róvere (Argentina), médico Sanitarista com formação em Pediatria e Residência em Saúde Internacional. Atualmente é Diretor da Escola de Governo de Saúde “Floreal Ferrara”, Ministério da Saúde da Província de Buenos Aires e Diretor do Mestrado em Saúde Pública da Universidade Nacional de Rosário (UNR). Foi vice-diretor da região de saúde da Província de Salta, diretor de planejamento em saúde da cidade de Buenos Aires, consultor regional da Opas/OMS para a Região Andina, vice-diretor do mestrado em saúde pública da Universidade de Buenos Aires (UBA), professor de planejamento social em pós-graduação na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) e Vice-Ministro da Saúde da Nação.
O debate contará com a participação de especialistas, lideranças sociais e atores da prática, bem como o público poderá enviar perguntas pelo chat do YouTube. Contamos com a participação de todas e todos neste evento que discute um tema central para a saúde e o desenvolvimento social da América Latina.
Assista ao webinar:
A Rede Fiocruz de Pesquisa Clínica (RFPC) e a Rede Fiocruz de Biobancos (RFBB) promovem o webinar Armazenamento de amostras biológicas humanas em pesquisa. O evento, que acontece no dia 20 de setembro, das 14h às 16h30, é voltado para todos/as profissionais que realizam pesquisa com seres humanos.
O webinar será transmitido pela plataforma Teams. Para participar é preciso fazer o credenciamento pela página Even3 Eventos até a hora do evento.
Programação
14h | Abertura – Plataforma de Pesquisa Clínica da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas
- Aspectos éticos: detalhamento sobre consentimento, regulamentações vigentes e processos de revisão ética | Palestrante: Gustavo Steffanoff (curador do Biobanco Covid-19 da Fiocruz e membro da Conep)
- Padrões e diretrizes internacionais: breve visão das diretrizes ISBER, NCI, BBMRI-ERIC e ISO20387 | Palestrante: Paulo Holanda (Bioquallis)
- Integridade e viabilidade da amostra | Palestrante: Mariana Siqueira (Bio-Manguinhos)
- Biossegurança: abordagem sobre as práticas recomendadas, equipamentos de proteção e treinamentos relacionados à biossegurança | Palestrante: Simone Machado (CTBio)
- Desafios da Fiocruz para garantia de qualidade de amostra da instituição: apresentação breve sobre os biobancos da Fiocruz e discussão sobre os principais desafios enfrentados no país | Palestrantes: coordenação RFBB e curadores dos biobancos do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Bio-Manguinhos, do Instituto René Rachou, do Instituto Gonzalo Moniz e do Biobanco Covid-19
- Debate
Nesta terça-feira, 19 de setembro, será ralizado no Salão de Conferência do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), no campus Maré-Manguinhos da Fiocruz, o seminário internacional: História e principais desafios para a saúde global. O evento será presencial, a partir das 9h, com transmissão ao vivo em português e em inglês e tradução para Libras pelo canal da VideoSaúde no Youtube.
Mediada pela vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, o seminário terá como palestrante o diretor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londes (LSHTM), Liam Smeeth, com comentários do coordenador do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), Maurício Barreto.
Acompanhe ao vivo em português:
Acompanhe ao vivo em inglês:
A fim de retomar a histórica parceria entre Brasil e Angola, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou uma visita de Estado ao país junto a uma comitiva formada por integrantes do governo e de autarquias, parlamentares e empresários. Representando a Fiocruz, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), Cristiani Machado, esteve entre os dias 24 e 25 de agosto em Luanda e participou de atividades voltadas para o fortalecimento da cooperação bilateral na área da saúde.
No primeiro dia em missão, Cristiani Machado acompanhou as ministras da Saúde de Brasil e Angola, Nísia Trindade Lima e Silvia Lutucuta, nas visitas ao Instituto Angolano de Controle de Câncer e ao Instituto Hemoterápico Infantil, duas unidades referência em saúde no país. "Conversamos com os diretores dessas unidades e ficou muito evidente a importância da cooperação com o Brasil na formação de profissionais de saúde. No Instituto Angolano de Controle do Câncer, por exemplo, já há uma cooperação muito forte com a Unicamp e com o Inca", relatou a vice-presidente.
No segundo dia em Luanda, Cristiani participou do Fórum Econômico Angola-Brasil, que reuniu integrantes dos governos, de instituições e da iniciativa privada dos dois países. A vice-presidente integrou o painel Saúde, Educação e Desenvolvimento Humano. Em sua fala, ela destacou que a Fiocruz sempre estabeleceu relações próximas e solidárias com as nações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, incluindo com Angola, contribuindo com a formação de profissionais de saúde e a estruturação da Rede de Banco de Leite Humano no país.
A uma audiência fortemente voltada para o debate econômico, Cristiani assinalou em seu discurso a "importância dos setores da saúde e educação para a economia, sendo possível apostar em uma articulação virtuosa entre economia, política social e política científica, em um projeto de desenvolvimento orientado ao bem-estar social".
Outro ponto ressaltado pela vice-presidente foi a urgência em assegurar a disponibilidade de insumos estratégicos para o atendimento das necessidades de saúde das populações, seja pelo fortalecimento da produção nacional, acordos estratégicos entre países e mecanismos solidários de cooperação bilateral ou multilateral. Ao final de sua fala, Cristiani reforçou a intenção da Fiocruz em dividir suas boas práticas com Angola. "A Fiocruz está disponível para fortalecer sua cooperação com Angola nas áreas de educação para o sistema de saúde – do ensino técnico ao doutorado -, na pesquisa, em áreas como vigilância genômica, no desenvolvimento tecnológico e em estratégias para viabilizar o acesso a insumos como vacinas e medicamentos, entre outras", afirmou.
O Fórum Econômico foi encerrado com o encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente angolano João Manuel Gonçalves Lourenço e a assinatura de acordos bilaterais. Cristiani Machado ressaltou a disposição da Fiocruz de participar da agenda de cooperação que vem sendo construída pelo Ministério da Saúde, considerando o desejo mútuo em fortalecer os sistemas públicos de saúde e respeitando as especificidades locais. Essa perspectiva se insere em uma estratégia mais ampla de cooperação Sul-Sul estruturante não somente com Angola, mas com o continente africano, especialmente com países de língua portuguesa.
"Tradicionalmente, a educação e a saúde são áreas importantes dessa cooperação Sul-Sul. A Fiocruz sempre atuou com a perspectiva de uma cooperação estruturante em saúde e com uma atenção especial aos países da América Latina e de língua portuguesa da África", afirmou Cristiani Machado.
Sobre essa cooperação estruturante, a vice lembrou que Brasil e África têm muitos desafios comuns na área da saúde - por exemplo o enfrentamento a doenças negligenciadas, como malária, febre amarela e tuberculose, ou a dificuldade, em diferentes níveis, de acesso a insumos - e que as parcerias representam também uma oportunidade de aprendizado mútuo. "Há uma dimensão de solidariedade e de aprendizado que tem que ser destacado. Esse aprendizado não é somente unilateral. Nós somos países com muita coisa em comum", disse.
Imagem: fotos do arquivo pessoal de Cristiani Machado
#ParaTodosVerem Banner com colagem de duas fotos, uma em cima e outra embaixo, na primeira foto estão presentes cinco pessoas, da esquerda para direita um senhor negro de terno escuro, ao lado uma senhora negra de vestido e casaco estampado, uma mulher branca com blusa estampada e casaco amarelo, uma mulher negra de blazer escuro e por última uma mulher branca com vestido colorido. A segunda foto é de diversas pessoas sentadas de costas assistindo uma palestra, no palco estão cinco pessoas e atrás deles é possível ler no powerpoint: Fórum Econômico: Angola-Brasil.
Esta semana o Sextas de Poesia traz aquele que fala das desimportâncias ou do nada. Muitos dizem que com sua poesia, Manoel de Barros tenta “descoisificar a realidade”. Ele tem na palavra o sentido da existência.
"A poesia está guardada nas palavras – é tudo que eu sei". E é através dela que o poeta de Cuiabá traduz o mundo de forma inventiva e simples. Assim, Barros nos convida a transformar, reinventar esse mundo: "O olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê. É preciso transver o mundo”. Ou ainda, segundo ele, não ter conexões com a realidade: "expressão reta não sonha. Não use o traço acostumado".
Sejamos livres como as borboletas do poeta fazedor de amanhecer.
#ParaTodosVerem Banner com fundo rosa e desenho colorido de borboletas na base e do lado direito do banner, no centro está um trecho do livro "O fazedor de amanhecer" de Manoel de Barros: Só o silêncio faz rumor no voo das borboletas.
Nesta quinta-feira, 14 de setembro, o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), da Fiocruz Bahia, recebe para um webinário às 14h, a editora-chefe, Taissa Vila, e a editora sênior, Elisa Pucu, ambas da The-Lancet Regional Health - Americas, para a palestra "Publicando artigos científicos: a perspectiva do(a) editor(a)".
O público vai receber dicas de ouro para ter seu artigo aceito e fazer bonito com a editoria.
A inscrição gratuita para o webinário pode ser feita pelo Zoom.
IMPORTANTE: A palestra será fechada, APENAS para os colaboradores presentes no Cidacs, porém todas as pessoas podem participar da transmissão APENAS na plataforma Zoom, pois NÃO haverá transmissão no Youtube.
#ParaTodosVerem Card com fundo marrom, no topo está a data do webinário: 14/9, às 14h, mais abaixo, o tema do evento "Publicando artigos científicos: a perspectiva do(a) editor(a), o link de inscrição e as participantes.
*Com informações do Cidacs/Fiocruz.
Em 18 de setembro, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde completa 50 anos. Inspirado na obra do sanitarista Oswaldo Cruz no combate a doenças como a varíola, o PNI surgiu em 1973, mas somente após a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988 que o Programa se consolidou como ação de governo para a garantia da saúde e da inclusão social da população brasileira, sem distinção de origem, raça, gênero ou classe.
História do Programa Nacional de Imunizações (PNI)
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi inspirado na primeira campanha de vacinação em massa feita no Brasil e idealizada por Oswaldo Cruz, o fundador da saúde pública no País, que tinha como objetivo controlar a disseminação da varíola, doença que dizimava boa parte da população no Rio de Janeiro no início do século 20. O sucesso das Campanhas de Vacinação contra a varíola na década dos anos sessenta mostrou que a vacinação em massa tinha o poder de erradicar a doença. O último caso de varíola notificado no Brasil foi em 1971, e no mundo em 1977 na Somália.
Em 1973 foi formulado o PNI, por determinação do Ministério da Saúde, com o objetivo de coordenar as ações de imunizações que se caracterizavam, até então, pela descontinuidade, pelo caráter episódico e pela reduzida área de cobertura. A proposta básica para o Programa, constante de documento elaborado por técnicos do Departamento Nacional de Profilaxia e Controle de Doenças (Ministério da Saúde) e da Central de Medicamentos (Ceme - Presidência da República), foi aprovada em reunião realizada em Brasília, em 18 de setembro de 1973, presidida pelo próprio Ministro Mário Machado Lemos e contou com a participação de renomados sanitaristas e infectologistas, bem como de representantes de diversas instituições.
Em 1975 o PNI foi institucionalizado, resultante do somatório de fatores, de âmbito nacional e internacional, que convergiam para estimular e expandir a utilização de agentes imunizantes, buscando a integridade das ações de imunizações realizadas no país. O PNI passou a coordenar, assim, as atividades de imunizações desenvolvidas rotineiramente na rede de serviços e, para tanto, traçou diretrizes pautadas na experiência da Fundação de Serviços de Saúde Pública (FSESP), com a prestação de serviços integrais de saúde através de sua rede própria. A legislação específica sobre imunizações e vigilância epidemiológica (Lei 6.259 de 30-10-1975 e Decreto 78.231 de 30-12-76) deu ênfase às atividades permanentes de vacinação e contribuiu para fortalecer institucionalmente o Programa.
O PNI tornou-se ação de governo caracterizada pela inclusão social, na medida em que assiste todas as pessoas, em todos os cantos do país, sem distinção de qualquer natureza. Hoje, 50 anos após a sua criação, o PNI é referência mundial em imunização.
Ampliação da cobertura vacinal ainda é desafio
Em evento realizado pela Frente Parlamentar em Defesa da Vacina na última terça-feira, 12 de setembro, na Câmara dos Deputados, para celebrar os 50 anos do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a ministra da saúde, Nísia Trindade, destacou que o aumento da cobertura vacinal tem que ser um esforço conjunto entre os poderes Legislativo e Executivo e toda a sociedade.
“O movimento nacional pela vacinação não tem dona, não tem dono. Não é do Ministério da Saúde, é da sociedade! Entre as resoluções da 17ª Conferência Nacional de Saúde está o aumento da cobertura vacinal no Brasil e a importância dessa atuação conjunta de governo federal, estados e de municípios para que atinjamos esse objetivo”, disse a ministra.
De acordo com o Observatório da Atenção Primária à Saúde, de 2001 a 2015, a média nacional de cobertura vacinal se manteve sempre acima dos 70%, mas, em 2016, diminuiu para 59,9% e vem caindo desde 2019, atingindo os 52,1% em 2021. Mas a ministra da Saúde já vê resultados da implantação do Movimento Nacional pela Vacinação no início do ano. Ela informou que os primeiros dados coletados pela secretaria de Saúde Digital mostram que a cobertura de vacinação contra HPV aumentou em 80% do ano passado para cá e a de meningite teve um aumento de 100%.
Em contrapartida, novo levantamento conduzido pelo Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância - Fiocruz/ Unifase) revelou uma importante retomada na cobertura vacinal para crianças com menos de dois anos no Brasil. O estudo teve como foco a análise de quatro vacinas essenciais: BCG, Pólio, DTP e MMRV. Após anos de declínio, os resultados indicaram que houve um crescimento na cobertura vacinal infantil entre 2021 e 2022.
Campus Virtual oferece cursos voltados à vacinação
O Campus Virtual Fiocruz ressalta a importância da vacinação para a prevenção e erradicação de diversas doenças. Assim, o CVF lembra de seus cursos, online, gratuitos e autoinstrucionais, voltados à vacinação: Vacinação contra Febre Amarela e Vacinação para Covid-19: protocolos e procedimentos Técnicos. As formações estão com inscrições abertas!
Curso de Vacinação contra Febre Amarela
A formação foi produzida pela Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) e o Campus Virtual Fiocruz, com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Nele, são apresentadas situações diversas sobre vacinação para febre amarela, trazendo orientações e reflexões para qualificar a recomendação de vacina e outras condutas associadas. É indicado para profissionais de saúde que atuam na atenção básica e em postos de vacinação. Porém qualquer pessoa pode se matricular. Ao final desse minicurso, o participante vai ser capaz de: identificar as pessoas para as quais a vacina é recomendada; orientar os usuários nos casos controversos; orientar sobre eventos adversos; e identificar casos de eventos adversos.
Curso de Vacinação para Covid-19: protocolos e procedimentos Técnicos - 2ª Edição
A formação visa atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes profissionais envolvidas na cadeia de vacinação da Covid-19, bem como outros profissionais de saúde, da comunicação e demais interessados no tema. O curso é composto de cinco módulos distribuídos em uma carga horária de 50h.
Esta versão do curso foi atualizada com a declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o fim da Covid-19 como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). A declaração da OMS reforça que a circulação do vírus, o número de casos graves da doença e o percentual da população mundial vacinada alcançaram patamares satisfatórios dos pontos de vista social e epidemiológico. Cabe destacar, no entanto, que isso não significa que a Covid-19 acabou como uma ameaça à saúde global. Portanto, entre outras atualizações relevantes, a segunda edição do curso traz também novas orientações sobre o esquema vacinal contra o coronavírus a partir da inserção da vacina bivalente no Calendário Nacional.
*Com informações do Ministério da Saúde e Agência Câmara de Notícias.
*Lucas Leal é estagiário sob a supervisão de Isabela Schincariol.
#ParaTodosVerem Foto de uma criança negra com a boca aberta recebendo uma vacina de gotinha na boca, no topo da foto os dizeres: Programa Nacional de Imunizações completa 50 anos. Conheça cursos do Campus Virtual Fiocruz voltados à vacinação.
O Campus Virtual Fiocruz tem grande expertise na produção de cursos online com oferta em larga escala (Mooc, sigla em inglês para curso online, aberto e massivo), mas trabalha, estuda e busca se desenvolver para oferecer também uma educação mais inclusiva e acessível a todos. No momento em que celebra seus sete anos de atuação, o CVF convida a comunidade educacional da Fiocruz a participar das oficinas Construção e desenvolvimento de cursos online autoinstrucionais em formato Mooc e Inclusão e pós-graduação - Ranços e avanços: da Declaração de Salamanca ao período pandêmico. As atividades serão presenciais e acontecem em 28 de setembro, a partir das 14h, nas salas 406 e 410 da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). As oficinas contam com 30 vagas cada, exigem inscrição prévia e emitirão certificado aos participantes. As inscrições estão abertas!
+Leia mais: Campus Virtual comemora 7 anos debatendo avanços e desafios das tecnologias digitais na educação
Ambas as oficinas são voltadas aos interessados nas temáticas abordadas. Ressaltamos ainda que é necessário ter login no Acesso Único Fiocruz para realizar a inscrição.
Construção e desenvolvimento de cursos online autoinstrucionais em formato Mooc
A oficina Construção e desenvolvimento de cursos online autoinstrucionais em formato Mooc abordará conceitos, ferramentas e modelos autoinstrucionais de experiências de aprendizagem online, reiterando os papéis e responsabilidades da equipe transdisciplinar no desenvolvimento de cursos para EAD, com ênfase no formato Mooc. Serão evidenciadas metodologias para a produção e organização de conteúdos e estratégias de ensino-aprendizagem a serem aplicadas em um curso online autoinstrucional.
Para participar, é necessário ter um dispositivo digital com acesso à internet. O objetivo da oficna é apresentar o processo, equipe e perfis de trabalho necessários, bem como a infraestrutura e a experiência do Campus Virtual Fiocruz nos fluxos de trabalho, produção e desenvolvimento de recursos educacionais e cursos online autoinstrucionais.
Equipe de trabalho responsável pela atividade: Adelia Araujo, Alessandra Siqueira, Ana Furniel, Renata David e Rosane Mendes.
Inclusão e pós-graduação - Ranços e avanços: da Declaração de Salamanca ao período pandêmico
A oficina Inclusão e pós-graduação - Ranços e avanços: da Declaração de Salamanca ao período pandêmico tratará da legislação vigente sobre inclusão em educação, propostas de educação inclusiva com ênfase na pós-graduação, assim como recursos, estratégias e metodologias de Tecnologia Assistiva (TA).
Seu objetivo é discutir criticamente o processo de inclusão de estudantes com as mais variadas necessidades específicas, nas modalidades presencial e EAD, desde a publicação da Declaração de Salamanca até o período pandêmico causado pela Covid-19, assim como vivenciar a aplicabilidade de alguns recursos educacionais.
A oficina oferecerá apoio técnico para acesso aos equipamentos, e tradutor de libras em caso de cursista surdo. A atividade está sob aresponsabilidade de Cláudia Reis, pedagoga do CVF.
As oficinas serão gravadas e, posteriormente, divulgadas em nossos canais.
Uma conversa sobre o legado civilizatório afro-brasileiro na Saúde. Uma discussão sobre o lugar das plantas medicinais nos terreiros tradicionais. Um debate sobre as possibilidades de contribuição do saber tradicional afro-brasileiro na construção do Sistema Único de Saúde (SUS). E como os saberes tradicionais se dão na prática em diferentes territórios cariocas, podendo ajudar com a construção de políticas públicas de saúde. As proposições estarão na centralidade do 1º Encontro Saberes Tradicionais, Plantas Medicinais e Saúde: o legado dos territórios tradicionais afro-brasileiros, a ser realizado no dia 15 de setembro, das 9h às 16h, na Tenda da Ciência, na Fiocruz, campus Manguinhos, Rio de Janeiro (RJ). O evento contará com transmissão simultânea pelo YouTube, no canal da VídeoSaude Fiocruz. Para fazer sua inscrição gratuitamente, basta preencher o formulário.
Organizado pela Comunidade de Práticas de Saberes Tradicionais da Plataforma IdeiaSUS Fiocruz, o encontro reúne profissionais de saúde, integrantes dos territórios tradicionais, pesquisadores e lideranças das religiões de matrizes africanas. O propósito é contribuir com a disseminação e a multiplicação das ações de preservação do patrimônio histórico imaterial, existentes nos territórios tradicionais afro-brasileiros, no que tange à utilização das plantas medicinais.
Ao propor uma roda de práticas dos saberes tradicionais nos territórios cariocas, esta Comunidade de Práticas da IdeiaSUS Fiocruz busca contribuir com a construção de políticas públicas que integrem os saberes que estes territórios têm a ofertar ao SUS, em especial à Atenção Primária à Saúde. Bem como ajuda com o desenvolvimento de pesquisas voltadas ao pleno uso das plantas medicinais utilizadas nos territórios tradicionais afro-brasileiros.
Assista ao encontro: