A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) realizará nesta quinta-feira, 12 de dezembro, a entrega oficial do Prêmio Capes de Tese de 2024. A cerimônia será em Brasília e conta com transmissão ao vivo pelo canal da Fundação no Youtube a partir das 16h30. A Fiocruz teve duas estudantes de pós-graduação agraciadas com menção honrosa, que participarão da cerimônia de forma remota. As alunas contempladas são Fernanda Esthefane Garrides Oliveira, do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (PPGSP/Ensp/Fiocruz), com o trabalho "Desigualdades raciais na ocorrência de multimorbidade entre adultos e idosos brasileiros: 10 anos do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil)"; e Renata Cordeiro Domingues, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco), com o trabalho "Determinação socioambiental da saúde em territórios produtores de cana-de-açúcar na perspectiva da epidemiologia crítica".
Considerado um dos mais importantes prêmios da ciência brasileira, o Prêmio Capes de Tese reconhece as melhores teses defendidas em programas de pós-graduação brasileiros. Criada em 2005, a iniciativa tem o objetivo de aumentar a visibilidade das ações positivas e indutoras da Capes na pós-graduação brasileira. Os critérios de premiação dos trabalhos consideram a originalidade e a relevância para o meio científico, tecnológico, social e cultural, metodologia utilizada, qualidade da redação, além da quantidade de publicações decorrentes da tese. A 19ª edição da premiação teve um número recorde de trabalhos inscritos, com 1.632 participantes, sendo 827 mulheres e 805 homens. Ao todo, pesquisadores de 225 Instituições de Ensino Superior concorreram ao Prêmio em 2024, que escolheu as 49 melhores teses concluídas em 2023, e 97 trabalhos que receberão menções honrosas.
Conheça as teses, disponíveis no Arca Fiocruz, que receberão a condecoração:
Fernanda Esthefane Garrides Oliveira defendeu o trabalho "Desigualdades raciais na ocorrência de multimorbidade entre adultos e idosos brasileiros: 10 anos do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil)", no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (PPGSP/Ensp/Fiocruz), sob a orientação de Leonardo Soares Bastos e coorientação de Rosane Härter Griep.
A pesquisa de Fernanda analisou dados de mais de 15 mil participantes do Elsa-Brasil, coletados entre 2008 e 2019, e evidenciou que a população autodeclarada negra enfrenta taxas mais elevadas de múltiplas condições crônicas, como hipertensão e diabetes, em comparação aos brancos. A doutora em Epidemiologia foi bolsista do Programa Doutorado Nota 10 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) por destacado desempenho acadêmico e, no ano passado, foi agraciada com Menção Honrosa na seção de Saúde Coletiva do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2023 também por sua tese de doutorado.
Renata Cordeiro Domingues defendeu a tese "Determinação socioambiental da saúde em territórios produtores de cana-de-açúcar na perspectiva da epidemiologia crítica", no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco), sob a orientação de Aline do Monte Gurgel e coorientação de Idê Gomes Dantas Gurgel.
O trabalho é composto de três artigos científicos, que têm por objetivo analisar a determinação socioambiental da saúde nos municípios de Água Preta, Aliança, Sirinhaém, Itambé e Goiana (territórios submetidos ao processo produtivo da cana-de-açúcar na Zona da Mata Pernambucana) a partir dos pressupostos da epidemiologia crítica.
Acompanhe ao vivo a cerimônia de entrega dos prêmios e menções honrosas, a partir das 16h30:
*Com informações da Capes e Isabela Schincariol
O Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (PPGSCM/IFF/Fiocruz) completa 35 anos e, para celebrar a data, realiza o Seminário Comemorativo pelos 35 anos – (Re)construções da saúde coletiva: por uma agenda interseccional para crianças, adolescentes e mulheres. O evento será nos dias 16, 17 e 18 de dezembro, das 9h às 17h, no Colégio Brasileiro de Altos Estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), localizado na Av. Rui Barbosa, 762, Flamengo.
O Seminário visa refletir sobre a trajetória do Programa, sua relação com a construção de conhecimento engajada com preceitos éticos e políticos e os caminhos que trilham na luta por um futuro justo e equânime para crianças, adolescentes, mulheres e pelodireito a saúde e a uma vida digna e feliz.
Para participar, inscreva-se pelo QR Code da imagem abaixo ou pelo Formulário de Inscrição!
Confira a programação de cada dia!
Primeiro dia - 16/12/24
9h00. Credenciamento
9h30. Mesa de abertura
10h30. Conferência 1: Interfaces entre SUS, Saúde Coletiva e PPGSCM: 35 anos em defesa da equidade, integralidade, universalidade e participação social
12h00. Almoço e escritas criativas: dos textos acadêmicos à literatura. Roda de Conversa com Autores/as e Pesquisadores/as do PPGSCM - IFF/Fiocruz
13h00. Painel 1: Tessituras em Saúde Coletiva: o PPGSCM ontem, hoje e futuro. Onde queremos chegar?
15h00. Painel 2: Violências, saúde mental e trabalho
Segundo dia - 17/12/24
9h00. Painel 3: Integralidade, longitudinalidade e coordenação no cuidado às pessoas em situação de aborto
11h30. Conferência 2: Saúde, cuidado e mulheres negras: o legado e a resistência das mulheres negras
13h00. Almoço com vídeos: divulgação científica além da escrita. Roda de Conversa com Pesquisadores/as do PPGSCM - IFF/Fiocruz
14h00. Painel 4: Crises sanitárias, humanitárias e desastres: agendas para saúde
Terceiro dia - 18/12/24
9h00. Painel 5: Fronteiras do conhecimento e saberes ancestrais
11h30. Conferência 3: Pobreza e fome: avanços e desafios em seu enfrentamento
12h30. Intervenção teatral “Marchas freirianas”
13h00. Mesa de encerramento e homenagem aos professores e às professoras ao longo dos 35 anos
14h00. Almoço de confraternização
*Com informações do IFF/Fiocruz.
O que 2024 representou para a geopolítica, a saúde global e a diplomacia da saúde, e quais as perspectivas para 2025? Este é o tema do último encontro do ano dos Seminários Avançados em Saúde Global e Diplomacia da Saúde, que nesta quarta-feira, 11 de dezembro, às 10h, reúne especialistas para discutir os rumos que o mundo deve trilhar no futuro próximo. Organizado pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), ele terá transmissão em português, inglês e espanhol, e marca ainda o lançamento do curso de Atualidades em Saúde Global e Diplomacia da Saúde - 2025.
“O seminário traz dois grandes nomes da lista de analistas em geopolítica: José Luis Fiori, um dos maiores especialistas brasileiros no tema, e Jeffrey D. Sachs, de Columbia, economista da saúde que tem tido papel revelador do que é o sistema norte-americano de poder internacional”, destaca o diretor do Centro Colaborador para Diplomacia em Saúde Global e Cooperação Sul-Sul da Opas/OMS, Paulo Buss, que vai mediar as conversas.
Professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fiori falará sobre a Geopolítica internacional 2024-2025, enquanto o tema Brics e a Cúpula no Brasil 2025 ficará a cargo de Sachs, diretor do Centro para o Desenvolvimento Sustentável, da Universidade de Columbia. “Sachs tem sido muito crítico do que chama de conexão do neoconservadorismo, referindo-se aos dois [grandes] partidos americanos, não isentando republicanos ou democratas. Vai ser muito interessante”, observou Buss.
O presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e pesquisador sênior da Fiocruz, Rômulo Paes-Souza, irá abordar a Agenda 2030 e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) em relação a 2024 e 2025, que ainda encontra dificuldades para ser implementada diante da resistência de alguns países.
A assessora técnica da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do Ministério da Saúde (Aisa/MS) e pesquisadora do Cris/Fiocruz, Luana Bermudez, analisará O Acordo Pandêmico da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para discutir Ambiente e Saúde: COPs do Clima e da Biodiversidade, foram chamados os pesquisadores sêniores do Cris Danielly P. Magalhães e Luiz Augusto Galvão, considerados especialistas do Centro no assunto. O professor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Luis Eugênio de Souza, por sua vez, abordará Movimentos sociais globais e saúde.
No seminário será anunciada a edição 2025 do curso de Atualidades em Saúde Global e Diplomacia da Saúde. O curso é destinado a profissionais de nível superior e estudantes das áreas da saúde, diplomacia e relações internacionais, ciências humanas, sociais e afins, assim como líderes da sociedade civil que trabalhem ou desejem trabalhar com saúde global e diplomacia da saúde. As inscrições vão até 24 de janeiro de 2025 no Campus Virtual Fiocruz.
Curso de Atualidades em Saúde Global e Diplomacia da Saúde 2025
Fatos políticos, sociais, econômicos e ambientais impactam fortemente a saúde humana e planetária porque são determinantes da saúde. Estas questões serão discutidas em profundidade no Curso de Atualidades em Saúde Global e Diplomacia da Saúde. A primeira edição atraiu mais de 800 inscrições com participantes da América Latina, Caribe, países de língua portuguesa, e mais sete participações de países de língua francesa da África que acompanham o curso em Inglês, que foi possibilitada graças à tradução simultânea para espanhol e inglês.
O Curso será realizado de forma online e é organizado em aulas-painel, chamados Seminários Avançados (22 no total), quinzenais, com debates entre professores e participantes. O curso é oferecido por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem do Campus Virtual, que permite a interação síncrona entre os alunos.
Por meio destes Seminários Avançados, pretende-se que os participantes observem de maneira sistemática o cenário global da saúde, com análise dos principais espaços políticos da governança global e regional, da governança da saúde global e organizações de territórios geopolíticos. Os painelistas, líderes e especialistas globais e nacionais nos respectivos temas abordados apresentarão temas transversais de interesse da saúde global e cooperação em saúde. Os conteúdos são variados e relacionados com a política e Agenda Global da Saúde.
Os conteúdos são variados e relacionados com a política e Agenda Global da Saúde, tais como:
A carga horária do curso é de 140h, sempre de 15 em 15 dias, às quartas-feiras, das 10h às 13h, na modalidade à distância. Haverá tradução simultânea para Português, Espanhol e Inglês. O início está previsto para 12 de fevereiro de 2025 com encerramento em 17 de dezembro de 2025.
Serviço:
Acompanhe o seminário Geopolítica, saúde global e diplomacia da saúde: retrospectiva 2024 e perspectivas 2025 em:
Português:
Inglês:
Espanhol:
Estão abertas as inscrições para o curso de aperfeiçoamento em Comunicação e Saúde, do Ensino do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict). O curso, com carga horária de 180 horas, será ministrado via Plataforma Zoom. Para se inscrever, os interessados têm entre os dias 9 de dezembro de 2024 e 24 de janeiro de 2025, e deverão fazê-lo acessando o Campus Virtual Fiocruz.
Com o objetivo de contribuir para a formação de profissionais que atuam ou desejem atuar no Sistema Único de Saúde (SUS) e/ou em áreas de interface da Comunicação e Saúde, proporcionando conhecimentos e ferramentas de reflexão para aprimorar políticas e estratégias segundo as diretrizes e princípios do SUS, o curso é coordenado por Márcia Lisboa e Janine Cardoso, pesquisadoras do Laboratório de Comunicação e Saúde (Laces/Icict/Fiocruz) e terá disponível 20 vagas.
Voltado para profissionais que trabalhem ou desejem trabalhar com a comunicação no campo da saúde ou com a saúde como tema nos meios de comunicação; comunicadores populares atuantes em diversas regiões do país com interesse na aproximação ao campo da comunicação e saúde; e pessoas com interesses acadêmicos, o curso tem como pré-requisito que os interessados tenham diploma de nível superior, reconhecido pelo CNE/MEC. O curso de aperfeiçoamento será realizado entre os dias 11 de março de 2025 a 26 de agosto de 2025, às terças-feiras, sendo 24 aulas realizadas no turno da manhã (das 9h às 12h30) e quatro no turno da tarde (das 13h30 às 17h).
Outras informações, acesse a Chamada Pública.
Serviço:
Curso: Comunicação e Saúde – Aperfeiçoamento
Formato: Presencial – via Plataforma Zoom
Carga horária: 180 horas
Período de inscrição: 09/12/2024 a 24/01/2025
Link de inscrição: Campus Virtual Fiocruz
Aulas: 11/3/2025 a 26/8/2025
Informações: 9h às 16h, pelo e-mail: seca.icict@fiocruz.br
Estão abertas as inscrições para os Programas de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade e de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde do Município de Dourados (SeMS), Mato Grosso do Sul (MS) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Projeto Laboratório de Inovação na Atenção Primária à Saúde Dourados-MS/Fiocruz. As inscrições estão abertas até 5 de janeiro de 2025.
Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família está ofertando 32 vagas, distribuídas entre graduados em Enfermagem (8), Fisioterapia (3), Odontologia (6), Psicologia (3) e Nutrição (3).
A Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade dispõe de 6 vagas.
O início das atividades de ambos os programas está previsto para março de 2025.
Ambos os editais prevêem vagas destinadas a ações afirmativas.
Confira atentamente os editais nos links abaixo:
Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família
Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade
#ParaTodosVerem fotomontagem com as imagens de divulgação dos Programas. Banner azul, no topo estão os nomes dos Programas: Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade e para o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, Programas Oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde do Município de Dourados (SeMS) e a Fiocruz por meio do projeto “Laboratório de Inovação na Atenção Primária à Saúde Dourados-MS/Fiocruz. Inscrições até 5/1/2025. As duas imagens dos Programas são: Banner com fundo branco, no centro está escrito: Processo Seletivo - Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade SeMS/Fiocruz-2025, 6 vagas com direito a bolsa mais complementação, abaixo o período e link para inscrição. No canto inferior esquerdo, a foto de uma mulher branca com cabelos loiros soltos, ela usa crachá no pescoço e veste um jaleco branco. Banner com fundo branco, no centro está escrito: Processo Seletivo - Programa de Residência Médica em Saúde da Família SeMS/Fiocruz-2025, 32 vagas para os profissionais de Enfermagem, Odontologia, Psicologia, Nutrição e Fisioterapia, abaixo o período e link para a inscrição. No canto inferior esquerdo do banner, a foto de um homem pardo e cabelos escuros, está com um crachá no pescoço, veste uma polo cinza e um jaleco branco, está com os braços cruzados.
O podcast Radar Saúde Favela lançou o primeiro episódio da série “Comunicação comunitária é saúde”, que apresenta os resultados da pesquisa “Geração Cidadã de Dados: cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para a promoção da saúde”. A série reúne comunicadores dos territórios da Maré, Manguinhos, Jacarezinho e Complexo do Alemão para discutir a importância da comunicação comunitária na promoção de saúde nas favelas e periferias. A estreia conta com a participação de Gizele Martins, comunicadora popular do Complexo da Maré, que compartilha suas experiências no campo da comunicação comunitária.
Jornalista e pesquisadora, Gizele é mestre em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e doutoranda na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ). Na entrevista, ela fala sobre sua trajetória como comunicadora, desde o jornal comunitário O Cidadão, passando pela iniciativa Maré Vive - que denunciou as violações de direitos durante a ocupação militar em 2014 - até a criação do Frente Maré, coletivo que começou a atuar na pandemia de Covid-19 promovendo informações sobre saúde e ações solidárias para os moradores do território. Ouça o aqui o primeiro episódio.
“Estou transcrevendo a Maré da forma que eu enxergo a partir desses mais de 20 anos de comunicação comunitária. O que é a favela para a gente? O que é para o Estado e o que é para mim? A favela sempre foi transcrita como aglomerado suburbano. O Estado nos caracteriza dessa forma para nos diminuir, mas a favela é tão potente”, destacou Gizele.
No segundo episódio da série, o podcast recebe David Amen, jornalista e cofundador do Instituto Raízes em Movimento, para falar sobre a história do instituto e o panorama da comunicação comunitária no Complexo do Alemão. Já no terceiro episódio, Vinícius Morais, co-fundador do Instituto Decodifica e integrante da Coalizão 'O Clima é de Mudança" e da Rede "Confluência das Favelas", relata sua experiência no território do Jacarezinho. Por fim, o editor chefe do jornal Fala Manguinhos!, Fábio Monteiro, analisa as práticas de comunicação no Complexo de Manguinhos.
Os resultados da pesquisa “Geração Cidadã de Dados: cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para a promoção da saúde”, iniciativa da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), da Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) - por meio do Dicionário de Favelas Marielle Franco (Wikifavelas) - e de comunicadores da Frente de Mobilização da Maré, do Jornal Fala Manguinhos, do Instituto Decodifica (antigo LabJACA) e do Instituto Raízes em Movimento, foram apresentados no fim de novembro, na Escola Quilombista Dandara de Palmares, no complexo do Alemão. Nesse dia, também foi entregue aos presentes o mapa - digital e impresso, com dados georreferenciados de coletivos de comunicação do Rio de Janeiro.
A distribuição do material conta com o apoio da equipe do projeto Radar Saúde Favela, informativo editorado pela Coordenação de Cooperação Social de Presidência da Fiocruz e será feita em parceria com as organizações populares participantes da pesquisa.
Cartografia da comunicação comunitária
O projeto de pesquisa pretende estabelecer, a partir da narrativa de comunicadores populares, a importância da comunicação comunitária para a promoção da saúde nos territórios de favela. Entre os produtos da pesquisa, estão: o mapeamento dos coletivos de comunicação comunitária localizados em bairros da Área de Planejamento 3.1 do município do Rio de Janeiro; podcasts sobre comunicação e saúde com lideranças da comunicação comunitária da cidade do Rio de Janeiro; verbetes relacionados ao tema no Dicionário Carioca de Favelas Marielle Franco; mapas impressos com os nomes dos coletivos georreferenciados. A partir desses processos, a pesquisa tem o objetivo de contribuir para a construção conjunta de mecanismos que promovam os coletivos e as pautas de cultura, arte e lazer por eles produzidas, fortalecendo o conceito ampliado de saúde bem como ampliar oportunidades para eventual captação de recursos por meio de leis de incentivo a partir das informações geradas pelo estudo. O projeto é coordenado pela Casa de Oswaldo Cruz e Coordenação de Cooperação Social da Presidência, conta com apoio do Dicionário Carioca de Favelas Marielle Franco (WikiFavelas), ligado ao Instituto de Comunicação, Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e é financiado com recursos do edital FioPromos da Fiocruz.
Radar Saúde Favela
O Radar Saúde Favela, projeto da Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, tem foco em produzir e difundir informações sobre a situação de saúde e da sua determinação social em favelas e periferias de centros urbanos, lançando luz sobre as diversas dimensões de precariedade que afetam de forma diferenciada as populações que habitam em territórios socioambientalmente vulnerabilizados.
Artigos de opinião, podcast, vídeos e a própria edição da revista (desde agosto de 2020) são alguns dos formatos publicados pelo projeto. Lideranças e comunicadores populares podem enviar sugestões de pauta, matérias e crônicas sobre a saúde em seus territórios a qualquer momento para o e-mail: radarsaudefavela@fiocruz.br.
O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) organiza a Conferência Livre ‘Emergência Climática - uma questão de saúde única’ como parte da preparação para a 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente e Clima (5ª CNMA), prevista para 2025.
A iniciativa acontece no dia 10 de dezembro, a partir das 9h, no Auditório Maria Deane, Pavilhão Leônidas Deane, no campus da Fiocruz no Rio de Janeiro.
O encontro tem como objetivo construir duas propostas para cada um dos cinco eixos temáticos, utilizando como referência principal o documento-base da 5ª CNMA, elaborado pelo Governo Federal.
A participação é aberta a todos os membros da sociedade que queiram construir coletivamente com propostas de políticas públicas e ações ambientais que visem atuar por um planeta ambientalmente mais justo, responsável e resiliente às mudanças climáticas.
As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas por meio do formulário eletrônico disponibilizado pela organização do evento.
Edição:
Vinicius Ferreira
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
Foram prorrogadas as inscrições para o curso presencial Especialização em Educação Popular em Saúde. Os interessados têm até o dia 6 de dezembro para se inscrever (23h59, horário de Brasília). As inscrições deverão ser feitas online, com envio digital da documentação. De modo a formar pessoas trabalhadoras das políticas implicadas com a determinação social da saúde e com a qualidade de vida das populações, em nível de pós-graduação, especialistas em Educação Popular em Saúde, a fim de fortalecer as práticas educativas, de sistematização e produção do conhecimento, a promoção da saúde e a participação popular.
A Educação Popular em Saúde representa um espaço de fortalecimento e defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), da qualidade do cuidado e das práticas educativas em saúde, por meio da formação e da mobilização de pessoas trabalhadoras da saúde, conselheiras e usuárias da saúde e das demais políticas sociais.
Fortalecer o processo histórico de luta pelo direito à saúde a as forças populares que lutam por saúde e em defesa do SUS, além de ampliar o acesso a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no SUS a todos os brasileiros e brasileiras, é o objetivo de um novo curso da Escola de Governo Fiocruz-Brasília. Coordenado pelo Núcleo de Educação Popular, Cuidado e Participação na Saúde (Angicos) da Fiocruz Brasília, em parceria com a Coordenação-Geral de Articulação Interfederativa e Participativa (CGAIP/DGIP/SE) do Ministério da Saúde.
Serão oferecidas, ao todo, 240 vagas. A formação acontecerá de forma presencial e haverá uma turma na Região Norte, duas na Região Nordeste, uma na Região Sul, uma na Região Centro-Oeste e outra na Região Sudeste; cada uma das turmas com 40 pessoas educandas. O edital também contempla ações afirmativas, com vagas reservadas a pessoas negras, indígenas e com deficiência.
Antes de efetuar o pedido de inscrição online e iniciar este processo seletivo, o candidato deverá necessariamente conhecer todas as regras contidas na chamada pública e se certificar de, efetivamente, preencher todos os requisitos exigidos.
Confira na íntegra o edital da Especialização em Educação Popular em Saúde
A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV/Fiocruz), promove, no dia 3 de dezembro, o primeiro webinário internacional do Ciclo “Crise Estrutural do Capital e Emergência Climática na perspectiva da Determinação Socioambiental da Saúde”. Com o tema “Crise ou colapso ecológico? Circuitos do capital produtores de danos ao ambiente e à saúde coletiva”, o evento acontece a partir das 13 horas, em formato presencial no Auditório da Escola Politécnica, no Campus Manguinhos da Fiocruz, no Rio de Janeiro; e terá transmissão e tradução ao vivo pelo Youtube da Escola em três idiomas - português, espanhol e inglês.
Para debater o tema, os convidados serão Rob Wallace, biólogo, epidemiologista e ex-consultor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças Infecciosas (CDC) dos Estados Unidos; Virgínia Fontes, historiadora e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenadora do Grupo de Trabalho História e Marxismo-Anpuh; e Eduardo Sá Barreto, professor da UFF, pesquisador do NIEP-Marx e editor da Revista Marx e o Marxismo. A mediação será feita pelo professor-pesquisador da EPSJV, Alexandre Pessoa.
Voltado para trabalhadores da saúde, comunidade acadêmica, estudantes, membros da Fiocruz, profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), movimentos sociais e sociedade em geral, o evento ocorre em um cenário marcado pelo agravamento da crise climática e pelo aumento de desastres ambientais e emergências em saúde pública. A conjuntura evidencia a necessidade de uma profunda reflexão e revisão dos processos de formação dos profissionais de saúde em todos os níveis, visando qualificá-los para uma atuação imediata em ações de mitigação e adaptação.
Ao reafirmar a importância da determinação socioambiental na saúde, o Ciclo de Webinários internacional “Crise Estrutural do Capital e Emergência Climática na perspectiva da Determinação Socioambiental da Saúde” convida todos a se unirem na construção de uma visão crítica e transformadora, essencial para enfrentar os desafios impostos pela crise climática e estrutural do capital.
Local: presencial no Auditório Joaquim Alberto Cardoso de Melo – Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) - Av. Brasil, 4365 – Manguinhos; ou on-line pelo Youtube.
Crise Estrutural do Capital, Emergência Climática e Determinação Social da Saúde
3 de dezembro
13h - Abertura
13h30 - Mesa-redonda
Crise ou colapso ecológico? Circuitos do Capital produtores de danos ao ambiente e à saúde coletiva
Rob Wallace
Biólogo e epidemiologista. Ex-consultor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças Infecciosas (CDC) dos Estados Unidos.
Virgínia Fontes
Historiadora e professora da UFF. Coordenadora do GT História e Marxismo-Anpuh.
Eduardo Sá Barreto
Professor da UFF. Pesquisador do NIEP-Marx. Editor da Revista Marx e o Marxismo.
Alexandre Pessoa (mediador)
Professor-pesquisador da EPSJV
Transmissão pelo Youtube em três idiomas: Português, Espanhol e Inglês.
Uma conceituação de resiliência sintonizada com os sistemas públicos e universais de saúde e os caminhos para levar à frente políticas de saúde voltadas ao desempenho resiliente, frente aos desafios contemporâneos. Esse será o foco das discussões do Workshop Internacional Resiliência em Saúde Pública: desafios e perspectivas, que será realizado no dia 9 de dezembro de 2024, pelo projeto Tecnologia, Informação e Resiliência em Saúde Pública (Lab ResiliSUS) do CEE-Fiocruz.
O evento será transmitido online, das 9h às 12h, pelo canal do Youtube da Vídeo Saúde Distribuidora da Fiocruz, para todos os interessados, e contará com um painel de especialistas reunidos de forma presencial, no CEE-Fiocruz, para dialogar com três palestrantes internacionais convidadas – Victoria Haldane, da Universidade de Toronto, Canadá; Ann Sophie Jung, da Universidade de Leeds, Reino Unido; e Connie Junhghans-Minton, do Imperial College London, também do Reino Unido. Estará na mesa, ainda, o pesquisador Alessandro Jatobá, coordenador do ResiliSUS/CEE.
“Queremos chegar a uma forma de operacionalizar resiliência em saúde pública em um momento de desafios e riscos crescentes para os sistemas universais em geral e o SUS em particular, como, por exemplo, o avanço de uma agenda econômica restritiva de recursos, quando a demanda sobre os sistemas é tensionada por novas doenças, crise climática e outros fatores”, explica Jatobá. “Temos interesse em que todos os interessados em resiliência estejam em contato, para que possamos discutir o tema de forma mais sistematizada, principalmente, no que diz respeito aos sistemas de saúde que têm características semelhantes às do nosso SUS”, observa Paula de Castro Nunes, pesquisadora do ResiliSUS/CEE e que participa da organização do evento.
Conforme os pesquisadores, o workshop será também uma oportunidade de dar início à formação de uma rede internacional de pesquisa em resiliência dos sistemas de saúde, tendo em vista que há diferentes formas de se pensar o tema. “Queremos trazer esses olhares para um espaço comum de discussão, buscar documentos de consenso, lançar recomendações para os sistemas de saúde se tornarem mais resilientes. Sobretudo, por conta do risco potencial de termos novas pandemias, como se anuncia”, diz Paulo Victor Rodrigues de Carvalho, pesquisador do ResiliSUS/CEE.
O workshop deverá culminar com a produção de um documento final que contemple os principais pontos discutidos.
Estão abertas trinta vagas aos interessados em participar das discussões presencialmente, ao lado dos especialistas convidados a debater com as palestrantes. As inscrições podem ser feitas pelo formulário de inscrição!
Workshop Internacional de Resiliência em Saúde Pública: desafios e perspectivas
Dia: 9/12/2024
Horário: 9h às 12h
Transmissão: Youtube da VideoSaúde
Inscrições para participação presencial (30 vagas): Formulário de inscrição
Acompanhe ao vivo: