Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz)

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Publicado em 12/03/2020

Edição da Radis aborda como o SUS se prepara para enfrentar epidemias como a do novo coronavírus

Autor(a): 
Radis

Emergência internacional: a nova edição da Radis, editada pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), aborda a epidemia do novo coronavírus. Destaque no noticiário, o vírus ultrapassou as fronteiras da Ásia e foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como emergência de saúde pública de importância internacional, no fim de janeiro. A crise exigiu esforço conjunto de governos, pesquisadores e sociedade para a construção de uma resposta coordenada e eficaz que evite a propagação do vírus.

Antes de serem registrados os primeiros casos no Brasil, o subeditor da Radis Bruno Dominguez produziu uma reportagem de capa, que explica o que significa a classificação da OMS, reconstitui o histórico da epidemia, traz informações sobre como o SUS se preparou para enfrentar a ameaça no país, registra o trabalho de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na elaboração de protocolo de diagnóstico laboratorial para identificação do patógeno e fornece um glossário de termos que vão facilitar o entendimento sobre a epidemia — e evitar as fake news, comuns neste tipo de situação.

Também nesta edição: estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê 625 mil novos casos de câncer por ano até 2022; acervo de David Capistrano Filho é doado à Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz); protótipos premiados no Hackathon Fiocruz estão em fase de desenvolvimento; CongrePICS discute inserção de práticas integrativas e complementares no SUS.

Acesse aqui a edição completa! E acompanhe o site da Radis para mais notícias.

Publicado em 23/05/2019

ENSP seleciona para curso de serviços farmacêuticos na atenção primária em saúde

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz (com informações da Ensp/Fiocruz)

É sempre hora de se atualizar! As inscrições para o curso de atualização em Serviços Farmacêuticos na Atenção Primária em Saúde, oferecido pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), vão até o dia 30 de maio.

O curso busca capacitar farmacêuticos para a realização de serviços voltados para o uso seguro de medicamentos e para um atendimento cada vez mais humanizado.

Também dentre os objetivos, estão: estimular o entendimento a respeito do papel do farmacêutico no contexto de atenção básica à saúde; preparar o aluno para formular a mais efetiva estratégia de intervenção e atuação, tanto na abordagem individual quanto coletiva, entre outros.

São ofertadas no mínimo 15 vagas e no máximo 30, sendo 27 para candidatos de ampla concorrência e três para ações afirmativas.

Os profissionais de Farmácia interessados devem se inscrever e acessar o edital, disponível no Campus Virtual Fiocruz.

Publicado em 08/01/2019

Burnout médico ou dano moral? Artigo aborda rotina de médicos e o esgotamento profissional

O Observatório da Medicina, site do portal da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), publicou artigo sobre burnout médico. “O acúmulo de trabalhos e a carga horária excessiva podem ter repercussões sobre a saúde do médico e dificultar ou mesmo impossibilitar as atividades de formação continuada”, diz o relatório Demografia Médica no Brasil. O artigo O cansaço - Burnout médico ou dano moral?, publicado pelo médico Luiz Vianna, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva da Ensp, no Observatório da Medicina, está abaixo.

O cansaço - Burnout médico ou dano moral?

Em interessante artigo, Simon G. Talbot, professor de cirurgia da Harvard Medical School, e Wendy Dean, psiquiatra da Henry M. Jackson Foundation for the Advancement of Military Medicine, discutem a questão do burnout na área médica. A argumentação dos autores coloca uma questão que vai além dos frequentes comentários sobre as exigências impostas aos médicos no mercado de trabalho atual que estariam levando esses profissionais ao esgotamento psíquico. Citam pesquisas já conhecidas, como a realizada pela Physicians Foundation, nos EUA, com 13 mil médicos. Nesse estudo, dois terços deles manifestaram sentimentos negativos sobre a profissão. O excesso de burocracia e de regulação e o oneroso modelo de "medicina defensiva" estariam levando à deterioração da relação médico-paciente e à redução da autonomia tão característica da prática médica.
 
Há vários outros levantamentos conhecidos, como o da autora do livro What Doctors Feel: How Emotions Affect the Practice of Medicine, Danielle Ofri, que relata que os médicos desiludidos, em situação de burnout, estão mais propensos ao erro e ao abuso de ansiolíticos e antidepressivos. Esses profissionais demonstram mais dificuldade em manter uma relação de empatia com seus pacientes. Ela considera que o uso dos recursos da informatização para o registro em prontuários eletrônicos pode aliviar essa tensão, se feita de forma adequada; mas que isso tem sido mais fácil à nova geração, com menos de 40 anos. Já comentamos aqui a dificuldade que os médicos estão tendo para a transição ao modelo de registro de informação do mundo digital, retratada no artigo do prof. Atul Gawande.

Por aqui, no relatório Demografia Médica no Brasil – 2015, desenvolvido sob a coordenação de Mario Scheffer, lemos que: “São características marcantes da profissão médica no Brasil a multiplicidade de vínculos de trabalho (quase metade dos médicos tem três ou mais empregos), as longas jornadas (dois terços trabalham mais de 40 horas semanais), a realização de plantões (45% atuam em pelo menos um por semana) e os rendimentos mais elevados, se comparados a outras profissões (um terço dos médicos ganha acima de R$ 16 mil mensais, somando todos os vínculos). Especificamente o acúmulo de trabalhos e a carga horária excessiva podem ter repercussões sobre a saúde do médico, a exemplo da síndrome da estafa profissional (burnout) assim como podem dificultar ou mesmo impossibilitar as atividades de formação continuada. Na percepção sobre carga de trabalho, um terço dos médicos afirma que se sente sobrecarregado”.
 
Esse modelo de "standartização" do atendimento, de produção de serviços médicos aos moldes do Fordismo ou Toyotismo, está fortemente ligado à desumanização do relacionamento humano com o paciente, levando à fadiga, esgotamento e, por fim, à inércia. O conceito de mcdonaldização da medicina, de E.Ray Dorsey, é bem ilustrativo. Curiosamente, como já publicamos aqui, a maior rede varejista do mundo, a Amazon, se prepara para vender serviços médicos e mudar o modelo de atenção à saúde no sistema de mercado norte-americano. Para encabeçar esse projeto, contratou o prof. Atul Gawande, que havia pregado a necessidade de melhoria desse sistema, em artigo para o semanário The New Yorker, justamente comparando-o a… uma cadeia de restaurantes!
 
Isso está mais próximo do texto de Talbot & Dean. Estes autores chamam a atenção para que se diferencie a constelação de sintomas que caracterizam o burnout de outra situação mais crítica – o dano moral. Para eles, o cerne da lesão moral é a resultante de deixar de atender continua e consistentemente às necessidades do paciente. Isso teria um profundo impacto sobre o bem-estar do médico – esse é o ponto chave do consequente dano moral. O esgotamento não se daria somente pelo lado das questões físicas do profissional; mas de sua fadiga frente ao fracasso contínuo de sua atuação nas condições do outro sujeito, o paciente.
 
Diz o texto:
 
“Em um ambiente de cuidados de saúde cada vez mais voltado para os negócios e voltado para o lucro, os médicos devem considerar uma infinidade de fatores além dos interesses de seus pacientes quando decidem sobre o tratamento. Considerações financeiras – de hospitais, sistemas de saúde, seguradoras, pacientes e, às vezes, do próprio médico – levam a conflitos de interesse. Os registros eletrônicos de saúde, que distraem dos encontros com os pacientes e fragmentam os cuidados, mas que são extraordinariamente eficazes no rastreamento da produtividade e de outras métricas de negócios, sobrecarregam os médicos ocupados com tarefas não relacionadas a proporcionar excelentes interações face a face”.
 
Não precisa dizer muito além disso.
 
É o que percebemos na fala de Felipe Monte Cardoso, do Departamento de Medicina de Família e Comunidade da UFRJ, quando se refere ao burnout. Descrevendo sua experiência na difícil vida urbana de uma periferia metropolitana brasileira, longe de tecnologias de gestão, o dano parece mesmo estar relacionado à incapacidade de transformar uma situação que se cronifica: “Este caldo formou condições materiais de vida muito difíceis de suportar. Isso se desdobra no processo de saúde-adoecimento com que nos deparamos”.

Um pensamento contemporâneo inquietante para a crítica desta fadiga e desgaste psíquico de que tratamos está na obra do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han. Em A sociedade do cansaço, Byung-Chul vai além da ‘sociedade disciplinar’, de que nos falava Foucault. Para ele, não somos mais a sociedade de controle e estruturas coercitivas para ‘sujeitos de obediência’; agora, reforçamos a positividade para "sujeitos de rendimentos". E estes sujeitos são os empreendedores de si mesmos. Embora haja conexões com outros pensadores que tratem do hiperconsumismo, aqui a grande sacada é a ideia de contraposição à sociedade disciplinar e sua negatividade, que gerava loucos e criminosos; na sociedade do rendimento produzimos deprimidos e fracassados. Esse sujeito, exposto ao excesso de positividade perde toda a sua autonomia frente ao “cansaço de poder tudo criar e poder tudo fazer”. É uma sociedade onde o sujeito de rendimento tem a liberdade obrigada, ou obrigação livre, de maximizar esse rendimento. Como um paradoxo da liberdade. O cansaço profundo vem a partir do excesso de estímulo, do excesso de informação, do excesso de impulsos. A atenção para o mundo se fragmenta numa hiperatenção para múltiplas tarefas, que ao mesmo tempo é uma atenção superficial e esvaziada de tempo para reflexão.
 
Mas em psicopolítica, o texto se refere diretamente ao burnout e depressão, que Byung-Chul atribui à crise da liberdade: “O regime neoliberal introduz a época do esgotamento. Agora se explora direto a psiquê. Então, enfermidades como a depressão e a síndrome de burnout acompanhem esta nova época[…]. Hoje a pessoa explora a si mesma achando que está se realizando; é a lógica traiçoeira do neoliberalismo”.
 
Talbot & Dean concluem seu texto conclamando que se dê aos médicos um ambiente de respeito à autonomia profissional, para que possam tomar suas decisões baseadas em boas evidências científicas e com responsabilidade financeira. Que o comando do sistema não venha de cima para baixo, priorizando os interesses empresariais em detrimento da boa assistência. Mas a quem eles estão pedindo isso? Parece apenas um desejo.
 
Na mesma conclusão, o desejo se expressa num comentário idílico para o seu país: “Um mercado verdadeiramente livre de seguradoras e provedores, sem obrigações financeiras sendo transferidas para os provedores, permitiria a auto-regulação e o cuidado com o paciente. Esses objetivos devem ser destinados a criar uma win-win onde o bem-estar dos pacientes se correlaciona com o bem-estar dos provedores. Desta forma, podemos evitar o dano moral associado ao negócio de cuidados de saúde”.

Por Informe Ensp

 

Publicado em 04/10/2018

Tese da Fiocruz é uma das vencedoras de prêmio da Capes

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou no dia 1º de outubro a lista com os nomes dos vencedores do Prêmio Capes de Tese 2018. Leonardo Henriques Portes, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), foi o vencedor na categoria Saúde Coletiva, com a tese A política de controle do tabaco no Brasil de 1986 a 2016: contexto, trajetória e desafios, com orientação de Cristiani Vieira Machado e coorientação de Silvana Rubano Barretto Turci.

Heverton Leandro Carneiro Dutra, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas), receberá Menção Honrosa na área Medicina II, com a tese Uso da cepa wMel de Wolbachia como forma alternativa de controle do vírus Zika, com orientação de Luciano Andrade Moreira.

A cerimônia de entrega dos prêmios ocorrerá no dia 13 de dezembro, em Brasília. Clique aqui para conferir a lista completa.

Publicado em 29/10/2018

OMS lança guia com diretrizes sobre saneamento e saúde

Este mês a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou as Diretrizes sobre saneamento e saúde (Guidelines on Sanitation and Health), um conjunto de medidas para estimular sistemas e práticas de saneamento seguros para a promoção da saúde. O pesquisador Renato Castiglia Feitosa, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), participou da elaboração do guia a convite do coordenador da Equipe Técnica Regional de Água e Saneamento da Opas (Etras) e também pesquisador da instituição, Teófilo Monteiro.

As orientações apontam a eficácia de várias intervenções de saneamento e fornecem uma estrutura abrangente de proteção da saúde, por meio de ações políticas e de governança, implementação de tecnologias, sistemas e intervenções comportamentais. Faça o download.

As diretrizes abrangem todo o escopo dos serviços de saneamento e se baseiam numa avaliação rigorosa das evidências. O conjunto de medidas responde a vários desafios que, por sua vez, exigem uma abordagem transversal do tema. Sua elaboração enfatizou a adaptação aos contextos locais, levando em consideração aspectos sociais, econômicos, ambientais e de saúde com relevância em diferentes realidades, especialmente em países de baixa e média renda, onde o saneamento é mais desafiador.

Desenvolvimento sustentável

Entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o sexto busca “assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos”. Nesse sentido, para o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o guia será uma boa ferramenta para orientar gestores e políticos. "Globalmente, bilhões de pessoas vivem sem acesso até mesmo aos serviços mais básicos de saneamento. Com base nesses desafios, a OMS desenvolveu suas primeiras diretrizes abrangentes sobre saneamento e saúde. Ao definir claramente a necessidade de ação e o fornecimento de ferramentas e recursos, esperamos revigorar o papel das autoridades de saúde", disse. De acordo com Tedros, as medidas reconhecem que os sistemas de saneamento seguro sustentam a missão da OMS e suas prioridades estratégicas. "Espero que essas ações sejam de grande utilidade prática para ministérios, autoridades de saúde e implementadores para realização de investimentos e intervenções para melhores resultados de saúde para todos”, afirmou.

Para Feitosa, apesar da excelente aplicabilidade, as diretrizes poderiam interagir melhor com os demais pilares do saneamento. “As diretrizes visam promover sistemas e práticas de saneamento seguro, voltadas à promoção da saúde. O guia reúne ações de saneamento que devem ser adotadas em locais desprovidos ou não de redes de esgotamento sanitário, de forma a minimizar os riscos associados à saude. O único ponto a ser complementado é que o guia deveria se inter-relacionar não só com o esgoto, mas com outros pilares como o abastecimento de água, resíduos sólidos e drenagem urbana”, ponderou.
 
Saneamento no mundo
 
Em todo o mundo, 2,3 bilhões de pessoas carecem de saneamento básico. Elas estão entre 4,5 bilhões sem acesso a serviços de saneamento com segurança gerenciada — em outras palavras, um vaso sanitário conectado a um esgoto, poço ou fossa séptica que evite a exposição a doenças. As metas de desenvolvimento sustentável desafiam todos os países a garantir acesso universal ao saneamento até 2030.


Fonte: Ensp/Fiocruz

Publicado em 09/08/2018

Encontros do Cesteh: Epidemiologia das dermatites de contato relacionadas ao trabalho em um serviço especializado

Evento
Convite_dermatite.jpg

Informações:

Unidade:

Período:

Horário:

Local:

Encontros, Epidemiologia, dermatites de contato, trabalho, serviço especializado
Publicado em 06/08/2018

Livro em movimento

Evento
Convite_livro_mov6.jpg

Informações:

Unidade:

Período:

Horário:

Local:

COOPERAÇÃO, LIVROS, DOAÇÃO DE LIVROS, ENSINO, EDUCAÇÃO

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