Com 16 casos confirmados e 225 suspeitos, a intoxicação por metanol tornou-se um desafio para o Brasil na última semana, segundo dados do boletim de 5/10 do Ministério da Saúde. Buscando esclarecer a sociedade e auxiliar profissionais de saúde na divulgação de informações qualificadas sobre a questão, o pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz, Enrico Mendes Saggioro, referência nacional em toxicologia, produziu um material sobre os efeitos do metanol no organismo humano e os desafios para o diagnóstico e tratamento dessa intoxicação. O texto está publicado como um recurso educacional aberto (REA) na plataforma Educare do Campus Virtual Fiocruz, e traz informações essenciais para profissionais de saúde, gestores e pesquisadores, reforçando a importância da vigilância e da educação em saúde na prevenção de casos de intoxicação e tratamento.
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A publicação explica como o metanol, substância presente em combustíveis, solventes e, ilegalmente, em bebidas adulteradas, pode causar graves danos neurológicos, visuais e até a morte, além de destacar medidas de prevenção e manejo clínico.
Segundo o texto, existem dois antídotos para a intoxicação por metanol: etanol e fomepizol, que podem ser utilizados na suspeita de intoxicação e o profissional de saúde não precisa aguardar a confirmação laboratorial. O Ministério da Saúde reforça que a administração deve ser feita exclusivamente sob prescrição e monitoramento médico em um ambiente de saúde.
Compra e distribuição de antídotos
O Ministério da Saúde informam que a distribuição de etanol farmacêutico aos estados foi iniciada. Nesta primeira remessa, foram enviadas 580 ampolas a cinco estados, sendo 240 para Pernambuco, 100 para o Paraná, 90 para a Bahia, 90 para o Distrito Federal e 60 para Mato Grosso do Sul. As entregas estão sendo realizadas de forma articulada com as secretarias estaduais de saúde. As unidades distribuídas fazem parte das 4,3 mil ampolas entregues aos estoques dos SUS pelos hospitais universitários federais.
Já o fomepizol — medicamento específico para intoxicação por metanol que não estava disponível no Brasil — foi adquirido pelo MS (total de 2.500 tratamentos) em parceria com o Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) junto a um fabricante do Japão. De acordo com o Ministério, o antídoto chegará ao Brasil na próxima semana e será distribuído aos estados brasileiros de acordo com a demanda apresentada.
+Leia mais aqui: Ministério da Saúde inicia distribuição de antídoto contra intoxicação por metanol a cinco estados e Ministério da Saúde fecha compra de 2,5 mil unidades de fomepizol e garante mais 12 mil ampolas de etanol
Enrico Mendes Saggioro é doutor em Saúde Pública e Meio Ambiente pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e pós-doutor em Engenharia Química pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). Atualmente é pesquisador titular do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), professor de Toxicologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenador-geral do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente da Ensp/Fiocruz. Ele também coordena o curso online e gratuito 'Formação continuada em toxicologia aplicada a metais', que será lançado em breve pelo Campus Virtual Fiocruz.
O Ministério da Saúde divulgou também um fluxograma sobre o manejo da intoxicação por metanol pelo consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. O material é didático e foi pensado apresentar sinais e sintomas sugestivos, exames laboratoriais, critérios diagnósticos, terapêutica e apoio assistencial através dos Ciatox. Ele é foi desenvolvido para orientar os profissionais de saúde no cuidado aos pacientes suspeitos de intoxicação por metanol.
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A vencedora do 3º Concurso Portinho Livre de Literatura Infantojuvenil é uma estudante de Alto Alegre do Pindaré, município do Maranhão. Larissa Sofia Silva dos Santos, de 13 anos, conquistou o prêmio com um conto que se inicia numa Unidade Básica de Saúde (UBS), onde o protagonista estende o braço para tomar vacina. Imerso na observação das pessoas e dos detalhes daquele ritual, caminha pelo bairro tecendo uma reflexão sobre o papel de cada um de nós na construção da saúde coletiva.
Este ano, o concurso recebeu 164 textos, de alunos entre 13 e 16 anos, que responderam à pergunta: "O que é saúde coletiva para você?". O tema foi escolhido como homenagem aos 125 anos da Fiocruz, celebrados em maio de 2025. Além disso, era uma forma de estimular o debate, nas salas de aula, sobre como o direito à saúde está relacionado à cidadania, à democracia, ao enfrentamento das desigualdades e aos outros direitos sociais, muito além da simples ausência de doenças.
Veja a lista completa dos 30 melhores textos
“O tema não era dos mais simples, sabemos. E, por isso mesmo, ficamos surpresos com o resultado”, enfatiza Juliana Krapp, coordenadora da Portinho Livre. “Recebemos ótimos trabalhos. Textos muito criativos, mas que também ilustram a complexidade e os desafios da ideia de 'saúde pública'.”
Larissa Sofia vai ganhar um cartão presente no valor de R$ 1 mil e o convite para viajar até o Rio de Janeiro, onde receberá o prêmio, durante a abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Mas ela não será a única premiada. Sua professora, Vilma Soares Cunha, também receberá R$ 1 mil e terá as despesas pagas para comparecer à premiação. Além disso, os 30 melhores textos vão integrar um livro, a ser publicado em 2026.
“Este ano, decidimos premiar também os professores, como forma de reconhecer o trabalho que fazem ao levar temas cruciais de nossa sociedade para as escolas, estimulando a criatividade e a consciência cidadã”, explica Krapp. “Nas três edições do concurso, constatamos como são eles que incentivam a participação dos estudantes, aproveitando para debater pautas como saúde pública e meio ambiente, que foi tema da edição passada.”
O ranking com os três vencedores do concurso ainda tem representantes de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Pih Assis, estudante do município mineiro de Rio Pomba, ficou em segundo lugar, com a história de Lily. UMQ menina que nasceu na 'quebrada' e decide ser professora, para ajudar a mudar a vida de seus alunos, Ensinando, inclusive, que “viver com dignidade é um direito, não um luxo”. Isabela do Carmo Canale, de Niterói, ficou com o terceiro lugar, pelo texto 'Sopa da saúde da vovó'. Nele, descreve o diálogo entre uma criança e sua avó, que mostra os muitos ingredientes necessários para uma vida com saúde coletiva.
Os dois também vão ganhar cartões presente de R$ 1 mil, assim como seus professores: Bianca Portes de Castro e Thayane Fonseca.
O concurso Portinho Livre é uma iniciativa do Icict, com patrocínio da Fundação de Apoio à Fiocruz (Fiotec). Teve sua primeira edição em 2023, quando os estudantes foram convidados a escrever sobre o tema 'O bonde da vacina: cuidar de si para cuidar do outro'. Em 2024, 160 jovens atenderam ao chamado para escrever sobre 'O Brasil que resiste: ideias para adiar o fim do mundo'. Os vencedores das duas primeiras edições foram, respectivamente, estudantes de São Luis do Maranhão e de Anápolis, município de Goiás.
A Portinho Livre é um selo e uma plataforma de livros infantojuvenis em acesso aberto. Reúne obras que usam o poder da literatura para instigar o interesse pela ciência, pela saúde pública e pela cidadania.
#ParaTodosVerem Banner com fundo claro e as seguintes informações: O que é saúde coletiva para você? Se liga no resultado! 3º Concurso Portinho Livre de Literatura InfantoJuvenil. Em 1º lugar ficou Larissa Sofia Silva dos Santos, com a professora Vilma Soares Cunha de Alto Alegre do Pindaré (MA), 2º lugar Pih Assis, com a professora Bianca Portes de Castro de Rio Pomba (MG) e em 3° lugar Isabela Carmo Canale, com a professora Thayane Fonseca, de Niterói (RJ), confira a lista completa dos autores selecionados no site do Icict.
As inscrições para a segunda turma do Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foram prorrogadas até o dia 20 de outubro. A extensão do prazo amplia as oportunidades para profissionais brasileiros e estrangeiros que ainda não conseguiram finalizar suas propostas de pesquisa ou reunir a documentação exigida no processo seletivo. A iniciativa visa formar mestres e doutores que atuarão estrategicamente na vigilância em saúde nas regiões de fronteira do Brasil com países da América do Sul.
Lançado pela Fiocruz em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o programa é voltado a profissionais da gestão, assistência e avaliação dos serviços de vigilância em saúde, especialmente em doenças transmissíveis nas regiões fronteiriças.
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas por meio da plataforma Acesso Fiocruz (https://acesso.fiocruz.br). Os editais completos, assim como o novo cronograma das etaps, estão disponíveis para consulta no Campus Virtual Fiocruz e no site do Programa.
Edital mestrado (acadêmico e profissional)
Edital doutorado (acadêmico e profissional)
Aditivo - 1 - Editais do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz - Turma 2: alterações no Anexo 2
Aditivo - 2 - Editais do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz - Turma 2: alterações no cronograma
Aditivo 3 - Editais do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz - Turna 2: segunda alteração no cronograma
Estão sendo ofertadas 40 vagas para mestrado (nas modalidades acadêmico e profissional) e 35 para doutorado (também acadêmico e profissional), com reserva de 55% das vagas para ações afirmativas, sendo 30% para pessoas negras (pretas ou pardas), 10% para pessoas com deficiência (PcD), 5% para pessoas indígenas, 5% para pessoas quilombolas e 5% para pessoas trans (travestis ou transexuais). As demais vagas (45%) serão para ampla concorrência (AC). Apenas quem optar pelas ações afirmativas, sinalizando essa opção no momento da inscrição, concorrerá às vagas reservadas. O critério de reserva de vagas será aplicado apenas ao final da seleção, para fins de classificação e preenchimento de vagas.
O processo seletivo será realizado inteiramente on-line e envolve três etapas: prova de inglês, análise curricular/documental e entrevista. Esta edição do VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz traz uma série de novidades, como a ampliação dos polos presenciais e a integração de novos programas de pós-graduação ao consórcio que organiza a formação. Coma mudança no cronograma do processo seletivo, as aulas estão previstas para começar em março de 2026, na modalidade híbrida. O cronograma de encontros síncronos virtuais e encontros presenciais estão sendo desenvolvidos.
Segundo a coordenadora geral do programa, Eduarda Cesse, a formação visa fortalecer os sistemas de resposta a emergências sanitárias nas regiões de fronteira, articulando ciência, prática e políticas públicas. “Trata-se de um campo cada vez mais estratégico para a saúde pública nacional e internacional e no qual a Fiocruz, em todos os seus segmentos de atuação, está cada vez mais envolvida”, afirma.
O representante da OPAS e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, Cristian Morales, ressalta o papel do VigiFronteiras-Brasil como referência para o país e para a Região das Américas. “A vigilância em saúde nas fronteiras é uma ferramenta fundamental para a segurança sanitária e a cooperação entre os países. O VigiFronteiras-Brasil é uma iniciativa exemplar, pois reúne ciência, prática e compromisso social em territórios sensíveis. A pandemia de Covid-19 nos mostrou que as ameaças sanitárias ultrapassam fronteiras, por isso, precisamos de respostas integradas e solidárias.”
Para a secretária da SVSA/MS, Mariângela Simão, a qualificação profissional impacta diretamente na saúde da população. “Investir na qualificação dos profissionais de saúde é essencial para uma vigilância mais eficiente e sensível. Com conhecimento atualizado, gestores e técnicos estão mais preparados para antecipar riscos e responder com agilidade a emergências sanitárias. O VigiFronteiras-Brasil fortalece justamente essa capacidade estratégica, especialmente nas regiões mais vulneráveis, como a faixa de fronteira.”
A primeira turma do VigiFronteiras-Brasil concluiu o mestrado em 2024 com a apresentação de 32 trabalhos. Já o doutorado está em andamento e deve ser finalizado até o fim deste ano. Cerca de 90% dos alunos são profissionais vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Para dúvidas sobre o processo seletivo, o contato deve ser feito exclusivamente por e-mail: selecao.vigifronteiras@fiocruz.br. Informações adicionais também podem ser consultadas no site oficial do programa e nas redes sociais pelo perfil @formacaovigisaudefiocruz.
[SERVIÇO]
O quê: Seleção pública para a segunda turma do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz
Inscrições prorrogadas até: 20 de outubro
Editais disponíveis em: www.campusvirtual.fiocruz.br e formacaovigisaude.fiocruz.br
Onde se inscrever: https://acesso.fiocruz.br
Para quem: Profissionais brasileiros e estrangeiros da área de vigilância em saúde, com foco em doenças transmissíveis e atuação em regiões de fronteira
Modalidade: Híbrida (presencial e on-line em tempo real)
Cursos oferecidos: Mestrado e Doutorado (acadêmico e profissional)
Vagas: 75 no total (40 para mestrado e 35 para doutorado)
Início das aulas: Março de 2026
Contato para dúvidas: selecao.vigifronteiras@fiocruz.br
Profissionais brasileiros e estrangeiros que trabalham na gestão, na assistência e na avaliação da qualidade dos serviços de vigilância em saúde de todo o país, em especial em doenças transmissíveis e nas fronteiras dos estados do Brasil com a América do Sul, têm mais uma oportunidade de ampliar os conhecimentos nesse campo de atuação cada vez mais estratégico para a Saúde Pública nacional e internacional. A Fiocruz abriu as incrições do processo seletivo para a segunda turma do Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras, o Programa VigiFronteiras-Brasil, iniciativa da instituição em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério das Saúde (SVSA/MS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
O objetivo é formar mestres e doutores para contribuir com o fortalecimento das ações e serviços de vigilância em saúde nas regiões da faixa de fronteira do Brasil e nos países vizinhos (Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela, e uma Região Ultramarina da França, a Guiana Francesa). Os editais estão disponíveis para download no site Formação VigiSaúde. As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas de 1° de agosto a 19 de setembro no Acesso Fiocruz.
São oferecidas 40 vagas para mestrado acadêmico/profissional e 35 para doutorado acadêmico/profissional. Deste total, 55% estão destinadas para ações afirmativas e 50% são destinadas preferencialmente a profissionais atuantes em regiões de fronteira nos países sul-americanos. Nos editais estão listados todos os requisitos para participar do processo seletivo, os documentos necessários para inscrição, o cronograma e todos os detalhes sobre as três etapas da seleção: prova de inglês, análise curricular/documental e entrevista. Todas serão feitas online, em plataformas digitais.
Ao liderar essa nova iniciativa no campo da vigilância em saúde, a Fiocruz reafirma seu compromisso com a formação de recursos humanos qualificados e com a promoção da equidade em saúde, fortalecendo redes de cooperação entre países da América Latina. “Ao longo do curso, os participantes recebem uma formação multidisciplinar que os capacita a lidar com os desafios complexos da vigilância em saúde em regiões fronteiriças, como em casos de emergências de saúde pública de interesse nacional e internacional, articulando pesquisa, prática e políticas públicas, já que a maioria deve preferencialmente estar atuando nos serviços”, explica Eduarda Cesse, coordenadora geral do Programa e vice-presidente adjunta de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz.
Para a secretária da SVSA/MS, Mariângela Simão, a qualificação profissional impacta diretamente na saúde da população. “Gestores e profissionais de saúde atualizados e preparados, conseguem planejar e executar uma vigilância mais sensível e responder rapidamente a situações de ameaça à saúde. Por isso, investimos na constante preparação dos nossos gestores e profissionais de saúde”, afirma a secretária.
“A Fiocruz, em parceria com a SVSA/MS e Opas, lança a segunda turma do Programa VigiFronteiras-Brasil, com editais abertos para mestrado e doutorado acadêmico/profissional com objetivo e dar continuidade à formação de especialistas capazes de fortalecer ações de vigilância na faixa de fronteira brasileira e nos países vizinhos, priorizando quem atua nesses territórios. Aos serem aprovados no processo seletivo, terão uma oportunidade única de ampliar sua expertise neste campo estratégico para a saúde pública global”, complementou Andréa Sobral, coordenadora acadêmica do Programa e vice-diretora de Pesquisa e Inovação da Ensp/Fiocruz.
É de exclusiva responsabilidade da pessoa candidata acompanhar a divulgação das inscrições homologadas, o resultado das três etapas do processo seletivo e dos recursos solicitados além de possíveis aditivos e erratas, na mesma página em que se inscreveu (site Acesso Fiocruz). Também é de responsabilidade dos participantes garantirem acesso à internet com boa velocidade e um dispositivo que permita acessar áudio e vídeo, ao mesmo tempo, em tempo real. Para pessoas de países cuja língua oficial não seja o português ou o espanhol, será exigida fluência em pelo menos uma dessas duas línguas como condição para participar do processo seletivo.
As aulas estão previstas para começar em janeiro de 2026. Elas ocorrerão na modalidade híbrida, com encontros presenciais obrigatórios e encontros on-line síncronos (em tempo real). O doutorado tem duração mínima de 24 meses e máxima de 48 meses. Já para o mestrado, o tempo mínimo para conclusão é de 12 meses e máximo de 24 meses.
NOVIDADES - A segunda edição do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz tem algumas novidades. Além de passar a contar com a opção de mestrado e doutorado profissional, o número de locais para oferta das aulas presenciais foi ampliado, passando de três para sete polos. Os alunos que participarem do mestrado da turma dois do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz poderão ter encontros marcados em Porto Velho-RO, além de Manaus-AM, Tabatinga-AM e Campo Grande-MS, polos da primeira turma.
Já os do doutorado, poderão ter aulas em Porto Velho-RO, Recife-PE, Belo Horizonte-MG e Rio de Janeiro-RJ, além de Manaus-AM e Campo Grande-MS. Não haverá oferta de bolsas. Os estudantes brasileiros deverão arcar com os custos com deslocamento para participar das aulas presenciais. Já os estrangeiros receberão uma ajuda de custo com este fim.
Outra mudança que beneficiará os futuros mestrandos e doutorandos é a integração de novos programas de pós-graduação da Fiocruz ao consórcio, com mais linhas de pesquisas relacionadas à vigilância em saúde e docentes envolvidos. O Programa de Pós-Graduação em Saúde Única (PPGSU) da Fiocruz Mato Grosso do Sul, e o Programa de Pós-Graduação em Vigilância e Controle de Vetores (PPGVCV) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) passaram a integrar o consórcio para oferta do mestrado acadêmico/profissional. O Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública na Amazônia (DASPAM) da Fiocruz Amazônia, o Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública (PPGSP) da Fiocruz Pernambuco e o Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) da Fiocruz Minas Gerais passam a fazer parte do doutorado que também será oferecido na modalidade profissional exclusivamente pelo PPGSP da Fiocruz PE.
Continuam na formação o Programa de Pós-graduação em Epidemiologia em Saúde Pública (PPGEPI), o Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente (PPGSPMA) e o Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública (PPGSP) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz); e o Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (PPGVIDA) da Fiocruz Amazônia.
No momento da inscrição, os candidatos deverão optar por apenas um dos cursos. Porém, a Comissão de Seleção poderá alocar a pessoa candidata selecionada em programa diferente do indicado inicialmente por ela se considerar que o projeto preliminar de pesquisa pode ser mais bem desenvolvida em outro programa.
AÇÕES AFIRMATIVAS – Cerca de 55% das vagas ofertadas no processo seletivo do Programa VigiFronteiras-Braisil/Fiocruz são destinadas para ações afirmativas, sendo 30% para pessoas negras (pretas ou pardas), 10% para pessoas com deficiência (PcD), 5% para pessoas indígenas, 5% para pessoas quilombolas e 5% para pessoas trans (travestis ou transexuais). As demais vagas (45%) serão para ampla concorrência (AC). Apenas quem optar pelas ações afirmativas, sinalizando essa opção no momento da inscrição, concorrerá às vagas reservadas.
O critério de reserva de vagas será aplicado apenas ao final da seleção, para fins de classificação e preenchimento de vagas. Estas serão ocupadas de acordo com a classificação final geral do conjunto de optantes dessa categoria. Se a vaga reservada para ações afirmativas não for preenchida por algum motivo (a exemplo de inscrição anulada, não atendimento às regras dos editais, reprovação ou demais motivos administrativos ou legais), ela será oferecida a outras pessoas candidatas das ações afirmativas. Só depois de esgotar todas as opções desse grupo, a vaga será aberta para ampla concorrência.
PRIMEIRA TURMA - A primeira turma do mestrado acadêmico do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz foi concluída em 2024 com 32 trabalhos de conclusão sobre temas relacionados à vigilância em saúde nas fronteiras brasileiras com os países sul-americanos apresentados. O doutorado acadêmico está em andamento e a previsão é que os 34 alunos ativos defendam suas teses até o fim do ano. Aproximadamente 90% dos alunos integram o Sistema Único de Saúde.
A expectativa é que o Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz contribua para o fortalecimento, aprimoramento e qualificação dos profissionais e das ações e serviços de vigilância em saúde, a formação e/ou fortalecimento de redes de colaboração para atuar nas respostas às ações de vigilância em saúde e nas emergências de saúde pública de importância nacional e internacional.
Informações e dúvidas sobre os editais e o processo seletivo serão fornecidas apenas por e-mail (selecao.vigifronteiras@fiocruz.br). Outras informações sobre programa no site formacaovigisaude.fiocruz.br e no seu perfil nas mídias sociais @formacaovigisaudefiocruz.
Serviço:
O quê: Seleção pública para a segunda turma do Programa Educacional Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras – Brasil) da Fiocruz
Edital disponível em:
- formacaovigisaude.fiocruz.br > Editais
Inscrições: de 1° de agosto a 19 de setembro, no site Acesso Fiocruz (https://acesso.fiocruz.br)
Para quem: profissionais e gestores brasileiros e estrangeiros que atuem na área de vigilância em saúde, em especial em doenças transmissíveis, nas regiões da faixa de fronteira do Brasil e nos países sul-americanos vizinhos.
Cursos/duração: mestrado acadêmico e profissional (2 anos); doutorado acadêmico e profissional (4 anos)
Modalidade: híbrida, com encontros on-line síncronos (em tempo real), e presenciais obrigatórios nos polos definidos para a oferta
Vagas: 75 vagas, 40 para mestrado acadêmico e profissional e 35 para doutorado acadêmico e profissional
Dúvidas sobre o edital: selecao.vigifronteiras@fiocruz.br
A transformação digital vem se consolidando como um dos eixos estratégicos para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). O avanço no uso de tecnologias, dados e soluções digitais representa não apenas uma oportunidade para ampliar o acesso e melhorar a gestão, mas também uma necessidade diante dos desafios contemporâneos da saúde pública. Nesse contexto, a saúde digital vem se afirmando como ferramenta essencial para garantir decisões baseadas em evidências, promover a equidade e qualificar a atenção em saúde em todo o território nacional. Com esse horizonte, o Programa de Formação em Ciência de Dados, Saúde Digital e Informações em Saúde para o SUS realizou sua 2ª oficina de planejamento, nos dias 2 e 3 de setembro de 2025, que resultou, entre outras coisas, na consolidação de oito novos cursos para 2026 e 2027.
O encontro reuniu diferentes unidades da Fiocruz para alinhar estratégias, avaliar resultados e definir os próximos passos do programa, que tem como foco a qualificação de profissionais de saúde em temas decisivos para a transformação digital do SUS. O Programa é desenvolvido pela Fiocruz — sob a coordenação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, através do Campus Virtual — e o Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral de Inovação e Informática em Saúde da Secretaria de Informação e Saúde Digital (DataSUS/Seidigi/MS), em articulação com diferentes unidades da Fundação.
Formações para 2025, parceria estratégicas e próximos passos
Entre os destaques da oficina de planejamento, estão o desenvolvimento e lançamento, ainda neste ano de 2025, de dois novos cursos que abordarão as seguintes temáticas: análise de dados para pesquisa no SUS e modelos matemáticos e computacionais voltados à pesquisa em saúde. Além disso, também serão implementados novos mecanismos de monitoramento para aprimorar a avaliação das formações. O monitoramento é feito via xAPI (Experience API) — um protocolo que permite o rastreamento mais detalhado das interações educacionais, independentemente da plataforma utilizada, ou seja, o acompanhamento do processo de aprendizagem do estudante.
O xAPI torna possível uma visão mais completa da jornada de aprendizagem dos usuários, mostrando cenários e facilitando a tomada de decisões e o aprimoramento das estratégias educacionais. Esse protocolo foi implementado no primeiro curso da série que integra o programa, Introdução à Saúde Digital, e já oferece dados que permitem análises mais qualificadas e robustas sobre o perfil dos participantes, temas de maior interesse, bem como aspectos territoriais.
A oficina também consolidou o planejamento de oito novos cursos para 2026 e 2027 e o lançamento de um edital de especialização em saúde digital, com início previsto para o ano de 2026. A coordenadora-geral do Campus Virtual, Ana Furniel, destacou os resultados da oficina apontando que o encontro reforçou especialmente a importância do trabalho em rede. "Todo o processo de desenvolvimento do Programa e dos cursos tem sido discutidos em oficinas como essa, mas também em outros momentos com parceiros específicos e a equipe de elaboração para seu pleno desenvolvimento. Vale ressaltar ainda que os eixos que definem as prioridades do nosso Programa estão também de acordo com o Programa de Saúde Digital do Ministério da Saúde, com foco na formação de profissionais do SUS, e sempre reforçando o sentido de unidade neste trabalho que é coletivo", detalhou ela.
O Programa de Formação vem ainda incorporando parcerias estratégicas, como a estabelecida com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), que incluirá os cursos de saúde digital do CVF em seu no plano de ação do Programa SUS Digital. A previsão é de que, em 2026, algumas dessas formações também passem a ser oferecidas como disciplinas transversais no âmbito dos programas de pós-graduação da Fiocruz, fortalecendo ainda mais a integração entre ciência, tecnologia e formação qualificada para o SUS.
Pela Fiocruz, participam do Programa a Coordenação de Informação e Comunicação (Cinco/VPEIC/Fiocruz), o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde, do Instituto Aggeu Magalhães (Cidacs/IAM/Fiocruz Bahia), a Fiocruz Ceará, o Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz), a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict). A partir desta segunda oficina, a Fiocruz Brasília e a Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco) também integraram-se ao grupo de desenvolvimento do Programa de Formação.
No âmbito do desenvolvimento do Programa de Formação, o Campus Virtual Fiocruz, desde outubro de 2024, integra o pool de instituições formadoras parceiras do Programa (Trans) Formação para o SUS Digital do Ministério da Saúde, que visa ao enfrentamento do desafio de preparar estudantes, trabalhadores e gestores do Sistema Único de Saúde para a transformação digital, promovendo a inclusão digital e uma visão crítica sobre o uso da tecnologia na saúde. O Programa também incentiva a produção científica e a análise dos impactos da saúde digital na sociedade.
O encontro contou com a participação de diversos integrantes da equipe do Campus Virtual e de representantes das unidades que fazem parte do Programa. Também participaram das atividades a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Marly Cruz, a diretora do DataSUS, Paula Xavier, a assessora da VPEIC, Cristina Guilam, representando a Rede de Saúde Digital da Fiocruz, e a coordenadora adjunta de Educação (Lato Sensu) da Coordenação-Geral de Educação (CGE/VPEIC), Mariana Souza.
Seguindo a linha da qualificação de profissionais de saúde para atuarem com saúde materna, assistência ao parto e promoção da saúde reprodutiva, a Fiocruz lança o curso Pré-natal de qualidade, aconselhamento e dispensação de contraceptivos e prevenção da gravidez na adolescência' - uma formação online, gratuita e autoinstrucional especialmente voltada a Agentes Comunitários de Saúde (ACS), mas aberta a todos interessados na temática. O curso foi desenvolvido pelo Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Campus Virtual Fiocruz, e integra o projeto 'Formação de Profissionais do SUS em Saúde da Mulher'.
O curso tem carga horária de 20h e seu objetivo é oferecer subsídios para que os profissionais atuem com base em conhecimentos técnicos, mas, sobretudo, de forma humanizada, com práticas que fortaleçam o vínculo entre o ACS, as gestantes e suas famílias. A ideia é aprimorar a qualidade da atenção básica, construindo um cuidado integral, mais justo e efetivo para todos.
Ao todo, são 4 módulos e 15 aulas que abordam conteúdos essenciais que envolvem a organização do pré-natal, desde a identificação precoce da gestação até o puerpério, incluindo aspectos de nutrição e suplementação, infecções comuns (sífilis, HIV e hepatites), condições clínicas relevantes (hipertensão, diabetes e anemia), além de orientações sobre aconselhamento contraceptivo, prevenção da gravidez na adolescência e preparo para o parto, com foco na saúde materno-infantil.
Acolhimento, práticas humanizadas e vínculo
O papel exercido pelos Agentes Comunitários de Saúde é um diferencial, sendo fundamental para a Atenção Primária à Saúde (APS), pois esses profissionais atuam na prevenção de doenças e promoção da saúde com base na construção de vínculos com as comunidades, tornando-se caros ao fortalecimento do SUS, sobretudo em áreas vulneráveis, como é a Amazônia, que apresenta inúmeras regiões de pouco ou difícil acesso e alta desigualdade socioeconômica. A expert na área da saúde da mulher, Maria do Carmo Leal, que é pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca e coordenadora acadêmica desta nova formação, comentou que o contato permanente do ACS com a população, as famílias atendidas, cria uma relação de confiança, auxiliando na adoção de melhores práticas de saúde.
É, segundo Maria do Carmo, extremamente relevante que esses profissionais "consigam mostrar, por exemplo, a uma mulher que ela, mesmo já tendo tido outros filhos e experiência nisso, faça corretamente seu pré-natal, pois toda gravidez é única e intercorrências podem surgir, complicando a gestação, parto ou o seu recém-nascido". Ela ressaltou que o curso foi feito com muito cuidado e traz também destaque para questões importantes sobre o planejamento familiar, contracepção e os diversos métodos possíveis a uma mulher, como o implante que passou recentemente a ser oferecido pelo SUS.
Sensibilidade e olhar atento
O consultor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e do Ministério da Saúde para ações de qualificação da atenção pré-natal na região Norte do país - Amazonas e Pará -, e um dos especialistas responsável pela elaboração dos conteúdos do curso, Edson Borges de Souza, falou sobre os desafios desse trabalho e salientou que o ACS é o profissional que mais conhece a comunidade, sendo ele quem mais visita as famílias e sabe das condições sanitárias e outras questões locais. Portanto, "quanto mais ele souber sobre o manejo do pre-natal, mesmo que não seja ele a tomar uma decisão - uma responsabilidade dos médicos e enfermeiros -, mais ele terá um olhar atento às pesssoas que cuida e mais forte ficará a nossa equipe. É isso que a gente precisa!", disse Edson, entusiasmado com o lançamento da formação.
O especialista detalhou ainda que o curso, apesar de ser voltado aos ACS, pode ser útil também a outros profissionais, inclusive médicos e enfermeiros, pois está totalmente embasado nas diretrizes nacionais do Ministério da Saúde, e tem como roteiro básico a Cadernete de Gestantes do SUS, que, segundo Edson, é uma das melhores do mundo. "Espero que essa formação chegue nos profissionais e eles usem no dia a dia o que aprenderem para o bem das gestantes, para que consigamos diminuir nossos eventos adversos, tanto maternos quando fetais e neonatais, bem como para aumentarmos a experiência positiva de gravidez e parto das famílias", completou.
Saúde da mulher
Este curso integra um projeto maior, intitulado 'Formação de Profissionais do SUS em Saúde da Mulher' — desenvolvido pelo Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Dentro desse projeto vem acontecendo uma série de ações e iniciativas de formação voltadas à saúde da mulher. Em agosto de 2025, foi publicado o curso "Assistência ao parto: ênfase nas distocias e principais causas de morbimortalidade materna", que já conta com mais de mil inscrições. Além das formações online e abertas, essa iniciativa envolve formações teórico-práticas voltadas a profissionais em diferentes maternidades, unidades básicas de saúde e ACS no Amazonas e em Roraima sobre urgências e emergências obstétricas, planejamento reprodutivo e prevenção de gravidez não planejada, e aconselhamento pré-natal de qualidade e prevenção da gravidez na adolescência.
Nesta grande frente, o Campus Virtual Fiocruz é o responsável pelo desenvolvimento e acompanhamento da oferta nacional 100% autoinstrucional Assistência ao parto: ênfase nas distocias e principais causas de morbimortalidade materna", 'Pré-natal de qualidade, aconselhamento e dispensação de contraceptivos e prevenção da gravidez na adolescência" e também pela parte teórica do curso "Urgências e emergências Obstétricas", que é oferecido de forma híbrida em Boa Vista (Roraima) e em Manaus (Amazonas) e, até o momento, já ofereceu duas turmas, uma em julho deste ano, e a segunda em agosto de 2025.
Conheça a nova formação e inscreva-se:
Módulo 1
Módulo 2
Módulo 3
Módulo 4
#ParaTodosVerem Banner com fundo rosa, nele está escrito: Curso Pré-natal de Qualidade, aconselhamento e dispensação de contraceptivos e prevenção da gravidez na adolescência - Curso para ACS. Inscrições abertas! Na parte inferior do banner há uma figura ilustrativa de uma mulher branca, com cabelo castanho, bochechas rosadas, usa uma blusa rosa e está grávida, apoia as duas mãos na barriga, ao redor dela há alguns ícones, um óvulo com espermatozoides em volta, um teste de gravidez, um coração com batimento cardíaco, um feto, pílulas, tubos de ensaio e um computador com a imagem de um ultrassom.
A Coordenação Geral de Educação (CGE/VPEIC), no âmbito do Programas de Excelência no Ensino e do Programa Institucional de Internacionalização da Fiocruz, anuncia a reabertura da chamada de apoio à realização de cursos de curta duração com abrangência internacional. A iniciativa visa atrair lideranças e professores internacionais e, assim, contribuir com a inovação dos nossos programas de pós-graduação, intensificando ainda o desenvolvimento da internacionalização e a excelência da educação na Fiocruz. O prazo para envio das propostas é até às 12h do dia 10 de setembro.
A chamada vai selecionar até 12 cursos de curta duração com abrangência internacional no âmbito dos programas de pós-graduação stricto sensu da Fiocruz para receber o apoio financeiro de até 20 mil reais. Os cursos devem ser realizados entre 13 de outubro de 2025 e 28 de fevereiro de 2026.
O curso deverá ser destinado aos alunos matriculados nos PPGs stricto sensu da Fiocruz e estar registrados na Plataforma Sucupira. A previsão é que o resultado final seja divulgado até 22 de setembro.
O processo de transformação digital no Sistema Único de Saúde (SUS) tem gerado novas oportunidades e desafios para a gestão, o cuidado e a pesquisa em saúde no Brasil. Atenta a essa realidade, a Fiocruz, em parceria com o Ministério da Saúde, estruturou um programa de formação com foco na Saúde Digital, e lança o novo curso, online e gratuito, Informação para o SUS: Políticas e sistemas. A formação visa qualificar profissionais, técnicos do SUS, preceptores, estudantes da saúde de graduação, pós-graduação e residência, além de profissionais que utilizam informações como subsídio para a produção de análises e conteúdos.
O curso busca promover uma compreensão crítica sobre os sistemas de informação, desenvolvendo a capacidade de análise de dados para subsidiar a gestão e o cuidado em saúde. Ao articular políticas públicas, ferramentas tecnológicas e práticas de análise, o curso contribui para a construção de um sistema mais integrado, resolutivo e orientado por evidências.
A formação tem coordenação acadêmica de Mônica Magalhães e Mel Bonfim, respectivamente, pesquisadora do Laboratório de Informação em Saúde Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e a assessora da coordenação de Relações Institucionais da Presidência. "Considerando que a informação adquire valor à medida que orienta a tomada de decisões, promove um planejamento responsável e a execução de ações mais eficazes, esta formação estimula o desenvolvimento de práticas que contribuam para a melhoria do atendimento ao cidadão, o acompanhamento do paciente, a coordenação dos fluxos de assistência e a eficiência na gestão dos recursos públicos", detalhou Mônica, lembrando ainda que os materiais que compõem o curso permanecerão acessíveis durante todo o período de sua oferta, possibilitando consultas mesmo após a conclusão dos módulos.
A atual formação é uma realização do Campus Virtual Fiocruz com o Icict/Fiocruz e integra o Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS — iniciativa que trabalha em uma gama de ofertas de cursos que possibilitarão a continuidade do aprendizado de maneira complementar, aprofundando temas transversais à temática da informação em saúde. O primeiro curso lançado foi 'Introdução à Saúde Digital', que já soma mais de 10 mil inscritos. Saiba mais aqui!
Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS
O Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS é desenvolvido pela Fundação — sob a coordenação da VPEIC, através do Campus Virtual — e o Ministério da Saúde, por meio do DataSUS/Seidigi/MS, e conta com a participação da Cinco/VPEIC/Fiocruz, o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde, do Instituto Aggeu Magalhães (Cidacs/IAM/Fiocruz Bahia), a Fiocruz Ceará, o Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz), a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), o Icict, e ainda com outras unidades da Fundação e instituições de ensino e pesquisa.
Seu objetivo é qualificar profissionais de saúde para atuar na gestão e análise de dados para o SUS, bem como oferecer a estudantes de graduação e pós-graduação da saúde os temas da informação e ciência de dados, relacionando e aplicando o conhecimento profissional aos princípios da análise de dados e informações em saúde. A iniciativa prevê a elaboração e publicação outros cursos de qualificação profissional sobre a temática, uma especialização e ainda disciplinas transversais para programas de pós-graduação da Fiocruz.
Conheça a estrutura do curso Informação para o SUS: Políticas e sistemas e inscreva-se:
Módulo 1 - Políticas sociais e informação
Módulo 2 - Sistemas de informação de saúde e fonte de dados de interesse à saúde
Módulo 3 - Integração de dados, novas fontes e uso
A mortalidade materna é um enorme desafio de saúde pública no mundo. No Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, os indicadores mostram-se ainda mais desfavoráveis. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), aponta que 9 em cada 10 mortes entre gestantes e puérperas são evitáveis quando medidas eficazes são implementadas, reforçando a necessidade de equipes cada vez mais qualificadas. Nesse contexto, o Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Campus Virtual Fiocruz, lança o curso, online e gratuito, Assistência ao parto: ênfase nas distocias e principais causas de morbimortalidade materna. A formação é aberta ao público em geral, mas especialmente voltada a profissionais de saúde que atuam com a temática.
O curso tem carga horária de 60h, dividas em 5 módulos e tem como objetivo sensibilizar e atualizar sobre temas críticos como distocias, hemorragias, infecções e síndromes hipertensivas, visando contribuir para a melhoria da qualidade do cuidado obstétrico e para a proteção da vida de mulheres e recém-nascidos, especialmente em contextos com indicadores de saúde desfavoráveis.
O Brasil tem avançado na redução da morbimortalidade materna, mas os índices permanecem elevados, especialmente em regiões mais vulneráveis e entre mulheres em situação de maior fragilidade social, apesar de muitas causas serem evitáveis com tecnologias já disponíveis, disse a coordenadora acadêmica do curso e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Maria do Carmo Leal, que há décadas estuda a temática e é considera uma das maiores especialistas do país no que se refere à saúde materno infantil. Ela aponta que a formação qualificada de profissionais que atuam na assistência ao parto e assistência à saúde da mulher é considerada uma estratégia essencial, "sendo essa uma das mais importantes para reduzir esses indicadores, contribuindo para seu enfrentamento e salvando vidas de mães e bebês".
Fiocruz Amazônia e a agenda das mulheres
Este curso integra um projeto maior, intitulado 'Formação de Profissionais do SUS em Saúde da Mulher' — desenvolvido pelo Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Além do curso aberto e massivo, essa iniciativa envolve formações teórico-práticas voltadas a profissionais em diferentes maternidades, unidades básicas de saúde e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) no Amazonas e em Roraima sobre urgências e emergências obstétricas, planejamento reprodutivo e prevenção de gravidez não planejada, e aconselhamento pré-natal de qualidade e prevenção da gravidez na adolescência.
Nesta grande iniciativa, o Campus Virtual Fiocruz é o responsável pelo desenvolvimento e acompanhamento da oferta nacional 100% autoinstrucional "Assistência ao parto: ênfase nas distocias e principais causas de morbimortalidade materna" e também pela parte teórica do curso "Urgências e emergências Obstétricas", que é oferecido de forma híbrida em Boa Vista (Roraima) e em Manaus (Amazonas) e, até o momento, já ofereceu duas turmas, uma em julho deste ano, e a segunda com início nesta quinta-feira, 21/8.
A coordenadora do projeto, Michele Rocha de Araújo El Kadri, que é diretora adjunta do ILMD/Fiocruz Amazonia, comentou que as aulas, o desenvolvimento do material e a disponibilização dos conteúdos dentro da plataforma do Campus Virtual Fiocruz têm sido um sucesso entre os profissionais participantes e discentes. "Professores, médicos, obstetras... todos comentam sobre a imensa qualidade do material apresentado", disse ela, apontando que isso faz valer todo os esforço empregados para fazer os cursos acontecerem e, assim, "salvar a vida de mais mulheres e famílias".
Conheça a nova formação e inscreva-se:
Módulo 1 – Evolução da obstetrícia e as etapas de assistência ao parto
Módulo 2 – Tipos de parto: o papel das distocias na morbimortalidade materna
Módulo 3 – Hemorragia obstétrica
Módulo 4 – Infecções no ciclo gravídico-puerperal
Módulo 5 – Síndromes hipertensivas na gestação
O aleitamento materno protege contra infecção, morte, e promove também a saúde materna, sendo considerado uma política imperativa de saúde pública mundial. Alinhados às metas globais de nutrição da Assembleia Mundial da Saúde que visa aumentar a taxa de aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de idade, a Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH) da Fiocruz, passa a oferecer seus cursos na plataforma moodle do Campus Virtual Fiocruz. O primeiro deles é uma formação internacional sobre o processamento e o controle da qualidade do leite humano. A princípio, essa formação é fechada a profissionais elencados e lideranças da área. No entanto, sendo agora o CVF um parceiro institucional da estratégia, abrem-se perspectivas futuras para o lançamento de cursos abertos à população em geral sobre a segurança alimentar e nutricional dos recém-nascidos e lactentes.
Ao todo, três turmas vão se iniciar no segundo semestre de agosto, uma voltada aos profissionais que atuam nas agências de Vigilância Sanitária no Brasil e duas para profissionais que trabalham em bancos de leite em cidades da Colômbia. Atualmente, cerca de 150 pessoas estão envolvidas na formação.
Em 2021, o IFF foi designado Centro Colaborador da OMS para o Fortalecimento dos Bancos de Leite Humano, e em março de 2025 foi redesignado ao cargo (2025 – 2029), seguindo com a tarefa de apoiar a Organização Mundial da Saúde na expansão e compartilhamento de conhecimentos, tecnologias, documentos e evidências científicas para que seus Estados Membros possam implementar e gerir os bancos de leite humano como ação estratégica de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, tanto no nível intra-hospitalar como na articulação com a atenção primária. O IFF/Fiocruz, sob a coordenação de seu Banco de Leite Humano, é o único centro colaborador da Opas/OMS para banco de leite humano, tendo cooperação bilateral com todos os países da América Latina, Península Ibérica e Caribe.
Parceria com Campus Virtual Fiocruz potencializa ofertas
Entre os pilares estratégicos do Centro Colaborador está o fortalecimento da capacitação profissional em diferentes níveis de complexidade. Há décadas o IFF/Fiocruz oferece diferentes formações sobre a temática, no entanto, a parceria estabelecida com o Campus Virtual Fiocruz potencializa tais ofertas, ampliando a escala, a capacidade técnica e tecnológica de formação, segundo o coordenador da Rede Global de Bancos de Leite Humano, João Aprígio Guerra de Almeida, e promotor da iniciativa. "A parceria com o Campus Virtual vai além desse curso em particular, ela representa uma oportunidade de inaugurar uma nova fase no ensino a distância da rede de bancos de leite humano, quer seja no Brasil, quer seja com outros países cooperantes", disse ele.
O curso 'Aperfeiçoamento em processamento e controle de qualidade do leite humano', nas versões em português e espanhol (Perfeccionamiento en procesamiento y control de calidad de leche humana: Teoría y práctica en diálogo)', já integram a plataforma Moodle do Campus Virtual Fiocruz. “Temos o dever e a responsabilidade institucional de responder às demandas de países e estruturas governamentais para a qualificação de recursos humanos. No entanto, o desejo para um futuro breve é oferecer uma formação aberta à população em geral, especialmente profissionais de saúde que tenham interesse na temática, para ampliarmos esses conhecimentos, termos uma maior rede profissional qualificada sobre banco de leite humano e conseguirmos, assim, beneficiar um número cada vez maior de crianças. São compromissos éticos e sociais em processos formativos sinérgicos”, disse João entusiasmado.
Neste mês é celebrado o Agosto Dourado, campanha anual realizada no Brasil, cujo objetivo é promover e incentivar o aleitamento materno. A cor dourada é uma referência ao padrão ouro de qualidade do leite materno, considerado o alimento mais completo para os bebês.