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Publicado em 10/07/2025

Novo edital da Capes convoca PPG a ofertarem vagas para estudantes estrangeiros

Autor(a): 
Isabela Schincariol*

A Fundação Oswaldo Cruz convoca seus programas de pós-graduação a oferecerem vagas de doutorado pleno, doutorado sanduíche e mestrado pleno em seus cursos no âmbito do Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG) — uma ação conjunta entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) com o Ministério das Relações Exteriores e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A iniciativa oferece oportunidades para que estudantes estrangeiros façam, de maneira parcial ou integral, seus cursos de mestrado ou doutorado no Brasil. Nesta primeira etapa do PEC-PG na Fiocruz, os cursos interessados têm até o dia 22 de julho para apresentarem vagas para candidatura junto à Capes. 

A coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Isabella Delgado, ressaltou a importância da participação de todos os programas da Fiocruz nessa oferta que favorece e fortalece ainda mais a internacionalização da Fundação. Ela pediu empenho dos PPG nesta primeira etapa, visto que o prazo para envio das vagas é curto. Os programas interessados devem realizar levantamento interno e informar as vagas disponíveis para a recepção de alunos por meio do preenchimento do formulário enviado a todos os vice-diretores, coordenadores e secretarias acadêmicas dos programas de pós, impreterivelmente até 22 de julho. O envio deve conter as seguintes informações: número de vagas disponíveis para cada modalidade de bolsa, idiomas aceitos para a realização das atividades, e a possibilidade de oferta de disciplinas pelo PPG. Além disso, será necessária a designação de um responsável por cada modalidade ofertada para que esse seja o contato direto com possíveis candidato, dúvidas e a necessidade de maior interação com orientadores. .

Próximas etapas

A Fiocruz deve enviar a lista consolidada de vagas para o PEC-PG até 31 de julho. Na sequência, a Capes publicará a lista de vagas para mestrado e doutorado pleno até 13 de agosto, e doutorado sanduíche até 30 de setembro. O período de inscrição dos candidatos estrangeiros vai de 14 de agosto a 29 de setembro para mestrado e doutorado pleno, e de 1° de outubro a 30 de dezembro de 2025 para doutorado sanduíche. O início dos estudos nas modalidades mestrado e doutorado pleno no Brasil está previsto para o primeiro semestre de 2026. Já para a modalidade doutorado sanduíche, em agosto de 2026. O cronograma detalhado está no edital do PEC-PEG. 

Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG)

O PEC-PG apoia a internacionalização das instituições, incentivando a entrada de alunos estrangeiros em programas de pós-graduação, de forma a promover o intercâmbio de conhecimento e a diversidade cultural. O programa também fomenta relações bilaterais entre o Brasil e os países participantes. O investimento da Capes totaliza R$41 milhões. O valor da bolsa de doutorado é R$3.100 e de mestrado, R$ 2.100. Os selecionados também receberão auxílio saúde no valor de R$400 mensais.

Ao todo, a Capes selecionará 650 bolsistas, sendo 100 para doutorado pleno, com duração de até 48 meses, 350 para doutorado-sanduíche, com vigência de seis a dez meses, e 200 para mestrado pleno, com prazo máximo de 24 meses, para que os estudantes realizem seus cursos presenciais de programas de pós-graduação de instituições de ensino superior e pesquisa brasileiras.

 

* Com informações da Capes

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo verde, nele está escrito: Fiocruz convoca seus programas de pós a ofertarem vagas em novo edital de internacionalização da Capes (PEC-PG). As propostas devem ser submetidas até 22/7 e o envio deve ser feito pelo link recebido no e-mai. No canto esquerdo do banner, uma foto de duas pessoas negras, uma menina e um menino, ela usa blusa branca e faixa no cabelo, ele usa uma blusa azul, eles estão sentados em um sofá e há diversos livros na mesa na frente deles, atrás há uma estante de livros.

Publicado em 09/07/2025

Excelência e inovação: Fiocruz seleciona projetos com atividades de extensão na pós-graduação. Banca teve participação de avaliadores do território

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão é um dos pilares do Programa de Extensão da Pós-Graduação (Proext-PG), uma nova modalidade de chamada implementada pela Fiocruz em 2025, que envolve estudantes de pós-graduação e graduação em atividades de extensão acadêmica desenvolvidas no âmbito de programas de pós-graduação da Fundação. A iniciativa está em sua primeira edição, e, tal qual a publicação da chamada, inova à medida em que implementa uma comissão de avaliação composta não somente por pares acadêmicos, mas também por pessoas que atuam nos territórios. A chamada selecionou um total de 12 projetos para apoio financeiro e 8 bolsas de iniciação à extensão (IEXT).

O Proext-PG Fiocruz é financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e tem como objetivo a formação plural e inclusiva do estudante nas suas mais diversas dimensões, com foco ainda no fortalecimento da interação entre a Fiocruz e a sociedade, gerando resultados que impactem positivamente o território no qual as pesquisas serão desenvolvidas.

Nesta primeira edição, foram selecionados projetos ligados aos Programas de Pós-Graduação em Biologia da Interação Patógeno-Hospedeiro do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia); Políticas Públicas em Saúde (mestrado profissional - Profsaúde) da Fiocruz Brasília; Ciências da Saúde do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas); Biociências e Biotecnologia em Saúde do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco); Biologia Parasitária, Biologia Celular e Molecular, e Biodiversidade e Saúde, todos os três ligados ao Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz); Informação e Comunicação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz); História das Ciências e da Saúde, e Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde, ambos oferecidos pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz); Saúde da Família (mestrado profissional - Profsaúde) da Fiocruz Mato Grosso do Sul; e Pesquisa Translacional em Fármacos e Medicamentos do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos).

A Política de Extensão Acadêmica da Fundação — um texto ainda em elaboração interna — baseia-se nos mesmos alicerces da Política Nacional de Extensão Universitária, considerando a realidade da Fundação, mas tendo como diretrizes a interação dialógica, a interdisciplinaridade e interprofissionalidade; a indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão; o impacto na formação das pessoas que estudam na Fiocruz; e o impacto e transformação social.

Quebra de paradigmas e transformação social

A Coordenadora Adjunta do Lato Sensu da Coordenação-Geral de Educação (CGE/VPEIC), Mariana de Souza — responsável pela elaboração e execução da nova chamada —, descreveu a iniciativa como um feito histórico para a área. De acordo com ela, o Proext-PG trouxe duas grandes mudanças em relação ao que tradicionalmente é feito: “A primeira foi a obrigatoriedade de inserção, como membros da equipe, de pessoas do território no qual os projetos acontecerão, deixando de aparecerem somente como objetos de estudo. A segunda diz respeito à forma de avaliação. Desde a sua elaboração, o edital previu a participação de pessoas que atuam nos territórios, pois entendemos que, se uma ação vai interferir em determinado local, ninguém melhor do que quem atua no território para avaliar a pertinência de um projeto”, detalhou Mariana.

Além do grupo de condução da CGE/VPEIC, uma representante do Comitê Gestor do Proext-PG, Márcia Lenzi, e três pessoas convidadas — uma acadêmica, Edla Herculano; e duas pessoas com inserção em territórios: Emmanuele Costa, historiadora de favelas que atua no Dicionário de Favelas Marielle Franco, e Fernando Gonçalves, que, entre outras atividades, atua no Pré-Vestibular Popular Construção, ambos projetos que tem interface com a Fiocruz —, fizeram parte da equipe de avaliação e integraram a banca de seleção da chamada. De maneira complementar, todos demonstraram entusiasmo com a abordagem e inserção da perspectiva territorial no processo e fizeram destaques.

Edla Herculano falou sobre a participação dos territórios como parceiros e não meros receptores de atividades. Para ela, sem dúvidas um avanço no qual instituição, estudantes e sociedade saem ganhando. Já Emmanuelle Torres Costa rememorou antigos esforços para "quebrar", de maneira imaginária, os muros que cercam a Fiocruz, salientando que pensar atividades extensionistas intimamente relacionadas com os territórios e que convoquem os mesmos para atuarem em colaboração é sinal de transformação social. "Precisamos, cada vez mais, que pessoas de favelas, periferias, aldeias e quilombos sejam reconhecidas como produtoras de conhecimento e tenham destaque na produção de ciência. A extensão é um pequeno passo no oceano de possibilidades de construção coletiva que temos dentro da Fiocruz", comentou.

Marcia Lenzi falou da alegria em participar das diversas etapas da iniciativa e acompanhar de perto seus frutos, sempre buscando parcerias com instituições diversas distribuídas pelo país. "Projetos de extensão são como pontes fundamentais entre o conhecimento acadêmico e as demandas reais das comunidades, especialmente em territórios historicamente marginalizados, como favelas, periferias urbanas e regiões interioranas", disse Fernando Caldeira Gonçalves, defendendo que a troca de saberes promove a cidadania e contribui para a transformação social. Para ele, projetos de extensão são ferramentas poderosas para a justiça social, pois são capazes de conectar a Fundação aos territórios que mais precisam de apoio, transformando realidades e também desafiando a própria instituição a repensar seu lugar na sociedade. Investir nesses programas é investir na construção de um futuro mais inclusivo, onde o conhecimento sirva, de fato, à emancipação social.

Encontros Virtuais e Câmara Técnica de Educação

Essa temática já vem sendo estudada e debatida pela comunidade educacional da Fiocruz. Em setembro de 2024, a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) organizou uma edição do Encontros Virtuais da Educação, e recebeu a pró-reitora de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ivana Bentes para o debate. A ideia foi fomentar o desenvolvimento da política interna de extensão, pensando suas bases e questões estratégicas e essenciais para sua concepção.

De maneira mais recente, o Programa de Extensão da Pós-Graduação (Proext-PG Fiocruz) também foi pauta de apresentação e discussão na Câmara Técnica de Educação. O encontro realizado em 8 de julho marcou o fim das contribuições ao texto da Política de Extensão da Fiocruz. A partir disso, todos as propostas recebidas serão avaliadas e consolidadas, e o texto seguirá para aprovação do Conselho Deliberativo (CD Fiocruz). Na ocasião, Mariana Souza também teve a oportunidade de dividir com a comunidade educacional da Fiocruz os resultados da experiência da chamada interna.

Publicado em 09/07/2025

Rede Provoc recebe inscrições de orientadores até 15/7

Autor(a): 
Fabiano Gama

Quer transformar a trajetória de um jovem e ainda fortalecer a ciência? A Rede Provoc Luiz Fernando Rocha Ferreira da Silva da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (Rede Provoc/EPSJV/Fiocruz) prorrogou o prazo para inscrições como orientador e orientadora até 15 de julho!

O objetivo é despertar nos estudantes o interesse pela pesquisa científica, contribuindo para que façam uma escolha profissional mais consciente e possibilitar a participação destes estudantes na pesquisa científica através da vivência em um ambiente de pesquisa, estabelecendo um confronto teórico-prático e estimular a aprendizagem dos conhecimentos técnicos e científicos a partir da experimentação de práticas de pesquisa.

A inscrição para as novas vagas refere-se à etapa Iniciação do Provoc, com duração de doze meses, de agosto de 2025 a junho de 2026.

Essa é a sua chance de receber estudantes do ensino médio na Etapa Iniciação 2025/2026 da Rede Provoc da Fiocruz:

  • Amazonas (Leônidas & Maria Deane)
  • Bahia (Gonçalo Moniz)
  • Brasília – GEREB
  • Ceará
  • Mato Grosso do Sul
  • Minas Gerais (René Rachou)
  • Pernambuco (Aggeu Magalhães)
  • Piauí
  • Rio de Janeiro (todas as unidades de pesquisa)
  • Rondônia

Ser orientador no Provoc é mais do que ensinar: é abrir portas, inspirar futuros cientistas e construir ciência com inclusão e propósito.

Acesse o edital e o manual de inscrição e confira mais informações!

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Foto de quatro pessoas em uma sala, há uma cadeira no centro e uma bancada perto da parede com uma garrafa de vidro com água, há três pessoas em pé, dois homens brancos com blusa de manga comprida, um deles está no canto esquerdo da foto, o outro está no centro atrás da cadeira, com o braço esquerdo levantado apontando para frente, ao lado dele, no lado direito da foto há uma mulher branca com um top azul, na cadeira no centro há uma menina branca sentada, ela está com as pernas cruzadas e sorrindo. Por cima da foto está escrito: Seja orientador do PROVOC, última chamada, inscrições prorrogadas até 15 de julho, você pode mudar o futuro de um jovem com a ciência.

Publicado em 27/06/2025

Relevância acadêmica: Fiocruz é listada entre as 2 mil melhores universidades do mundo

Autor(a): 
Isabela Schincariol

O Centro para Rankings Universitários Mundiais (CWUR, na sigla em inglês) divulgou a lista das 2 mil melhores universidades do mundo e a Fiocruz, por mais um ano consecutivo, segue figurando entre elas. Desde a sua criação, a Fundação desempenha um papel fundamental na formação de profissionais de saúde e pesquisadores para o país, desenvolvendo atividades educacionais em suas diferentes unidades e escritórios, embora não seja uma instituição de ensino superior (IES). Na posição geral mundial, a instituição está classificada como a 668° melhor instituição de ensino. Já entre as 53 brasileiras que integram o ranking, a Fundação aparece em 8° lugar. 

A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), Marly Cruz, falou com orgulho sobre o anúncio. Para ela, integrar esse ranking é um reconhecimento do esforço empreendido na construção de uma instituição estratégica de Estado no ensino, na pesquisa e no desenvolvimento cientifico-tecnológico para uma saúde pública de qualidade em todo o território nacional.

"Enquanto entidade federal vinculada ao Ministério da Saúde, a Fiocruz tem buscado cumprir o compromisso de formar para a atuação mais qualificada no âmbito dos sistemas de saúde, nacional e internacionalmente, de forma a promover melhorias nas condições de vida e de saúde de todos os povos. De nossa parte, afirmo que continuaremos lutando, junto à nossa comunidade educacional — coordenadores, docentes e estudantes das diferentes modalidades de formação oferecidas —, para que sigamos avançando, com foco no fortalecimento da atuação em rede, assim como no trabalho colaborativo, pois vemos esse como um caminho para a redução das desigualdades sociais", salientou ela. 

O rankings mostrou queda de posição em 46 das 53 instituições avaliadas e o próprio Centro para Rankings Universitários Mundiais (CWUR) aponta que o motivo possa ser a falta de investimento do governo nas instituições. O presidente do CWUR, Nadim Mahassen, comentou que o Brasil está bem representado entre as melhores do mundo. No entanto, segundo ele, "o que é alarmante é a queda das instituições acadêmicas do país no ranking devido ao enfraquecimento do desempenho em pesquisa e ao apoio financeiro limitado do governo. Enquanto vários países colocam o desenvolvimento da educação e da ciência como prioridade, o Brasil luta para acompanhar".

A edição de 2025 da Lista Global 2000 indica que as instituições brasileiras estão enfrentando dificuldade de competitividade com as rivais globais. De acordo com Eduarda Cesse, que divide a gestão da VPEIC com Marly como vice-presidente adjunta, o fato da Fiocruz manter-se entre as 2 mil melhores universidades do mundo evidencia a sua relevância acadêmica. No entanto, ela expressou preocupação com o cenário apontando que "a queda em relação ao ano passado ressalta nossa apreensão com o investimento governamental em educação e pesquisa, já a maioria das instituições brasileiras avaliadas também apresentaram declínio, indicando um desafio crescente para a competitividade das universidades do país no cenário global".

8° lugar nacional

O ranking foi publicado no início de junho e mostrou a Fiocruz em 8° lugar entre as 53 instituições brasileiras, ficando atrás somente da Universidade Federal de São Paulo (617°), Universidade Federal de Minas Gerais (497°), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (476°), Univiersidade Estadual de São Paulo (454°), Universidade de Campinas (369°), Universidade Federal do Rio de Janeiro (331°) e a Universidade de São Paulo (118°). 

Em cenário global, a Fundação teve uma queda em relação à avaliação do ano passado - saindo do 654° em 2024 para o 668° em 2025. Porém, segundo informações do Ministério da Educação, em um comparativo mundial, o Brasil garantiu posição de destaque no CWUR 2025, sendo o 10º país com o maior número de universidades classificadas, posicionando-se à frente de países como Canadá (38), Austrália (39), Suíça (18), Portugal (13) e México (13), ficando logo abaixo da Coreia do Sul (56) e à frente da Turquia (52). O texto do MEC aponta que a presença entre os 25 primeiros países, que inclui potências como China (346), Estados Unidos (319) e Japão (107), destaca a solidez e a relevância da produção acadêmica brasileira no panorama mundial. 

A avaliação do CWUR baseia-se em indicadores objetivos que não dependem de pesquisas e submissões de dados pelas próprias instituições, utilizando apenas dados objetivos e publicamente disponíveis. O Centro busca uma avaliação abrangente da qualidade geral de uma universidade, considerando não apenas a produção acadêmica, mas também a formação de seus alunos e seu impacto no mercado de trabalho. Para tanto, utiliza quatro pilares principais para avaliar as universidades: qualidade da educação, empregabilidade dos ex-alunos, qualidade do corpo docente e desempenho em pesquisa. 

A Educação (25%) mede a performance acadêmica de egressos, considerando o número de ex-alunos que receberam distinções acadêmicas de alto nível em relação ao tamanho da instituição. O quesito Empregabilidade (25%) avalia a empregabilidade dos ex-alunos, também em relação ao tamanho da instituição, indicando sua capacidade de formar profissionais bem-sucedidos no mercado de trabalho. O Corpo Docente (10%) quantifica o número de membros do corpo docente que receberam importantes distinções acadêmicas. O indicador pesquisa representa 40% da avaliação e é subdividido em quatro indicadores, cada um com peso de 10%: Produção de pesquisa (número total de artigos científicos); Publicações de alta qualidade (número de artigos publicados em periódicos de primeira linha); Influência (número de artigos de pesquisa em periódicos altamente influentes); e Citações (número de artigos de pesquisa altamente citados). 

A Fiocruz disponibiliza uma painel com informações sobre o perfil profissional de mais de 8 mil egressos da Fundação, disponível na base de dados Power BI. O painel aporta um conjunto de informações relevantes para subsidiar avaliações e ações de planejamento global para os programas e cursos da Fiocruz, assim como fornecer elementos de análise do impacto social das ações de educação. O levantamento envolveu o universo dos egressos de programas presenciais de mestrado e doutorado (acadêmico e profissional), cursos de especialização e programas de residência (médicas, em enfermagem e multiprofissionais), entre janeiro de 2013 e maio de 2024. Os principais dados atualizados em 2024 apontam que 74,96% dos egressos da Fiocruz são mulheres; 56,30% dos estudantes se autodeclararam brancos e cerca de 50% dos respondentes eram jovens adultos – entre 20 e 30 anos – quando se formaram. Além disso, 3,15% dos ex-alunos reportaram ingressar nos cursos por meio de ações afirmativas (cota racial ou pessoa com deficiência).

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo escuro e linhas com pontos luminosos, nele está escrito: Relevância acadêmica, Fiocruz é listada entre as 2 mil melhores universidades do mundo, há uma captura de tela com o ranking da Instituição, no ranking global está na posição 668° e no ranking nacional está em 8º lugar.

Publicado em 05/06/2025

Cooperação Social realiza seminário do projeto Promoção da Saúde, Cultura, Cidadania e Populações Vulnerabilizadas

Autor(a): 
Mariana Moebus (Cooperação Social da Presidência)

Nesta sexta feira, 6 de junho, a Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, em parceria com o Instituto Cultural 100% Suburbano e a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), vai realizar o seminário do projeto Promoção da Saúde, Cultura, Cidadania e Populações Vulnerabilizadas. O evento acontece no Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira e no Solário, localizados no Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), das 9h às 16h30. A programação conta com rodas de conversa, apresentação de produções audiovisuais do projeto, de músicas compostas por alunos da Escola de Música de Manguinhos e os pré-lançamentos do livro “Conexões: Leopoldina Choro e Samba” e do catálogo “Mapa afetivo da Leopoldina”.

“É importante para a Fiocruz perceber o quanto as organizações de base sociocomunitárias conseguem amplificar suas capacidades de mobilização, formação crítica e participação social a partir da produção de eventos e atividades culturais e artísticas. Entendemos que projetos como esse são um disparador de processos que contribuem para enfrentar iniquidades na determinação social da saúde”, destacou o coordenador da área de cultura da Cooperação Social, Felipe Eugênio.

Sobre o projeto:  

A iniciativa busca desenvolver estratégias para construir tecnologias sociais de Promoção da Saúde por meio de ações de cultura e arte que visam ampliar a mobilização, formação crítica e consciência cidadã para melhoria da qualidade de vida do bem viver, buscando mitigar iniquidades identificadas nos determinantes sociais da saúde de populações vulnerabilizadas. Para isso, promove uma série de experimentos com os coletivos e grupos culturais periféricos para atuarem junto às populações vulnerabilizadas nas áreas de Promoção da Saúde, Cultura e Cidadania, estimulando a se inserirem no debate público e possibilitando a autonomia de artistas e “fazedores de cultura”. 

Sua atuação se concentra especialmente na Zona da Leopoldina, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro, e tem base no fortalecimento da cultura suburbana, de seus territórios e personagens.

O projeto se organiza nos eixos intersetoriais: fomento de linguagens artísticas e produções culturais; recursos sobre a memória social; divulgação de saberes científicos e formação cidadã a partir da educação popular em saúde junto a grupos sociais historicamente menorizados em seus direitos; monitoramento, sistematização e avaliação dos resultados das atividades e da relação entre promoção da saúde e ações de cultura.

Confira a programação completa:  

Publicado em 30/05/2025

Fiocruz e Ministério da Saúde lançam curso de introdução à saúde digital - formação é online e gratuita

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Vivemos na era da informação, e essa realidade não apenas faz parte do nosso cotidiano, como também molda a forma como interagimos, trabalhamos e nos relacionamos. Igualmente, o avanço das tecnologias digitais vem impactando de forma profunda a área da saúde, com a ampliação do uso de ferramentas de inteligência artificial, telemedicina e saúde móvel. No contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), a transformação digital representa uma oportunidade para reduzir desigualdades no acesso aos serviços de saúde e promover maior equidade. Como desvantagem, essa revolução tecnológica traz desafios importantes relacionados à ética, à segurança e à privacidade dos dados. Diante disso, o Campus Virtual Fiocruz lança hoje o curso Introdução à Saúde Digital. A formação, online e gratuita, tem como objetivo capacitar profissionais com conhecimentos e habilidades fundamentais para compreender os princípios da saúde digital e utilizar tecnologias de forma ética e eficiente.

Inscreva-se já!

O curso é uma parceria do CVF com o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), e integra o Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS — que trabalha em uma gama de ofertas de cursos que possibilitarão a continuidade do aprendizado com outras ofertas complementares que aprofundam temas transversais à temática da informação em saúde.

O Programa tem a participação de diversas unidades da Fiocruz e o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Informação e Informática do SUS, da Coordenação-Geral de Inovação e Informática em Saúde da Secretaria de Informação e Saúde Digital (DataSUS/Seidigi/MS). Este primeiro curso lançado no âmbito do Programa, além do Icict/Fiocruz, contou com a participação de profissionais da Diretoria Executiva da Fiocruz, da Fiocruz Ceará, do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

O curso Introdução à Saúde Digital tem carga horária de 45h, e abordará conteúdos essenciais da área, como os fundamentos da saúde digital e da tecnologia da informação em saúde, os sistemas de informação e a gestão de dados eletrônicos, além da segurança da informação e da proteção de dados pessoais. Também serão exploradas inovações em saúde digital, considerando os desafios e as possibilidades desse campo. 

A diretora do DataSUS, Paula Xavier, falou sobre o orgulho que sente ao ver a Fiocruz lançar o curso de Saúde Digital. Segundo ela, uma área transdisciplinar que tem como base a informação em saúde, a informática médica, as tecnologias digitais aplicadas na saúde, dentre outros temas. Para Paula, “sendo este um campo em construção, ter ofertas de formação de instituições como a Fiocruz, que entendem a Saúde Digital nessa perspectiva integrada aos princípios do SUS, só nos traz alegria e segurança de estamos formando massa crítica com alto nível de qualidade para ocupar os espaços teóricos e práticos da saúde Digital”.

Já a coordenadora acadêmica do curso, Carolina de Campos Carvalho, que é analista de políticas sociais do Laboratório de Informação em Saúde (LIS/Icict/Fiocruz), ressaltou que esta oferta está alinhada ao cenário de transformação digital do SUS e à crescente necessidade de qualificar os(as) profissionais para o uso ético, crítico e estratégico das tecnologias digitais. Carolina explicou que as aulas foram elaboradas por pesquisadores da Fiocruz e especialistas convidados, e abordam temas como sistemas de informação em saúde, gestão de dados eletrônicos, segurança da informação, proteção de dados pessoais e inovação em saúde digital. "A proposta é oferecer uma formação introdutória, atualizada e acessível sobre os fundamentos da saúde digital, e, assim, contribuir para o fortalecimento das capacidades técnicas e institucionais do SUS". 

Ampliação de análise para o aprimoramento da oferta e maior eficácia da estratégia educacional

Para esta oferta, o Campus Virtual Fiocruz inova implementando um método de monitoramento do processo de aprendizagem do aluno. Segundo a coordenadora adjunta do Campus Virtual, Rosane Mendes, o xAPI (Experience API) é um protocolo que permite o rastreamento mais detalhado das interações educacionais, independentemente da plataforma utilizada. Ele avalia a percepção e a jornada do usuário ao interagir com um sistema ou produto, buscando tornar a experiência mais eficiente e positiva. "O xAPI é uma evolução das tecnologias educacionais usadas para registrar o aprendizado digital. Vai além de padrões antigos, como o Scorm, e amplia a capacidade de monitorar e entender como as pessoas aprendem em diferentes contextos — dentro e fora das plataformas tradicionais de ensino. Tornando possível uma visão mais completa da jornada de aprendizagem dos usuários, o que mostra cenários e facilita a tomada de decisões e o aprimoramento das estratégias educacionais.", comentou.

Rosane explicou que com essa implementação passa a ser possível registrar uma ampla variedade de atividades, como a leitura de artigos, a interação com vídeos e outros conteúdos digitais, a resposta a quiz ou ainda a conclusão de tarefas e outros. Todos os dados são armazenados em um sistema chamado LRS (Learning Record Store, na sigla em inglês), que os organiza e permite sua análise. Outro grande diferencial do software apontado por ela é ser um padrão aberto. Ou seja, "qualquer desenvolvedor ou instituição pode implementá-lo e adaptá-lo às suas necessidades, promovendo mais liberdade e interoperabilidade entre sistemas. Em resumo, o xAPI oferece uma nova forma de olhar para o aprendizado — mais flexível, conectada e alinhada com as realidades do mundo digital".

A Saúde digital no SUS

A transformação digital no SUS é uma política que visa modernizar e aprimorar o sistema de saúde, ampliando o acesso da população a serviços e informações, promovendo a integralidade e a resolubilidade do atendimento. Com o Programa SUS Digital a população brasileira também tem acesso ampliado aos serviços de saúde, promovendo o cuidado integral e eficiente em todas as etapas do atendimento e em todo território brasileiro. Com foco na transformação digital, o SUS Digital conecta os cidadãos ao SUS, com equidade, inovação e eficiência.

Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS

O Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS tem como objetivo qualificar profissionais de saúde para atuar na gestão e análise de dados para o SUS, bem como oferecer a estudantes de graduação e pós-graduação da saúde os temas da informação e ciência de dados, relacionando e aplicando o conhecimento profissional aos princípios da análise de dados e informações em saúde.

A iniciativa prevê a elaboração e publicação de uma série de cursos de qualificação profissional sobre a temática, uma especialização e ainda disciplinas transversais para programas de pós-graduação da Fiocruz. Ele é desenvolvido pela Fundação — sob a coordenação da VPEIC, através do Campus Virtual — e o Ministério da Saúde, por meio do DataSUS/Seidigi/MS, e conta com a participação da Cinco/VPEIC/Fiocruz, o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde, do Instituto Aggeu Magalhães (Cidacs/IAM/Fiocruz Bahia), a Fiocruz Ceará, o Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz), a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), o Icict, e ainda com outras unidades da Fundação e instituições de ensino e pesquisa. Atualmente, três cursos estão em desenvolvimento no âmbito do Programa.

Confira a organização do curso Introdução à Saúde Digital

Módulo 1 - Fundamentos de Saúde Digital e Tecnologia da Informação em Saúde

  • Aula 1: Introdução à Saúde Digital: conceitos e aplicações
  • Aula 2: Transformação digital em saúde e no SUS
  • Aula 3: Saúde Digital, Telessaúde e Telemedicina
  • Aula 4: Introdução à inteligência artificial na saúde

Módulo 2 - Sistemas de informação em saúde e gestão de dados eletrônicos

  • Aula 1: Sistemas de Informação para o Sistema Único de Saúde (SUS)
  • Aula 2: Qualidade de dados e informação
  • Aula 3: Padrões em informática em saúde e interoperabilidade: aplicações no contexto do SUS
  • Aula 4: Intervenções de Saúde Digital: soluções digitais
  • Aula 5: Monitoramento e Avaliação de intervenções em Saúde Digital

Módulo 3: Segurança da informação e proteção de dados pessoais

  • Aula 1: Introdução à segurança da informação
  • Aula 2: Proteção de dados pessoais em Saúde Digital
  • Aula 3: Ética, segurança e privacidade de dados (políticas de uso)

Módulo 4 - Inovação em Saúde Digital

  • Aula 1: Desafios da saúde pública e privada
  • Aula 2: Ecossistemas de inovação em Saúde Digital
  • Aula 3: Métodos e processos de inovação na Saúde Digital
  • Aula 4: Guia para a inovação na Saúde Digital

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo azul, linhas brancas e pequnenos quadrados nas cores azul e cinza, na parte inferior do banner, no centro está escrito: Curso Introdução à Saúde Digital.

Publicado em 20/05/2025

Fórum Terra 2030 debate protagonismo juvenil frente a crise climática

Autor(a): 
Estratégia Fiocruz para Agenda 2030 (EFA 2030)

Na próxima quarta-feira, 21 de maio, será realizado o 4º Fórum Terra 2030, evento organizado pela Estratégia Fiocruz para Agenda 2030 (EFA 2030) que promove a participação ativa da juventude nas soluções para a crise climática. Com o tema O papel da juventude no enfrentamento da crise climática: desafios e soluções colaborativas, o encontro acontecerá no Auditório da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM Rio), na Glória, e também será transmitido pelo canal do YouTube da EFA 2030 – Fiocruz.

Organizado em parceria com a ESPM e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), o fórum busca engajar estudantes, pesquisadores e representantes de movimentos sociais em torno de práticas sustentáveis, inovação social e ações colaborativas voltadas ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A programação inclui painéis temáticos sobre comunicação socioambiental, economia solidária, cooperativismo e experiências territoriais de implementação da Agenda 2030, além da apresentação da Plataforma Terra 2030 – um hub de iniciativas voltadas à sustentabilidade e aos ODS.

Com longa programação, o evento terá a presença da cientista ambiental e integrante da Rede Favela Sustentável, Gisele Moura, que abre o evento com a palestra “Juventude e a Agenda Climática”. Os painéis temáticos reúnem especialistas como o diretor de conteúdo do portal ((o))eco, Márcio Isensee, a assessora de cooperativas de catadores e pesquisadora em tecnologias sociais, Hanna Tanaka, e a comunicadora popular do Armazém do Campo/MST, Bárbara Fagundes.

À tarde, haverá uma apresentação de experiências de ações territorializadas alinhadas aos ODS, com representantes da Fiocruz de diferentes regiões do país. Os painelistas vão abordar temas como saúde em comunidades tradicionais e urbanas, letramento digital e tecnologias sociais.

Além de fortalecer o protagonismo juvenil, o Fórum também marca o início das comemorações do Ano Internacional das Cooperativas (IYC 2025), reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), reforçando a importância do cooperativismo como modelo de desenvolvimento sustentável e inclusão social.

O evento é gratuito e aberto ao público mediante inscrição prévia pelo site.

Serviço:
Data: 21 de maio de 2025
Horário: das 8h30 às 17h30
Local: Auditório da ESPM – Vila Aymoré (Ladeira da Glória, 26 – Glória, Rio de Janeiro – RJ)
Transmissão online: YouTube EFA 2030 
Inscrições gratuitas e mais informações.

As vagas presenciais são limitadas, e a organização se reserva o direito de encerrar as inscrições mediante a lotação do auditório.

Publicado em 30/05/2025

Residentes da Fiocruz participam de estágio internacional em Cuba

Autor(a): 
Fabiano Gama

Proporcionando uma experiência internacional nos serviços de saúde, com ênfase na Atenção Primária, 17 residentes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) participaram do Programa de Internacionalização do Estágio Eletivo junto à rede de Atenção Primária em Saúde de Cuba, dessa vez incluindo ações afirmativas. Partilharam dessa experiência residentes da Gereb/Fiocruz Brasília, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), Instituto Nacional da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF) e Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco).

Os residentes vivenciaram, por duas semanas, a rede de sistemas de saúde de Havana, capital de Cuba, iniciando as atividades na V Convenção Internacional de Salud (Cuba Salud), um dos principais congressos de saúde pública da América Latina, realizada entre 21 e 25 de abril de 2025, onde apresentaram trabalhos e participaram de mesas de debate. Em seguida, o período de estágio no sistema de saúde de Cuba contou com carga horária total de 80h, incluindo teoria e prática, onde fizeram visitas supervisionadas às unidades de saúde, sob a tutoria de docentes da Escola Nacional de Saúde Pública de Cuba (Ensap) e outros profissionais envolvidos, bem como aulas e atividades de orientação, acompanhamento de atendimentos e atividades de âmbito da Atenção Primária. Eles foram supervisionados por três coordenadores de residência que exerceram a função de preceptoria, sob a responsabilidade da coordenadora adjunta das Residências em Saúde da Fiocruz, Adriana Coser (CGE/VPEIC/Fiocruz).

A iniciativa faz parte de um convênio estabelecido entre a Ensap e a Fiocruz, por meio Coordenação de Atenção à Saúde da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), e com o apoio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e a Coordenação Adjunta de Residências em Saúde (CGE/VPEIC).

Adriana Coser ressaltou a enorme satisfação de coordenar as atividades de preceptoria nesse intercâmbio, e explicou que o Programa de Internacionalização é "uma iniciativa pioneira no campo das residências, que, até então, não tinha a tradição de incentivar, com apoio institucional, a ajuda de custo para a internacionalização de programas de residências em estágios eletivos". Segundo ela, nesse sentido, a Fiocruz está na vanguarda fazendo essa cooperação com a Escola de Saúde Pública de Cuba. A partir de 2024, a Coordenação Adjunta de Residências em Saúde (CGE/VPEIC), numa iniciativa conjunta com a VPAAS, implementou um edital de chamamento público interno para os residentes”, detalhou ela.

A coordenadora de Atenção à Saúde da Vice-Presidência de Ambiente Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz), Patricia Canto Ribeiro, ressaltou a importância da ampliação dessa oferta para os alunos de diferentes unidades da Fiocruz, lembrando que antes, desde 2012, essa parceria com a Escola de Saúde de Cuba era feita pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), e voltada somente aos seus residentes. 

A amplificação foi um grande avanço para a instituição, pois o estágio internacional é, segundo Patricia, uma oportunidade de crescimento individual e profissional aos residentes envolvidos, e também aos preceptores que lá vivenciam essa realidade com seus alunos, tendo a chance de conhecer mais profundamente o sistema de saúde de Cuba, além de trazer uma vasta bagagem, que pode ser compartilhada com outros alunos e turmas que se formam. "Sem dúvidas, é uma experiência de vida, e também um ganho para a qualificação da formação profissional desses residentes. Um investimento no âmbito pessoal, mas, sobretudo, para o nosso SUS. Esperamos continuar a parceria, e, a cada ano, termos a possibilidade de levar novas turmas para vivenciarem essa experiência tão enriquecedora para os processos formativos de nossos alunos".

Publicado em 14/05/2025

Envelhecer com dignidade e igualdade é um direito! Inscreva-se em novo curso da Fiocruz sobre combate ao idadismo

Autor(a): 
Isabela Schincariol

"Ela(e) não tem mais idade pra isso!" Quantas e quantas vezes ao longo de nossas vidas já ouvimos esses questionamentos, passamos por situações assim ou até mesmo reproduzimos esse tipo de fala relacionada à idade? Isso é preconceito contra idosos e seu nome é idadismo. Tais preconceitos manifestam-se por estereótipos, atitudes negativas e discriminação, e ocorrem em três instâncias: individual, com exclusão social e negação da velhice; institucional, por meio de maus-tratos, discriminação no trabalho e falta de políticas públicas; e social, refletido em linguagem e normas segregadoras. Para sensibilizar a sociedade em geral e auxiliar no combate a esse preconceito em diferentes esferas de convivência, o Campus Virtual Fiocruz lança hoje o curso Literacia em idadismo estrutural e discriminação por idade. A formação, online e gratuita, foi desenvolvida pelo Grupo de Informação em Saúde e Envelhecimento da Fiocruz, ligado ao Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Gise/Icict/Fiocruz), sob a coordenação de Dalia Romero e Natalia Souza.

Inscreva-se já!

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a idade é uma das primeiras características que observamos em outras pessoas. Em relatório mundial sobre a temática, a OMS aponta que o idadismo é prevalente, amplamente disseminado e insidioso, porque passa, em grande medida, despercebido e incontestado. O documento releva que o idadismo tem consequências graves e de longo alcance para a saúde, custando bilhões de dólares à sociedade. "Entre as pessoas idosas, o idadismo está associado à piora na saúde física e mental, ao maior isolamento social, à solidão, à maior insegurança financeira, à redução na qualidade de vida e à morte prematura. O idadismo tem sido menos estudado nos jovens, tendo havido menos relatos na literatura, mas vem sendo notificado em várias áreas, inclusive nas relacionadas com emprego, saúde e habitação. Durante todo o curso da vida, o idadismo interage com o capacitismo, o sexismo e o racismo, criando um acúmulo de desvantagens.

Assim, o curso “Literacia em idadismo estrutural e discriminação por idade" tem como objetivo disseminar conhecimentos que contribuam para o enfrentamento dessa prática, expressa por estereótipos, preconceitos e atitudes discriminatórias baseadas na idade. A formação propõe reflexões sobre as bases estruturais dessa forma de discriminação e apresenta estratégias para promover uma sociedade mais justa e inclusiva. Nesse contexto, são discutidas ações concretas para combater práticas e comportamentos que perpetuam o idadismo.

A coordenadora do curso, Dalia Romero - que divide a responsabilidade da formação com Natalia Souza, ambas pesquisadoras do Icict e integrantes do Grupo de Informação em Saúde e Envelhecimento (Gise/Icict)  - destacou que esta formação é dinâmica, de curta duração e acessível a todos os cidadãos. Segundo Dalia, seu objetivo maior é contribuir para o enfrentamento do idadismo. "Cursos como este são fundamentais. Não apenas pela invisibilidade desta temática na vida cotidiana e na formação dos trabalhadores da área da saúde, mas também porque o Brasil é signatário do plano para uma Década do Envelhecimento Saudável 2020-2030, atrelado aos ODS, o qual tem como um dos principais desafios combater o preconceito em relação à idade e ao envelhecimento. Especialmente o Brasil, que é um dos países com maior velocidade do envelhecimento populacional". 

Ela afirma que, se não agirmos rápido contra o idadismo, em poucas décadas o país pode ser protagonista de outro fator de desigualdade e discriminação social de sua população. "Se todas as gerações sofrem esse tipo de discriminação, são as pessoas idosas as principais vítimas. A sociedade cria mecanismos coletivos - que vão desde piadas até estratégias institucionais - de discriminação que podem afastar, entristecer e até provocar a mortalidade precoce das pessoas idosas. O idadismo é estrututural, assim como o racismo e outras formas de discriminação. Por isso, este curso tem a abordagem da literacia crítica. Em outras palavras, refletimos sobre a natureza ideológica da linguagem, dos valores e das práticas culturais que sustentam o idadismo e as relacionamos com outros tipos de discriminação social. Assim, buscamos compreender esse fenômeno, identificar juízos de valor e crenças que o alimentam, e aprofundar o conhecimento sobre a evolução dos direitos das pessoas idosas e sua dignidade no processo de envelhecimento, bem como as medidas de combate e prevenção da discriminação", detalhou ela, afirmando que a formação tem o propósito de ampliar a compreensão sobre esse tema fundamental, fortalecendo a capacidade de exercer uma cidadania ativa e engajada, e contribuir para a construção de uma sociedade mais plural, justa e igualitária.

A nova formação, dividida em cinco módulos e com carga horária total de 30 horas, foi desenvolvida no âmbito do edital Inova Educação - Recursos Educacionais Abertos, uma iniciativa da Presidência da Fiocruz, por meio das Vice-presidências de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) e Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), em parceria com o Ministério da Educação (MEC); e integra o Programa Fiocruz de Fomento à Inovação, denominado Inova Fiocruz, cujo objetivo central é promover a inovação de pesquisas na área de saúde, visando a entrega de conhecimento, produtos e serviços à sociedade, incentivando, ainda, ambientes favoráveis à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde - todas áreas de prática da Fiocruz, reforçando, assim, sua atuação como instituição estratégica do Estado Brasileiro.

Idade utilizada para categorização e divisão das pessoas 

De acordo com a OMS, o idadismo surge quando a idade é usada para categorizar e dividir as pessoas por atributos que causam danos, desvantagens ou injustiças, e minam a solidariedade intergeracional. O idadismo prejudica a nossa saúde e o bem-estar e constitui um grande obstáculo à formulação de políticas e ações eficazes em envelhecimento saudável, como foi reconhecido pelos Estados-Membros da OMS na Estratégia Global e no Plano de Ação sobre Envelhecimento e Saúde, e também na Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030). Em resposta, a OMS foi convidada a lançar com seus parceiros uma campanha global de combate ao idadismo, que inclui o Relatório Mundial sobre o Idadismo. Esta iniciativa, elaborada pela OMS em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas e o Fundo de População das Nações Unidas, destina-se a formuladores de políticas, profissionais, pesquisadores, agências de desenvolvimento e membros do setor privado e da sociedade civil. O idadismo afeta bilhões de pessoas, sendo caracterizado como um problema urgente de direitos humanos e de saúde pública. Segundo o documento, "envelhecer com dignidade e igualdade é um direito — e combater o idadismo é um desafio essencial para toda a sociedade".

+Saiba mais: acesse o Relatório Mundial sobre idadismo

Conheça a estrutura da nova formação, composta por 15 aulas organizadas em 5 módulos, e inscreva-se:

Módulo 1 : Idadismo e envelhecimento: tipos, prevenção e combate
Aula 1: O que é idadismo?
Aula 2: Simone Beauvoir e a análise da relação entre capitalismo e discriminação das pessoas idosas
Aula 3: Mitos do idadismo

Módulo 2 : Idadismo na assistência e comunicação em saúde: o papel do Sistema únco de Saúde (SUS)
Aula 1: O papel do SUS no enfrentamento ao idadismo institucional na assistência, comunicação e gestão em saúde
Aula 2: Conflitos intergeracionais e idadismo na assistência, comunicação e gestão em saúde: relações entre usuários, cuidadores, profissionais e gestores em saúde
Aula 3: Relações intergeracionais e promoção da saúde mental para usuários do SUS, cuidadoras, profissionais e gestores da saúde: um projeto para criar um “mundo para todas as idades” no contexto da saúde

Módulo 3 : Juventude e idadismo
Aula 1: A idade como uma construção social
Aula 2: Impactos das mudanças do século XXI no idadismo
Aula 3: Juventude e suas interpretações sobre o envelhecimento

Módulo 4 : Desigualdade, interseccionalidade e idadismo
Aula 1: Multiplicidade e desigualdade no envelhecimento
Aula 2: Gerações, idadismo e interseccionalidade

Módulo 5 : Identificando e mudando atitudes idadistas
Aula 1: Propondo a inclusão do quinto "I" do idadismo
Aula 2: O idadismo no cotidiano: como reconhecer em frases do dia a dia e suas consequências nas pessoas idosas
Aula 3: Combatendo o idadismo estrutural: Inclusão no modelo de determinantes sociais da saúde
Aula 4: Contexto de políticas públicas do Brasil para o combate ao idadismo

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo roxo. No topo e na parte inferior do banner há imagens de pessoas idosas, negras e brancas, homens e mulheres sorrindo ou sérios. No centro está escrito: Curso Literacia em idadismo estrutural e discriminação por idade.

 

Publicado em 13/05/2025

Aviso de suspensão de chamada: apoio à realização de cursos de curta duração com abrangência internacional – 2025

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz informa que a chamada de apoio à realização de cursos de curta duração com abrangência internacional 2025 está temporariamente suspensa. Em breve, novos informes sobre a chamada serão divulgados. A VPEIC solicita que os interessados acompanhem as notícias nos canais oficiais de divulgação.

Dúvidas e informação: edu.internacional@fiocruz.br, com o assunto "Chamada para apoio à Cursos 2025"

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