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Publicado em 28/08/2025

Informação para o SUS: Fiocruz e Ministério da Saúde lançam segundo curso do programa de formação em Saúde Digital

Autor(a): 
Isabela Schincariol

O processo de transformação digital no Sistema Único de Saúde (SUS) tem gerado novas oportunidades e desafios para a gestão, o cuidado e a pesquisa em saúde no Brasil. Atenta a essa realidade, a Fiocruz, em parceria com o Ministério da Saúde, estruturou um programa de formação com foco na Saúde Digital, e lança o novo curso, online e gratuito, Informação para o SUS: Políticas e sistemas. A formação visa qualificar profissionais, técnicos do SUS, preceptores, estudantes da saúde de graduação, pós-graduação e residência, além de profissionais que utilizam informações como subsídio para a produção de análises e conteúdos.  

Inscreva-se já!

O curso busca promover uma compreensão crítica sobre os sistemas de informação, desenvolvendo a capacidade de análise de dados para subsidiar a gestão e o cuidado em saúde. Ao articular políticas públicas, ferramentas tecnológicas e práticas de análise, o curso contribui para a construção de um sistema mais integrado, resolutivo e orientado por evidências.

A formação tem coordenação acadêmica de Mônica Magalhães e Mel Bonfim, respectivamente, pesquisadora do Laboratório de Informação em Saúde Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e a assessora da coordenação de Relações Institucionais da Presidência. "Considerando que a informação adquire valor à medida que orienta a tomada de decisões, promove um planejamento responsável e a execução de ações mais eficazes, esta formação estimula o desenvolvimento de práticas que contribuam para a melhoria do atendimento ao cidadão, o acompanhamento do paciente, a coordenação dos fluxos de assistência e a eficiência na gestão dos recursos públicos", detalhou Mônica, lembrando ainda que os materiais que compõem o curso permanecerão acessíveis durante todo o período de sua oferta, possibilitando consultas mesmo após a conclusão dos módulos.

A atual formação é uma realização do Campus Virtual Fiocruz com o Icict/Fiocruz e integra o Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS — iniciativa que trabalha em uma gama de ofertas de cursos que possibilitarão a continuidade do aprendizado de maneira complementar, aprofundando temas transversais à temática da informação em saúde. O primeiro curso lançado foi 'Introdução à Saúde Digital', que já soma mais de 10 mil inscritos. Saiba mais aqui!

Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS 

O Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS é desenvolvido pela Fundação — sob a coordenação da VPEIC, através do Campus Virtual — e o Ministério da Saúde, por meio do DataSUS/Seidigi/MS, e conta com a participação da Cinco/VPEIC/Fiocruz, o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde, do Instituto Aggeu Magalhães (Cidacs/IAM/Fiocruz Bahia), a Fiocruz Ceará, o Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz), a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), o Icict, e ainda com outras unidades da Fundação e instituições de ensino e pesquisa.

Seu objetivo é qualificar profissionais de saúde para atuar na gestão e análise de dados para o SUS, bem como oferecer a estudantes de graduação e pós-graduação da saúde os temas da informação e ciência de dados, relacionando e aplicando o conhecimento profissional aos princípios da análise de dados e informações em saúde. A iniciativa prevê a elaboração e publicação outros cursos de qualificação profissional sobre a temática, uma especialização e ainda disciplinas transversais para programas de pós-graduação da Fiocruz. 

Conheça a estrutura do curso Informação para o SUS: Políticas e sistemas e inscreva-se:

Módulo 1 - Políticas sociais e informação

  • Aula 1 - Informação para as políticas sociais
  • Aula 2 - Informação científica e tecnológica em saúde
  • Aula 3 - Políticas para informação
  • Aula 4 - Informação no Sistema Único de Saúde

Módulo 2 - Sistemas de informação de saúde e fonte de dados de interesse à saúde

  • Aula 1 - Sistema de informação I (SIM, Sinasc e CNES)
  • Aula 2 - Sistemas de informação II (SIH, Sinan, Sisab, Sivep)
  • Aula 3 - Sistemas nacionais de informação de interesse à saúde
  • Aula 4 - Indicadores de saúde

Módulo 3 - Integração de dados, novas fontes e uso

  • Aula 1 - Interoperabilidade de padrões em informática em saúde
  • Aula 2 - Rede Nacional de Dados em Saúde
  • Aula 3 - Fontes de dados digitais: barramentos de interoperabilidade
  • Aula 4 - Interoperabilidade para as políticas sociais: exemplos práticos
Publicado em 21/08/2025

Assistência ao parto: Novo curso trata de morbimortalidade materna e distocias no trabalho de parto

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A mortalidade materna é um enorme desafio de saúde pública no mundo. No Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, os indicadores mostram-se ainda mais desfavoráveis. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), aponta que 9 em cada 10 mortes entre gestantes e puérperas são evitáveis quando medidas eficazes são implementadas, reforçando a necessidade de equipes cada vez mais qualificadas. Nesse contexto, o Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Campus Virtual Fiocruz, lança o curso, online e gratuito, Assistência ao parto: ênfase nas distocias e principais causas de morbimortalidade materna. A formação é aberta ao público em geral, mas especialmente voltada a profissionais de saúde que atuam com a temática.

Inscreva-se já! 

O curso tem carga horária de 60h, dividas em 5 módulos e tem como objetivo sensibilizar e atualizar sobre temas críticos como distocias, hemorragias, infecções e síndromes hipertensivas, visando contribuir para a melhoria da qualidade do cuidado obstétrico e para a proteção da vida de mulheres e recém-nascidos, especialmente em contextos com indicadores de saúde desfavoráveis.

O Brasil tem avançado na redução da morbimortalidade materna, mas os índices permanecem elevados, especialmente em regiões mais vulneráveis e entre mulheres em situação de maior fragilidade social, apesar de muitas causas serem evitáveis com tecnologias já disponíveis, disse a coordenadora acadêmica do curso e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Maria do Carmo Leal, que há décadas estuda a temática e é considera uma das maiores especialistas do país no que se refere à saúde materno infantil. Ela aponta que a formação qualificada de profissionais que atuam na assistência ao parto e assistência à saúde da mulher é considerada uma estratégia essencial, "sendo essa uma das mais importantes para reduzir esses indicadores, contribuindo para seu enfrentamento e salvando vidas de mães e bebês".

Fiocruz Amazônia e a agenda das mulheres

Este curso integra um projeto maior, intitulado 'Formação de Profissionais do SUS em Saúde da Mulher' — desenvolvido pelo Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Além do curso aberto e massivo, essa iniciativa envolve formações teórico-práticas voltadas a profissionais em diferentes maternidades, unidades básicas de saúde e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) no Amazonas e em Roraima sobre urgências e emergências obstétricas, planejamento reprodutivo e prevenção de gravidez não planejada, e aconselhamento pré-natal de qualidade e prevenção da gravidez na adolescência.

Nesta grande iniciativa, o Campus Virtual Fiocruz é o responsável pelo desenvolvimento e acompanhamento da oferta nacional 100% autoinstrucional "Assistência ao parto: ênfase nas distocias e principais causas de morbimortalidade materna" e também pela parte teórica do curso "Urgências e emergências Obstétricas", que é oferecido de forma híbrida em Boa Vista (Roraima) e em Manaus (Amazonas) e, até o momento, já ofereceu duas turmas, uma em julho deste ano, e a segunda com início nesta quinta-feira, 21/8. 

A coordenadora do projeto, Michele Rocha de Araújo El Kadri, que é diretora adjunta do ILMD/Fiocruz Amazonia, comentou que as aulas, o desenvolvimento do material e a disponibilização dos conteúdos dentro da plataforma do Campus Virtual Fiocruz têm sido um sucesso entre os profissionais participantes e discentes. "Professores, médicos, obstetras... todos comentam sobre a imensa qualidade do material apresentado", disse ela, apontando que isso faz valer todo os esforço empregados para fazer os cursos acontecerem e, assim, "salvar a vida de mais mulheres e famílias". 

Conheça a nova formação e inscreva-se

Módulo 1 – Evolução da obstetrícia e as etapas de assistência ao parto

  • Aula 1: Assistência ao parto: As práticas baseadas em evidências científicas e a realidade brasileira
  • Aula 2: Assistência durante o primeiro período (dilatação)
  • Aula 3: Assistência durante o segundo e terceiro períodos e puerpério
  • Aula 4: Episiotomia e trauma perineal

Módulo 2 – Tipos de parto: o papel das distocias na morbimortalidade materna

  • Aula 1: Parto pélvico vaginal
  • Aula 2: Parto vaginal operatório
  • Aula 3: Distocia de ombro
  • Aula 4: Extração fetal difícil na cesariana

Módulo 3 – Hemorragia obstétrica

  • Aula 1: Hemorragia pós-parto: prevenção, diagnóstico e manejo não cirúrgico
  • Aula 2: Hemorragia pós-parto: tratamento cirúrgico e controle de danos

Módulo 4 – Infecções no ciclo gravídico-puerperal

  • Aula 1: Sepse na gestação e puerpério
  • Aula 2: Malária da gestação: epidemiologia, diagnóstico e manejo

Módulo 5 – Síndromes hipertensivas na gestação

  • Aula 1: Epidemiologia, técnica de aferição da pressão arterial, classificação das síndromes hipertensivas, suspeita clínica e diagnóstico da pré-eclâmpsia
  • Aula 2: Pré-eclâmpsia precoce e tardia e o impacto da época de instalação
  • Aula 3: Eclâmpsia e síndrome Hellp
  • Aula 4: Hipertensão arterial crônica e gravidez
  • Aula 5: Emergências hipertensivas
     
Publicado em 14/08/2025

Cursos da Rede de Bancos de Leite Humano passam a integrar plataforma moodle do Campus Virtual Fiocruz

Autor(a): 
Isabela Schincariol

O aleitamento materno protege contra infecção, morte, e promove também a saúde materna, sendo considerado uma política imperativa de saúde pública mundial. Alinhados às metas globais de nutrição da Assembleia Mundial da Saúde que visa aumentar a taxa de aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de idade, a Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH) da Fiocruz, passa a oferecer seus cursos na plataforma moodle do Campus Virtual Fiocruz. O primeiro deles é uma formação internacional sobre o processamento e o controle da qualidade do leite humano. A princípio, essa formação é fechada a profissionais elencados e lideranças da área. No entanto, sendo agora o CVF um parceiro institucional da estratégia, abrem-se perspectivas futuras para o lançamento de cursos abertos à população em geral sobre a segurança alimentar e nutricional dos recém-nascidos e lactentes. 

Ao todo, três turmas vão se iniciar no segundo semestre de agosto, uma voltada aos profissionais que atuam nas agências de Vigilância Sanitária no Brasil e duas para profissionais que trabalham em bancos de leite em cidades da Colômbia. Atualmente, cerca de 150 pessoas estão envolvidas na formação.   

Em 2021, o IFF foi designado Centro Colaborador da OMS para o Fortalecimento dos Bancos de Leite Humano, e em março de 2025 foi redesignado ao cargo (2025 – 2029), seguindo com a tarefa de apoiar a Organização Mundial da Saúde na expansão e compartilhamento de conhecimentos, tecnologias, documentos e evidências científicas para que seus Estados Membros possam implementar e gerir os bancos de leite humano como ação estratégica de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, tanto no nível intra-hospitalar como na articulação com a atenção primária. O IFF/Fiocruz, sob a coordenação de seu Banco de Leite Humano, é o único centro colaborador da Opas/OMS para banco de leite humano, tendo cooperação bilateral com todos os países da América Latina, Península Ibérica e Caribe. 

Parceria com Campus Virtual Fiocruz potencializa ofertas

Entre os pilares estratégicos do Centro Colaborador está o fortalecimento da capacitação profissional em diferentes níveis de complexidade. Há décadas o IFF/Fiocruz oferece diferentes formações sobre a temática, no entanto, a parceria estabelecida com o Campus Virtual Fiocruz potencializa tais ofertas, ampliando a escala, a capacidade técnica e tecnológica de formação, segundo o coordenador da Rede Global de Bancos de Leite Humano, João Aprígio Guerra de Almeida, e promotor da iniciativa. "A parceria com o Campus Virtual vai além desse curso em particular, ela representa uma oportunidade de inaugurar uma nova fase no ensino a distância da rede de bancos de leite humano, quer seja no Brasil, quer seja com outros países cooperantes", disse ele. 

O curso 'Aperfeiçoamento em processamento e controle de qualidade do leite humano', nas versões em português e espanhol (Perfeccionamiento en procesamiento y control de calidad de leche humana: Teoría y práctica en diálogo)', já integram a plataforma Moodle do Campus Virtual Fiocruz. “Temos o dever e a responsabilidade institucional de responder às demandas de países e estruturas governamentais para a qualificação de recursos humanos. No entanto, o desejo para um futuro breve é oferecer uma formação aberta à população em geral, especialmente profissionais de saúde que tenham interesse na temática, para ampliarmos esses conhecimentos, termos uma maior rede profissional qualificada sobre banco de leite humano e conseguirmos, assim, beneficiar um número cada vez maior de crianças. São compromissos éticos e sociais em processos formativos sinérgicos”, disse João entusiasmado.

Neste mês é celebrado o Agosto Dourado, campanha anual realizada no Brasil, cujo objetivo é promover e incentivar o aleitamento materno. A cor dourada é uma referência ao padrão ouro de qualidade do leite materno, considerado o alimento mais completo para os bebês.
 

Publicado em 10/07/2025

Crise silenciosa: Novo curso, online e gratuito, tem foco na saúde mental de jovens indígenas no Brasil

Autor(a): 
Isabela Schincariol

O aumento preocupante de casos de sofrimento psíquico, depressão, uso abusivo de substâncias e suicídio entre jovens indígenas vem preocupando lideranças, especialistas e instituições em todo o país. Fatores como racismo estrutural, perdas e conflitos territoriais, violência e apagamento históricos e precariedade no acesso a cuidados de saúde estão entre as principais causas levantadas. Diante dessa crise silenciosa, a Fiocruz Brasília e o Campus Virtual Fiocruz lançam uma iniciativa inédita que visa qualificar profissionais da saúde, da educação e assistência social, especialmente aqueles que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) com povos indígenas para agirem com mais sensibilidade e preparo nas comunidades indígenas: o curso Promoção da saúde mental de jovens indígenas. A formação, online, gratuita e autoinstrucional, foi desenvolvida no âmbito do edital Inova Educação - Recursos Educacionais Abertos, com apoio do Ministério da Educação (MEC). 

Inscreva-se já!

A proposta da formação parte de uma abordagem interseccional, fundamentada em evidências produzidas por pesquisas realizadas junto a jovens indígenas em comunidades tradicionais. Com o curso, a ideia é que profissionais estejam aptos a reconhecerem os principais agravos em saúde mental e possam propor ações educativas que valorizem os saberes populares e refletir sobre os impactos da violência estrutural na saúde desses jovens. Dividida em três módulos, a formação aborda desde conceitos como saúde mental, bem-viver e interseccionalidade até o funcionamento da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e da saúde indígena no SUS. Um dos diferenciais da formação está no terceiro módulo, que trata diretamente dos saberes tradicionais dos povos indígenas como ferramentas de prevenção e cuidado em saúde mental. 

A coordenadora-geral na nova formação, Kellen Gasque, responsável pelo Núcleo de Pesquisas da Rede UNA-SUS e pesquisadora da Fiocruz Brasília — e que divide a responsabilidade da formação com o pesquisador da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), James Moura Junior, como coordenador acadêmico —, detalhou que esteve envolvida em pesquisas sobre a saúde mental dos jovens indígenas e quilombolas, por meio da qual fazia visitas em aldeias, quilombos e tribos, e também nas unidades de saúde que acompanham esses povos. E, a partir dessa experiência, do acompanhamento in loco, percebeu que os trabalhadores que atuam em tais territórios necessitavam de estratégias adequadas para lidar com esse adoecimento. "Assim, surgiu a vontade de desenvolver esse curso, pensando em estratégias para potencializar o cuidado dos profissionais no lidar com as questões de saúde mental, principalmente com os jovens que passam por ideação suicida", comentou ela, dizendo ainda que o edital de REA foi a oportunidade que ela e o parceiro de pesquisa, James, viram para desenvolver esta formação, que tem base territorial e considerou as necessidades de jovens indígenas na elaboração do conteúdo. 

O curso não é apenas uma forma de oferecer ferramentas de cuidado, mas, sim, de reconhecer os modos próprios de cuidado, fortalecer os laços comunitários e garantir políticas públicas culturalmente adequadas, apresentando estratégias concretas de transformação, com respeito às vozes e os saberes dos próprios jovens indígenas.

Conheça a estrutura da nova formação e inscreva-se:

Módulo 1: Saúde mental de jovens indígenas

  • Aula 1 - Saúde mental e bem-viver
  • Aula 2 - Interseccionalidade
  • Aula 3 - Saúde mental da juventude

Módulo 2: SUS e saúde mental de jovens indígenas

  • Aula 1 - Atenção Primária: o que é, onde encontrar, como funciona
  • Aula 2 - Rede de Atenção Psicossocial
  • Aula 3 - Rede de Saúde Indígena
  • Aula 4 - Atenção Primária à Saúde Indígena
  • Aula 5 - Atenção Primária e Saúde Mental Indígena
  • Aula 6 - A Educação Popular em Saúde

Módulo 3: Saberes indígenas para promoção da saúde mental

  • Aula 1 - Saberes populares
  • Aula 2 - Contribuições dos saberes populares para a prevenção dos principais agravos em saúde mental de maior prevalência entre os jovens indígenas
  • Aula 3 - Programa de Cultivo da Saúde Mental Indígena nos Territórios  


 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Fotografia de um homem indígena, cabelos pretos, está com o rosto pintado de vermelho e com linhas pretas abaixo dos seus olhos e queixo, na sua cabeça um cocar colorido, no pescoço há colares de contas, ele sorri para a foto, no canto inferior da imagem está escrito: Inscrições abertas para o curso Promoção da saúde mental de jovens indígenas.

Publicado em 30/05/2025

Fiocruz e Ministério da Saúde lançam curso de introdução à saúde digital - formação é online e gratuita

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Vivemos na era da informação, e essa realidade não apenas faz parte do nosso cotidiano, como também molda a forma como interagimos, trabalhamos e nos relacionamos. Igualmente, o avanço das tecnologias digitais vem impactando de forma profunda a área da saúde, com a ampliação do uso de ferramentas de inteligência artificial, telemedicina e saúde móvel. No contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), a transformação digital representa uma oportunidade para reduzir desigualdades no acesso aos serviços de saúde e promover maior equidade. Como desvantagem, essa revolução tecnológica traz desafios importantes relacionados à ética, à segurança e à privacidade dos dados. Diante disso, o Campus Virtual Fiocruz lança hoje o curso Introdução à Saúde Digital. A formação, online e gratuita, tem como objetivo capacitar profissionais com conhecimentos e habilidades fundamentais para compreender os princípios da saúde digital e utilizar tecnologias de forma ética e eficiente.

Inscreva-se já!

O curso é uma parceria do CVF com o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), e integra o Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS — que trabalha em uma gama de ofertas de cursos que possibilitarão a continuidade do aprendizado com outras ofertas complementares que aprofundam temas transversais à temática da informação em saúde.

O Programa tem a participação de diversas unidades da Fiocruz e o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Informação e Informática do SUS, da Coordenação-Geral de Inovação e Informática em Saúde da Secretaria de Informação e Saúde Digital (DataSUS/Seidigi/MS). Este primeiro curso lançado no âmbito do Programa, além do Icict/Fiocruz, contou com a participação de profissionais da Diretoria Executiva da Fiocruz, da Fiocruz Ceará, do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

O curso Introdução à Saúde Digital tem carga horária de 45h, e abordará conteúdos essenciais da área, como os fundamentos da saúde digital e da tecnologia da informação em saúde, os sistemas de informação e a gestão de dados eletrônicos, além da segurança da informação e da proteção de dados pessoais. Também serão exploradas inovações em saúde digital, considerando os desafios e as possibilidades desse campo. 

A diretora do DataSUS, Paula Xavier, falou sobre o orgulho que sente ao ver a Fiocruz lançar o curso de Saúde Digital. Segundo ela, uma área transdisciplinar que tem como base a informação em saúde, a informática médica, as tecnologias digitais aplicadas na saúde, dentre outros temas. Para Paula, “sendo este um campo em construção, ter ofertas de formação de instituições como a Fiocruz, que entendem a Saúde Digital nessa perspectiva integrada aos princípios do SUS, só nos traz alegria e segurança de estamos formando massa crítica com alto nível de qualidade para ocupar os espaços teóricos e práticos da saúde Digital”.

Já a coordenadora acadêmica do curso, Carolina de Campos Carvalho, que é analista de políticas sociais do Laboratório de Informação em Saúde (LIS/Icict/Fiocruz), ressaltou que esta oferta está alinhada ao cenário de transformação digital do SUS e à crescente necessidade de qualificar os(as) profissionais para o uso ético, crítico e estratégico das tecnologias digitais. Carolina explicou que as aulas foram elaboradas por pesquisadores da Fiocruz e especialistas convidados, e abordam temas como sistemas de informação em saúde, gestão de dados eletrônicos, segurança da informação, proteção de dados pessoais e inovação em saúde digital. "A proposta é oferecer uma formação introdutória, atualizada e acessível sobre os fundamentos da saúde digital, e, assim, contribuir para o fortalecimento das capacidades técnicas e institucionais do SUS". 

Ampliação de análise para o aprimoramento da oferta e maior eficácia da estratégia educacional

Para esta oferta, o Campus Virtual Fiocruz inova implementando um método de monitoramento do processo de aprendizagem do aluno. Segundo a coordenadora adjunta do Campus Virtual, Rosane Mendes, o xAPI (Experience API) é um protocolo que permite o rastreamento mais detalhado das interações educacionais, independentemente da plataforma utilizada. Ele avalia a percepção e a jornada do usuário ao interagir com um sistema ou produto, buscando tornar a experiência mais eficiente e positiva. "O xAPI é uma evolução das tecnologias educacionais usadas para registrar o aprendizado digital. Vai além de padrões antigos, como o Scorm, e amplia a capacidade de monitorar e entender como as pessoas aprendem em diferentes contextos — dentro e fora das plataformas tradicionais de ensino. Tornando possível uma visão mais completa da jornada de aprendizagem dos usuários, o que mostra cenários e facilita a tomada de decisões e o aprimoramento das estratégias educacionais.", comentou.

Rosane explicou que com essa implementação passa a ser possível registrar uma ampla variedade de atividades, como a leitura de artigos, a interação com vídeos e outros conteúdos digitais, a resposta a quiz ou ainda a conclusão de tarefas e outros. Todos os dados são armazenados em um sistema chamado LRS (Learning Record Store, na sigla em inglês), que os organiza e permite sua análise. Outro grande diferencial do software apontado por ela é ser um padrão aberto. Ou seja, "qualquer desenvolvedor ou instituição pode implementá-lo e adaptá-lo às suas necessidades, promovendo mais liberdade e interoperabilidade entre sistemas. Em resumo, o xAPI oferece uma nova forma de olhar para o aprendizado — mais flexível, conectada e alinhada com as realidades do mundo digital".

A Saúde digital no SUS

A transformação digital no SUS é uma política que visa modernizar e aprimorar o sistema de saúde, ampliando o acesso da população a serviços e informações, promovendo a integralidade e a resolubilidade do atendimento. Com o Programa SUS Digital a população brasileira também tem acesso ampliado aos serviços de saúde, promovendo o cuidado integral e eficiente em todas as etapas do atendimento e em todo território brasileiro. Com foco na transformação digital, o SUS Digital conecta os cidadãos ao SUS, com equidade, inovação e eficiência.

Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS

O Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS tem como objetivo qualificar profissionais de saúde para atuar na gestão e análise de dados para o SUS, bem como oferecer a estudantes de graduação e pós-graduação da saúde os temas da informação e ciência de dados, relacionando e aplicando o conhecimento profissional aos princípios da análise de dados e informações em saúde.

A iniciativa prevê a elaboração e publicação de uma série de cursos de qualificação profissional sobre a temática, uma especialização e ainda disciplinas transversais para programas de pós-graduação da Fiocruz. Ele é desenvolvido pela Fundação — sob a coordenação da VPEIC, através do Campus Virtual — e o Ministério da Saúde, por meio do DataSUS/Seidigi/MS, e conta com a participação da Cinco/VPEIC/Fiocruz, o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde, do Instituto Aggeu Magalhães (Cidacs/IAM/Fiocruz Bahia), a Fiocruz Ceará, o Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz), a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), o Icict, e ainda com outras unidades da Fundação e instituições de ensino e pesquisa. Atualmente, três cursos estão em desenvolvimento no âmbito do Programa.

Confira a organização do curso Introdução à Saúde Digital

Módulo 1 - Fundamentos de Saúde Digital e Tecnologia da Informação em Saúde

  • Aula 1: Introdução à Saúde Digital: conceitos e aplicações
  • Aula 2: Transformação digital em saúde e no SUS
  • Aula 3: Saúde Digital, Telessaúde e Telemedicina
  • Aula 4: Introdução à inteligência artificial na saúde

Módulo 2 - Sistemas de informação em saúde e gestão de dados eletrônicos

  • Aula 1: Sistemas de Informação para o Sistema Único de Saúde (SUS)
  • Aula 2: Qualidade de dados e informação
  • Aula 3: Padrões em informática em saúde e interoperabilidade: aplicações no contexto do SUS
  • Aula 4: Intervenções de Saúde Digital: soluções digitais
  • Aula 5: Monitoramento e Avaliação de intervenções em Saúde Digital

Módulo 3: Segurança da informação e proteção de dados pessoais

  • Aula 1: Introdução à segurança da informação
  • Aula 2: Proteção de dados pessoais em Saúde Digital
  • Aula 3: Ética, segurança e privacidade de dados (políticas de uso)

Módulo 4 - Inovação em Saúde Digital

  • Aula 1: Desafios da saúde pública e privada
  • Aula 2: Ecossistemas de inovação em Saúde Digital
  • Aula 3: Métodos e processos de inovação na Saúde Digital
  • Aula 4: Guia para a inovação na Saúde Digital

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo azul, linhas brancas e pequnenos quadrados nas cores azul e cinza, na parte inferior do banner, no centro está escrito: Curso Introdução à Saúde Digital.

Publicado em 14/05/2025

Envelhecer com dignidade e igualdade é um direito! Inscreva-se em novo curso da Fiocruz sobre combate ao idadismo

Autor(a): 
Isabela Schincariol

"Ela(e) não tem mais idade pra isso!" Quantas e quantas vezes ao longo de nossas vidas já ouvimos esses questionamentos, passamos por situações assim ou até mesmo reproduzimos esse tipo de fala relacionada à idade? Isso é preconceito contra idosos e seu nome é idadismo. Tais preconceitos manifestam-se por estereótipos, atitudes negativas e discriminação, e ocorrem em três instâncias: individual, com exclusão social e negação da velhice; institucional, por meio de maus-tratos, discriminação no trabalho e falta de políticas públicas; e social, refletido em linguagem e normas segregadoras. Para sensibilizar a sociedade em geral e auxiliar no combate a esse preconceito em diferentes esferas de convivência, o Campus Virtual Fiocruz lança hoje o curso Literacia em idadismo estrutural e discriminação por idade. A formação, online e gratuita, foi desenvolvida pelo Grupo de Informação em Saúde e Envelhecimento da Fiocruz, ligado ao Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Gise/Icict/Fiocruz), sob a coordenação de Dalia Romero e Natalia Souza.

Inscreva-se já!

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a idade é uma das primeiras características que observamos em outras pessoas. Em relatório mundial sobre a temática, a OMS aponta que o idadismo é prevalente, amplamente disseminado e insidioso, porque passa, em grande medida, despercebido e incontestado. O documento releva que o idadismo tem consequências graves e de longo alcance para a saúde, custando bilhões de dólares à sociedade. "Entre as pessoas idosas, o idadismo está associado à piora na saúde física e mental, ao maior isolamento social, à solidão, à maior insegurança financeira, à redução na qualidade de vida e à morte prematura. O idadismo tem sido menos estudado nos jovens, tendo havido menos relatos na literatura, mas vem sendo notificado em várias áreas, inclusive nas relacionadas com emprego, saúde e habitação. Durante todo o curso da vida, o idadismo interage com o capacitismo, o sexismo e o racismo, criando um acúmulo de desvantagens.

Assim, o curso “Literacia em idadismo estrutural e discriminação por idade" tem como objetivo disseminar conhecimentos que contribuam para o enfrentamento dessa prática, expressa por estereótipos, preconceitos e atitudes discriminatórias baseadas na idade. A formação propõe reflexões sobre as bases estruturais dessa forma de discriminação e apresenta estratégias para promover uma sociedade mais justa e inclusiva. Nesse contexto, são discutidas ações concretas para combater práticas e comportamentos que perpetuam o idadismo.

A coordenadora do curso, Dalia Romero - que divide a responsabilidade da formação com Natalia Souza, ambas pesquisadoras do Icict e integrantes do Grupo de Informação em Saúde e Envelhecimento (Gise/Icict)  - destacou que esta formação é dinâmica, de curta duração e acessível a todos os cidadãos. Segundo Dalia, seu objetivo maior é contribuir para o enfrentamento do idadismo. "Cursos como este são fundamentais. Não apenas pela invisibilidade desta temática na vida cotidiana e na formação dos trabalhadores da área da saúde, mas também porque o Brasil é signatário do plano para uma Década do Envelhecimento Saudável 2020-2030, atrelado aos ODS, o qual tem como um dos principais desafios combater o preconceito em relação à idade e ao envelhecimento. Especialmente o Brasil, que é um dos países com maior velocidade do envelhecimento populacional". 

Ela afirma que, se não agirmos rápido contra o idadismo, em poucas décadas o país pode ser protagonista de outro fator de desigualdade e discriminação social de sua população. "Se todas as gerações sofrem esse tipo de discriminação, são as pessoas idosas as principais vítimas. A sociedade cria mecanismos coletivos - que vão desde piadas até estratégias institucionais - de discriminação que podem afastar, entristecer e até provocar a mortalidade precoce das pessoas idosas. O idadismo é estrututural, assim como o racismo e outras formas de discriminação. Por isso, este curso tem a abordagem da literacia crítica. Em outras palavras, refletimos sobre a natureza ideológica da linguagem, dos valores e das práticas culturais que sustentam o idadismo e as relacionamos com outros tipos de discriminação social. Assim, buscamos compreender esse fenômeno, identificar juízos de valor e crenças que o alimentam, e aprofundar o conhecimento sobre a evolução dos direitos das pessoas idosas e sua dignidade no processo de envelhecimento, bem como as medidas de combate e prevenção da discriminação", detalhou ela, afirmando que a formação tem o propósito de ampliar a compreensão sobre esse tema fundamental, fortalecendo a capacidade de exercer uma cidadania ativa e engajada, e contribuir para a construção de uma sociedade mais plural, justa e igualitária.

A nova formação, dividida em cinco módulos e com carga horária total de 30 horas, foi desenvolvida no âmbito do edital Inova Educação - Recursos Educacionais Abertos, uma iniciativa da Presidência da Fiocruz, por meio das Vice-presidências de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) e Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), em parceria com o Ministério da Educação (MEC); e integra o Programa Fiocruz de Fomento à Inovação, denominado Inova Fiocruz, cujo objetivo central é promover a inovação de pesquisas na área de saúde, visando a entrega de conhecimento, produtos e serviços à sociedade, incentivando, ainda, ambientes favoráveis à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde - todas áreas de prática da Fiocruz, reforçando, assim, sua atuação como instituição estratégica do Estado Brasileiro.

Idade utilizada para categorização e divisão das pessoas 

De acordo com a OMS, o idadismo surge quando a idade é usada para categorizar e dividir as pessoas por atributos que causam danos, desvantagens ou injustiças, e minam a solidariedade intergeracional. O idadismo prejudica a nossa saúde e o bem-estar e constitui um grande obstáculo à formulação de políticas e ações eficazes em envelhecimento saudável, como foi reconhecido pelos Estados-Membros da OMS na Estratégia Global e no Plano de Ação sobre Envelhecimento e Saúde, e também na Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030). Em resposta, a OMS foi convidada a lançar com seus parceiros uma campanha global de combate ao idadismo, que inclui o Relatório Mundial sobre o Idadismo. Esta iniciativa, elaborada pela OMS em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas e o Fundo de População das Nações Unidas, destina-se a formuladores de políticas, profissionais, pesquisadores, agências de desenvolvimento e membros do setor privado e da sociedade civil. O idadismo afeta bilhões de pessoas, sendo caracterizado como um problema urgente de direitos humanos e de saúde pública. Segundo o documento, "envelhecer com dignidade e igualdade é um direito — e combater o idadismo é um desafio essencial para toda a sociedade".

+Saiba mais: acesse o Relatório Mundial sobre idadismo

Conheça a estrutura da nova formação, composta por 15 aulas organizadas em 5 módulos, e inscreva-se:

Módulo 1 : Idadismo e envelhecimento: tipos, prevenção e combate
Aula 1: O que é idadismo?
Aula 2: Simone Beauvoir e a análise da relação entre capitalismo e discriminação das pessoas idosas
Aula 3: Mitos do idadismo

Módulo 2 : Idadismo na assistência e comunicação em saúde: o papel do Sistema únco de Saúde (SUS)
Aula 1: O papel do SUS no enfrentamento ao idadismo institucional na assistência, comunicação e gestão em saúde
Aula 2: Conflitos intergeracionais e idadismo na assistência, comunicação e gestão em saúde: relações entre usuários, cuidadores, profissionais e gestores em saúde
Aula 3: Relações intergeracionais e promoção da saúde mental para usuários do SUS, cuidadoras, profissionais e gestores da saúde: um projeto para criar um “mundo para todas as idades” no contexto da saúde

Módulo 3 : Juventude e idadismo
Aula 1: A idade como uma construção social
Aula 2: Impactos das mudanças do século XXI no idadismo
Aula 3: Juventude e suas interpretações sobre o envelhecimento

Módulo 4 : Desigualdade, interseccionalidade e idadismo
Aula 1: Multiplicidade e desigualdade no envelhecimento
Aula 2: Gerações, idadismo e interseccionalidade

Módulo 5 : Identificando e mudando atitudes idadistas
Aula 1: Propondo a inclusão do quinto "I" do idadismo
Aula 2: O idadismo no cotidiano: como reconhecer em frases do dia a dia e suas consequências nas pessoas idosas
Aula 3: Combatendo o idadismo estrutural: Inclusão no modelo de determinantes sociais da saúde
Aula 4: Contexto de políticas públicas do Brasil para o combate ao idadismo

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo roxo. No topo e na parte inferior do banner há imagens de pessoas idosas, negras e brancas, homens e mulheres sorrindo ou sérios. No centro está escrito: Curso Literacia em idadismo estrutural e discriminação por idade.

 

Publicado em 29/04/2025

Fiocruz lança curso online sobre ética em pesquisa - Formação também será oferecida em formato de disciplina transversal

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Você está preparado para conduzir sua pesquisa científica? Resultados imparciais, confiáveis, respeito aos direitos, responsabilidade e transparência são alicerces de pesquisas desenvolvidas com ética e integridade. Esses princípios primordiais são apresentados agora no curso — online e gratuito — Ética e integridade em pesquisa, lançado hoje pelo Campus Virtual Fiocruz. A formação tem carga horária total de 40h e é voltada especialmente a estudantes de pós-graduação, mas aberta a todos os interessados na temática. As inscrições já estão abertas! Conheça o novo curso que traz os princípios éticos que norteiam a ciência contemporânea — da concepção do projeto à publicação dos resultados. Em breve, a formação também será oferecida em formato de disciplina transversal (DT) aos programas de pós-graduação.

Inscreva-se já!

A formação oferece uma qualificação abrangente sobre princípios éticos, morais e direitos humanos; integridade em pesquisa; normas regulatórias e boas práticas na condução de pesquisas envolvendo seres humanos e animais; e conhecimentos gerais sobre integridade na publicação científica, envolvendo também a questão do plágio e o uso de inteligência artificial. Ao concluir o curso ou a disciplina transversal, a ideia é que os participantes estejam preparados para enfrentar os desafios éticos inerentes à pesquisa científica, contribuindo para um ambiente acadêmico mais íntegro e colaborativo.

O curso tem tríplice coordenação: Sergio Rego, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp); Carmen Penido, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) e Mariana Souza, responsável pela área de lato sensu da Coordenação-Geral de Educação, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (CGE/VPEIC) e foi desenvolvida em colaboração com diversos integrantes da Comissão de Integridade em Pesquisa da Fiocruz.

Estímulo ao pensamento crítico e fortalecimento da qualidade e rigor científicos

Com vasta experiência na área, o pesquisador Sergio Rego falou sobre o entusiasmo com o lançamento desta formação, apontando que o curso representa uma valiosa oportunidade para aprimorar a qualidade e a credibilidade da pesquisa científica, alinhando-se às melhores práticas internacionais em integridade acadêmica. "Em um cenário global onde a ciência enfrenta desafios, como a reprodutibilidade de estudos, o combate ao plágio e a má conduta científica, é essencial que os pesquisadores estejam mais bem preparados para lidar com questões éticas complexas", defendeu Sergio. 

Para ele, não se trata apenas de um mero apresentar de normas formais, mas, sim, um estímulo ao pensamento crítico. "Em tempos em que parte das sociedades optaram pelo uso político da ciência mal praticada, é ainda mais relevante que pesquisadores e outros envolvidos na atividade de pesquisa científica estejam atentos e zelosos pela observância dos princípios da ética e da integridade em pesquisa, bem como dos fundamentos teóricos, metodológicos da boa prática em pesquisas científicas".

Disciplina Transversal

Como dito, em breve, este novo curso também será ofertado aos alunos de pós-graduação da Fiocruz e de outras instituições interessadas de forma transversal, em formato de disciplina (DT), ao programas interessados. Ela será oferecida de maneira virtual, o que impulsiona a adesão de programas que acontecem em unidades e escritórios de outros estados para além do Rio de Janeiro. "Essa DT oferece ainda uma base para que docentes de programas de formação de pesquisadores e professores possam adaptá-la, adicionando exemplos e casos práticos para serem discutidos em sala de aula que sejam relacionados com seus objetos e métodos de pesquisa", detalhou Sergio Rego. 

As disciplinas transversais (DT) são desenhadas a partir de temas comuns à formação na área das ciências da saúde e permitem maior integração e troca de experiências entre os programas, estudantes e docentes. O processo de adesão das DT deve ser feito diretamente pelos programas de pós-graduação. Sua oferta deve seguir um fluxo de registro na Coordenação-Geral de Educação (CGE/VPEIC) e um fluxo de adesão dos programas, obedecendo cronograma a ser pactuado pela CGE juntamente com o Campus Virtual Fiocruz, que é o responsável pelo desenvolvimento do Ambiente Virtual de Aprendizagem, a gerência do espaço e o suporte aos estudantes, docentes e coordenadores durante toda a extensão da disciplina.

Carmen complementou dizendo que a elaboração dessa DT reafirma o compromisso da Fiocruz com o fortalecimento da integridade, da qualidade e do rigor científico. "A Fiocruz é pioneira em trazer para a formação de mestres e doutores conhecimentos sobre integridade em pesquisa. Apesar deste marco, ainda há muito a ser feito para que a cultura da integridade se consolide na instituição". Ela comentou ainda que as ações educativas oferecem os meios para que os pesquisadores compreendam e incorporem a integridade no seu fazer científico. Nesse sentido, disse Carmen, "os programas de pós-graduação têm responsabilidade central ao ensinar o que são práticas responsáveis e práticas inaceitáveis em pesquisa". 

Conheça a organização do curso e inscreva-se já:

Introdução - Introdução à ética, moral e direitos humanos

  • Aula 1 - Ética e moral: o que é permitido, proibido e obrigatório?
  • Aula 2 - As acepções do termo ética
  • Aula 3 - Juízos morais e juízos prescritivos

Módulo 1 : Integridade em pesquisa

  • Aula 1: Conhecimentos iniciais
  • Aula 2: Contexto histórico
  • Aula 3: Conduta responsável, má conduta e práticas questionáveis em pesquisa
  • Aula 4: Avaliação e cultura de pesquisa

Módulo 2: Ética em pesquisa envolvendo seres humanos

  • Aula 1: Momentos críticos no desenvolvimento de normas éticas para a pesquisa envolvendo seres humanos
  • Aula 2: Sistema brasileiro de regulação ética de pesquisas com seres humanos
  • Aula 3: Plataforma Brasil
  • Aula 4: Aspectos que merecem destaque nas apreciações éticas

Módulo 3: Ética em experimentação animal

  • Aula 1: Breve histórico
  • Aula 2: Animais usados na pesquisa científica
  • Aula 3: Principais marcos regulatórios
  • Aula 4: Relato e pré-registro
  • Aula 5: Métodos alternativos e substituição do uso de animais de experimentação

Módulo 4: Integridade na publicação científica

  • Aula 1: Cuidados gerais na divulgação de resultados
  • Aula 2: Revisão por pares e autoria
  • Aula 3: Mecanismos de correção da literatura
  • Aula 4: Plágio
  • Aula 5: O uso da Inteligência Artificial generativa na redação científica

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo roxo e linhas coloridas, no centro do banner, o nome do curso: Ética e Integridade em Pesquisa, conduta responsável em ambiente de pesquisa saudável e íntegro, inscreva-se.

Publicado em 24/04/2025

Vem aí o novo curso Introdução à Saúde Digital

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Vem aí o lançamento do curso Introdução à Saúde Digital - uma formação online, gratuita e autoinstrucional! O novo curso, com previsão de lançamento para o mês de maio, tem como objetivo capacitar profissionais com conhecimentos e habilidades fundamentais para compreender os princípios da saúde digital e utilizar tecnologias de forma ética e eficiente. O curso integra o Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS. Além disso, vai oferecer a possibilidade de continuidade do aprendizado com cursos complementares que aprofundam temas transversais.

+Saiba mais: Fiocruz realiza Encontro de Saúde Digital em 25/4

A carga horária será de 45h, e abordará conteúdos essenciais da área, como os fundamentos da saúde digital e da tecnologia da informação em saúde, os sistemas de informação e a gestão de dados eletrônicos, além da segurança da informação e da proteção de dados pessoais. Também serão exploradas inovações em saúde digital, considerando os desafios e as possibilidades desse campo.

O curso insere-se no escopo do Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS, que visa qualificar profissionais de saúde para atuar na gestão e análise de dados para o SUS, bem como oferecer a estudantes de graduação e pós-graduação da saúde os temas da informação e ciência de dados, relacionando e aplicando o conhecimento profissional aos princípios da análise de dados e informações em saúde.

A iniciativa prevê a elaboração e publicação de uma série de cursos de qualificação profissional sobre a temática, uma especialização e ainda disciplinas transversais para programas de pós-graduação da Fiocruz . Ele é desenvolvido pela Fundação — sob a coordenação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, através do Campus Virtual — e o Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral de Inovação e Informática em Saúde da Secretaria de Informação e Saúde Digital (DataSUS/Seidigi/MS), teve a participação da Coordenação de Informação e Comunicação (Cinco/VPEIC/Fiocruz), o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde, do Instituto Aggeu Magalhães (Cidacs/IAM/Fiocruz Bahia), a Fiocruz Ceará, o Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz), a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e o Icict, e conta ainda com outras unidades da Fundação e instituições de ensino e pesquisa. Atualmente, três cursos estão em desenvolvimento. 

Saúde digital no SUS

A transformação digital no SUS é uma política que visa modernizar e aprimorar o sistema de saúde, ampliando o acesso da população a serviços e informações, promovendo a integralidade e a resolubilidade do atendimento. Com o Programa SUS Digital a população brasileira também tem acesso ampliado aos serviços de saúde, promovendo o cuidado integral e eficiente em todas as etapas do atendimento e em todo território brasileiro. Com foco na transformação digital, o SUS Digital conecta os cidadãos ao SUS, com equidade, inovação e eficiência.

Encontro de Saúde Digital

O encontro sobre Saúde Digital acontece na manhã desta sexta-feira, 25 de abril, a partir das 8h30, com o tema 'Fortalecendo conexões para o SUS', o evento terá transmissão ao vivo pelo canal da Fiocruz no youtube.   

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo azul e linhas brancas, na parte inferior do banner há vários quadrados, no centro do banner, ao lado direito, há uma ilustração de uma frequência cardíaca. No topo do banner está escrito: Acompanhe! Em breve, lançamento do novo curso do Campus Virtual Fiocruz e Icict. Curso Introdução à Saúde Digital.

Publicado em 05/02/2025

Fiocruz e Ministério da Saúde lançam nova oferta do curso sobre autocuidado em saúde

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A Fiocruz e o Ministério da Saúde lançam hoje a terceira edição do curso Autocuidado em Saúde e a Literacia para a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde. A formação, online e gratuita, aborda modelos, estratégias e possibilidades de intervenções para a promoção do autocuidado. Seu foco está na qualificação de profissionais de nível médio e superior, especialmente os que atuam na APS. Por mais um ano consecutivo, esta edição do curso será oferecida em parceria com a Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), ampliando, assim, o alcance e a abrangência da formação. Mais de 40 mil estudantes já fizeram o curso. Faça parte você também dessa rede de conhecimento!

Inscreva-se já!

A formação é dividida em cinco módulos, tem carga horária total de 60h, é autoinstrucional, e certifica os participantes mediante avaliação dos conhecimentos adquiridos! 

O curso surgiu de uma demanda do Ministério da Saúde, e foi desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), em parceria com o grupo de estudos e pesquisa Promoção em comunicação, educação e Literacia para a Saúde no Brasil (ProLiSaBr), vinculado ao Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). A formação está sob a coordenação-geral da médica sanitarista Ana Luiza Pavão, pesquisadora do Laboratório de Informações em Saúde (Lis/Icict/Fiocruz) e docente colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (Ppgics/Icict), além de contar com a coordenação adjunta de Rosane Aparecida de Sousa, da UFTM. 

A coordenadora do curso aponta que a temática abordada nesta formação estimula o profissional a se questionar, refletir durante a assistência cotidiana do trabalho sobre o que pode fazer para promover a saúde naquele indivíduo atendido. A ideia, segundo Ana Luiza, é fomentar uma visão focada na saúde e não na doença e suas complicações, buscando uma visão positiva sobre o cuidado e lançando mão de novas estratégias para melhorar a saúde, com foco na qualidade de vida, bem-estar, saúde mental, e outros aspectos que influenciam fortemente o dia a dia das pessoas. 

A proposta deste curso é trazer uma série de conceitos e reflexões a respeito do autocuidado em saúde e da literacia para a saúde, incluindo também a questão da comunicação em saúde, e a importância da literacia digital em saúde — que é a influência da internet e da capacidade das pessoas de obterem e manejarem informações de saúde provenientes da internet —, além dos fundamentos da promoção da saúde, e da Política Nacional de Promoção da Saúde do Ministério da Saúde. A formação conta também com o guia principal sobre Autocuidado e Literacia para a saúde, voltado aos profissionais de saúde, publicado pela editora do Ministério da Saúde. 

Mais uma vez, esta edição é oferecida com a parceria da UNA-SUS, da Coordenação-Geral de Prevenção de Condições Crônicas na Atenção Primária à Saúde, que integra o Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (CGCOC/Deppros/SapsS/MS) e o Departamento de Gestão da Educação na Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (Deges/SGTES/MS). Segundo o Deppros/Saps/MS, a proposta do curso é estratégica no que diz respeito à operacionalização da gestão colaborativa do cuidado, possibilitando, especialmente aos profissionais de saúde que atuam na APS, o aprimoramento da abordagem sobre a promoção do autocuidado, com atenção à literacia para a saúde, considerando ainda os determinantes sociais da saúde e sua relação complexa com a produção de saúde e adoecimento. 

A diretora do Departamento, Gilmara Lúcia dos Santos, comentou que o curso oferece instrumental técnico que dá ênfase nas habilidades individuais e comunitárias de fazer saúde, fomentando reflexões sobre a atuação na APS, e como os conceitos de território, orientação familiar e comunitária se interrelacionam com o reconhecimento da autonomia e trajetória das pessoas, suas comunidades e pertencimentos. Segundo ela, esse referencial qualifica a relação de cuidado baseada no compartilhamento de decisões, o que aumenta a probabilidade de adesão ao tratamento e a modos de viver mais saudáveis, fatores fundamentais à melhoria da qualidade de vida e à prevenção das condições crônicas não transmissíveis, com afirmação do direito à vida e à saúde. "Trata-se de um convite para pensar a saúde individual de forma ampliada no âmbito da APS, impactando na valorização da pessoa na centralidade do cuidado e de seu autocuidado", detalhou ela. 

Recursos Educacionais Abertos 

O conceito de literacia para a saúde (LS) versa sobre o conhecimento, as motivações e as competências dos indivíduos para acessar, compreender, avaliar e aplicar informações sobre saúde, a fim de fazer julgamentos e tomar decisões na vida cotidiana relacionadas aos cuidados de saúde, à prevenção de doenças e à promoção da saúde para manter ou melhorar sua qualidade de vida ao longo dos anos. Ana Luiza explicou que a LS vem do termo em inglês health literacy, e que existem outras traduções utilizadas para o conceito, como literacia em saúde, letramento em saúde e até mesmo alfabetização em saúde.

A partir da relevância da temática, foram desenvolvidos inúmeros materiais especialmente para este curso. No total, cinco guias estão disponíveis como material de apoio à formação: um sobre autocuidado e literacia e outros quatro voltados para o manejo de doenças específicas, como hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica e diabetes tipo 2. O curso disponibiliza ainda oito vídeos relativos às características das referidas doenças e suas formas de prevenção e controle, videoaulas e outros recursos educativos; além, é claro, do já citado guia principal sobre Autocuidado e Literacia para a saúde publicado pelo MS.

Conheça a organização e estrutura do curso Autocuidado em Saúde e a Literacia para a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde

Módulo 1: A promoção da saúde, a salutogênese e a literacia para a saúde (LS)

  • Aula 1 - Promoção da saúde: um conceito em construção
  • Aula 2 - Reflexões sobre a salutogênese no contexto da Atenção Primária à Saúde
  • Aula 3 - Literacia para a Saúde: concepção e perspectivas para promover saúde

 
Módulo 2: Cuidado, autocuidado e a literacia para a promoção da saúde e a prevenção de doenças na APS

  • Aula 1 - Promoção da saúde e prevenção de doenças: aspectos conceituais, políticas e ações na APS
  • Aula 2 - O cuidado e o autocuidado no contexto da promoção da saúde e prevenção de doenças 
  • Aula 3 - O cuidado e o autocuidado na APS: espaço para a ampliação dos níveis de LS

 
Módulo 3: Intervenções para equipes e sistemas de saúde nas práticas de LS

  • Aula 1 - A Literacia para a Saúde no cotidiano da Atenção Primária à Saúde
  • Aula 2 - Boas práticas de LS em contextos específicos e nos ciclos da vida
  • Aula 3 - A educação em saúde e a educação popular em saúde como estratégias para a assistência à saúde na APS

 
Módulo 4: Ferramentas no cotidiano do trabalho das equipes da APS

  • Aula 1 - A comunicação em saúde e estratégias para melhoria na APS
  • Aula 2 - As mídias e a tecnologia de informação em saúde
  • Aula 3 - A Literacia Digital em Saúde como competência para promover saúde na APS

 
Módulo 5: Autocuidado em saúde na APS: Ações para promoção da saúde e qualidade de vida

  • Aula 1 - Autocuidado no âmbito pessoal
  • Aula 2 - Autocuidado no âmbito profissional
  • Aula 3 - Relacionamentos e qualidade de vida
Publicado em 22/01/2025

Fiocruz debaterá desafios dos sistema de saúde da AL em seminário internacional: últimas vagas

Autor(a): 
Isabela Schincariol

As inscrições para o Seminário Internacional Desafios para os sistemas de saúde na América Latina pós-pandemia seguem abertas até o dia 31 de janeiro. O encontro, marcado para os dias 19, 20 e 21 de fevereiro, pretende analisar o contexto e os processos recentes de reforma de sistemas da região e os entraves globais colocados para as políticas de saúde nesse cenário de novas realidades. O Seminário integra uma disciplina de verão oferecida pela Ensp/Fiocruz neste ano de 2025. No entanto, as inscrições para o seminário são diferenciadas e devem ser realizadas por meio do Campus Virtual Fiocruz, com vagas para participação presencial e à distância, valendo crédito acadêmico para os estudantes de pós-graduação. Ademais, o Seminário também será transmitido ao vivo para interessados no tema de maneira ampla pelo canal da Videosaúde Distribuidora no Youtube, em português e em espanhol. Restam poucas vagas! Acompanhe e inscreva-se!

Organizado no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (PPGSP/Ensp/Fiocruz), o Seminário terá 15h, equivalente a um crédito acadêmico, e faz parte da disciplina de verão “Análise de políticas e sistemas de saúde em perspectiva comparada internacional”. A iniciativa está sob a responsabilidade da docente permanente do PPGSP e vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, e conta com palestrantes nacionais e internacionais.

O Seminário é uma realização do PPGSP da Ensp/Fiocruz, em parceria com o Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil) e o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiore (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e da plataforma The Global Health Network - Latin America and the Caribbean (TGHN/LAC). 

Conjunturas, políticas, modelos, características e cobertura

Como é sabido, os países da América Latina são marcados por profundas desigualdades histórico-estruturais, que se expressam nas condições de saúde das populações. Além disso, os sistemas de saúde da região são caracterizados, em sua maioria, por segmentação e fragmentação institucional, por financiamento público insuficiente e por dificuldades em efetivar a saúde como direito de cidadania. Desde os anos 1990, reformas ampliaram a participação do setor privado nos sistemas de saúde da região. Em alguns países, houve aumento de gastos privados por desembolso direto das famílias ou por meio de empresas de planos e seguros de saúde, acentuando as iniquidades. 

A partir desse pano de fundo, o Seminário pretende analisar casos do Chile, Colômbia, Argentina e do México, países de renda média alta, populosos e de relevância geopolítica e econômica regional, marcados por diversidades e desigualdades. Para os debates, são considerados elementos relevantes as características estruturais dos sistemas de saúde, as conjunturas e orientações dos governos nacionais, as políticas e os processos recentes de reforma nos sistemas de saúde, os elementos de continuidade e mudança em dimensões críticas como o financiamento, as relações público privadas, o modelo de atenção, a cobertura e o acesso da população; e desafios para a vigilância em saúde, especialmente em regiões de fronteiras.
 
Para Cristiani, a "análise dos casos desses países em perspectiva comparada é importante para a formação de estudantes de pós-graduação em Saúde Coletiva e profissionais do SUS, ao permitir a compreensão das dificuldades enfrentadas para fortalecer os sistemas públicos de saúde e assegurar o direito à saúde na América Latina, trazendo lições para o Brasil e outros países da região. Além disso, provoca reflexões sobre desafios que transcendem as fronteiras nacionais, como as repercussões da dinâmica capitalista na saúde, as mudanças na geopolítica mundial, as assimetrias entre países, e os limites da governança global em saúde, que ficaram evidentes no período da pandemia de Covid-19", detalhou ela. 

Seminário internacional: público-alvo, inscrições e certificados

As inscrições para o Seminário são voltadas especialmente aos estudantes de pós-graduação da Fiocruz interessados na temática e sua participação valerá crédito, mas elas também estão abertas a alunos de outras instituições; docentes, pesquisadores, gestores, profissionais de saúde e outros. A prioridade de inscrição é para estudantes e docentes de programas de pós-graduação da Fiocruz, seguida de PPG externos, e depois demais interessados.

Vale ressaltar que o estudante de pós-graduação inscrito na disciplina de verão oferecida pela Ensp/Fiocruz - Análise de políticas e sistemas de saúde em perspectiva comparada internacional - estará automaticamente inscrito no Seminário Internacional, não sendo necessário realizar a  inscrição nas duas plataformas ou duas vezes. Tais estudantes participarão de maneira presencial e, durante o evento, deverão assinar a lista de presença da Disciplina em cada turno para receberem o certificado de participação e o crédito acadêmico.

Para os demais interessados, a inscrição isolada no Seminário Internacional deve ser realizada até 31 de janeiro de 2025, por meio do Campus Virtual Fiocruz, escolhendo a modalidade de participação: presencial ou à distância. A carga horária de 15 horas corresponde a um crédito acadêmico, mas também haverá emissão de certificado de participação, desde que os inscritos cumpram no mínimo 75% da carga horária. Alunos inscritos online participarão pela plataforma zoom, com controle de frequência e conta com tradução português-espanhol-português. 

A transmissão via Youtube é aberta para o público amplo, e também conta com transmissão em português e espanhol. No entanto, nesse formato, não haverá certificação para o público participante.

Inscreva-se já no Seminário Internacional Desafios para os sistemas de saúde na América Latina pós-pandemia!

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