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Publicado em 25/01/2024

Encontro online vai abordar o papel das equipes na Atenção Primária em Saúde

Autor(a): 
Fabiano Gama

Nesta quinta-feira, 25 de janeiro, o Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), vai realizar um encontro virtual com o tema "Método Canguru: Papel das equipes da Atenção Primária à Saúde". O encontro será transmitido a partir das 15h pelo canal do Portal de Boas Práticas no Youtube.

O evento online terá a participação das seguintes especialistas: a médica neonatologista da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e coordenadora do Método Canguru, Zeni Lamy; a psicóloga do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e consultora do Método Canguru, Zaira Custódio; e a médica neonatologista do Hospital Universitário Materno Infantil da UFMA e consultora do Método Canguru, Roberta Albuquerque.

Participe, envie suas dúvidas e assista ao vivo no Portal de Boas Práticas IFF/Fiocruz ou pelo canal do Portal de Boas Práticas no Youtube.

 

Publicado em 04/09/2023

Mestrado profissional em saúde da criança e da mulher recebe inscrições até 10/9

Autor(a): 
Fabiano Gama

O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF), unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que tem como missão melhorar a qualidade de vida da mulher, da criança e do adolescente por meio de ações articuladas de pesquisa, ensino, atenção integral à saúde, cooperação técnica nacional e internacional e desenvolvimento e avaliação de tecnologias, como subsídio para formação de políticas públicas nacionais, torna pública a chamada para o Processo Seletivo do curso Pós Graduação Strictu Sensu – Mestrado Profissional em Saúde da Criança e da Mulher. As inscrições para estão disponíveis até 10 de setembro.

Inscreva-se já!

A chamada se insere no esforço de qualificação de quadros estratégicos para o Sistema Único de Saúde. Os objetos de pesquisa deverão ter como horizonte o protagonismo da Atenção Primária em Saúde (APS) e os atuais desafios de suas funções nas redes de atenção à saúde, que têm como usuários mulheres, crianças e adolescentes. Segundo este escopo, os objetos de estudo deverão abordar, entre outras, questões:

  • Práticas de saúde e linhas de cuidado voltadas a mulheres, crianças e adolescentes;
  • Desafios da APS em relação à integralidade da atenção;
  • A interprofissionalidade, a clínica ampliada, a longitudinalidade do cuidado e práticas em saúde de base territorial;
  • Gestão da clínica;
  • Gestão do trabalho e modelos de atenção em saúde;
  • Intersetorialidade, incluídas as articulações com movimentos sociais e iniciativas de associativismo, além de análises de políticas de saúde focadas na APS de âmbito nacional, estadual ou municipal.

São bem-vindas ainda propostas que visem abordar:

  • Inserção do hospital na rede de atenção;
  • Planos Terapêuticos Singulares (PTS) e sua inserção na unidade hospitalar;
  • Implantação de diretrizes e boas práticas no cuidado clínico;
  • Desospitalização e cuidado compartilhado com outros pontos de atenção;
  • Qualidade e segurança do cuidado à saúde da mulher, da criança e do adolescente;
  • Gestão do trabalho em saúde e modelos de gestão hospitalar para atenção à saúde da mulher, da criança e do adolescente.

Serão oferecidas 19 vagas, das quais 15 serão destinadas ao ingresso de profissionais que atuam na Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro e/ou nas secretarias municipais de saúde e atuem integrando a rede do Sistema Único de Saúde dos municípios das regiões metropolitanas I e II (metropolitana I: Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaguaí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados, Rio de Janeiro, São João de Meriti e Seropédica; metropolitana II: Itaboraí, Maricá, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá); e 4 para aqueles que atuam no IFF/Fiocruz.

Das 19 vagas, serão destinadas para ações afirmativas, segundo as proporções: 30% aos candidatos que se autodeclarem negros (pretos e pardos): 6 vagas; 10% destinadas aos candidatos que se autodeclarem pessoas com deficiência: 2 vagas; 5% serão destinadas aos candidatos que se autodeclarem pessoas transgêneros, transexuais e travestis: 1 vaga; 5% serão destinadas aos candidatos que se autodeclarem indígenas: 1 vaga; e 1 vaga para mulher que se autodeclare mãe de filho/filha com deficiência e/ou condição de saúde complexa, rara e crônica. Esta última vaga foi instituída reconhecendo as pesquisas no campo de estudos sobre cuidado e deficiência, procurando possibilitar o ingresso de mulheres mães com o perfil identificado.

Para mais informações, acesse aqui a chamada pública do processo seletivo e inscreva-se até 10 de setembro!

Contato e dúvidas: pgmpscm.iff@fiocruz.br

Publicado em 07/06/2021

Saúde da Criança e da Mulher: lançados editais para mestrado e doutorado na área

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

Lançados os editais dos processos seletivos para os Programas de Pós-graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher e Saúde da Criança e da Mulher para os cursos de mestrado e doutorado 2021, ambos oferecidos pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). As inscrições terão início em 14 de junho e vão até o dia 20 do mesmo mês. Acesse os editais e conheça as normas e detalhes de participação na seleção. 

Programa de Pós-graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher

Ao todo, estão sendo oferecidas 39 vagas, sendo 18 para o mestrado e 21 para o doutorado

O público-alvo do programa são profissionais de nível superior interessados em realizar pesquisas na área de Medicina, nas seguintes linhas: saúde perinatal; genética médica aplicada à saúde da criança e adolescente; aspectos ambientais, epidemiológicos, clínicos na promoção da saúde e prevenção da morbimortalidade da criança e do adolescente; fisiopatologia de doenças de crianças em maior risco; e pesquisa clínica aplicada à saúde da mulher. O Programa de Pós-graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher é avaliado com nota quatro pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). 

Dúvidas podem ser sanadas por meio do e-mail: processoseletivopgpascm@iff.fiocruz.br

Pós-graduação em Saúde da Criança e da Mulher

Ao todo, estão sendo oferecidas 33 vagas, sendo 18 para o mestrado e 15 para o doutorado

O público-alvo do programa são profissionais de nível superior interessados em realizar pesquisas na área de Saúde Coletiva, nas seguintes linhas: Situações de saúde marcadas pela cronicidade e deficiências; Saúde materna e perinatal; Gênero, sexualidade, reprodução e saúde; e Violência e Saúde. O Programa de Pós-graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher é avaliado com nota cinco pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). 

Dúvidas podem ser sanadas por meio do e-mail: processoseletivopgscm@iff.fiocruz.br.

Saiba mais em www.iff.fiocruz.br > Cursos e Processos Seletivos

Extraordinariamente, por conta da pandemia de Covid-19, todas as etapas previstas em ambas as chamada serão realizadas remotamente, por meio de e-mail e de acesso à plataforma Zoom, não havendo cobrança de taxa de inscrição para este processo seletivo.

A previsão é que as aulas do mestrado e doutorado tenham início em agosto de 2021, de forma remota, enquanto durarem as precauções relativas à convivência devido à pandemia de coronavírus. Posteriormente, serão disponibilizadas informações sobre atividades presenciais do curso, respeitando todas as normas sanitárias vigentes.

 

Imagem: Freepik

Publicado em 26/02/2021

Mulher, ciência e pandemia é tema de aula inaugural da Fiocruz Brasília

Autor(a): 
Mariella de Oliveira-Costa (comunicação Fiocruz Brasília)

Mulher, ciência e pandemia é o tema da aula de abertura do ano letivo da Escola de Governo Fiocruz Brasília, que será realizada online no dia 8 de março, a partir das 14h30, com transmissão pelo canal do Youtube. A pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Margareth Dalcolmo vai ministrar a aula. A médica pneumologista é uma das principais porta-vozes da Fiocruz na imprensa quando o tema é a pandemia de Covid-19. Ela é fundadora do ambulatório do Centro de Referência Professor Hélio Fraga, ligado à Ensp, e uma das coordenadoras principais do estudo internacional que avalia o uso da vacina BCG para reduzir o impacto do novo coronavírus. Além da aula, acontecerá uma série de atividades voltada aos residentes, docentes e discentes. Confira. 

Confira a programação

Para 1° de março, está previsto o Acolhimento dos Residentes, das 14h30 às 17h30, com encontro entre os ingressantes e os egressos dos cursos no painel “Potencial e desafio da residência para o fortalecimento do SUS”, com palestras da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado; da coordenadora adjunta das Residências em Saúde da Fiocruz, Adriana Coser; e da coordenadora geral dos Programas Integrados de Residência de Medicina de Família e Comunidade e Multiprofissional em Saúde da Família da Fesf-SUS, Grace Rosa. A Fiocruz Brasília conta hoje com um programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade, e outros quatro programas de Residência Multiprofissional em diferentes áreas: Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas; Saúde da Família com Ênfase em Saúde da População do Campo; Atenção Básica; e Gestão de Políticas Públicas para a Saúde. Os residentes também vão participar de atividade interativa, no dia 5 de março, às 9h.

No dia 9 de março, será realizado o Acolhimento Discente, por meio de uma roda de conversa sobre o Projeto Político Pedagógico da Escola de Governo Fiocruz Brasília, a partir das 9h.  Encerrando a Semana Pedagógica, no dia 10, também a partir das 9h, o Acolhimento Docente vai contar com dois especialistas na área de metodologias ativas, o professor da Universidade de Brasília Ricardo Ramos Fragelli e a pesquisadora de estratégias de ensino-aprendizagem voltadas ao desenvolvimento de competências, neurociência e inovação, Thais Fragelli.

As aulas da Escola de Governo Fiocruz Brasília serão mantidas no formato online ao longo do primeiro semestre de 2021.

Clique aqui e inscreva-se no canal da Fiocruz Brasília no Youtube, e ative o sininho para ser avisado dos novos conteúdos.

Publicado em 22/10/2020

Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente promove encontro virtual sobre gênero, ciência e educação

Autor(a): 
Valentina Leite (comunicação OBSMA/Fiocruz)

Na próxima quinta-feira, 27 de outubro, às 16 horas, a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz (Obsma) e a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) da Bahia realizarão um encontro virtual sobre mulheres e meninas na ciência. O evento será aberto aos interessados e transmitido pelo canal da Undime no Youtube. Além de um debate sobre trajetórias pessoais diversas no mundo científico e da educação, as participantes tratarão de projetos que inspiram jovens meninas na ciência, como o Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã, oferecido pela Obsma, com inscrições abertas até 13/12. 

O quadro de convidadas conta com Cristina Araripe, coordenadora da Obsma; Eliade Ferreira Lima, astrofísica e coordenadora do projeto Cientistas do Pampa, da Unipampa; Natália Machado Tavares, bióloga, pesquisadora em saúde pública da Fiocruz Bahia e integrante do projeto Meninas Baianas na Ciência; e Maria Isabel Pinheiro, estudante de biologia e ganhadora de uma das edições da Obsma. A mediação do evento será de Shirley Costa, coordenadora do Programa Bahia Olímpica.

Não fique de fora! Participe.

+Saiba mais: Live da Obsma que aconteceu em setembro deste ano e também abordou gênero, ciência e o Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã

Publicado em 16/10/2019

Fundo de População das Nações Unidas e Fiocruz realizam oficina para concretizar ações em parceria

Autor(a): 
Julia Dias (Agência Fiocruz de Notícias)

Representantes da Fiocruz, do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) e de ministérios e institutos de saúde de países africanos se reuniram na Fundação, entre os dias 9 e 11 de outubro. Neste segundo encontro, trataram de definir as prioridades de temas e estratégias para os próximos cinco anos da cooperação internacional, iniciada com a assinatura de um Memorando de Entendimento (MdE), em julho.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, abriu a segunda oficina de planejamento, que visa concretizar as ações em parceria. “Gostaria de reforçar meu compromisso institucional com essa agenda da Unfpa, que é pensar os direitos na perspectiva das populações. No caso específico dessa oficina, os direitos da mulher, para a qual temos um instituto dedicado”, disse, referindo-se ao Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueiras (IFF/Fiocruz). Além de integrantes da unidade, participaram do encontro representantes da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) e do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) — responsáveis por conduzir a iniciativa —,  da Escola Nacional da Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e do Campus Virtual Fiocruz.

Redução das mortes maternas

Na primeira oficina, em agosto, a redução das mortes maternas evitáveis a zero até 2030 nos países participantes foi definida como prioridade. Para isso, a estratégia dos parceiros é criar um Centro de Referência em Saúde Materna, no âmbito da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento das Nações Unidas (CPID). O propósito do Centro é fazer análises aumentar a capacidade dos países, através da troca de experiências proporcionada pela cooperação triangular entre a Fiocruz, países de América Latina e Caribe e africanos e o Unfpa.

Bobby Olarte, assessor sênior para cooperação entre países do Unfpa, afirmou: "Nenhuma mulher deveria morrer simplesmente por dar à luz”. Ele explicou que o CPID apoiará os países, reconhecendo a expertise da Fiocruz, como as iniciativas bem-sucedidas do IFF. A proposta do Fundo passa por identificar centros de excelência no mundo e oferecer apoio técnico para criação de redes.

A escolha pelo desafio da redução da mortalidade materna vem tanto da necessidade dos países, como da observação das competências da Fiocruz. Além disso, esse resultado está de acordo com a estratégia dos três zeros para aceleração da implementação do programa de ação da CIPD: zero necessidade insatisfeitas de contracepção, zero mortes maternas evitáveis e zero situações de violência contra mulheres e meninas. 

Contextos particulares

Na reunião, representantes de Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Senegal apresentaram seus contextos nacionais e desafios para redução das mortes maternas. Os países têm contextos muito distintos. Enquanto Cabo Verde, por exemplo, é uma referência na área de saúde da mulher, Guiné-Bissau apresenta dificuldades relacionadas à infraestrutura de saúde e uma altíssima mortalidade materna, com 746 mortes por 100 mil mulheres. 

A representante escritório do Brasil do Unfpa, Junia Quiroga, apresentou os dados da América Latina e Caribe. Entre os principais desafios da região estão: o alto número de cesáreas, a gravidez na adolescência e a alta medicalização da atenção à saúde materna. “A média de idade para a primeira relação é muito baixa em toda a a América Latina e Caribe, e somos a segunda região do mundo com a taxa de fecundidade adolescente mais alta”, disse, reforçando a necessidade de priorizar populações jovens.

Para enfrentar essas questões, a parceria identificou como áreas de cooperação: a formação de pessoal; a construção e fortalecimento sistemas de informação, vigilância e monitoramento; a pesquisa; e a promoção da participação comunitária. Apesar dos desafios, para a representante do Unfpa, a parceria tem se mostrado muito promissora, com o empenho de especialistas e instituições envolvidas. “Velocidade, agilidade e engajamento têm sido características importantes dessa cooperação”, disse Junia.

25 anos da Conferência sobre População e Desenvolvimento

A Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento das Nações Unidas (CPID), realizada no Cairo em 1994, resultou na elaboração de uma agenda. O compromisso comum está em alcançar o desenvolvimento sustentável com equidade para todas e todos por meio da promoção dos direitos humanos e da dignidade, apoiar o planejamento familiar, a saúde sexual e reprodutiva e direitos, promover a igualdade de gênero e a igualdade de acesso à educação para as meninas, e eliminar a violência contra as mulheres, entre outras iniciativas.

Como marco dos 25 anos desta agenda, uma cúpula será realizada em Nairobi, Quênia, de 12 a 14 de novembro. A presidente da Fiocruz participará do evento e levará os resultados e compromissos das duas oficinas já realizadas entre o Unfpa e a Fiocruz.

Publicado em 22/07/2019

IFF realiza 1ª Jornada da Área da Mulher

Autor(a): 
Suely Amarante (IFF/Fiocruz)

Atualmente, um dos grandes méritos dos profissionais e serviços de saúde tem sido a ampliação não só do acesso à assistência, mas também da qualidade desse trabalho, garantindo cada vez mais que a mulher seja assistida como um todo. Para que esse atendimento seja realizado de forma humanizada e qualificada, a Área de Atenção Clínico-cirúrgica à Mulher do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) realizou (5/7) a 1ª Jornada da Área da Mulher, que teve como principal objetivo apresentar os serviços assistenciais prestados à mulher e a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e colo de útero.

“Ao longo dos últimos trintas anos a atenção ginecológica do IFF passou por uma modernização no sentido de realização de novos procedimentos minimamente invasivos e de incorporações tecnológicas, a fim de trazer um menor risco à saúde da mulher. A criação e desenvolvimento do serviço de patologia cervical; os avanços na histeroscopia diagnóstica e cirúrgica; a ampliação dos procedimentos de videolaparoscopia e a detecção precoce do câncer de mama, através da biópsia guiada por ultrassonografia são alguns dos nossos procedimentos assistenciais que são possíveis devido à qualificação técnica dos profissionais e investimentos tecnológicos na área”, ressaltou a chefe de gabinete da Direção e assistente social da Área de Atenção Clínico-cirúrgica à Mulher do IFF/Fiocruz, Ana Lúcia Tiziano. Para mostrar como esse trabalho é realizado e os seus fluxos de atendimento, diversos assuntos envolvendo a temática foram apresentados durante o evento.

Para iniciar a Jornada, o diretor do IFF/Fiocruz e ginecologista da Área de Atenção Clínico-cirúrgica à Mulher, Fábio Russomano, fez uma explanação sobre a elaboração e atualização das Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer de colo de útero, publicação que faz parte de um conjunto de materiais técnicos consoantes com as ações da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer e visa subsidiar os profissionais da saúde em suas práticas assistenciais e apoiar os gestores na tomada de decisão em relação à organização e estruturação da linha de cuidados da mulher com câncer de colo de útero. “Tivemos a oportunidade de coordenar a confecção desse trabalho, sabemos que essas diretrizes são importantes para auxiliar o Ministério da Saúde (MS) na identificação de unidades de atenção à saúde que precisam estar capacitadas a realizarem colposcopia e atuarem no tratamento das lesões precursoras do câncer de colo de útero”, enfatizou Russomano.

Na oportunidade, Russomano falou ainda sobre a participação de instituições públicas de referência em saúde e da sociedade como um todo na elaboração do conteúdo. “O mais importante desse processo de construção foi a ampla participação dos profissionais e da sociedade que garantiu que o texto final fosse reconhecido por todos. Hoje, praticamente, não utilizamos as diretrizes americanas para consultoria, preferimos as diretrizes brasileiras que nos atendem perfeitamente”, respaldou o médico ginecologista.

Na sequência, a ginecologista obstetra e coordenadora da Gerência do Câncer da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS/RJ), Vânia Sitepanowez, fez uma apresentação sobre o cenário atual do rastreamento do câncer de colo de útero no município do Rio. Ela mencionou as diretrizes nacionais da Política Nacional de Atenção Oncológica como principal guia na condução de protocolos. “Essas diretrizes nos dão um norte de como devemos proceder no encaminhamento e rastreamento das pacientes que chegam através do Sistema Único de Saúde [SUS]”, pontuou.

Outro ponto levando pela palestrante é que as ações realizadas incluem estratégias para detecção precoce do câncer, baseado na observação de que o tratamento é mais efetivo quando a doença é diagnosticada em fases iniciais; garantia da grade de referências, com o fortalecimento do sistema de regulação; monitoramento da cobertura das populações alvo, qualidade da prestação de serviço, do acesso, oferta de exames e resultados. “A rede de atenção oncológica é composta por vários pares que devem executar seus papéis harmonicamente, com qualidade para que haja sucesso no controle do câncer, repercussões físicas, psíquicas e sociais causadas pelo câncer”, enfatizou Vânia.

Câncer de mama: entenda a classificação Birads

Dando prosseguimento ao evento, a gerente da Área de Atenção Clínico-cirúrgica à Mulher e médica mastologista do Instituto, Viviane Esteves, iniciou a sua apresentação falando sobre a importância do acolhimento às mulheres que procuram o serviço com nódulos ou lesões suspeitas de câncer de mama. “É importante que essa mulher, ao procurar o serviço, receba uma escuta qualificada, que todas as suas dúvidas e medos sejam sanados, que ela entenda o real objetivo da biópsia e como esta é realizada, que ela receba um cuidado holístico para garantir uma assistência individualizada e satisfatória”, frisou Viviane.

Outra apresentação feita pela médica foi sobre os tipos de biópsias para detecção do câncer de mama e a definição do termo Birads – método de sistematização internacional para a avaliação mamária, interpretação do exame e confecção dos laudos de exames de imagem especificamente da mama. “É uma padronização mundialmente adotada em qualquer lugar do mundo, qualquer médico especialista nesta área entenderia uma classificação Birads 5, por exemplo”, complementou. Ainda sobre as lesões mamárias (cistos, nódulos, calcificações), que muito apavoram as mulheres, a mastologista Viviane ressaltou que a maioria dos nódulos e das microcalcificações mamárias são benignos, ou seja, a presença em si de nódulos ou microcalcificações não quer dizer de forma alguma que a paciente está com câncer de mama.

O evento foi realizado durante todo o dia, no período da tarde os temas abordados foram Uroginecologia; Diagnóstico da incontinência urinária; Bexiga hiperativa: Abordagem terapêutica; Tratamento cirúrgico do prolapso do compartimento anterior: estado atual e experiência do IFF/Fiocruz; Atuação da fisioterapia pélvica nas distopias genitais; Histeroscopia; Indicações; Experiência do IFF/Fiocruz; Histeroscopia cirúrgica e novas tecnologias; Controle hídrico na histeroscopia cirúrgica; e Enfermagem no pós-operatório em ginecologia: experiência no IFF/Fiocruz. 

Publicado em 13/03/2019

Aula Inaugural da Fiocruz abordará desafios globais para os direitos das mulheres e jovens

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

Todos os anos, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) inicia o ano letivo com uma grande Aula Inaugural, que é aberta a todos. Em 2019, o tema do encontro será Desafios globais e oportunidades para o avanço das agendas CIPD e 2030: garantindo direitos e escolhas para mulheres e jovens. A aula será no dia 22 de março, a partir das 9h, no Auditório do Museu da Vida (Av. Brasil, 4365, Manguinhos, Rio de Janeiro).

Este ano, a convidada é Natalia Kanem, subsecretária geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e diretora executiva do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Natalia ocupa um dos cargos mais altos entre as mulheres nas Nações Unidas, além de ser a primeira mulher latino-americana a dirigir a UNFPA. Ela tem mais de 30 anos de experiência em liderança estratégica nas áreas de medicina, saúde pública e reprodutiva, paz, justiça social e filantropia.

Compromissos e desafios globais

A Aula Inaugural de 2019 aborda os desafios propostos por duas importantes agendas globais, no que se refere aos direitos das mulheres: a Agenda 2030 e a agenda da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD).

A Agenda 2030 é um plano de ação estabelecido pela ONU, que se baseia em 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), sendo o número 5 a igualdade de gênero.

Já a CIPD foi uma conferência que ocorreu no Cairo em 1994, promovida pela UNFPA, e resultou na elaboração de uma agenda de compromissos para o alcance do desenvolvimento sustentável, dentre os quais destacam-se a promoção da igualdade de acesso à educação para as meninas e a eliminação da violência contra as mulheres.

Mulheres em foco na Fiocruz

A Fiocruz cada vez mais abraça as causas relacionadas aos direitos das mulheres. Este ano, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência foi celebrado pela primeira vez na Fundação, numa roda de conversa com pesquisadoras que contaram sobre suas trajetórias científicas. A data foi estabelecida pela ONU, também em consonância com os ODS da Agenda 2030.

Acompanhe a transmissão da aula inaugural ao vivo*, pelo link!

 

*Atualizado em 19/3/2019.

Publicado em 08/03/2019

Nenhum direito a menos! Curso da UNA-SUS capacita em Atenção Integral à Saúde das Mulheres

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz), com informações da UNA-SUS

O Brasil é um dos países que mais cometem feminicídio no mundo. Desde o início do ano, foram registrados 126 casos de mulheres que perderam suas vidas em razão de seu gênero, de acordo com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). É por isso que hoje, no Dia Internacional das Mulher (8/3), destacamos a importância de políticas públicas e da formação de profissionais que protejam e ampliem os direitos das mulheres, priorizando a atenção integral a todas.

Pensando nisso, a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) está com matrículas abertas para o curso online de Capacitação em Atenção Integral à Saúde das Mulheres. Desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o objetivo do curso é formar profissionais de saúde na atenção integral às diferentes mulheres do Brasil.

Formar profissionais para integrar a luta

Com um total de 120 horas de estudo, o curso da UNA-SUS é voltado para profissionais de nível superior da Atenção Básica em Saúde. Também são bem-vindos gestores de coordenações estaduais e municipais de saúde das mulheres e de políticas intersetoriais, e áreas afins para o atendimento integral da mulher no sistema de saúde.

Os conteúdos abordam a atenção à saúde das mulheres nas diferentes fases: jovens, adultas, gestantes, no climatério, idosas e as especificidades desta atenção para as mulheres negras, indígenas, do campo, da floresta e das águas. “O desafio que propomos é um olhar ampliado no atendimento, na escuta qualificada, no respeito e na busca pela garantia de direitos das mulheres, em suma, a uma vida com saúde”, afirma a coordenadora do curso, Elza Berger.

As matrículas podem ser realizadas até o dia 30 de abril, pelo link. Inscreva-se já!

Publicado em 06/12/2018

Pesquisa mostra impactos sociais do vírus zika em famílias do Brasil

Tão vulneráveis quanto as crianças nascidas com microcefalia em decorrência da zika nos últimos três anos, são suas mães e outras mulheres envolvidas em seus cuidados diários. Numa rotina sistemática de consultas médicas, atividades de estímulo e de recuperação de suas crianças, elas tiveram que largar o trabalho - o que impacta na renda da família -, abandonar projetos pessoais e enfrentar as dificuldades de um sistema de saúde despreparado para atender seus filhos. Esses dados são parte dos resultados da pesquisa Impactos Sociais e Econômicos da Infecção pelo Vírus Zika, que foram apresentados no dia 30 de novembro, na Fiocruz Pernambuco. O estudo foi desenvolvido em conjunto pela Fiocruz PE, pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e também contou com a cooperação da London School of Hygiene and Tropical Medicine.

Como a doença afeta as famílias

Para a realização da pesquisa foram entrevistadas mães e outros cuidadores de crianças com SCZ, mulheres grávidas, homens e mulheres em idade fértil e profissionais de saúde, totalizando 487 pessoas. Foram coletados dados de maio de 2017 a janeiro de 2018, nas cidades do Recife (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Rio de Janeiro (RJ).

Os resultados mostram que avós, tias e irmãs adolescentes também são figuras importantes na rotina de atendimentos terapêuticos e nas atividades domésticas. Os pais, quando presentes na vida cotidiana dessas crianças, são responsáveis por manter o sustento da família e ajudar em atividades domésticas que visam tornar mais leves os cuidados centrados nas mães. A pesquisa, além de descrever o impacto da Síndrome Congênita da Zika (SCZ) nas famílias, estimou o custo da assistência à saúde das crianças com SCZ para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para suas famílias – 50% tinham renda entre um e três salários mínimos. Além disso, identificou os impactos nas ações e serviços de saúde e na saúde reprodutiva.

Em relação às despesas, verificou-se que o custo médio com consultas em um ano foi 657% maior entre as crianças com microcefalia ou com atraso de desenvolvimento grave causado pela síndrome (grupo 1) do que com crianças sem nenhum comprometimento (grupo 3 ou controle). A quantidade de consultas médicas e com outros profissionais de saúde foram superiores em 422% e 1.212%, respectivamente. Já os gastos das famílias com medicamentos, hospitalizações e óculos, entre outras coisas, ficaram entre 30% e 230% mais elevados quando comparados com as crianças sem microcefalia, mas com manifestações da SCZ e com atraso de desenvolvimento (grupo 2) e com as do grupo 3, respectivamente.

Entre as dificuldades do dia a dia, essas famílias também esbarraram numa assistência de saúde insuficiente e fragmentada, com problemas no cuidado, ausência de comunicação entre os diversos serviços especializados, assim como entre níveis de complexidade.

Zika, síndromes congênitas e o medo de engravidar

Para os profissionais de saúde, a epidemia deu visibilidade às dificuldades de acesso de outras crianças com problemas semelhantes, determinados por outras patologias/síndromes congênitas. Revelou, ainda, que as ações governamentais continuam centradas no mosquito transmissor e na prevenção individual, sem atuação sobre os determinantes sociais.

Nas entrevistas, a maioria das mulheres em idade reprodutiva expressou sentimento de pânico em referência à gravidez durante a epidemia de zika. Elas temiam, principalmente, o impacto sobre a criança, embora não compreendessem totalmente o termo Síndrome Congênita da Zika. Por isso, utilizavam frequentemente o termo microcefalia. Incertezas sobre como elas ou os bebês podiam ser infectados foram comuns. Assim como preocupações e expressões de sofrimento em relação à deficiência e ao impacto disso sobre suas vidas.

Outro medo delas era uma gravidez não planejada, pois estavam insatisfeitas com a oferta de métodos contraceptivos disponíveis nos serviços de saúde. A maioria usava contraceptivos hormonais injetáveis no momento das entrevistas e relataram falta de informação e falhas nos métodos utilizados. O DIU não apareceu como opção e os homens mostraram-se ausentes do planejamento reprodutivo. Quase todos os entrevistados desconheciam a possibilidade de transmissão sexual do vírus zika e alguns ouviram informações sobre isso na televisão, mas não deram importância porque não era um assunto recorrente na mídia.

Também foram registradas incertezas sobre as possibilidades de transmissão e poucos receberam informações de profissionais de saúde. A pesquisadora da Fiocruz Pernambuco Camila Pimentel, que participou do estudo, lembra que os epidemiologistas já alertaram: uma nova epidemia de zika pode ocorrer. Sendo assim, é cada vez mais importante ampliar a reflexão e a ação sobre os efeitos da doença. "Há outras questões ligadas à zika que continuam sem serem trabalhadas, como aquelas relacionadas aos direitos reprodutivos. A falta de informações e de acesso aos métodos contraceptivos gera um questionamento sobre como a mulher vai exercer sua autonomia reprodutiva, escolher se ou quando engravidar". Além disso, ela destaca que é fundamental pensar no apoio psicológico e na geração de renda para as mães desses bebês.


Por Fabíola Tavares (Fiocruz Pernambuco)

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