Durante a Aula Inaugural da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no dia 22 de março, foram lançados cinco editais* de incentivo às áreas de educação, informação e comunicação. O anúncio foi feito pela vice-presidente Cristiani Machado. Ela comentou sobre como os editais se alinham ao compromisso de redução das desigualdades no Brasil e na América Latina, temas centrais da abertura do ano letivo. "As desigualdades sociais, como as sofridas por mulheres e jovens, se agravam em momentos de crise como o que vivemos. É preciso fortalecer iniciativas que priorizam o ensino e a pesquisa", afirmou.
Acesse os editais e leia também os regulamentos:
Pesquisador Visitante Sênior
Tem o objetivo de selecionar pesquisadores visitantes sênior para ampliar e dar densidade às atividades de pesquisa relacionadas à missão institucional. Essas atividades se articulam com o ensino e a assistência (ambulatorial, laboratorial) para unidades e escritórios da Fiocruz, instalados recentemente e/ou em áreas com menor densidade de cursos de pós-graduação Stricto sensu. Acesse o edital aqui.
Divulgação Científica
Com esta iniciativa, a Fiocruz busca inspirar cientistas da instituição a protagonizar o processo de mediação entre ciência e sociedade, incrementando seu diálogo com os cidadãos. As propostas de projetos de divulgação científica podem ser apresentadas por cientistas de todas as idades, níveis acadêmicos diferenciados (estudantes, jovens cientistas, pesquisadores sênior) e distintas áreas do conhecimento. Acesse o edital aqui.
Medalha Virgínia Schall de Mérito Educacional
Criada em homenagem à pesquisadora Virgínia Schall, a medalha valoriza a trajetória de vida de servidores com reconhecida atuação e mérito no campo da educação em saúde. Dentre as características a serem reconhecidas, estão integridade profissional e influência marcante nas políticas educacionais. Em 2019, somente serão aceitas candidaturas de profissionais com destacada atuação em educação na área de saúde coletiva. Acesse o edital e leia também o regulamento.
Prêmio Oswaldo Cruz de Teses
A premiação é concedida a teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde nas diversas áreas temáticas de atuação da Fiocruz. Neste edital, poderão concorrer autores de teses defendidas entre os meses de maio de 2018 e abril de 2019 nos cursos da Fiocruz e de cursos nos quais a Fiocruz participa de forma compartilhada e que sejam registrados na Coordenação Geral de Educação (CGE/Fiocruz). Acesse o edital e leia o regulamento.
Meninas na Ciência
O edital, que visa estimular a produção das meninas na ciência, será anunciado, em breve, aqui no Campus Virtual Fiocruz. Enquanto isso, confira algumas iniciativas que vêm sendo desenvolvidas e prepare-se para o lançamento.
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*Atualizado em 8/5/2019..
Apesar de serem cerca de metade da população, as mulheres ainda são minoria na ciência. Elas são apenas 30% das cientistas do mundo e receberam somente 3% das indicações do Nobel nas áreas científicas. No Brasil, apenas 14% dos membros da Academia Brasileira de Ciências são mulheres. Pensando nisso, a Organização das Nações Unidas estabeleceu, em 2015, o dia 11 de fevereiro como o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, em consonância com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
O dia foi celebrado pela primeira vez na Fiocruz, com uma roda de conversa com pesquisadoras da Fundação sobre suas trajetórias científicas, no auditório do Museu da Vida. Eventos paralelos em outras unidades também foram realizados para marcar a data. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade de Lima, primeira mulher a ocupar a posição, contou sobre sua emoção. “Esse dia me deu um sentimento de 8 de março, mas com o foco na atividade científica”, disse, lembrando de outras mulheres que foram pioneiras na instituição, como Maria Deane e Sylvia Hasselmann. Nísia pediu que as convidadas falassem não só sobre suas conquistas nas carreiras, mas também das dificuldades e desafios que enfrentaram.
Márcia Chame, Maria do Carmo Leal, Maria Elisabeth Lopes Moreira, Patrícia Brasil e Yara Traub-Cseko são hoje cientistas premiadas e referências em suas áreas de atuação. Mas percorreram um longo caminho para serem reconhecidas na carreira. A importância de exemplos, de bolsas de iniciação científica e do encontro com pessoas que acreditem e apoiem suas carreiras foram alguns dos componentes citados pelas cientistas como determinantes em seu sucesso profissional.
As dificuldades, no entanto, estão ainda presentes. A doutoranda e representante da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz Helena d'Anunciação de Oliveira lembrou alguns comentários que ouviu em seu ambiente profissional como enfermeira. Por ser uma área majoritariamente feminina e relacionada ao cuidado, a profissão é muitas vezes estigmatizada. “Já ouvi de um colega que, por ser enfermeira, já tinha fantasia pronta para o Carnaval. Diariamente somos diminuídas em nosso espaço de trabalho e em nossa capacidade tecnocientíficas”, contou Helena.
A relação da carreira acadêmica com a maternidade foi um ponto tocado em diversas falas. A exigência por produtividade muitas vezes ignora fases e processos naturais da vida, como a gestação e o tempo para o cuidado dos filhos, que ainda recai desproporcionalmente sobre as mulheres. Iniciativas recentes da Fiocruz buscam reduzir essa desigualdade. Uma delas é a inclusão de uma cláusula no Edital de Geração do Conhecimento do Inova Fiocruz que considera o tempo de gestação e os filhos no currículo lattes das mulheres cientistas e a criação do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fundação.
Para as pesquisadoras também é necessária uma mudança cultural. “Os homens precisam participar e desempenhar mais ativamente a paternidade”, destacou a pesquisadora sênior do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Yara Traub-Cseko. “Essa é uma discussão de toda a sociedade, não apenas de mulheres e meninas”, concordou a presidente da Fiocruz. “Eu venho de um feminismo que defendia uma sociedade mais feminina, no sentido de que as características tidas como femininas, como o diálogo e o cuidado, sejam mais valorizadas pela sociedade como um todo. A ciência também precisa se adaptar a isso”.
O racismo e a questão de classe também foram levantados como temas importantes e que afetam a trajetória de muitas mulheres. Ser a primeira da família a ter uma graduação ou uma pós-graduação é uma conquista celebrada por algumas das componentes da mesa, que tiveram que abrir caminhos. “Precisamos falar de racismo. Na minha infância, eu não tinha muitas referências negras com graduação. Hoje eu quero poder ser esta referência para outras meninas”, afirmou a pesquisadora do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) Mychelle Alves, que integra o Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fundação.
Após o relato das pesquisadoras convidadas, o microfone ficou aberto para perguntas e intervenções. Uma das participações mais marcantes foi a de Ariela Couto Correia, ex-aluna do Programa de Vocação Científica (Provocc), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). “Quando resolvi que queria ser cientista, meu exemplo era a química Marie Curie. Mas com o tempo descobri que há pesquisadoras próximas a mim que são inspiradoras, como essas que estão aqui hoje”, disse. A menina contou a história de como encontrou a sua orientadora, mulher que a ajudou a crescer como cientista. “Agradeço muito à Fiocruz por me ensinar tudo o que sei hoje. A instituição nos prepara para o mundo, entramos aqui estudantes e ela fala: ‘vai, agora é a sua vez de brilhar’”, finalizou ao som de palmas calorosas da plateia.
Outra fala inspiradora foi a de Priscila Moura, aluna de doutorando da Fiocruz. “Quando passei no mestrado, um professor me disse que a Fiocruz não era o meu lugar. Naquele mesmo dia, passei caminhando pelo Castelo Mourisco e me prometi que só sairia daqui com o meu diploma”, contou. Ela lembrou, ainda, da importância de ser solidária com as estudantes mais jovens, que estão no início da jornada: “Eu pego na mão e levanto várias meninas, alunas, diariamente. Até porque eu entrei aqui uma menina... E hoje saio uma mulher negra cientista”, concluiu.
O debate sobre acesso à educação e maternidade também voltou à cena com a participação das moradoras da comunidade de Manguinhos, Simone Quintela e Norma de Souza. Simone, que se especializou em promoção da saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), disse que é preciso levar este debate para dentro das favelas. “Onde eu moro são muitas as mulheres sem oportunidade de estudo, por diversos motivos, dentre eles a maternidade”, apontou. Já Norma enfatizou, em sua fala, a importância da atenção básica e da orientação em saúde às meninas moradoras da comunidade.
Concedido pela Presidência da Fiocruz, sob a coordenação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses reconhece o mérito de trabalhos de elevado valor para o avanço do campo da saúde em diferentes áreas de atuação institucional: saúde coletiva, ciências biológicas aplicadas à saúde, biomedicina, medicina, ciências humanas e sociais. A cerimônia de premiação ocorrerá em 15 de outubro, das 14h às 17h, na Tenda da Ciência Virgínia Schall, no Campus de Manguinhos.
Confira as teses premiadas e menções honrosas
Na área de Medicina, Veronica Elizabeth Mata foi a vencedora com a tese Comparação da acurácia diagnóstica de testes diagnósticos comerciais imunocromatográficos com NS1 para detecção de dengue, orientada por Sonia Regina Lambert Passos e Carlos Augusto Ferreira Andrade, do Programa de Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro chagas (INI). A menção honrosa foi para Thaís Faggioni, com a tese O ensino de imunologia em algumas escolas médicas brasileiras: proposição de novas estratégias utilizando tecnologias da comunicação e informação, orientada por Luis Anastácio Alves, do Programa de Ensino de Biociências e Saúde, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC).
Em Saúde Coletiva, Aderita Ricarda Martins de Sena teve a tese premiada. Com o tema Seca, vulnerabilidade socioambiental e saúde: impactos no Semiárido Brasileiro, o trabalho foi orientado por Christovam Barcellos e Carlos Machado de Freitas, do Programa de Informação e Comunicação em Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação científica e Tecnológica em Saúde (Icict). A menção honrosa foi para Ana Paula Azevedo Hemmi, com a tese Participação em construção de políticas de saúde: o caso da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, orientada por Tatiana Wargas, do Programa de Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp).
Já na área de Ciências Biológicas aplicadas à Saúde e Biomedicina, Carolina Araújo Moraes, autora da tese Investigação do Papel da Microglia na Disfunção Sináptica na Sepse foi a escolhida. O trabalho foi orientado por Fernando Bozza, do Programa de Biologia Celular e Molecular do IOC. Gabriela de Azambuja Garcia receberá a menção honrosa pelo trabalho O papel da resistência a Inseticidas e da densidade de Aedes Aegypti na disseminação da Wolbachia em populações nativas do Rio de Janeiro, Brasil, sob orientação de Rafael Maciel de Freitas e Daniel Vilella, do Programa de Biologia Parasitária do IOC.
Finalizando a lista dos agraciados pelo Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018, na área de Ciências Humanas e Sociais, Viviane Santos de Oliveira Veiga teve a tese A percepção dos pesquisadores portugueses e brasileiros da área de Neurociências quanto ao compartilhamento de artigos científicos e dados de pesquisa no acesso aberto verde: custos, benefícios e fatores contextuais premiada, sob orientação de Cícera Henrique da Silva e Paulo Roberto Borges, do Programa de Informação e Comunicação em Saúde, do Icict. A menção honrosa foi para Bianca Della Líbera da Silva, com a tese Um mundo sem barreiras: estudantes com deficiência visual discutindo saúde nas mídias sociais, orientada por Claudia Jurberg, do Programa de Ensino em Biociências e Saúde, do IOC.
Por CCS/Fiocruz | Foto: Arquivo Fiocruz
No dia 8 de março, a Fiocruz abriu oficialmente o ano letivo de 2018. No evento, alunos, professores e pesquisadores receberam boas notícias: a presidente Nísia Trindade lançou novos editais e também anunciou a continuidade de iniciativas de fortalecimento do Programa de Integração e da Divulgação Científica. As ações são coordenadas pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz). "Estas iniciativas de fomento são importantes para a sustentação dos nossos programas e atividades. São instrumentos para que as políticas aprovadas na Fundação sejam implementadas de uma forma efetiva", comentou Nísia.
O vice-presidente Manoel Barral lembra da importância das ações neste momento. "É importante observar que os editais e chamadas visam estimular e promover a integração entre as unidades e a inserção de recém-doutores na plena atividade institucional. Iniciativas da Fiocruz nas áreas de educação, informação e comunicação em saúde são ainda mais relevantes no contexto atual, tendo em vista a grande redução no suporte à ciência e as limitações orçamentárias que impõem dificuldades ao Sistema Único de Saúde (SUS)", afirma.
Saiba quais são os objetivos dos editais e clique nos links para acessá-los.
Objetivo: Integração dos programas de educação, que visam o desenvolvimento conjunto de conhecimentos pelas unidades da Fiocruz
O Programa de Mobilidade Acadêmica dá apoio financeiro para até 20 alunos, por ano, em nível de pós-graduação Stricto sensu. O objetivo é selecionar alunos de programas de mestrado acadêmico, mestrado profissional ou doutorado da Fundação, que estejam regularmente matriculados e que tenham interesse em desenvolver projetos de pesquisa em suas unidades ou escritórios. Com isso, amplia-se a possibilidade de capacitação técnico-cientifica dos pós-graduandos, induzindo uma formação mais ampla e diversificada de profissionais da saúde. Para participar, além de estar regularmente matriculado num programa de mestrado acadêmico, mestrado profissional ou doutorado, é preciso apresentar seu currículo e o de seu orientador atualizados na Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O objetivo do edital é selecionar pesquisadores visitantes sênior para ampliar e dar densidade às atividades de pesquisa relacionadas à missão institucional. Tais atividades se articulam com o ensino e a assistência (ambulatorial, laboratorial) para unidades e escritórios da Fiocruz, instalados recentemente e/ou em áreas com menor densidade de cursos de pós-graduação Stricto sensu. A implementação do Plano de Atividades também visa captar recursos de forma independente, auxiliar a estruturação e fortalecer programas de pós-graduação nestas unidades, assim como a orientação de alunos de mestrado e doutorado.
São bolsas para alunos orientados por professores recém-doutores, que sejam servidores da Fiocruz admitidos como docentes. O edital faz parte do Programa de Integração da Fiocruz. Dentre os benefícios, além da bolsa, estão: apoio com despesas com revisão e tradução, apoio para pagamento de taxas de publicação em revistas de acesso aberto e curso de língua estrangeira oferecido para o recém-doutor e para o bolsista pós-graduação.
Objetivo: Valorização e incentivo ao desemp, educação, saúenho do corpo de alunos e professores da Fiocruz
A medalha, criada em homenagem à pesquisadora Virgínia Schall, busca valorizar a trajetória de vida de servidores com reconhecida atuação e mérito no campo da educação em saúde. Dentre as características a serem reconhecidas, estão: integridade profissional, contribuição duradoura para o campo de atuação, reconhecimento geral das características de liderança e influência marcante nas políticas educacionais. As áreas de atuação contempladas são: ciências biológicas aplicadas à saúde e biomedicina; medicina; saúde coletiva; ciências humanas e sociais. Confira o regulamento aqui.
Em sua edição do ano 2018, o prêmio é voltado para teses da Fiocruz de elevado valor defendidas entre maio de 2017 e abril de 2018. Vale para as seguintes áreas: ciências biológicas aplicadas e biomedicina; medicina; saúde coletiva; ciências humanas e sociais. As inscrições podem ser feitas de 2 de maio a 18 de junho de 2018. Confira o regulamento aqui***.
Objetivo: Ampliação do relacionamento da Fiocruz com a sociedade
O edital de propostas para projetos em divulgação científica foi lançado no dia 5 de março deste ano e visa inspirar um número ainda maior de cientistas da instituição – de todas as idades, de níveis acadêmicos diferenciados (estudantes, jovens cientistas, pesquisadores sênior) e de distintas áreas do conhecimento. O objetivo é sensibilizar o protagonismo deles no processo de mediação entre ciência e sociedade, incrementando seu diálogo com os cidadãos.
Lançado em 6 de março de 2018, este concurso público chega à sua terceira edição e visa a produção de obras audiovisuais. Serão contemplados sete filmes: cinco no gênero documentário e duas animações. Estão entre os temas sugeridos: zika/microcefalia e dengue; saúde da família e atenção primária; saúde nas prisões; amamentação; drogas e saúde pública; doenças negligenciadas; perfis de sanitaristas e de cientistas do campo da saúde coletiva; a relação entre saúde e ambiente e os determinantes sociais da saúde. Os filmes integrarão o catálogo do Selo Fiocruz Vídeo, junto a produções próprias da VideoSaúde e de parceiros, que chegará a 35 obras em 2019. Saiba mais aqui.
Por Flávia Lobato, Valentina Leite e Raphaela Fernandes (Campus Virtual Fiocruz)
*Atualização em 21/3/2018.
**Atualização em 04/4/2018.
***Atualização em 25/4/2018.
Reconhecimento institucional, aprendizado e crescimento pessoal, e o melhor da tradição da Fiocruz: a valorização dos campos da ciência, pesquisa e educação em saúde. Essa foi a tônica durante a cerimônia de entrega do 1º Prêmio Oswaldo Cruz de Teses. A iniciativa, conduzida pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), foi celebrada pelos doutores e seus orientadores, homenageados no dia 4 de dezembro, às 9h, no Auditório do Museu da Vida.
O coordenador da Associação de Pós-graduandos da Fiocruz (APG-Fiocruz), Jefferson Campos, o vice-presidente Manoel Barral, e a presidente Nísia Trindade Lima estiveram juntos na mesa de abertura.
Potência dos estudantes e reconhecimento institucional
Jefferson falou sobre a importância do reconhecimento institucional aos estudantes de uma forma ampla, não só em relação à sua potência acadêmica. “É importante aprofundar os processos de formação e participação contínua, o papel político e estratégico dos pós-graduandos na Fundação”, afirmou. Neste sentido, lembrou que o Congresso Interno contará na edição deste ano com representação dos estudantes e também que a APG-Fiocruz acaba de conquistar um espaço junto com o novo Centro de Apoio ao Discente.
Contribuição de alto nível para o campo da saúde
O vice-presidente Manoel Barral, por sua vez, destacou o diferencial do Prêmio. “Pedimos aos candidatos que escrevessem sobre a importância da sua tese para o campo da saúde como um todo e também que indicassem a contribuição do trabalho na perspectiva da comunicação social. Mais do que estimular o avanço do conhecimento, esta iniciativa tem o objetivo de fazer avançar o campo da saúde”.
Barral também mencionou a altíssima qualidade dos trabalhos apresentados em quatro categorias. “Sabemos que as regras permitem até que a banca não indique vencedores. Mas, felizmente, já nesta primeira edição do Prêmio começamos de uma forma muito sólida, com trabalhos de altíssima qualidade. Isso sinaliza o nível exigido nas próximas edições”, disse. Ele agradeceu à Coordenação Geral de Educação, especialmente a sua coordenadora Cristina Guilam, a Eduarda Cesse e Isabella Delgado, que se dedicaram à plena realização desta iniciativa.
Além disso, anunciou que está sendo desenvolvida uma área de prêmios e homenagens no Campus Virtual Fiocruz e de divulgação de vídeos produzidos pelo Canal Saúde com esta finalidade.
Autoavaliação, legado e atualização da agenda Fiocruz
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, comentou que a premiação é uma oportunidade de refletir sobre os rumos da pós-graduação da Fiocruz, cujos programas têm garantido a elevação das notas na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), agência de fomento, vinculada ao Ministério de Educação. “Também acredito que o espírito do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses está na capacidade de autoavaliação dos alunos e dos professores, modelo que já vem sendo bastante adotado internacionalmente”, afirmou.
Ela lembrou que esta primeira edição coincide com o Ano Oswaldo Cruz, que relembra o centenário do falecimento do fundador da instituição. “Estamos também reverenciando o legado que ele nos deixou e de atualizando a agenda Fiocruz de ciência, pesquisa e educação, tripé que assenta esta casa, pensando também em inovação”.
Premiados celebram iniciativa em clima de alegria
O Prêmio Oswaldo Cruz de Teses contemplou vencedores de quatro áreas temáticas e entregou menções honrosas a seis estudantes e seus orientadores. Do palco, falaram com alegria sobre a premiação, destacando a valorização dos estudantes, as novas oportunidades que se abriram, as experiências de campo que dialogam com os cientistas da Fiocruz e os processos de aprendizado, crescimento e de transformação pessoal.
Durante o evento, também foram homenageados os estudantes da Fiocruz que se destacaram no Prêmio Capes de Tese 2017. Nísia lembrou que entrega do grande prêmio da Capes acontecerá no dia 7 de dezembro e que está na torcida para que mais uma vez seja reconhecida a diversidade da produção da Fiocruz e sua contribuição às ciências e aos direitos no país.
A presidente também falou sobre o programa de mobilidade acadêmica, que promove o “equilíbrio entre os vários institutos da Fiocruz e sua contribuição para o SUS e a democracia”.
Por fim, Nísia anunciou que no ano que vem será lançado um programa de bolsas de incentivo e a recém-doutores.
1º Prêmio Oswaldo Cruz de Teses (2017)
Saúde Coletiva
1º lugar: Mauricio Lisboa Nobre
Orientadora: Euzenir Nunes Sarno
Tese: Estratégias para bloquear a transmissão da hanseníase em município hiperendêmico – Mossoró/RN
Medicina
1º lugar: Bruno Jorge de Andrade Silva
Orientadora: Roberta Olmo Pinheiro
Tese: Mecanismos de regulação autofágica em pacientes com hanseníase e seu papel na imunopatogênese da reação reversa em pacientes multibacilares
Ciências Biológicas Aplicadas à Saúde e Biomedicina
1º lugar: Caroline Xavier de Carvalho
Orientador: Milton Ozório Moraes
Tese: Influência genética durante a infecção por dengue: polimorfismos de base única associados a dengue grave e seus efeitos funcionais
Ciências Humanas e Sociais
1º lugar: Gabriel Lopes Anaya
Orientadora: Magali Romero Sá
Tese: Anopheles Gambiae: do invasor silencioso ao "feroz mosquito africano" no Brasil (1930-1940)
Menções honrosas
Beatriz Coronato Nunes (IOC); Carla Costa Garcia (Icict); Dhelio Batista Pereira (INI); Raquel Martins Lana (Ensp); Sheila Soares de Assis (IOC); Renata dos Santos Almeida (Fiocruz Pernambuco)
Por Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz) | Fotos: Peter Ilicciev
Nada melhor para celebrar a geração de conhecimento do que reconhecimento. Como parte das ações de valorização de quem faz a educação na Fiocruz, a Presidência da instituição lançou o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses. O anúncio foi feito durante o evento de comemoração pelo Dia do Professor, realizado em 17 de outubro, na Tenda da Ciência, no campus Manguinhos.
Durante o evento – no qual também foram homenageados os alunos que se destacaram em no Prêmio Capes de Tese – a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, comentou a importância de incentivar jovens cientistas. “É fundamental oferecer condições para que os estudantes e novos pesquisadores possam se desenvolver e apresentar suas contribuições para os diversos campos do conhecimento. Estamos felizes em instituir esta premiação como parte das diversas iniciativas que celebram o Ano Oswaldo Cruz”.
Sobre o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2017
O novo edital incentiva a produção de teses de elevado valor, que promovam avanços no campo da saúde nas diversas áreas temáticas de atuação institucional, como destaca o vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Manoel Barral. "É mais uma ação indutora, com a intenção de provocar avanços e fomentar inovações, estimulando o pensamento criativo e crítico dos alunos de pós-graduação, o que se expressa nas teses das várias áreas de atuação da Fiocruz”.
As inscrições para o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses vão até o dia 13 de novembro. Poderão concorrer autores de teses defendidas entre maio de 2016 e abril de 2017 de cursos da Fiocruz e cursos nos quais a Fundação participa de forma compartilhada e que sejam registrados na Coordenação Geral de Educação (CGE - antiga Coordenação Geral de Pós-graduação - CGPG).
Será selecionada uma tese de cada uma das seguintes áreas: saúde coletiva; ciências biológicas aplicadas à saúde e biomedicina; ciências humanas e sociais; e medicina.
Acesse o edital e o regulamento aqui no Campus Virtual Fiocruz, na área de documentos.
Mais informações
Coordenação Geral de Educação
Telefone: (21) 3885-1715
E-mail: PremioOCTeses2017@fiocruz.br
Por Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz) | Foto: Peter Ilicciev
Em função dos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus, a coordenação da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma) anunciou a prorrogação das inscrições da 10ª edição: agora, professores da educação básica de todo o país terão até o dia 13 de dezembro para inscrever os trabalhos de alunos.
Os trabalhos devem ser de estudantes do ensino fundamental II (6º ao 9º ano) e do ensino Mmédio (incluindo a Educação de Jovens e Adultos – EJA), desenvolvidos entre 2019 e 2020, nas modalidades Produção Audiovisual, Produção de Textos e Projeto de Ciências. Devem ser originais e abordar obrigatoriamente as temáticas relacionadas à saúde e o meio ambiente.
O processo de avaliação será dividido em duas etapas: regional e nacional, sendo que os premiados na etapa regional estarão aptos a concorrer à etapa nacional. A iniciativa premiará os 36 melhores trabalhos com uma viagem ao Rio de Janeiro, para que alunos e professores participem de atividades científicas e culturais na cidade. Além da premiação nacional, também será oferecido o Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã a um trabalho desenvolvido especificamente por grupos de alunas e professoras do gênero feminino.
As inscrições devem ser realizadas exclusivamente pelo site oficial www.olimpiada.fiocruz.br. Também é fundamental que os professores leiam o regulamento e se atentem ao envio dos trabalhos de acordo com a sua região. Para facilitar a organização, a Olimpíada está dividida em seis coordenações regionais: Centro Oeste, Minas-Sul, Nordeste I, Nordeste II, Norte e Sudeste (os endereços estão disponíveis no site).
Para acompanhar todas as novidades sobre a Obsma, fique atento às redes sociais: Facebook e Instagram. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail olimpiada@fiocruz.br ou pelo telefone (21) 3882-9291. Clique aqui para saber como participar!
Acaba de sair a relação final de teses premiadas e menções honrosas do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018.
A premiação, concedida pela Presidência da Fiocruz, reconhece o mérito de teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde em diferentes áreas de atuação institucional: saúde coletiva, ciências biológicas aplicadas à saúde, biomedicina, medicina, ciências humanas e sociais.
Parabéns a todos!
Campus Virtual Fiocruz | Foto: Biblioteca Virtual Oswaldo Cruz
Saiu a lista de candidatos com inscrições homologadas no Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018.
Concedida pela Presidência da Fiocruz, a premiação reconhece o mérito de teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde em diferentes áreas de atuação institucional: saúde coletiva, ciências biológicas aplicadas à saúde, biomedicina, medicina, ciências humanas e sociais.
Para ler o regulamento do processo seletivo e acompanhar o cronograma do prêmio, acesse o edital.
*Lista atualizada no dia 8 de agosto de 2018 com a inclusão de mais uma candidata.
Campus Virtual Fiocruz | Foto: Biblioteca Virtual Oswaldo Cruz |