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Publicado em 30/09/2019

Fiocruz discute educação aberta no Fórum da Internet no Brasil

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

O Brasil tem 126,9 milhões de usuários de Internet, segundo pesquisa divulgada no segundo semestre deste ano pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic). Um estudo específico sobre o campo da educação mostra que 76% dos docentes buscaram formas para desenvolver ou aprimorar seus conhecimentos sobre o uso de tecnologias digitais em processos de ensino e de aprendizagem. Diante do crescimento e da consolidação da internet no país, é importante debater como este movimento tem se dado. O tema está no centro das discussões do Fórum da Internet no Brasil, promovido anualmente pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), desde 2011. Em 2019, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é preponente de um tema pela primeira vez* no Fórum, que acontece de 1º a 4 de outubro, em Manaus (AM).

A proposta foi apresentada por Ana Furniel, coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, que integra a Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), e Rodrigo Murtinho, diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). A instituição será responsável pelo workshop Educação aberta: ampliando o acesso ao conhecimento em redes colaborativas. Este ano, o 9º Fórum da Internet no Brasil contará com três sessões principais e 27 workshops.

Para a coordenadora da mesa da Fiocruz, o Fórum é um evento importante para a educação, pois promove um amplo debate entre atores da sociedade e interessados no tema. "É uma oportunidade de aprofundamento dos modelos participativos e da governança da internet. Para isso, o Fórum congrega participantes dos setores governamental, empresarial, científico e tecnológico e do terceiro setor", diz Ana Furniel. E por que falar de educação aberta? “A escolha se deu pela necessidade de reforçar as políticas e práticas voltadas à educação aberta — uma diretriz institucional que fomente o debate com outras instituições, com universidades e que estimule a adesão da sociedade”, comenta.

O workshop da Fiocruz sobre educação aberta está marcado para o dia 3 de outubro, das 9h às 10h30, no Salão E do Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques (local do evento). Confira aqui a programação. E, para acompanhar à distância, acesse o link da transmissão ao vivo.

Diversidade, universalidade e inovação

Um dos principais objetivos do Fórum da Internet no Brasil é tratar de uma internet cada vez mais diversa, universal e inovadora no país. A iniciativa surgiu em 2011, criada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), que é responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da internet no país. Em sua 9ª edição, o evento é uma atividade preparatória para o Fórum de Governança da Internet (IGF), um encontro global promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Este ano serão debatidos pontos como os princípios da liberdade, os direitos humanos e a privacidade. Tudo isso baseado nos Princípios para a Governança e Uso da Internet. Visite o site do Fórum e saiba mais: https://forumdainternet.cgi.br/.

Serviço
Workshop Educação aberta: ampliando o acesso ao conhecimento em redes colaborativas
Proponentes: Ana Furniel (VPEIC/Fiocruz) e Rodrigo Murtinho (Icict/Fiocruz)
Data: 3/10/2019
Horário: 9h às 10h30
Local: Salão E do Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques – Manaus (AM)

 

*Atualizado em 1/10/2019.

Publicado em 06/09/2019

Profsaúde: primeira turma do Mestrado Profissional em Saúde da Família forma 180 alunos

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz), com informações de Vilma Reis (Abrasco) | Fotos: Peter Ilicciev

Para além da medicina como profissão, a saúde como missão social. Foi o que se celebrou na formatura da primeira turma do Mestrado Profissional em Saúde da Família (Profsaúde), na sexta-feira (30/8). O que se viu e ouviu no Museu da Vida/Fiocruz foi uma afirmação da diversidade: 180 mestres, oriundos de mais de 20 instituições de todas as regiões do Brasil, acompanhados por suas próprias famílias, e trazendo suas bagagens cheias de experiências e aprendizados compartilhados.

Nada mais natural, considerando que o programa de pós-graduação Sricto sensu foi concebido coletivamente, junto a diversas instituições dos campos da saúde e da educação. Lançado em 2015 para ampliar a formação de médicos para a Atenção Primária em Saúde, o Profsaúde é reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC). A coordenação nacional é composta por Luiz Augusto Facchini, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), e por Maria Cristina Guilam e Carla Pacheco Teixeira, ambas da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz.

Planos ousados e uma turma realizada

Os gestores e participantes da rede Profsaúde comemoraram muito os frutos dos planos que ousaram realizar. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, lembrou que a iniciativa teve origem no programa Mais Médicos, com o objetivo de aproximar a medicina da família e da comunidade ao campo da saúde coletiva. Ela ressaltou que é preciso ousar na formulação e implementação de políticas públicas. “Atualmente falamos muito em dificuldades. Mas eu quero falar em potência. Celebrar nossos mestres, instituições e a força das nossas ideias — que só podem se realizar plenamente nestes espaços de diálogo espaços que honram a continuidade do SUS [Sistema Único de Saúde] com toda sua complexidade e toda sua beleza que hoje vejo representadas aqui”, afirmou Nísia.

Junto dela, na mesa de abertura do evento, estavam mais cinco mulheres: a vice-presidente de Educação Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado e a presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Gulnar Azevedo. E também Adriana Fortaleza da Silva, Coordenadora-Geral Substituta de Ações Estratégicas, Inovação e Avaliação da Educação em Saúde/Ministério da Saúde (MS); Aldira Samantha Teixeira, Diretora Substituta de Desenvolvimento da Educação em Saúde/MEC; e Maria Célia Vasconcellos, representando o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Em falas que precederam a de Nísia, todas celebraram a formação de uma rede que visa, em primeiro lugar, o fortalecimento do SUS, seus princípios e a missão de fazer com que a saúde seja um direito assegurado a toda a população brasileira.

Uma rede de educação, prática e saberes para fortalecer o SUS

A vice-presidente da Fiocruz e médica sanitarista, Cristiani Machado, falou sobre o processo de debates entre os diversos atores envolvidos (governos, universidades, entidades médicas, entre outros) para a formulação do mestrado profissional. “É preciso lembrar que esta foi uma proposta inovadora”. Ela também destacou a ousadia de formar uma rede voltada à atenção básica e de forma integral. “Não se trata apenas do cuidado individual oferecido pelos médicos de saúde da família. Estamos falando da visão de determinação social da saúde, de seu caráter multidisciplinar, tudo isso é fundamental para a atenção integral”. O desafio, segundo a vice-presidente, é dar continuidade à iniciativa com base nesses princípios. As inscrições para uma nova turma estão previstas para serem abertas no dia 2 de outubro.

A presidente da Abrasco, Gulnar Azevedo e Silva, afirmou que é papel da Abrasco facilitar as cooperações para melhorar a saúde da população. Tratando do caráter multiprofissional da formação, ela comentou a importância de valorizar o trabalho do agente comunitário de saúde, do professor nas escolas da rede pública, de enfermeiros, psicólogos, dentistas, nutricionistas. “Não podemos trocar esse modelo pelo que está sendo imposto hoje: que só fala no médico e de uma carteira de cuidados médicos. Cada um que sair daqui voltará para sua cidade entendendo e mostrando aos colegas que é possível se formar valorizando a saúde coletiva”.

Coordenação integrada

A cerimônia continuou com uma mesa de agradecimentos formada por Maria Cristina Rodrigues Guilam, Coordenadora Acadêmica Nacional; por Carla Pacheco Teixeira, Coordenadora Executiva Nacional, e pelo professor Luiz Augusto Facchini, presidente Abrasco na gestão 2009-2012, e atualmente Pró-Reitor do Profsaúde.

Carla fez agradecimentos a cada envolvido no programa: alunos, professores, autores, coordenação, gestão, Presidência. Ela destacou a integração no processo. “Como amadurecemos! As oficinas eram quentes, e nós construímos e desconstruímos ideias”, disse. A coordenadora executiva parabenizou os mestres que não desistiram “mesmo diante de uma conjuntura tão desfavorável para o militante da atenção primária e do SUS”.

Facchini comentou a importância do programa no Brasil, um dos países mais desiguais do mundo, e da Estratégia de Saúde da Família neste contexto. “Mesmo com dificuldades de subfinanciamento conseguimos estender nossa ESF para mais de 40 mil equipes para mais de 130 milhões de pessoas no Brasil. Tivemos a capacidade de propor um projeto pedagógico inovador em rede com mais de 20 instituições. Estamos em pleno andamento da segunda turma e já a caminho de uma terceira que será multiprofissional numa verdadeira integração da academia e do serviço”. O professor fechou sua fala com uma novidade: “Temos condições de sonhar para breve, muito breve, propor um doutorado profissional em saúde da família”.

A coordenadora acadêmica, Cristina Guilam, comemorou a diversidade e a força do grupo, mencionando o vídeo em homenagem a todos os participantes da rede Profsaúde. Cristina deu seu recado cantando:

'"Isto aqui, ô ô
É um pouquinho de Brasil iá iá
Deste Brasil que canta e é feliz
Feliz, feliz...
É também um pouco de uma raça

Que não tem medo de fumaça ai, ai
E não se entrega não”

Durante a formatura, foi lançado o novo site do Profsaúde, desenvolvido pela equipe do Campus Virtual Fiocruz. O espaço valoriza a integração dos membros da rede e conta com funcionalidades para acesso a editais, notícias, biblioteca, documentos e ambientes virtuais de aprendizagem, entre outras. Acesse!

Leia mais na matéria publicada no site da Abrasco.

Publicado em 23/08/2019

Fiocruz terá representante no Parlamento Jovem Brasileiro

Autor(a): 
Julia Neves (EPSJV/Fiocruz)

Elaborar projetos de leis e debater na Câmara Federal temas de grande importância para a sociedade brasileira. Essas são algumas das atribuições de um deputado federal. Daqui a um mês, essas mesmas funções também serão exercidas durante sete dias por estudantes de ensino médio de escolas públicas e particulares de todo o país, por meio do Programa Parlamento Jovem Brasileiro. Dos 78 selecionados, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) vai ter um representante – Thiago Lopes Marques, de 16 anos, aluno do 2º ano do ensino médio, da habilitação de Gerência em Saúde, foi aprovado no programa e irá vivenciar na prática o trabalho dos deputados federais, de 23 a 27 de setembro, em Brasília. “Para um jovem da área da gestão em saúde será uma experiência transformadora. Eu vou saber como é, de fato, ser um deputado, fazendo negociações por cargos, por votos em projetos... Minha maior expectativa é ser presidente da Comissão de Saúde e Segurança Pública”, afirma o jovem.

Para participar, os estudantes tiveram que apresentar um projeto de lei. Thiago desenvolveu uma proposta que diz respeito aos requisitos necessários para ocupar cargos de gestão de serviços de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). A motivação do estudante se justifica na falta de profissionais qualificados na gestão do SUS: “Li artigos sobre os desafios da implementação do SUS e da Atenção Básica. E eles sempre apontam a inexistência de demanda da formação de gerência em saúde no sistema de saúde”.

Segundo o projeto do jovem, o ministro da Saúde, os secretários estaduais de Saúde, os secretários municipais de Saúde e os gestores de serviços de saúde teriam que comprovar aptidão técnica e se submeterem à aprovação dos respectivos conselhos de Saúde para exercerem a função. “Essa lei beneficiará os usuários do SUS em âmbito nacional, visando à garantia de que os ocupantes possuam a qualificação necessária para a gestão em saúde. Promove-se, assim, a operacionalização do sistema de saúde pública, assegurado como direito fundamental na Constituição Federal”, garante.

Quando estiver na Câmara, Thiago irá discutir com outros jovens os projetos que foram submetidos ao programa. “Primeiro os projetos irão para as comissões e depois a gente vai escolher dois deles para serem encaminhados e aprovados no Congresso”, conta o jovem, que ressalta o apoio da família e da Escola. “Sem o Politécnico eu não teria conseguido. Eu não tinha a mínima noção do que era elaborar um projeto desses. Foi fundamental o apoio não só dos meus professores, mas também da minha família. Minha irmã, por exemplo, que é advogada, me ajudou na parte da linguagem, de como faria a disposição dos artigos”.

Publicado em 16/08/2019

Buscando pesquisadores que trabalham pela educação no Brasil? Conheça a Plataforma de Ciência para Educação

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Que tal conhecer pesquisadores que trabalham para solucionar problemas da educação brasileira? Pensando nessa rede, foi desenvolvida a Plataforma de Ciência para Educação (Plataforma CpE). Através de ferramentas computacionais, os usuários da plataforma podem buscar por cientistas da Rede CpE e também da área de intersecção ciência e educação, vinculados a diferentes instituições de pesquisa no país. Os nomes dos cientistas aparecem junto a métricas da produção acadêmica.

As informações são da Plataforma Lattes, base de dados de acesso aberto mantida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As ferramentas para apresentar os dados foram desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisa em Cientometria da Universidade Federal do ABC (UFABC).

A Plataforma CpE é mantida pela Rede Nacional de Ciência para Educação (CpE), o Instituto Ayrton Senna e o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino. A iniciativa conta com apoio da Academia Brasileira de Ciências, da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, do Instituto Ciência Hoje, do Museu do Amanhã e da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Acesse a plataforma e saiba mais em: http://www.plataforma-cpe.org/

Publicado em 15/08/2019

Fiocruz se une ao Fundo de População das Nações Unidas por uma agenda de saúde universal

Autor(a): 
Daniela Rangel (Agência Fiocruz de Notícias)

Intensificar a cooperação Sul-Sul por meio de promoção da saúde para crianças e jovens, assim como saúde materna, direito reprodutivo e combate à violência de gênero. Essas foram as prioridades identificadas para o início do trabalho em parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). As instituições assinaram um Memorando de Entendimento (MdE) em julho, paralelo ao Fórum Político de Alto Nível para o Desenvolvimento Sustentável, na sede da UNFPA em Nova York.

Profissionais da Fundação e do UNFPA se reuniram na Fiocruz entre os dias 7 e 9 de agosto para definir as ações iniciais a serem tomadas e preparar um documento que será apresentado em novembro, em Nairóbi, no Quênia, na Cúpula sobre a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento. “Estamos aqui para traduzir o MdE em projetos. A ideia é que o acordo não beneficie somente as duas instituições, mas o mundo todo”, explicou Jaime Nadal, representante do Fundo no Brasil. 

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, destacou que a cooperação se justifica pelas agendas que as instituições têm em comum. “Precisamos reforçar três pontos: educação, pesquisa, e, principalmente, advocacy, uma tradição na Fundação e no UNFPA”. A presidente lembrou, ainda, a preocupação em realizar pesquisas quantitativas e qualitativas, a fim de gerar dados que permitam analisar desigualdades entre as regiões que serão beneficiadas pelo MdE.

Centro de Referência para atender a países da África, América Latina e Caribe

Na ocasião, foram apresentados dados de países da África, América Latina e Caribe para que os participantes da reunião pudessem avaliar onde os esforços devem ser priorizados. Profissionais da Fundação também apresentaram a experiência institucional em algumas áreas, como saúde materna, e no desenvolvimento da plataforma de educação Campus Virtual Fiocruz. “Trata-se de um acordo técnico, mas também de desenvolvimento, pois será voltado aos locais mais pobres, considerando que o que justifica a cooperação Sul-Sul é a interseção entre esses países”, afirmou Paulo Buss, diretor do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz.

Estas convergências entre as nações envolvidas foram destacadas por todos os participantes, principalmente alguns pontos de origem mais recente, como a transição demográfica dos países e o ressurgimento e fortalecimento das posições mais conservadoras, que acabam por refletir na promoção da saúde de jovens e mulheres, especialmente. “O trabalho relacionado aos países envolvidos na cooperação Sul-Sul é realizado há 40 anos, mas precisamos acelerar e pensar em soluções inovadoras”, disse Bobby Olarte, assessor sênior para cooperação entre países do UNFPA.

A principal solução encontrada pelos participantes da reunião foi a criação de um Centro de Referência, que atenda a países da África, América Latina e Caribe, no qual seriam desenvolvidas ações voltadas às prioridades definidas. Os próximos passos desta primeira fase da cooperação são: identificar como o Centro será financiado e que projetos específicos serão desenvolvidos. “A Fiocruz e o UNFPA trabalham pelos mais vulneráveis e compartilham uma visão de mundo, a parceria vai levar uma agenda de saúde universal onde é mais necessária”, finalizou Jaime Nadal.

Publicado em 02/07/2019

Jovem brasileiro tem interesse por temas de ciência e tecnologia, mas desconhece cientistas e instituições de pesquisa nacionais

Autor(a): 
Casa de Oswaldo Cruz | Foto: Museu da Vida

Temas de ciência e tecnologia despertam grande interesse entre os jovens brasileiros, superando assuntos relacionados a esportes e comparável aos de religião. A maioria porém, incluindo os jovens de curso superior, não consegue citar o nome de uma instituição nacional de pesquisa nem de algum cientista brasileiro. A constatação é da pesquisa O que os jovens brasileiros pensam da ciência e da tecnologia?, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT).

Realizado pela primeira vez no Brasil, o estudo teve abrangência nacional e emprego da técnica de survey, para aplicação de questionário estruturado, presencial, junto a amostra da população brasileira de jovens entre 15 e 24 anos. A pesquisa quantitativa ouviu 2.206 pessoas e foi conduzida entre os dias 23 de março e 28 de abril deste ano. Envolveu também etapas cognitiva e qualitativa, para saber dos jovens suas opiniões e atitudes sobre ciência e tecnologia.

Novidades da pesquisa

Divulgado no dia 24 de junho na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o estudo mensurou, pela primeira vez no Brasil, acesso ao conhecimento científico, desinformação e percepção sobre fake news. Buscou também medir a influência das trajetórias de vida e do posicionamento moral e político dos jovens sobre as atitudes relacionadas à ciência e tecnologia.

Os jovens manifestaram apoio e confiança na ciência e defenderam investimentos no setor. Em geral, eles possuem uma imagem positiva da figura do cientista e, em sua maioria, acreditam que homens e mulheres têm a mesma capacidade para ser cientista e devem ter as mesmas oportunidades. Outro resultado diz respeito aos movimentos antivacina, que vêm gnhando repercussão. Segundo a pesquisa, 75% dos jovens defenderam que não é perigoso vacinar crianças.

A pesquisadora Luisa Massarani, que líder do INCT-CPCT e uma das coordenadoras do trabalho de pesquisa, diz que ainda há poucos estudos nessa direção no Brasil. "É fundamental entender como os jovens interagem e se engajam em temas de ciência e tecnologia. Nosso objetivo com este estudo — que inclui survey de caráter nacional, entrevistas e grupos de discussão — é justamente trazer luzes para esta questão, o que pode gerar subsídios para desenhar políticas públicas e iniciativas de divulgação científica destinada aos jovens”.

O evento na Fiocruz contou com a presença de especialistas na área da percepção pública sobre ciência e tecnologia do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos. Além da apresentação dos resultados da survey, foram discutidas as contribuições mais recentes do campo e possibilidades de uso dos dados gerados.

Para seleção dos entrevistados, foi utilizada amostra probabilística até o penúltimo estágio, com aplicação de cotas amostrais de sexo, idade e escolaridade no último estágio. O intervalo de confiança é de 95%. As entrevistas, realizadas por equipe treinada, foram feitas em domicílio entre março e abril de 2019.

Principais resultados

  • A maioria dos jovens brasileiros manifesta grande interesse para temas de ciência e tecnologia, tanto as mulheres quanto os homens, e em quase todos os grupos sociais.
  • O interesse por ciência e tecnologia, em geral, é maior que o por esportes, e comparável com o interesse por religião.
  • Os jovens possuem, em geral, uma imagem positiva da figura do cientista.
  • A maioria dos jovens acredita que homens e mulheres têm a mesma capacidade para ser cientista, e devem ter as mesmas oportunidades.
  • A maioria dos jovens, até mesmo os que estão frequentando cursos superiores, não consegue mencionar o nome de sequer uma instituição brasileira que faça pesquisa, nem de algum(a) cientista brasileiro(a).
  • Os jovens manifestam dúvidas também sobre controvérsias sociais e políticas que atravessam a ciência, hoje: 25% acreditam que vacinar as crianças pode ser perigoso; 54% concordam que os cientistas possam estar “exagerando” sobre os efeitos das mudanças climáticas; 40% dos jovens dizem não concordar com a afirmação de que os seres humanos evoluíram ao longo do tempo e descendem de outros animais.

Entrevistas e grupos de discussão

Além da realização da survey, foram conduzidos grupos de discussão e entrevistas com jovens entre 18 e 24 anos, residentes nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Belém (PA). A técnica de grupos de discussão foi selecionada para o estudo por permitir captar não apenas o que as pessoas pensam e expressam, mas também como elas pensam e o porquê. Um dos aspectos analisados foi a forma como os jovens lidam com as fake news (notícias falsas) em especial aquelas relacionadas à ciência e tecnologia. Destacam-se, entre os resultados:

  • O estudo sinaliza uma mudança no ecossistema de informações. A informação deixa de ser “buscada” e passa a ser “encontrada”: os jovens passam a “tropeçar” em vários conteúdos e a ciência e tecnologia se insere neste cenário.
  • Os jovens reclamam da dificuldade em identificar a veracidade das informações que circulam, tanto na grande mídia como na internet. Relatam angústia e insegurança em relação ao que acontece no mundo: é cada vez mais difícil identificar o que é verdadeiro.
  • Jovens mais engajados politicamente, com maior escolaridade, e que consomem mais frequentemente informação científica conseguem perceber melhor possíveis notícias falsas em ciência e tecnologia.
  • A confiança em conseguir identificar notícias falsas depende fortemente do grau de consumo de informação científica e dos hábitos culturais (visitação a museus, participação em eventos etc.).

O estudo contou com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Acesse aqui o resumo executivo da pesquisa.

Publicado em 27/06/2019

INI promove curso de atualização em neuroinfecção

Autor(a): 
INI/Fiocruz | Foto: Pixabay

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) promoverá o seu Curso de Atualização em Neuroinfecção na próxima sexta-feira, dia 5 de julho.

Coordenada pelos pesquisadores do Laboratório de Pesquisa Clínica em Neuroinfecções, a capacitação colocará em pauta os temas: envolvimento do sistema nervoso central e periférico na infecção pelo HCV (Ana Cláudia Leite - INI/Fiocruz e Hemorio), zoonoses emergentes e neuroinfecção no Brasil - da invisibilidade a imprecisão (Elba Lemos - Lab. de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC/Fiocruz), abordagem diagnóstica e tratamento da neurosífilis (Marcus Tulius Silva - INI/Fiocruz e Complexo Hospitalar de Niterói), doenças priônicas - como desconfiar e diagnosticar (Abelardo Araújo - INI/Fiocruz e UFRJ), neuroviroses - qual será a nossa próxima epidemia? (Cristiane Soares - Hospital dos Servidores do Estado) e abordagem das meningites crônicas (Marco Antonio Lima - INI/Fiocruz e UFRJ).

O curso é gratuito e será ministrado no auditório do Pavilhão de Ensino do INI (Av. Brasil, 4365 - Manguinhos - Rio de Janeiro), das 8h30 às 12h. 

Faça a sua inscrição aqui no Campus Virtual Fiocruz. Confira abaixo a programação.

Publicado em 26/06/2019

Parceria cria matriz analítica para indicadores de saúde

Autor(a): 
Icict/Fiocruz

O que Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai têm em comum? Todos esses países integram o Observatório Iberoamericano de Políticas e Sistemas de Saúde (OIAPSS), no qual os países membros partilham de um sistema que lhes permite realizar uma abordagem que relacione “determinantes sociais, condicionantes e desempenho, além de incorporar nós críticos pouco explorados em matrizes”, podendo, a partir daí, produzir uma análise dos resultados e das tendências apresentadas “numa perspectiva comparada que procura destacar desafios comuns no contexto da crescente internacionalização das relações sociais e de produção”.

O OIAPSS é formado por uma rede marcada pela diversidade de parcerias que variam conforme o país: observatórios, universidades, Federación en Defensa dela Sanidad Publica, entre outros. Como uma iniciativa inter-institucional e intergovernamental, se notabiliza por ser um espaço de comunicação e intercâmbio de informações, com o propósito fundamental de defender e fortalecer os sistemas públicos e universais de saúde. O projeto sempre contou com o apoio do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). 

Participação da Fiocruz

Os pesquisadores do Laboratório de Informação em Saúde (LIS) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict/Fiocruz) Diego Xavier e Heglaucio Barros foram os responsáveis pela continuidade e finalização da matriz de indicadores para esse  sistema, que havia sido iniciado pelos pesquisadores Francisco Viacava e Josué Laguardia, do Programa de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde (Proadess). Segundo eles, este trabalho “possibilitou ao LIS o desenvolvimento de ferramentas de consulta e análise em ambiente web, capazes de acelerar o processo de interpretação e resumo dos dados. Além disso, o processo de elaboração dos bancos de dados e das aplicações demandaram novas estratégias dentro do processo de trabalho, o que seguramente será aproveitado em projetos correntes e em futuros trabalhos”, explica Heglaucio Barros.

A equipe do LIS, juntamente com a Coordenação do projeto, avaliou, revisou e supervisionou as informações que compõem a matriz de indicadores: “foram examinadas as bases de dados internacionais utilizadas pela matriz de indicadores, como por exemplo, as do Banco Mundial, OCDE, Cepal, WHO, Eurostat, PAHO, WIPO, WTO e Unesco”, explica Diego Xavier. Mais do que mostrar o panorama das políticas públicas e sistemas de saúde em alguns países da América Latina, além de Portugal e Espanha, com arranjos de indicadores  e sistemas de saúde,o OIAPSS, vai muito além, pois como explica Vanderlei Pascoal, "(o OIAPSS) mostra os arranjos de indicadores entre os países que enfrentam limitações materiais significativas – mas, que possuem expertise, relativa capacidade material e potencialidades de cooperação em saúde entre eles." 

Entendendo o OIAPSS

O Observatório tem um sistema de indicadores (66 ao todo), com dados a partirda primeira década do século 21, distribuídos da seguinte forma: Determinantes Sociais (Demográficos, Sócio-econônomicos e Condições de vida); Construção Social de Política de Saúde (Marco legal); Condicionantes (Complexo produtivo, Financiamento e Atenção Primária); e Desempenho (Acesso, Efetividade e Adequação Técnica), que são comparados entre os países que o compõem, utilizando o sistema de comparação entre os dados dos países como um recurso para “identificar as tendências de blocos regionais ou intervenções que contribuam para a qualidade dos serviços”.

Além de comparar os indicadores, “o OIAPSS enfoca a análise de temáticas e desafios no contexto da crescente internacionalização das reações sociais e de produção com suas repercussões no âmbito da saúde”, conforme está descrito no projeto Desenvolvimento de matriz analítica para acompanhamento dos países do OIAPSS: história, fundamentos e metodologia, escrito por Eleonor Minho Conill, coordenadora do projeto e uma de suas fundadoras. Conill é professora aposentada do Departamento de Saúde Pública do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Acesso facilitado

Para a construção do Observatório, a participação dos países membros na formação da base de dados foi fundamental. Heglaucio Barros destaca que os países integantes contribuíram na elaboração dos indicadores e no processo de escolha das fontes de dados – “e com isso se construiu uma rede interdisciplinar de colaboração”, afirma.

Uma das estratégias usadas pelos pesquisadores do Icict foi a construção da matriz de indicadores do OIAPSS com softwares de licença livre, garantindo assim, “a possibilidade de continuidade sem ônus extras, decorrentes de pagamento de mensalidades ou licenças de uso de softwares pagos”, como explica Barros. O modo de utilização pelo usuário também é facilitado por um acesso dinâmico e distribuído de forma intuitiva ao usuário, como exemplifica Diego Xavier: “por exemplo, uma consulta do sistema do OIAPSS conta com ferramentas capazes de realizar o cruzamento de indicadores de diferentes dimensões de análise e países em ambiente web.”

Base Proadess

Em entrevista ao site do Icict, Elonor Conill faz um panorama geral do OIAPSS, explica que a ideia do Observatório baseou-se no Programa de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde (Proadess) e as suas perspectivas. Ouça aqui.

Confira a matriz de indicadores no site da OIAPSS.

Publicado em 12/06/2019

Agenda 2030 e desenvolvimento: seminário aborda horizontes futuros para o Brasil na área de vacinas

Autor(a): 
Portal Saúde Amanhã/Fiocruz

No dia 13 de junho, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) sedia o seminário Vacinas e Vacinação no Brasil: horizontes para os próximos 20 anos. O evento é promovido pela iniciativa Brasil Saúde Amanhã no contexto da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, e abordará o desempenho do Brasil rumo ao cumprimento da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, no que diz respeito à saúde. Em dois painéis, especialistas renomados vão abordar o tema pela ótica do desenvolvimento sustentável e em sua perspectiva global. O seminário acontece das 9h30 às 16h45 no Salão Internacional da Ensp, com transmissão ao vivo pelo canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no YouTube.

Compromisso com o acesso à saúde e o bem-estar de todos

O coordenador da iniciativa Brasil Saúde Amanhã, o pesquisador José Carvalho de Noronha, informa que a importância das vacinas e da vacinação para o cumprimento do ODS 3, relacionado à saúde, está expressa na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável em seu eixo 3.b, que evidencia a necessidade de apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas para doenças transmissíveis e não transmissíveis e de proporcionar o acesso a esses produtos, sobretudo nos países em desenvolvimento. “Por meio de diferentes abordagens, o seminário analisará o desempenho do Brasil diante desse compromisso, a partir de debates no campo da ciência, da tecnologia e da inovação, considerando os obstáculos tecnológicos e regulatórios que o país ainda precisa enfrentar”, apresenta Noronha. 

A iniciativa Brasil Saúde Amanhã é uma rede multidisciplinar de pesquisa que investiga e propõe caminhos para o país e o setor Saúde no horizonte dos próximos 20 anos. A prospecção de cenários futuros para a saúde pública brasileira integra os esforços da Fiocruz para consolidar e qualificar o Sistema Único de Saúde (SUS) e garantir melhores condições de vida e saúde para a população brasileira.

Confira o canal Brasil Saúde Amanhã no YouTube.

Vacinas e vacinação

Autoridade internacional na área de vacinas, o assessor sênior científico e tecnológico do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Akira Homma, é um dos especialistas que compõem o painel da manhã, intitulado Vacinas e Vacinação no Brasil: Agenda 2030 na perspectiva do desenvolvimento sustentável. Para ele, a reflexão e o debate sobre o tema ‘vacinas e vacinação’ é essencial no momento em que a queda da cobertura vacinal vem desafiando não só o Brasil, mas diversos países. “Além de todos os esforços para produzir os imunobiológicos que a população precisa, há que se desenvolver novas estratégias para que o processo de vacinação seja eficaz. O Brasil é um dos poucos países do mundo que opera um Programa Nacional de Imunizações com ambas as responsabilidades, o que exige um compromisso com a inovação tanto para o desenvolvimento de novas vacinas quanto para a garantia do acesso da população aos imunobiológicos existentes”, afirma.

À tarde, durante o painel Perspectivas Nacionais e Globais em Vacinas, o coordenador das ações de prospecção da Fiocruz, o economista Carlos Gadelha, discutirá as tendências econômicas e de inovação no mercado de vacinas, relacionando a dinâmica global à brasileira. “Discutiremos três cenários para o Brasil até 2030: o de redução de investimentos, que aniquilaria a capacidade produtiva nacional; o de manutenção do nível atual de investimentos, que obrigaria o Brasil a simplesmente seguir o padrão tecnológico global, que não é determinado pelas necessidades de saúde de nossa população; e, por fim, o de dobrar a aposta e ser, de fato, um país inovador, comprometido com a sustentabilidade do sistema de saúde e com a proteção social”, adianta Carlos.

Fique por dentro da programação e participe!

Publicado em 30/05/2019

Icict dá início à segunda edição do Hackathon em Saúde

Autor(a): 
André Bezerra (Icict/Fiocruz)

Vem aí o segundo Hackathon em Saúde, promovido pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) para criar inovações tecnológicas em prol do Sistema Único de Saúde. O evento acontece nos dias 19 e 20 de outubro e traz novidades nessa edição. A primeira delas é uma chamada aberta à comunidade Fiocruz para selecionar os temas dos desafios que guiarão a maratona de desenvolvimento tecnológico, com inscrições até 7 de junho.

“Nessa edição, visamos dar continuidade aos esforços do Icict em contribuir para o desenvolvimento tecnológico em informação e comunicação no âmbito do SUS”, explica Ricardo Dantas, coordenador do Centro de Estudos do Icict e do Comitê Executivo do Hackathon 2019. “A chamada envolve mapear as necessidades por soluções  tecnológicas para problemas identificados e abordados pelas diversas unidades da Fiocruz no campo da saúde, possibilitando depois o desenvolvimento de protótipos de aplicativos”, complementa.

Após a finalização da chamada, os problemas serão desafiados durante uma maratona de dois dias, aberta à participação de estudantes ou profissionais de áreas como a de desenvolvimento, design, comunicação, informação, dentre outras, em busca de soluções que possam aperfeiçoar ou solucionar questões vividas no cotidiano do Sistema Único de Saúde e suas políticas públicas. Por isso, nessa edição, após a finalização do evento, o Icict oferecerá suporte ao desdobramento dos protótipos, para que se tornem aplicativos à disposição da sociedade.

“O evento prevê o suporte ao desenvolvimento dos protótipos em aplicativos que possam ser disponibilizados, por meio de espaço físico, bolsas e apoio de secretaria. Também haverá oficinas sobre o uso de diversas tecnologias para jovens das comunidades do entorno da Fiocruz”, detalha Dantas. 

Para Paulo Abílio Varella Lisboa, vice-coordenador do Centro de Estudos e membro do comitê organizador do Hackathon em Saúde desde sua primeira edição, isso torna o evento mais inovador. “É um incentivo ao desenvolvimento dos projetos vencedores. As soluções abrangem não somente apps, mas também sistemas web de forma geral”, acrescenta.

Chamada aberta à Fiocruz

Para a primeira etapa do Hackathon em Saúde, a comunidade Fiocruz está sendo chamada a participar através da proposição de desafios, assim como para participar das atividades que farão parte do evento. “A chamada foi pensada no sentido de democratizar a seleção dos desafios a serem considerados, visando valorizar a diversidade temática, assim como a distribuição da instituição em todo o território nacional”, aponta o coordenador do Comitê Executivo.

As propostas podem ser destinadas tanto a soluções baseadas em computadores quanto para dispositivos móveis e devem atender aos três princípios fundamentais do SUS: Universalidade, Integralidade e Equidade, considerando inovações socioculturais e relacionando-os à informação e comunicação no campo da Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, que constitui uma das missões do Icict.

A chamada é aberta a todas as unidades e escritórios da Fundação Oswaldo Cruz, da qual podem participar servidores, terceirizados e bolsistas, desde que haja anuência da chefia do seu setor sobre a participação e o acompanhamento do desenvolvimento do aplicativo, caso este seja selecionado para o desafio e premiado no Hackathon.

Os interessados em apresentar propostas de desafios devem se cadastrar no site do Hackathon e preencher um formulário descrevendo o principal problema a ser solucionado e aspectos relevantes para sua resolução. O prazo para envio é até 7 de junho pelo site do Hackathon.

O Hackathon em Saúde

Concebido como uma maratona de programação para soluções no campo da saúde pública, o Hackathon em Saúde foi realizado pela primeira vez na Fiocruz em 2016, reunindo programadores, designers, além de estudantes e profissionais de outras áreas como comunicação e informação. 

O evento gerou protótipos de aplicativos móveis para seis iniciativas institucionais: Rede Global de Bancos de Leite Humano; Monitoramento e controle de vetores; Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e primeira infância; Circuito Saudável; Acesso Aberto e Museu da Vida, reunindo sessenta participantes, divididos em 13 equipes.

“O Hackathon tem uma grande importância para nós, para a Fiocruz, e para todo o SUS, pois tem a magia de conseguir vislumbrar soluções a problemas que às vezes fazem parte do dia a dia do SUS, das políticas públicas da área da saúde”, destaca Rodrigo Murtinho, diretor do Icict. Ele ressalta que a participação do público jovem contribui com novos olhares para essas questões. “Eles estão sempre aliando inovação e criatividade, trazendo elementos novos e uma capacidade de pensar a tecnologia aliada ao cotidiano”, completa.


Inscrições: 8/5 a 7/6.
Regulamento e envio de propostas: hackathon.icict.fiocruz.br.

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