O Sextas desta semana traz um poema da jovem escritora portuguesa Inês Francisco Jacob, nascida em Lisboa em 1992. Licenciada pela Faculdade de Letras e pós-graduada pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa, ela escreve desde que se lembra, mas foi a partir da adolescência que essa tarefa se tornou imprescindível. Inês têm poemas publicados nas revistas Apócrifa (Terças de Poesia Clandestina) e Telhados de Vidro, costuma contribuir com textos para várias publicações online, e atuou como bolsista de criação literária da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) - um serviço central da administração do Estado Português. Sair de cena é o seu primeiro livro de poesia e foi editado pela editora Não (Edições), em 2020, e pela editora brasileira Corsário-Satã, em 2021. Maremorto, o seu segundo livro, foi publicado pela editora Alambique, no fim de 2021, e traz o poema escolhido nesta edição do Sextas.
#ParaTodosVerem Foto do mar com poucas ondas, ao fundo, no centro da foto, a luz do sol, do lado esquerdo diversas árvores. No centro, flutuando no mar, uma mulher olhando para o céu. Na parte inferior da foto, o poema de Inês Francisco Jacob, Maremorto:
O mar foi o primeiro a dizer:
ao meu colo
não tens peso
O Sextas de Poesia desta semana traz Sophia de Mello Breyner Andresen, uma das mais importantes poetas portuguesas do século XX. O poema Inscrição é o escolhido da semana e mostra, mais uma vez, a referência ao mar, tão presente na obra de Sophia, assim como a natureza, marcando, como a própria autora dizia, sua relação com a vida, "pois a poesia é a minha explicação com o universo".
Ela foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante prêmio literário da língua portuguesa, o Prêmio Camões, em 1999. Em 1998, recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Aveiro e também o Prêmio Rainha Sofia, em 2003. Mais cedo, em 1964, recebeu o Grande Prêmio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores pelo livro 'Livro sexto'. Sophia distinguiu-se também como contista e autora de livros infantis, e ocupou uma cadeira na Academia das Ciências de Lisboa.
Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu, aos 84 anos, em 2004. Desde 2005, por sua forte ligação com o mar, teve seus poemas colocados para leitura permanente no Oceanário de Lisboa, nas áreas de descanso da exposição.
#ParaTodosVerem, foto do mar dentro da água, o ângulo da foto está virado em direção ao céu, raios de luz solar atravessam a água. No centro da foto, o poema Inscrição de Sophia de Mello Breyner Andresen:
Quando eu morrer
voltarei para buscar
Os instantes que não vivo
junto do mar
O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem ao mar e à força de suas águas, encantos e devoção. Com "O mar serenou", de Candeia, celebramos toda a sua magia e presença na vida e na arte. A música brasileira, e o samba em particular, nunca mais seriam os mesmos a partir do dia 17 de agosto de 1935, quando nascia Antônio Candeia Filho, mais conhecido como Candeia. Aquele que entrou para a história como um dos maiores compositores do gênero no Brasil, em todos os tempos, cresceu em meio às rodas de choro e samba que seu pai, também sambista, promovia seguidamente, no bairro de Oswaldo Cruz, subúrbio do Rio, com presença de nomes como Paulo da Portela, João da Gente, Dino do Violão, Claudionor Cruz e Luperce Miranda, entre outros.
Odoya!
O que há em comum entre um soldado da coroa portuguesa, o alferes Tiradentes, um santo guerreiro, Jorge da Capadócia, e a revolução dos cravos? Abril marca eventos e personagens que lutaram por justiça e ideais. Nossa escolha para esta semana é o poema canção "Tanto mar", de Chico Buarque, que, com tantas léguas a nos separar, lembra que é preciso navegar.
Como disse Rosa Luxemburgo, lutemos "por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”. Sejamos inconfidentes, guerreiros e revolucionários!