O Sextas de Poesia faz sua homenagem ao compositor e cantor Lô Borges. Ele foi um dos fundadores do Clube da Esquina, um grupo de artistas mineiros que marcou presença na música popular brasileira nas décadas de 1970 e 1980.
Lô Borges é coautor, junto de Milton Nascimento, do disco Clube da Esquina, de 1972, um dos álbuns mais aclamados de todos os tempos. Compositor de grandes músicas do cenário musical brasileiro, a canção escolhida para esta edição do Sextas foi "O Girassol da cor do seu cabelo", uma das mais incríveis letras da MPB.
Regravada por artistas dos mais diversos estilos musicais, "Um Girassol da Cor do Seu Cabelo" mostra a sensibilidade de um homem apaixonado, que observa todos os detalhes de seu grande amor. Lô Borges a gravou no disco de estreia do supergrupo que formou com Milton Nascimento, seu irmão Márcio Borges, Fernando Brant, Wagner Tiso, Beto Guedes, Toninho Horta, entre outros. A autoria da letra é dos irmãos Borges, e foi, sem dúvida, um dos maiores sucessos do movimento mineiro.
Salomão Borges Filho, natural de Belo Horizonte, nasceu em 10 de janeiro de 1952 e faleceu no último domingo, 2 de novembro de 2025.
"Se eu cantar não chore não
É só poesia
Eu só preciso ter você
Por mais um dia..." um dos chamados mais lindos do ser apaixonado. Lô Borges ficará pra sempre na poesia de cada canção.
O Sextas de Poesia desta semana homenageia o aniversário de Carlos Drummond de Andrade, celebrado em 31 de outubro. Drummond, é considerado um dos poetas brasileiros mais influentes do século XX, e um dos principais artistas da segunda geração do modernismo brasileiro, embora sua obra não se restrinja a formas e temáticas de movimentos específicos.
Carlos Drummond de Andrade, que também foi contista e cronista, nasceu em Itabira do Mato Dentro - hoje apenas Itabira -, em Minas Gerais, em 31 de outubro de 1902.
No poema escolhido, Drummond viu o mundo tão grande que cabia na janela sobre o mar, e o amor num simples gesto de beijar.
Drummond merece todas as homenagens! Ele fazia da poesia seus braços pra alcançar: "tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo".
O Sextas de Poesia faz sua homenagem ao Dia do Nordestino, celebrado em 8 de outubro. Por meio da história, da cultura, da arte e da música, a data reforça a luta, a criatividade, a resiliência, a resistência e a força de um povo que construiu boa parte da identidade do Brasil.
A poesia em forma de música escolhida para esta sexta foi "A vida do viajante", de Luiz Gonzaga do Nascimento, que é cantor, compositor e multi-instrumentista brasileiro. Também conhecido como o Rei do Baião, Gonzagão é considerado uma das mais completas, importantes e criativas figuras da música popular nordestina e de todo o Brasil. 'Vida do viajante" celebra a vida nômade, mostrando a dualidade entre a alegria das novas experiências e a saudade de casa, com versos que retratam a beleza e a dureza da estrada através de contrastes como "chuva e sol" e "poeira e carvão.
#ParaTodosVerem Fotografia tirada de baixo para cima, em um ângulo contra-plongée, há prédios dos dois lados, com bandeirinhas coloridas de festa junina entre eles, o céu está azul, há também no canto esquerdo um quadro com uma figura de uma mulher tocando sanfona, ela está com um girassol nos cabelos. No canto inferior direito da fotografia há um trecho da canção "A vida do viajante" de Luiz Gonzaga:
Minha vida é andar por esse país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações das
terras onde passei
Andando pelos sertões
e dos amigos que lá deixei
Chuva e sol, poeira e carvão
Longe de casa, sigo o roteiro
Mais uma estação
E alegria no coração
Êh, saudade!
No dia 15 de outubro de 2025, das 9h às 12h30, será realizada a tradicional Semana da Educação, evento anual da Fiocruz, com a participação de egressos, professores, coordenadores, diretores e vice-diretores dos Programas de Pós-Graduação Lato e Stricto Sensu.
A programação conta com momentos especiais, com uma homenagem às professoras e aos professores da Fundação, as cerimônias de entrega do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses e da Medalha Virgínia Schall de Mérito Educacional, além da apresentação musical do Coral Fiocruz. O evento será transmitido ao vivo pelo YouTube da Fiocruz e contará com tradução em Libras, garantindo acessibilidade a todos os participantes.
+Confira aqui a relação final dos premiados e menções honrosas do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2025
Premiada: Inesita Soares de Araújo – Icict/Fiocruz
+Confira aqui mais informações sobre a premiada da Medalha Virgínia Schall de Mérito Educacional
Não perca este momento de celebração do conhecimento e da ciência brasileira!
#ParaTodosVerem Banner com fundo claro, no topo está escrito: Educação na Fiocruz 2025. Há também uma representação do Castelo Mourisco feita com livros. Na parte inferior do banner, informações sobre o evento, será no dia 15 de outubro e a programação será:
9h – Café de boas-vindas
9h30 às 12h – Mesa de Abertura com Homenagem aos professores
Medalha Virginia Schall de Mérito Educacional: Inesita Soares de Araújo – Icict/Fiocruz
Prêmio Oswaldo Cruz de Tese
Apresentação musical: Coral Fiocruz
O local do evento será o Auditório do Museu da Vida Fiocruz, terá tradução em Libras disponível e a transmissão será através do canal Fiocruz no Youtube, também há no canto direito uma foto de Inesita Soares de Araújo, uma mulher branca, com cabelos grisalhos, usa óculos e está com a mão apoiada no queixo.
Sextas de Poesia faz homenagem ao poeta Murilo Mendes, aniversariante de 13 de maio, com um poema do livro "Convergência", publicado em 1970, "Texto de Consulta". Em cinco versos curtíssimos, Murilo Mendes resume, inventivamente, sua relação com a poesia, e com a palavra.
Murilo Mendes, nascido em Minas Gerais em 1901, carrega em si a marca do poeta do século XX. Sua sensibilidade às divergências fizeram dele um autor ímpar no século dos extremos: o século das vanguardas, das guerras, das ciências, da busca pela compreensão do lugar do homem na vida e no Universo.
Na esteira do Modernismo brasileiro, Murilo Mendes publicou seu livro inaugural, de título simples, "Poemas", em 1930, com influências do movimento surrealista francês, bem como a crítica ao ufanismo.
Em 1934, Murilo Mendes converte-se ao Catolicismo, então sua veia surrealista, nutrida pela leitura dos franceses, ganha novos motivos. Assim, o poeta dos extremos recebe nova missão: comungar fé, o encanto científico e a crítica modernista em sua poesia.
#ParaTodosVerem Banner com fundo preto, no topo há letras brancas soltas, na parte inferior do banner há uma foto de um dicionário, com o foco na definição da palavra “PALAVRA”. No centro do banner, o poema de Murilo Mendes:
A palavra nasce-me
fere-me
mata-me
coisa-me
ressucita-me
O Sextas de Poesia faz uma dupla homenagem esta semana: ao Rio de Janeiro, que completa 460 anos em 1° de março, e ao Carnaval, uma das maiores festas populares brasileira, que é comemorada em nossa cidade, mas também é comemorada em todo país.
O texto escolhido hoje é a música de Noel Rosa, "Cidade mulher", na qual ele exalta o Rio e o samba:
"Cidade que ninguém resiste
Na beleza triste
De um samba-canção".
Parabéns ao Rio, cidade que resiste e que sempre desagua no mar. Bom Carnaval a todos!
O Sextas de Poesia de hoje faz sua homenagem ao Rio de Janeiro, cidade que comemora seu padroeiro São Sebastião, em 20 de janeiro, com um trecho do livro de Éle Semog.
Cria do movimento negro, oriundo de Nova Iguaçu, e do subúrbio carioca, em Vila Valqueire e Bangu, Éle Semog está entre os poetas mais genuínos de sua geração, do tipo que empunhou megafones em praça pública, gritando poesia na época do grupo “Garra Suburbana” e do jornal “Maioria Falante”, escrito e editado por ele, Ykenga, Krisnas e Togo Yoruba — o tambor que ecoa sua revolta e dor na forma de verso e prosa.
O trecho escolhido faz parte do livro "Tudo o que está solto: poesias afro-brasileiras".
O Rio de Janeiro "onde ferve o Brasil inteiro", e que entre a beleza e o caos, encanta, seduz, assusta e acolhe entre morros e rios que desaguam sempre no mar.
Parabéns, Rio! ❤️
#ParaTodosVerem Foto do Pão de Açúcar, ele está no canto esquerdo da foto, um morro com um bondinho seguindo em sua direção, em frente, o mar com diversos barcos, na linha do horizonte há outros morros ao fundo, o céu azul e algumas nuvens. No canto direito da foto, o trecho do livro "Tudo que está solto", de Éle Semog:
É nesse Rio de Janeiro,
a cara do Brasil inteiro,
que ferve a luz de vida
que torna tudo
encantado - Éle Semog.
Com um trecho do livro "A hora da estrela", o Sextas de Poesia homenageia a grande escritora Clarice Lispector, que faria 104 anos no último dia 10 de dezembro.
A escritora brasileira marcou a literatura do século XX com seu estilo intimista e complexo, linguagem poética e perturbadora. Clarice Lispector (1920-1977) é um marco em nosso Modernismo e suas obras continuam entre as mais lidas no país.
A autora, vale lembrar, figura como uma das primeiras autoras a ganhar notoriedade nacional, ao lado de grandes nomes, como Rachel de Queiroz e Cecília Meireles, tendo, portanto, também um papel fundamental para desconstruir preconceitos e ampliar o horizonte para tantas outras mulheres na literatura.
#ParaTodosVerem Banner com um fundo amarelado e o trecho do livro "A hora da estrela" em letra cursiva, também há o rosto da escritora Clarice Lispector, uma mulher branca maquiada com cabelos escuros, seus olhos estão fechados e há um delineado em suas pálpebras, assim como um batom escuro na boca. No centro do banner, o trecho do livro "A hora da estrela":
"É melhor eu não falar em
felicidade ou infelicidade-
provoca aquela saudade
desmaiada e lilás, aquele perfume
de violeta, as águas geladas da
maré mansa em espumas de
areia. Eu não quero provocar
porque dói."
Nesta semana, o Sextas de Poesia homenageia Cecília Meireles. Em 9 de novembro de 2024, completam-se 60 anos de sua morte.
O poema escolhido, Interludio, fala sobre seus temas recorrentes: a efemeridade do tempo e a transitoriedade da vida, e sua poesia atemporal. Cecília Meireles foi escritora, jornalista, professora e pintora, considerada uma das mais importantes poetas do Brasil. Sua obra de caráter intimista, destacou-se na segunda fase do Modernismo no Brasil, no grupo de poetas que consolidaram a "Poesia de 30". Ela ganhou vários prêmios, entre eles o Machado de Assis e o Jabuti.
#ParaTodosVerem Banner com fundo em tom marrom e símbolos de notas musicais no canto esquerdo do banner, as notas estão na cor preta. No canto direito do banner, o poema de Cecília Meireles:
Interlúdio
As palavras estão muito ditas
e o mundo muito pensado.
Fico ao teu lado.
Não me digas que há futuro
nem passado.
Deixa o presente -- claro muro
sem coisas escritas.
Deixa o presente. Não fales,
Não me expliques o presente,
pois é tudo demasiado.
Em águas de eternamente,
o cometa dos meus males
afunda, desarvorado.
Fico ao teu lado.
A renomada escritora mineira Adélia Prado acaba de receber uma das mais prestigiadas honrarias da língua portuguesa: o Prêmio Camões. Com 88 anos, Adélia é também a homenageada de hoje no Sexta de Poesia com "Momentos". No poema, Adélia nos lembra da efemeridade do tempo, sobre o transcorrer da vida, que embrulha e solta, e sobre nossas escolhas e de como vivê-las: "a vida é mais tempo alegre do que triste. Melhor é ser."
Adélia publicou seu primeiro livro em 1976, com mais de 40 anos e nunca mais parou de surpreender com a delicadeza e a simplicidade de seus versos. Ela é considerada a herdeira poética de Carlos Drummond de Andrade e, além do Camões, recebido em 26 de junho de 2024, com intervalo de menos de uma semana, ela também recebeu o Prêmio Machado de Assis, em 20 de junho, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Ao longo de sua carreira, Adélia acumulou muitos outros prêmios, como o Prêmio Jabuti, em 1978, o ABL de Literatura Infantojuvenil, em 2007, o Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional e da Associação Paulista dos Críticos de Arte, ambos em 2010, o Prêmio Clarice Lispector, em 2016, entre outros.
Desde a sua criação, em 1988, outros 14 brasileiros já receberam o Prêmio Camões. A honraria é entregue pela Fundação Biblioteca Nacional em parceria com o governo de Portugal. O prêmio foi criado com o intuito de estreitar os laços culturais entre as nações que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e leva o nome do poeta português Luís Vaz de Camões.
Veja outras poetas homenageados pelo Sextas que também já receberam o Prêmio Camões de Literatura:
Chico Buarque
O cantor e escritor brasileiro Chico Buarque recebeu o Prêmio Camões em 2019. No entanto, o prêmio foi entregue pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quatro anos depois que Chico foi escolhido para recebê-lo.
23/1/2021: Chico Buarque está no Sextas de Poesia com "Tanto Mar"
25/11/2022: Sextas homenageia Pablo Milanés (cita Chico Buarque com versão de Yolanda)
28/4/2023: Sextas homenageia Chico Buarque pelo recebimento do Prêmio Luiz Vaz de Camões de Literatura
21/6/2024: Sextas celebra 80 anos de Chico Buarque
Jorge Amado
Em 1994, o escritor brasileiro Jorge Amado recebeu a honraria. O autor de “Capitães de Areia” e “Gabriela, Cravo e Canela” recebeu o Prêmio Camões aos 82 anos.
13/8/2021: ‘Milagres do Povo’ ilustra Sextas de Poesia
Lygia Fagundes Telles
Em 2005, a segunda mulher brasileira a levar o prêmio foi Lygia Fagundes Telles. A advogada, romancista e contista brasileira, que faleceu em 2022, é conhecida como “a dama da literatura brasileira”.
8/4/2022: Sextas celebra a poesia de Lygia Fagundes Telles
João Cabral de Melo Neto
Em 1990, o diplomata e poeta brasileiro João Cabral de Melo Neto se tornou o primeiro brasileiro a conquistar o Prêmio Camões. Antes dele, apenas o poeta, contista e memorialista português Miguel Torga, havia recebido a honraria.
29/4/2022: Sextas homenageia trabalhadores com João Cabral de Melo Neto
Ferreira Gullar
Em 2010, o escritor, poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor e ensaísta brasileiro cujo o nome verdadeiro era José Ribamar Ferreira, ganhou o Prêmio Camões.
10/9/2021: Sextas de Poesia traz Ferreira Gular
#ParaTodosVerem Banner com a foto de Adélia Prado, uma senhora branca com cabelos grisalhos lisos e curtos, ela veste uma blusa de manga comprida escura, está com a mão apoiada no queixo e sorrindo para a foto. No centro do banner, o poema 'Momento', de Adélia Prado:
Enquanto eu fiquei alegre,
permaneceram um bule azul com um
descascado no bico,
uma garrafa de pimenta pelo meio,
um latido e um céu limpidíssimo
com recém-feitas estrelas.
Resistiram nos seus lugares, em seus
ofícios,
constituindo o mundo pra mim,
anteparo
para o que foi um acometimento:
súbito é bom ter um corpo pra rir
e sacudir a cabeça. A vida é mais tempo
alegre do que triste. Melhor é ser.