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Publicado em 31/01/2023

Centro Latino-Americano de Biotecnologia recebe inscrições para cursos presenciais e online

Autor(a): 
Fabiano Gama

Centro Latino-Americano de Biotecnologia (CABBIO) está com diversos cursos técnicos abertos. Os cursos são de curta duração, gratuitos, nas modalidades presencial e online e oferecidos no Brasil, Argentina, Uruguai e Colômbia. O público-alvo são estudantes de pós-graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado e profissionais da área.

Estão disponibilizados um total de 16 cursos de Biotecnologia no ano de 2023. Serão oferecidos oito cursos no Brasil, quatro na Argentina, três no Uruguai e um na Colômbia.

As inscrições para os candidatos brasileiros serão realizadas através do sítio eletrônico do CABBIO Brasil. Na aba Cursos, o candidato terá acesso ao calendário contendo as informações a respeito dos cursos de 2023. Ao selecionar o curso desejado, o aluno terá acesso a todas as informações específicas de cada curso, e ao clicar em Quero me inscrever, será direcionado à plataforma CABBIO Brasil, onde será possível realizar o cadastro e efetivar a inscrição no curso escolhido.

Atenção: deverá ser anexada ao formulário de inscrição a carta de recomendação da chefia imediata (por exemplo, orientador, chefe do grupo de pesquisa) assinada, em papel timbrado da instituição de vínculo. A carta de recomendação deve estar no formato PDF e sua apresentação qualifica o inscrito para o processo de seleção.

Acesse aqui para conferir os cursos abertos!

Publicado em 18/11/2022

Campus Virtual participa de evento internacional sobre educação em saúde

Autor(a): 
Lucas Leal*

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), por meio do Campus Virtual em Saúde Pública (CVSP), realizou a oficina 'Fortalecimento dos Nodos da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai', cujo objetivo foi analisar os desafios dos países na integração institucional, revisando novos cenários de educação virtual, permanente e continuada, através de estratégias para fortalecer a cooperação entre estes países. O Campus Virtual Fiocruz marcou presença na oficina, apresentando iniciativas para a formação de profissionais de saúde, especialmente no âmbito da pandemia de Covid-19.

O Campus Virtual em Saúde Pública (CVSP) é uma plataforma educacional da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), que busca contribuir para o desenvolvimento de habilidades e competências dos trabalhadores, apoiando a transformação dos serviços e práticas de saúde pública na região das Américas. O CVSP trabalha com todas as áreas técnicas e departamentos da Opas na produção de cursos e produtos com conteúdo endossado pela Organização e que abordem temas prioritários.

A coordenadora adjunta do Campus Virtual Fiocruz, Rosane Mendes, participou do evento apresentando as iniciativas do CVF para melhorias na comunicação e divulgação da educação na área da Saúde. O Campus Virtual Fiocruz é uma rede de conhecimento e aprendizagem voltada à educação em saúde. Atualmente, somamos quase 450 mil alunos inscritos em cursos disponíveis na nossa plataforma, além disso, desenvolvemos 30 cursos próprios, 11 deles sobre a temática da Covid-19, que juntos somam cerca de 150 mil alunos. Todos livres, gratuitos e com inscrições abertas. Conheça os cursos sobre Covid-19 no portal do CVF.

A reunião aconteceu nos dias 15 e 16 de novembro na Argentina.

 

*Lucas Leal é estagiário sob a supervisão de Isabela Schincariol.

Publicado em 26/06/2019

Parceria cria matriz analítica para indicadores de saúde

Autor(a): 
Icict/Fiocruz

O que Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai têm em comum? Todos esses países integram o Observatório Iberoamericano de Políticas e Sistemas de Saúde (OIAPSS), no qual os países membros partilham de um sistema que lhes permite realizar uma abordagem que relacione “determinantes sociais, condicionantes e desempenho, além de incorporar nós críticos pouco explorados em matrizes”, podendo, a partir daí, produzir uma análise dos resultados e das tendências apresentadas “numa perspectiva comparada que procura destacar desafios comuns no contexto da crescente internacionalização das relações sociais e de produção”.

O OIAPSS é formado por uma rede marcada pela diversidade de parcerias que variam conforme o país: observatórios, universidades, Federación en Defensa dela Sanidad Publica, entre outros. Como uma iniciativa inter-institucional e intergovernamental, se notabiliza por ser um espaço de comunicação e intercâmbio de informações, com o propósito fundamental de defender e fortalecer os sistemas públicos e universais de saúde. O projeto sempre contou com o apoio do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). 

Participação da Fiocruz

Os pesquisadores do Laboratório de Informação em Saúde (LIS) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict/Fiocruz) Diego Xavier e Heglaucio Barros foram os responsáveis pela continuidade e finalização da matriz de indicadores para esse  sistema, que havia sido iniciado pelos pesquisadores Francisco Viacava e Josué Laguardia, do Programa de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde (Proadess). Segundo eles, este trabalho “possibilitou ao LIS o desenvolvimento de ferramentas de consulta e análise em ambiente web, capazes de acelerar o processo de interpretação e resumo dos dados. Além disso, o processo de elaboração dos bancos de dados e das aplicações demandaram novas estratégias dentro do processo de trabalho, o que seguramente será aproveitado em projetos correntes e em futuros trabalhos”, explica Heglaucio Barros.

A equipe do LIS, juntamente com a Coordenação do projeto, avaliou, revisou e supervisionou as informações que compõem a matriz de indicadores: “foram examinadas as bases de dados internacionais utilizadas pela matriz de indicadores, como por exemplo, as do Banco Mundial, OCDE, Cepal, WHO, Eurostat, PAHO, WIPO, WTO e Unesco”, explica Diego Xavier. Mais do que mostrar o panorama das políticas públicas e sistemas de saúde em alguns países da América Latina, além de Portugal e Espanha, com arranjos de indicadores  e sistemas de saúde,o OIAPSS, vai muito além, pois como explica Vanderlei Pascoal, "(o OIAPSS) mostra os arranjos de indicadores entre os países que enfrentam limitações materiais significativas – mas, que possuem expertise, relativa capacidade material e potencialidades de cooperação em saúde entre eles." 

Entendendo o OIAPSS

O Observatório tem um sistema de indicadores (66 ao todo), com dados a partirda primeira década do século 21, distribuídos da seguinte forma: Determinantes Sociais (Demográficos, Sócio-econônomicos e Condições de vida); Construção Social de Política de Saúde (Marco legal); Condicionantes (Complexo produtivo, Financiamento e Atenção Primária); e Desempenho (Acesso, Efetividade e Adequação Técnica), que são comparados entre os países que o compõem, utilizando o sistema de comparação entre os dados dos países como um recurso para “identificar as tendências de blocos regionais ou intervenções que contribuam para a qualidade dos serviços”.

Além de comparar os indicadores, “o OIAPSS enfoca a análise de temáticas e desafios no contexto da crescente internacionalização das reações sociais e de produção com suas repercussões no âmbito da saúde”, conforme está descrito no projeto Desenvolvimento de matriz analítica para acompanhamento dos países do OIAPSS: história, fundamentos e metodologia, escrito por Eleonor Minho Conill, coordenadora do projeto e uma de suas fundadoras. Conill é professora aposentada do Departamento de Saúde Pública do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Acesso facilitado

Para a construção do Observatório, a participação dos países membros na formação da base de dados foi fundamental. Heglaucio Barros destaca que os países integantes contribuíram na elaboração dos indicadores e no processo de escolha das fontes de dados – “e com isso se construiu uma rede interdisciplinar de colaboração”, afirma.

Uma das estratégias usadas pelos pesquisadores do Icict foi a construção da matriz de indicadores do OIAPSS com softwares de licença livre, garantindo assim, “a possibilidade de continuidade sem ônus extras, decorrentes de pagamento de mensalidades ou licenças de uso de softwares pagos”, como explica Barros. O modo de utilização pelo usuário também é facilitado por um acesso dinâmico e distribuído de forma intuitiva ao usuário, como exemplifica Diego Xavier: “por exemplo, uma consulta do sistema do OIAPSS conta com ferramentas capazes de realizar o cruzamento de indicadores de diferentes dimensões de análise e países em ambiente web.”

Base Proadess

Em entrevista ao site do Icict, Elonor Conill faz um panorama geral do OIAPSS, explica que a ideia do Observatório baseou-se no Programa de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde (Proadess) e as suas perspectivas. Ouça aqui.

Confira a matriz de indicadores no site da OIAPSS.

Publicado em 28/08/2017

Internacionalização: Fiocruz promove capacitação na fronteira Brasil-Uruguai

Uma iniciativa inovadora de formação baseada nos princípios da aprendizagem significativa. Assim pode ser definido o Programa de Formação em Saúde Pública para a Área de Fronteira Brasil-Uruguai, elaborado e oferecido por docentes da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e da Universidad de la República (Udelar). O programa se insere no marco de um acordo de cooperação trilateral entre os Ministérios da Saúde de Brasil e Uruguai e a Agência de Cooperação Técnica do Governo Alemão, e tem o objetivo de fortalecer os programas e serviços de vigilância em saúde na área de fronteira entre os dois países sul-americanos, com ênfase na vigilância do HIV/Aids.

Coordenado pelo pesquisador do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/Ensp), Frederico Peres, o programa de formação teve início em março desse ano, com a solenidade de abertura contando com a presença do Ministro da Saúde do Uruguai, Jorge Basso Garrido, do diretor da Ensp/Fiocruz, Hermano Castro, e do vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Marco Menezes, que representou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, além de outras autoridades e professores brasileiros e uruguaios. A iniciativa contempla um conjunto de atividades acadêmicas, a serem realizadas em 2017 e 2018, nos quatro departamentos uruguaios que fazem fronteira com o Brasil, além de seis municípios do estado do Rio Grande Sul também localizados nessa região fronteiriça.

Estrutura do programa

A estrutura básica do programa está montada a partir de oficinas pedagógicas, oferecidas nos municípios de fronteira por docentes brasileiros e uruguaios, para profissionais que atuam/coordenam serviços de saúde no âmbito da Atenção Básica e de outros níveis de organização, de ambos os países. Nessas oficinas, são abordados e discutidos princípios, conceitos e ferramentas da organização dos sistemas de saúde e da vigilância em saúde de ambos os países. A partir de exemplos e da experiência dos profissionais-alunos, os professores atuam como mediadores do processo de reconhecimento de desafios e oportunidades presentes no cotidiano do trabalho loco-regional e, com base nesses exemplos e aportes, apresentam estratégias metodológicas e outras ferramentas que possam aprimorar as ações de vigilância em saúde na região fronteiriça, considerando as diferenças existentes entre as políticas, sistemas e serviços dos dois países.

Formação

A formação acontece em dois momentos distintos, ao longo de dois anos. Na etapa inicial, prevista para ocorrer entre março e dezembro de 2017, professores da Ensp/Fiocruz e da Udelar elaboram e conduzem as oficinas pedagógicas para um grupo de 30 profissionais, sendo 24 uruguaios e seis brasileiros, numa lógica de formação de formadores. As atividades e discussões são organizadas em torno de três Unidades de Aprendizagem: Organização dos sistemas de saúde; Vigilância em saúde; e Educação e promoção da saúde. Com essa organização, as atividades acadêmicas partem do reconhecimento das características de cada sistema nacional (SUS e SNS) para trazer à discussão estratégias e ferramentas voltadas para o fortalecimento da vigilância em saúde, com ênfase na vigilância do HIV/Aids. Na última unidade de aprendizagem, são discutidos os princípios pedagógicos da formação em saúde, visando à elaboração de novos programas de formação para diferentes grupos de profissionais e trabalhadores da saúde que atuam, em ambos os países, na região fronteiriça. Ao final dessa primeira etapa, cada departamento uruguaio e município brasileira terá construído um programa de formação voltado ao fortalecimento da vigilância do HIV/Aids, a ser executado ao longo de 2018. 

Na segunda etapa do programa, os profissionais-alunos que participaram da formação em 2017 conduzirão os respectivos programas de formação em seus departamentos/municípios, com o acompanhamento pedagógico e técnico dos docentes da Ensp/Fiocruz e da Udelar. Espera-se que, ao final de dois anos, o programa tenha envolvido entre 450 a 500 profissionais de ambos os países, contribuindo assim para o aprimoramento permanente da vigilância em saúde na região de fronteira entre Brasil e Uruguai, assim como o fortalecimento de capacidades formativas locais.

Caráter inovador

Frederico Peres explica que o caráter inovador do programa reside, entre outros aspectos, na possibilidade de construção de um conhecimento de aplicação direta nos serviços de saúde, numa lógica mais horizontal. "Rompe-se o modelo do déficit de informação ainda vigente nas mais distintas iniciativas formativas oferecidas por escolas e centros formadores em saúde pública da região latino-americana. Isso permite construir percursos formativos que atendam de maneira efetiva e direta às necessidades colocadas pelos atores da prática, dado o contexto local, a organização do trabalho real e as condições existentes para o desenvolvimento de suas atividades de trabalho”, afirma. 

Para o pesquisador, o Programa de Formação em Saúde Pública para a Área de Fronteira Brasil-Uruguai abre uma perspectiva de repensar o papel dessas escolas e centros formadores em saúde pública como espaços estratégicos para a formação no âmbito dos serviços, programas e sistemas de saúde regionais, além de possibilitar o fortalecimento da cooperação técnica da Ensp/Fiocruz.

Mestrado e expansão da formação

Como ação estratégica de cooperação internacional, cabe destaque ao espaço de articulação entre instâncias acadêmicas e de governo criado no processo de organização e oferta do programa, que envolve não apenas o trabalho colaborativo permanente entre docentes brasileiros e uruguaios, como também a estreita colaboração entre os Ministérios da Saúde do Brasil e do Uruguai com a prestadora de serviços públicos em saúde uruguaia (Asse) e com as secretarias municipais de saúde das cidades brasileiras fronteiriças. Esse arranjo complexo, porém fundamental, vem possibilitando o deslocamento de alunos e professores para os quatro departamentos uruguaios que fazem fronteira com o Brasil, onde acontecem as oficinas uma vez ao mês, assim como vem favorecendo a discussão de outras ações formativas e de cooperação técnica e o acompanhamento permanente das atividades do curso.

Como mostras da relevância da ação e de seu papel estratégico para o desenvolvimento de capacidades formativas, já se encontram em discussão dois outros projetos formativos que nascem no processo de organização e condução desse programa de formação. O primeiro está relacionado à construção de um mestrado em saúde pública no Uruguai, a ser oferecido pela Udelar com apoio da Ensp/Fiocruz, voltado à formação docente para os serviços de saúde, numa perspectiva semelhante a dos mestrados profissionais. E o segundo, que se encontra em discussão no âmbito da cooperação técnica entre a Vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz e a Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, está ligado à possibilidade de expansão do programa de formação para outras áreas de fronteira do Brasil.

Além de Frederico Peres, participam do programa pela Ensp/Fiocruz os professores Eduardo Melo, Gustavo Matta, Maria de Fátima Lobato e Rosa Rocha, do Daps, Fernando Verani e Cosme Passos, do DEMQS, e Pedro Lima, do Cepi-DSS.

Fonte: Informe Ensp

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