Na próxima quinta-feira, 22 de maio, será realizada mais uma edição dos Seminários Fiocruz Mata Atlântica. O tema "Cartografia e centralidade social da periferia" será abordado pelo professor do Programa de Pós-graduação do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPDH/NEPP-DH/UFRJ), Pedro Cunca Bocayuva, e o tema "Favela, expressão e síntese da desigualdade social do Rio de Janeiro" será ministrado pelo pesquisador da Universidade da Cidadania (UC/UFRJ), Itamar Silva. O evento será realizado presencialmente, no Auditório Pau-Brasil, no Campus Fiocruz Mata Atlântica, localizado na Rua Sampaio Corrêa, s/n, Jacarepaguá, Rio de Janeiro. às 9h30 será realizado um café de acolhida, e as palestras acontecem a partir das 10h. É aberto ao público interessado, e não é necessário efetuar inscrição prévia, e será transmitido ao vivo pelo canal do Youtube da Fiocruz Mata Atlântica.
Pedro Cunca Bocayuva é professor do Programa de Pós-graduação do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPDH/NEPP-DH/UFRJ), coordenador do Laboratório do Direito Humano à Cidade e Território (LDCT), Mestre em Relações Internacionais e Doutor em Planejamento Urbano e Regional.
Itamar Silva é ativista social, militante do Movimento de Favelas do Rio de Janeiro, jornalista e presidente da Associação Escola Sem Muros (Grupo Eco), pesquisador da Universidade da Cidadania (UC/UFRJ) e conselheiro do Dicionário de Favelas Marielle Franco (WikiFavelas).
O campus da Fiocruz Mata Atlântica, ligado à Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), abre as portas para as comunidades do território da Colônia Juliano Moreira neste sábado, 12 de abril, para a 3ª edição do Sarau Saúde em Cena. A ação acontecerá das 10h às 16h, no Pavilhão Olympio da Fonseca (antigo Pavilhão Agrícola) do campus, que fica localizado em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Com foco na juventude, a programação conta com apresentações culturais; vacinação com a presença do Zé Gotinha; serviços, como inscrição para Trilha Interpretativa e oferta de Práticas Integrativas de Saúde (PICs); oficinas; feira para geração de renda local; circuito literário; e muito mais.
O evento é gratuito e aberto ao público de todas as idades. O campus da FMA possui estrutura acessível a pessoas com deficiência.
Programação
Palco Cultural
10h-11h: Apresentação dos alunos do Centro Artístico Tais Bordonne (Balé)
Apresentação dos alunos de capoeira do Mestre Belo - fundador do ABC Capoeira
11h-12h: Sopros do Morro da Escola de Música da Rocinha (samba e pagode)
13h-14h: Coral LGBTQIA+ da Escola de Música da Rocinha (MPB)
14h -16h: Banda Maria Filó (Forró e Axé)
Espaço Literário
10h-12h: Brincar com palavras: contação de histórias, e oficina de escrita criativa para crianças com Luciliane Tomé e Maria Fernanda Gonçalves. Público infantil
13h-14h30: Imaginação, sonho, fantasia ou realidade? Você lê, você escolhe: roda de conversa com as autoras Helenita Fernandes, Gleicy Favacho e Drak. Público: de 12 a 18 anos
14h30-16h: Versos e vozes de mulheres: poesias e literatura erótica: roda de conversa com as autoras Nicole Ayres e Joana D´arc. Público: adulto
Práticas Integrativas de Saúde
Mediante agendamento/inscrição prévia na hora
Outras atividades e serviços
Uma das definições de educação é a "aplicação dos métodos próprios para assegurar a formação e o desenvolvimento físico, intelectual e moral de um ser humano". Baseada nessa visão, a direção do Colégio Estadual Brigadeiro Schorcht, na Taquara, Zona Oeste do Rio de Janeiro, decidiu abrir espaço para novas experiências pedagógicas. Desde 2012, a unidade pública passa por um processo de transformação, que está em andamento e tem tido grande aceitação dos alunos.
O primeiro passo foi firmar uma parceria com o Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz Mata Atlântica (PDCFMA). Por meio Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e do edital Apoio à Melhoria do Ensino nas Escolas Públicas, a parceria foi iniciada com a criação de um espaço para horta orgânica, em uma área subaproveitada da escola. No local, atualmente, há uma plantação agroecológica com diversos tipos de temperos, vegetais, verduras e frutas.
Os alunos foram apresentados a outras práticas de educação ambiental, o que gerou a instalação de sistemas de coleta de água de chuva para irrigar a horta e de captação de energia solar para aquecimento de água dos vestiários feminino e masculino. "Cada equipamento desses foi projetado pelos próprios alunos. Eles participaram de todo o processo, desde as oficinas até a produção e manutenção dessas tecnologias, que são de baixo custo”, explicou o diretor adjunto da escola e biólogo, Marco Aurélio Berao Silva.
“Essas tecnologias estão disponíveis e podem ser usadas e reproduzidas. A ideia era que escola fosse um modelo para que os estudantes replicassem os projetos nas casas deles", conta o diretor. Outra mudança importante ocorrida durante o processo de desenvolvimento das tecnologias sociais foi a alimentação dos estudantes.
A partir dessa parceria com a Fiocruz, a direção se mobilizou para inaugurar uma cozinha e um refeitório, já que os alimentos distribuídos aos alunos eram industrializados. Agora, as refeições são feitas no local, com produtos mais saudáveis. A escola fechou uma parceria com a Associação de Agricultores Orgânicos de Vargem Grande para fornecimento de alimentos agroecológicos, via Programa Nacional de Alimentação Escolar. A horta interna contribui, principalmente, com condimentos e temperos.
Com a cozinha, os estudantes puderam aprender sobre os diferentes tipos de composteiras para receber o lixo gerado. Os resíduos orgânicos são destinados à composteira e garantem adubo de excelente qualidade para os vasos e canteiros da horta. Além disso, a comunidade escolar já incorporou o hábito de separar materiais recicláveis e óleo de cozinha saturado para doação a instituições parceiras. Nos últimos três meses, a escola destinou em torno de 100 Kg de resíduo orgânico da cozinha para a compostagem.
Para o estudante Marcos Aurélio Santos de Almeida, do 2º ano do Ensino Médio, a oficina de horta orgânica está sendo satisfatória para a própria alimentação. "Nunca tive contato com horta. Aprendi muito. Consigo até levar alguns alimentos plantados aqui para casa. Minha família gosta bastante, até por não ter agrotóxico. A gente aprendeu a perceber essa diferença", disse o estudante de 16 anos.
A oficina de agricultura urbana do Brigadeiro Schorch tem cerca de 20 alunos. O coordenador do projeto pela Fiocruz, Robson Patrocínio, explica que o trabalho é resultado do compartilhamento de saberes. "O essencial para dar certo é uma construção coletiva. Desenvolver, junto com a comunidade escolar, as ações feitas por eles. Não foi nada definido pela Fiocruz. Além, é claro, do envolvimento da direção e dos professores que abraçaram a ideia, e dos alunos, que tiveram voz para poder discutir as propostas", finalizou.
*O texto foi originalmente publicado na recente edição do Jornal Linha Direta, da Comunicação Interna da Fiocruz.
Entre os dias 2 e 3 de maio, acontecerá a 9ª Oficina Pedagógica da Olimpíada Brasileira de saúde e Meio Ambiente, no Campus Fiocruz Mata Atlântica (CFMA), em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
Durante o evento destinado a professores de educação básica, serão abordadas as temáticas Saúde e Meio Ambiente nas Escolas, Produção de Texto, Projeto de Ciências e Produção Audiovisual. A ideia é abrir um espaço de diálogo e troca de informações com profissionais da educação e apresentar atividades pedagógicas sobre os temas saúde e meio ambiente.
As oficinas realizadas em conjunto com o Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz da Mata Atlântica (PDCFMA) serão ministradas por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No fim das atividades, todos receberão certificados emitidos pela Fiocruz.
As inscrições podem ser feitas através do formulário eletrônico.
Para saber mais sobre as oficinas, acesse o site da Olimpíada Brasileira de saúde e Meio Ambiente.