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Publicado em 19/07/2024

Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente recebe inscrições de alunos externos para disciplinas isoladas

Autor(a): 
IFF/Fiocruz

O Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher e o Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Aplicada (mestrado e doutorado) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) divulgam inscrições para disciplinas isoladas – segundo semestre de 2024. As aulas serão em formato presencial e online e acontecerão nas instalações do Instituto. As inscrições estão abertas até o dia 23 de julho, às 23h59.

Para ter acesso ao formulário de inscrição, é necessário realizar um cadastro no Login Único da Fiocruz seguindo os passos abaixo:

 - Acesse o site do Acesso Fiocruz;

- Clique em “Crie sua conta”;

- Selecione uma das opções: brasileiro, estrangeiro sem CPF ou estrangeiro com CPF;

- Preencha seus dados pessoais, leia os termos de uso e realize a confirmação do campo “Li e estou de acordo com os termos de uso”;

- Clique na opção “Não sou um robô” e em seguida clique em “Avançar”;

- Verifique se o seu e-mail está correto e clique em “Avançar” para ativar a sua conta;

- Verifique o recebimento do código de acesso na caixa de entrada do seu e-mail. Informe o código de acesso recebido por e-mail, no campo “código de 06 dígitos” e em seguida clique em Verificar”;

- Uma mensagem de confirmação será apresentada: “Sua conta foi criada com sucesso”, clique em “Autenticar”;

- Depois de cadastrado ou se já tiver cadastro no "Login Único da Fiocruz", acesse a opção "Serviços Fiocruz" no menu à esquerda. Clique em "Ensino" e depois em "Inscrição em Disciplina Isolada";

- Selecione a opção Disciplinas PGSCM ou PGPASCM para Candidatos Externos 2024.02

Em caso de dúvidas ou dificuldades no momento da inscrição, entrar em contato com a Secretaria Acadêmica de acordo com o Programa escolhido:

Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher: pgscm.iff@fiocruz.br

Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Mulher: pgpascm.iff@fiocruz.br

Publicado em 08/12/2023

Fiocruz e Bloco A lançam curso voltado a profissionais que atuam na assistência ao abortamento

Autor(a): 
Isabela Schincariol

O abortamento inseguro é uma das principais causas de mortalidade materna no mundo, inclusive no Brasil, sendo considerado um problema de saúde pública. O tema — cuja discussão envolve um complexo conjunto de aspectos —, é tratado no novo curso ofertado pela Fiocruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, em parceria com a ONG Bloco A: Ampara – Acolhimento de pessoas em situação de abortamento e pós-aborto. A formação, com carga horária de 30h, é voltada a profissionais de saúde envolvidos nos cuidados imediatos e abrangentes a mulheres que passaram por essa situação, apresentando ferramentas efetivas para a qualificação dos profissionais na assistência ao abortamento. O curso é online, gratuito e autoinstrucional. As inscrições estão abertas!

Inscreva-se já!

No Brasil, o aborto é criminalizado – exceto em casos de violência sexual, anencefalia fetal e risco de vida para a pessoa gestante. Por conta disso, o debate sobre essa temática sempre traz à tona questões legais, morais, religiosas, sociais e culturais. Para tanto, o curso oferece uma abordagem baseada em direitos e políticas de saúde sexual e reprodutiva, democratizando o acesso à informação e promovendo estratégias de redução de danos por aborto. A ideia é subsidiar profissionais de saúde, além de promover alternativas para o planejamento sexual e reprodutivo, reconhecendo a importância da humanização do atendimento e incentivando uma postura ética e de respeito aos direitos humanos das mulheres. 

Pela Fiocruz, a coordenação acadêmica do curso é formada pelas professoras e pesquisadoras da Fundação Claudia Bonan Jannotti, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Maria do Carmo Leal, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e Adriana Coser Gutierrez, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz). Já pela Bloco A, integram a equipe a coordenadora da organização, Janaína Penalva, que é advogada e também professora da Faculdade de Direito da UNB e a coordenadora de projetos da Bloco A e enfermeira, Mariana Seabra. 

Por meio da ONG Bloco A, o Ampara já foi ofertado para quase 500 profissionais da saúde, em parceria com o Conselho Federal de Psicologia (CFP) e o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) em 2022. Esta parceria com a Fiocruz, em 2023, oferece uma nova edição do curso, revista e ampliada. A Bloco A  é uma organização que faz parcerias com instituições de saúde para mobilizar e desenvolver habilidades de ginecologistas, enfermeiras, parteiras e psicólogos para fornecer cuidados contraceptivos de alta qualidade e compassivos, aborto e assistência pós-aborto. A organização acredita que os provedores de saúde são os melhores parceiros no apoio às mulheres para tomar decisões informadas sobre sua saúde, pois podem fornecer informações precisas e sem julgamentos e prestar serviços com segurança. 

Claudia Bonan detalhou que o curso Ampara tem como objetivos ampliar os conhecimentos clínicos, epidemiológicos, jurídicos e bioéticos às diversas situações de aborto e no pós-abortamento, além de fortalecer as habilidades dos trabalhadores da área da saúde para o acolhimento e a oferta de cuidados integrais e longitudinais a esse grupo. Segundo ela, o aborto é um evento que pode acontecer na vida reprodutiva das mulheres e “não é incomum que em nossa atuação profissional, seja na Atenção Primária em Saúde (APS), seja na atenção especializada, nos deparemos com mulheres que necessitam de cuidados por motivo de aborto – seja espontâneo, provocado ou previsto por lei – e cuidados pós-aborto”, especificou. 

A especialista apontou que o aborto realizado em condições inseguras – com pessoas não bem treinadas para isso, com métodos inadequados e ambiente insalubres - é uma causa importante da morbidade e da mortalidade materna no Brasil. “O adoecimento e o óbito por motivo de aborto são evitáveis, em quase sua totalidade, se a pessoa recebe um tratamento em tempo oportuno, baseado nas melhores práticas clínicas, que são aquelas fundamentadas em evidências científicas e no respeito aos direitos fundamentais, especialmente, aos direitos sexuais e reprodutivos. Portanto, ao oferecermos uma atenção de qualidade, baseada em evidências científicas, em princípios bioéticos e no respeito aos direitos reprodutivos, podemos melhorar os indicadores de saúde das pessoas que abortam e enfrentar o grave problema de saúde pública representado pelo aborto”, concluiu. 

Conheça a estrutura do curso Ampara – Acolhimento de pessoas em situação de abortamento e pós-aborto

Aula 1: O Abortamento no Mundo e no Brasil

  • Histórico e conceito de direitos sexuais, direitos reprodutivos e justiça reprodutiva;
  • O que é abortamento e qual sua relação com a saúde pública;
  • Como o abortamento é tratado no mundo e no Brasil, e quais as suas consequências para a vida e a saúde das pessoas;
  • Quem são as pessoas que abortam e que condições contribuem para que elas sejam colocadas em situações de vulnerabilidade ao experienciar esse evento da vida

Aula 2: Serviços de Abortamento Previstos em Lei no Brasil

  • As situações em que o abortamento é previsto em lei no Brasil;
  • Os desafios para a implementação desses serviços;
  • As dificuldades de exercício desse direito e as barreiras de acesso aos serviços;
  • Os conceitos de objeção de consciência, confidencialidade e sigilo;
  • O que se espera de quem atua em contato ou diretamente em um serviço de abortamento previsto em lei

Aula 3: Abortamento e Evidências Científicas

  • Compreenda a importância do acolhimento empático e respeitoso à pessoa que aborta;
  • Conheça as diferentes formas de apresentação das situações de abortamento e os cuidados necessários;
  • Conheça as evidências científicas relacionadas ao abortamento nas suas diversas formas;
  • Saiba como realizar os procedimentos de abortamento medicamentoso

Aula 4: Cuidados Pré e Pós-abortamento

  • Saiba como realizar os procedimentos de abortamento cirúrgico;
  • Reconheça a importância de desencorajar métodos de abortamento inseguro;
  • Conheça as evidências científicas sobre exames e procedimentos recomendados antes e depois de um abortamento;
  • Identifique os principais cuidados e sinais de alarme a serem orientados quando uma pessoa passa por um abortamento

Aula 5: Acolhimento à Gestação Indesejada e Redução de Danos

  • Conheça os referenciais bioéticos no acolhimento à gestação indesejada e ao atendimento em situações de abortamento induzido;
  • Compreenda os referenciais da redução de danos em saúde e no abortamento inseguro

Aula 6: Violência Obstétrica no Abortamento e no Cuidado Pós-aborto

  • Entenda a origem do debate do conceito de violência obstétrica e o que ele significa;
  • Saiba reconhecer as situações que se configuram como violência obstétrica e como evitá-la

IFF/Fiocruz lança curso em encontro online sobre temática na segunda-feira, 11/12

Na segunda-feira, 11 de dezembro, às 15h, o IFF/Fiocruz vai promover um encontro virtual com especialistas, no âmbito de seu Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente e, na ocasião, acontecerá também o lançamento do novo curso. O encontro “Acolhimento de Pessoas em Situação de Abortamento e Pós-aborto (Ampara), será transmitido ao vivo no canal de Boas Práticas do IFF/Fiocruz no Youtube, e, além de Claudia Bonan como moderadora, o evento conta com a participação da coordenadora da ONG Bloco A, Janaína Penalva, que é advogada e também professora da Faculdade de Direito da UNB; a coordenadora de projetos da Bloco A e enfermeira, Mariana Seabra; a médica e integrante do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, Halana Faria; a assistente social, professora e vice-coordenadora do curso de serviço social na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab) Nathália Diórgenes; e o médico obstetra, pesquisador e docente do IFF/Fiocruz, Marcos Dias.
 
Envie suas dúvidas pelo Portal de Boas Práticas do IFF e acompanhe a transmissão ao vivo no Youtube:

Publicado em 23/08/2023

Fiocruz promove encontro virtual com especialistas sobre Alergia Medicamentosa na Criança

Autor(a): 
Fabiano Gama

O Portal de Boas Práticas, iniciativa do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e Adolescente Fernandes Figueira (IFF), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), promove, nesta quarta-feira, 23 de agosto, o encontro virtual "Alergia medicamentosa na criança". A atividade será transmitida pelo canal do Portal no Youtube a partir das 15h. Não perca!

O encontro será com as especialistas Camila Penedo, médica alergista e imunologista pediátrica do IFF/Fiocruz, e Mara Morelo, médica alergista e imunologista pediátrica do Hospital Federal dos Servidores do Estado, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio), Diretora Adjunta de Pesquisa da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) no biênio 2023-2024.

Criado para oferecer conteúdo de alta qualidade, voltado para a prática clínica e baseado nas melhores evidências científicas, o Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente é integrado por instituições de ensino e pesquisa de todo o Brasil. Toda semana um conteúdo inédito é publicado em cada área do Portal e transmissões ao vivo são realizadas com especialistas dos melhores congressos. É conteúdo gratuito e aberto para profissionais que cuidam da saúde de milhões de mulheres e crianças em nosso país.

Acompanhe ao vivo e envie suas dúvidas pelo Portal de Boas Práticas ou pelo Youtube:

 

 

#ParaTodosVerem No topo do banner está escrito o dia do encontro que será 23 de agosto (quarta-feira) com transmissão ao vivo às 15h. No centro está o tema do encontro: Alergia medicamentosa na criança. Abaixo, informações sobre os especialistas, Camila Penedo e Mara Morelo.

Publicado em 09/05/2023

Consórcio de programas de pós SIS-Saúde Brasil/Moçambique: Confira resultado de homologação das inscrições

Autor(a): 
Fabiano Gama*

O consórcio institucional formado por seis diferentes programas de pós-graduação da Fundação Oswaldo Cruz em parceria com o Instituto Nacional de Saúde e a Universidade Lúrio, ambos de Moçambique, África - o Programa Educacional em Sistemas de Saúde (SIS-Saúde Brasil/Moçambique), torna pública a relação de inscrições homologadas e não homologadas para os programas de mestrado e doutorado. O objetivo da chamada é fortalecer os sistemas de saúde da região. O programa formará mestres e doutores moçambicanos, que atuarão no sistema nacional de saúde, na formação em saúde e na pesquisa, contribuindo para a qualificação de pessoal no campo da saúde pública e coletiva, bem como para os processos de planejamento, gestão e avaliação de sistemas de saúde.

Confira aqui a página dos programas com os resultados de homologação das inscrições!

Integram o SIS-Saúde, os programas de pós-graduação em Saúde Pública (PPGSP), de Saúde Pública e Meio Ambiente (PPGSPMA) e de Epidemiologia em Saúde Pública (PPGEPI) ligados à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz); de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (PPGSMCA) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz); de Saúde Pública (PPGSP) do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco); e de Saúde Coletiva (PPGSC) do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas).

Programa Educacional em Sistema de Saúde Brasil-Moçambique (Mestrado)

Inscrições homologadas - confira a lista
Inscrições não homologadas - confira a lista

Programa Educacional em Sistema de Saúde Brasil-Moçambique (Doutorado)

Inscrições homologadas - confira a lista
Inscrições não homologadas - confira a lista

O curso será ofertado em regime híbrido, por meio de aulas síncronas e assíncronas, com o uso de Ambiente Virtual de Aprendizagem, com o auxílio do Campus Virtual Fiocruz. Os estudantes deverão acompanhar as aulas síncronas no Instituto Nacional de Saúde (INS) e na UniLurio. Também estão previstos outros momentos presenciais, considerando a ida de pesquisadores visitantes à Moçambique no âmbito do Coopbrass/Fiocruz, e tais atividades acadêmicas presenciais serão em Maputo, no INS. 

O curso de mestrado terá duração de dois anos (24 meses) e o de doutorado quatro anos (48 meses). Ao todo, serão oferecidas 40 vagas para profissionais de saúde que atuem no sistema público de saúde e/ou em instituições públicas de pesquisa e de formação superior em saúde em Moçambique, 20 para o mestrado e 20 para o doutorado, distribuídas pelos seis Programas consorciados, sendo 10% priorizadas a candidatos que se declararem Pessoa com Deficiência (PcD). 

A elaboração do Programa SIS-Saúde Brasil/Moçambique iniciou há cerca de um ano, a partir de uma missão da Fiocruz à África, em abril de 2022. Para atender a demandas de formação das instituições moçambicanas, cujo cerne é o fortalecimento dos sistemas de saúde, todos os programas de pós-graduação da Fiocruz envolvidos no consórcio são ligadas à grande área da saúde coletiva.

A divulgação do resultado final da lista de classificação dos selecionados está prevista para 18 de julho.

SisSaúde: formação de professores e pesquisadores em Moçambique
 
As coordenadoras do SIS-Saúde Brasil/Moçambique — Cristiani Vieira Machado e Eduarda Cesse, respectivamente, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação e coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz —, destacaram a importante história de cooperação entre Brasil e Moçambique. Segundo Cristiani, a parceria da Fiocruz com o Instituto Nacional de Saúde (INS) na área da Educação já tem mais de 15 anos. "Durante esse período, a Fundação formou mais de 60 mestres em Ciências da Saúde e 14 mestres em Saúde Pública". Ela detalhou que essa nova oferta, em parceria com o INS e a Universidade Lúrio, integra o Projeto Coopbrass - Rede de Pesquisa e Formação em Saúde: Cooperação Sul-Sul entre a Fiocruz e Instituições Moçambicanas, que tem apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Já Eduarda Cesse, ressaltou que o consórcio permitirá a formação de cerca de 40 mestres e doutores em Saúde Publica, e “pretende contribuir para a formação de docentes e o fortalecimento do sistema público de saúde em Moçambique. Portanto, essa iniciativa entre programas de pós é de grande importância para a cooperação Sul-Sul em saúde".

Para o diretor Nacional de Formação e Comunicação em Saúde do INS, Rufino Gujamo, este programa integrado vai permitir a formação de recursos humanos moçambicanos altamente qualificados na área de sistemas de saúde. Gujamo acredita que "o programa, seguramente, vai contribuir de forma singular para o fortalecimento do sistema de saúde de Moçambique".

Também com altas expectativas para o início desta formação, a diretora Adjunta de Investigação, Extensão e Pós-Graduação da Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade Lúrio, Amélia Mandane, evidenciou a colaboração internacional: "As relações de cooperação com parceiros estratégicos são de grande importância, pois promovem a consolidação e internacionalização da ciência e da inovação técnico-científica, com o fim último de promover um desenvolvimento integrado das sociedades". 

Ela frisou também que a Fiocruz e o INS são dois grandes parceiros que têm apoiado de forma estratégica a UniLúrio. "Estamos desenvolvendo com eles disciplinas de mestrado em Saúde Pública desde 2018, e, agora, abraçamos o desafio de avançar como colaboradores na oferta desse consórcio", apontou, indicando ainda ser primordial, além de promover, consolidar essas relações e aproveitar de maneira eficiente tais oportunidades.

 

*Com informações de Isabela Schincariol.

#ParaTodosVerem Banner com fundo na cor bege, na ponta direita superior e na ponta esquerda inferior do banner há imagens gráficas coloridas; no topo da imagem o tema do assunto: SIS-Saúde Brasil/Moçambique, programa Educacional em Sistemas de Saúde para Moçambique. Seleção para mestrado e doutorado, resultado de homologação das inscrições. Público-alvo: Profissionais de saúde que atuem no sistema público de saúde e/ou instituições públicas de pesquisa e de formação superior em saúde em Moçambique. Vagas: 20 para mestrado e 20 para doutorado. Ao final, no canto inferior direito: dúvidas sobre o edital e mais informações, entrar em contato com o e-mail progsissaudemz@fiocruz.br.

Publicado em 18/04/2023

Consórcio de programas de pós SIS-Saúde Brasil/Moçambique: inscrições prorrogadas até 2/5. Confira novo cronograma

Autor(a): 
Fabiano Gama*

Foram prorrogadas as inscrições para o Programa Educacional em Sistemas de Saúde (SIS-Saúde Brasil/Moçambique). A iniciativa é um grande consórcio institucional formado por seis diferentes programas de pós-graduação da Fundação Oswaldo Cruz em parceria com o Instituto Nacional de Saúde e a Universidade Lúrio, ambos de Moçambique, África. O objetivo da chamada especial é fortalecer os sistemas de saúde da região. Para tanto, vai formar mestres e doutores moçambicanos, que atuarão no sistema nacional de saúde, na formação em saúde e na pesquisa, contribuindo para a qualificação de pessoal no campo da saúde pública e coletiva, bem como para os processos de planejamento, gestão e avaliação de sistemas de saúde. A nova data para inscrições vai até 2 de maio!

Confira aqui o novo cronograma!

Integram o SIS-Saúde, os programas de pós-graduação em Saúde Pública (PPGSP), de Saúde Pública e Meio Ambiente (PPGSPMA) e de Epidemiologia em Saúde Pública (PPGEPI) ligados à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz); de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (PPGSMCA) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz); de Saúde Pública (PPGSP) do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco); e de Saúde Coletiva (PPGSC) do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas).

A chamada especial de seleção pública para candidatos aos cursos oferecidos pelo SIS-Saúde está no ar.

Confira os editais:

O curso será ofertado em regime híbrido, por meio de aulas síncronas e assíncronas, com o uso de Ambiente Virtual de Aprendizagem, com o auxílio do Campus Virtual Fiocruz. Os estudantes deverão acompanhar as aulas síncronas no Instituto Nacional de Saúde (INS) e na UniLurio. Também estão previstos outros momentos presenciais, considerando a ida de pesquisadores visitantes à Moçambique no âmbito do Coopbrass/Fiocruz, e tais atividades acadêmicas presenciais serão em Maputo, no INS. 

O curso de mestrado terá duração de dois anos (24 meses) e o de doutorado quatro anos (48 meses). Ao todo, serão oferecidas 40 vagas para profissionais de saúde que atuem no sistema público de saúde e/ou em instituições públicas de pesquisa e de formação superior em saúde em Moçambique, 20 para o mestrado e 20 para o doutorado, distribuídas pelos seis Programas consorciados, sendo 10% priorizadas a candidatos que se declararem Pessoa com Deficiência (PcD). 

A elaboração do Programa SIS-Saúde Brasil/Moçambique iniciou há cerca de um ano, a partir de uma missão da Fiocruz à África, em abril de 2022. Para atender a demandas de formação das instituições moçambicanas, cujo cerne é o fortalecimento dos sistemas de saúde, todos os programas de pós-graduação da Fiocruz envolvidos no consórcio são ligadas à grande área da saúde coletiva.

A divulgação do resultado final da lista de classificação dos selecionados está prevista para 18 de julho.

SisSaúde: formação de professores e pesquisadores em Moçambique
 
As coordenadoras do SIS-Saúde Brasil/Moçambique — Cristiani Vieira Machado e Eduarda Cesse, respectivamente, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação e coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz —, destacaram a importante história de cooperação entre Brasil e Moçambique. Segundo Cristiani, a parceria da Fiocruz com o Instituto Nacional de Saúde (INS) na área da Educação já tem mais de 15 anos. "Durante esse período, a Fundação formou mais de 60 mestres em Ciências da Saúde e 14 mestres em Saúde Pública". Ela detalhou que essa nova oferta, em parceria com o INS e a Universidade Lúrio, integra o Projeto Coopbrass - Rede de Pesquisa e Formação em Saúde: Cooperação Sul-Sul entre a Fiocruz e Instituições Moçambicanas, que tem apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Já Eduarda Cesse, ressaltou que o consórcio permitirá a formação de cerca de 40 mestres e doutores em Saúde Publica, e “pretende contribuir para a formação de docentes e o fortalecimento do sistema público de saúde em Moçambique. Portanto, essa iniciativa entre programas de pós é de grande importância para a cooperação Sul-Sul em saúde".

Para o diretor Nacional de Formação e Comunicação em Saúde do INS, Rufino Gujamo, este programa integrado vai permitir a formação de recursos humanos moçambicanos altamente qualificados na área de sistemas de saúde. Gujamo acredita que "o programa, seguramente, vai contribuir de forma singular para o fortalecimento do sistema de saúde de Moçambique".

Também com altas expectativas para o início desta formação, a diretora Adjunta de Investigação, Extensão e Pós-Graduação da Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade Lúrio, Amélia Mandane, evidenciou a colaboração internacional: "As relações de cooperação com parceiros estratégicos são de grande importância, pois promovem a consolidação e internacionalização da ciência e da inovação técnico-científica, com o fim último de promover um desenvolvimento integrado das sociedades". 

Ela frisou também que a Fiocruz e o INS são dois grandes parceiros que têm apoiado de forma estratégica a UniLúrio. "Estamos desenvolvendo com eles disciplinas de mestrado em Saúde Pública desde 2018, e, agora, abraçamos o desafio de avançar como colaboradores na oferta desse consórcio", apontou, indicando ainda ser primordial, além de promover, consolidar essas relações e aproveitar de maneira eficiente tais oportunidades.

 

*Com informações de Isabela Schincariol.

#ParaTodosVerem Banner com fundo na cor bege, na ponta direita superior e na ponta esquerda inferior do banner há imagens gráficas coloridas; no topo da imagem o tema do assunto: SIS-Saúde Brasil/Moçambique, programa Educacional em Sistemas de Saúde para Moçambique. Seleção para mestrado e doutorado, inscrições prorrogadas até 2 de maio. Público-alvo: Profissionais de saúde que atuem no sistema público de saúde e/ou instituições públicas de pesquisa e de formação superior em saúde em Moçambique. Vagas: 20 para mestrado e 20 para doutorado.Ao final, no canto inferior direito: dúvidas sobre o edital e mais informações, acessar o site progsissaudemz@fiocruz.br.

Publicado em 27/03/2023

SIS-Saúde Brasil/Moçambique: Inscrições abertas para consórcio de programas de pós da Fiocruz

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Estão abertas as inscrições para o Programa Educacional em Sistemas de Saúde (SIS-Saúde Brasil/Moçambique), um grande consórcio institucional de seis diferentes programas de pós-graduação da Fundação Oswaldo Cruz em parceria com o Instituto Nacional de Saúde e a Universidade Lúrio, ambos de Moçambique, África. O objetivo da chamada especial é fortalecer os sistemas de saúde da região. Para tanto, vai formar mestres e doutores moçambicanos, que atuarão no sistema nacional de saúde, na formação em saúde e na pesquisa, contribuindo para a qualificação de pessoal no campo da saúde pública e coletiva, bem como para os processos de planejamento, gestão e avaliação de sistemas de saúde. Inscrições podem ser feitas até 17 de abril!
    
Integram o SIS-Saúde, os programas de pós-graduação em Saúde Pública (PPGSP), de Saúde Pública e Meio Ambiente (PPGSPMA) e de Epidemiologia em Saúde Pública (PPGEPI) ligados à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz); de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (PPGSMCA) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz); de Saúde Pública (PPGSP) do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco); e de Saúde Coletiva (PPGSC) do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas).

A chamada especial de seleção pública para candidatos aos cursos oferecidos pelo SIS-Saúde está no ar.

Confira os editais:

O curso será ofertado em regime híbrido, por meio de aulas síncronas e assíncronas, com o uso de Ambiente Virtual de Aprendizagem, com o auxílio do Campus Virtual Fiocruz. Os estudantes deverão acompanhar as aulas síncronas no Instituto Nacional de Saúde (INS) e na UniLurio. Também estão previstos outros momentos presenciais, considerando a ida de pesquisadores visitantes à Moçambique no âmbito do Coopbrass/Fiocruz, e tais atividades acadêmicas presenciais serão em Maputo, no INS. 

O curso de mestrado terá duração de dois anos (24 meses) e o de doutorado quatro anos (48 meses). Ao todo, serão oferecidas 40 vagas para profissionais de saúde que atuem no sistema público de saúde e/ou em instituições públicas de pesquisa e de formação superior em saúde em Moçambique, 20 para o mestrado e 20 para o doutorado, distribuídas pelos seis Programas consorciados, sendo 10% priorizadas a candidatos que se declararem Pessoa com Deficiência (PcD). 

A elaboração do Programa SIS-Saúde Brasil/Moçambique iniciou há cerca de um ano, a partir de uma missão da Fiocruz à África, em abril de 2022. Para atender a demandas de formação das instituições moçambicanas, cujo cerne é o fortalecimento dos sistemas de saúde, todos os programas de pós-graduação da Fiocruz envolvidos no consórcio são ligadas à grande área da saúde coletiva. 

SisSaúde: formação de professores e pesquisadores em Moçambique
 
As coordenadoras do SIS-Saúde Brasil/Moçambique — Cristiani Vieira Machado e Eduarda Cesse, respectivamente, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação e coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz —, destacaram a importante história de cooperação entre Brasil e Moçambique. Segundo Cristiani, a parceria da Fiocruz com o Instituto Nacional de Saúde (INS) na área da Educação já tem mais de 15 anos. "Durante esse período, a Fundação formou mais de 60 mestres em Ciências da Saúde e 14 mestres em Saúde Pública". Ela detalhou que essa nova oferta, em parceria com o INS e a Universidade Lúrio, integra o Projeto Coopbrass - Rede de Pesquisa e Formação em Saúde: Cooperação Sul-Sul entre a Fiocruz e Instituições Moçambicanas, que tem apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Já Eduarda Cesse, ressaltou que o consórcio permitirá a formação de cerca de 40 mestres e doutores em Saúde Publica, e “pretende contribuir para a formação de docentes e o fortalecimento do sistema público de saúde em Moçambique. Portanto, essa iniciativa entre programas de pós é de grande importância para a cooperação Sul-Sul em saúde".

Para o diretor Nacional de Formação e Comunicação em Saúde do INS, Rufino Gujamo, este programa integrado vai permitir a formação de recursos humanos moçambicanos altamente qualificados na área de sistemas de saúde. Gujamo acredita que "o programa, seguramente, vai contribuir de forma singular para o fortalecimento do sistema de saúde de Moçambique".

Também com altas expectativas para o início desta formação, a diretora Adjunta de Investigação, Extensão e Pós-Graduação da Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade Lúrio, Amélia Mandane, evidenciou a colaboração internacional: "As relações de cooperação com parceiros estratégicos são de grande importância, pois promovem a consolidação e internacionalização da ciência e da inovação técnico-científica, com o fim último de promover um desenvolvimento integrado das sociedades". 

Ela frisou também que a Fiocruz e o INS são dois grandes parceiros que têm apoiado de forma estratégica a UniLúrio. "Estamos desenvolvendo com eles disciplinas de mestrado em Saúde Pública desde 2018, e, agora, abraçamos o desafio de avançar como colaboradores na oferta desse consórcio", apontou, indicando ainda ser primordial, além de promover, consolidar essas relações e aproveitar de maneira eficiente tais oportunidades.

Publicado em 02/09/2022

Inscrições abertas para curso Saúde Comunitária

Autor(a): 
Fabiano Gama*

Estão abertas as inscrições para a 13ª edição do curso Saúde Comunitária: Uma construção de todos. O curso, oferecido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC), será realizado em formato online, de 17 de outubro a 1º de dezembro. As inscrições estão disponíveis até 15 de setembro.

Destinado a moradores de comunidades em áreas de vulnerabilidade socioambiental, o curso trabalha temas de saúde presentes no cotidiano dos territórios, como Covid-19, resíduos sólidos, dengue, hepatites virais, intolerância alimentar, alimentação saudável, atividades de cuidadores de idosos, pediculose (piolho), infecções sexualmente transmissíveis (IST), saúde da mulher, tuberculose e parasitoses intestinais, entre outros.

Inscreva-se já!

O objetivo principal é oferecer conhecimentos teóricos e práticos que possibilitem compreender a teia de relações entre os determinantes sociais da saúde, a organização do território e a promoção da saúde. O curso proporciona e estimula o participante a continuar aprendendo e utilizar os conhecimentos adquiridos em outras etapas de sua formação e em sua vida cotidiana.

A metodologia do curso é baseada em encontros dinâmicos e expositivos que permitem que todos participem do processo de construção do conhecimento, derrubando o formato de “sala de aula”, onde apenas o professor é o dono do saber, idealizando que o saber é bidirecional.

Os temas das aulas serão organizados em sequência lógica, de modo que se complementem. Assim, a grade do curso é dividida em temas transversais e específicos. Os temas transversais devem compreender assuntos ligados à organização dos territórios. Já os temas específicos estão voltados para os agravos existentes nos territórios, identificados por meio de reuniões iniciais e selecionados pela equipe de coordenação, docentes e monitores do curso quanto à sua relevância e baseado na avaliação e sugestão dos alunos do ano anterior.

Confira a programação completa do curso.

Os interessados podem se inscrever até 15 de setembro, através do Campus Virtual da Fiocruz.  São oferecidas 150 vagas. Para participar, é preciso ter escolaridade mínima de 5º ano do ensino fundamental e idade a partir de 18 anos. 

As aulas serão ministradas através da plataforma Zoom, de segunda a sexta-feira, das 17h30 às 19h30.

Para mais informações, acesse o Campus Virtual da Fiocruz.

 

*Com informações do IOC.

Publicado em 24/09/2021

Alunas da Fiocruz são contempladas em Prêmio Capes de Teses 2021

Autor(a): 
Isabela Schincariol*

Por mais um ano consecutivo, estudantes da Fundação Oswaldo Cruz são contempladas no Prêmio Capes de Tese. A 16° edição selecionou 49 trabalhos e indicou outros 92 a menções honrosas, 3 deles são da Fiocruz. Os trabalhos agraciados foram desenvolvidos nas áreas de avaliação: medicina e saúde coletiva; e abordaram a temática da saúde da criança e da mulher, da saúde e saneamento, e das doenças infecciosas. Confira mais detalhes sobre as teses das alunas Fernanda de Oliveira Demitto Tamogami, Roberta Falcão Tanabe e Anelise Andrade de Souza.

O Prêmio reconhece os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos em programas de pós-graduação brasileiros de acordo com critérios de originalidade, relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação, assim como o valor agregado pelo sistema educacional ao candidato.

Análise da interação entre saneamento e um programa brasileiro de transferência condicionada de renda na mortalidade e morbidade por diarreia e desnutrição em crianças menores de cinco anos de idade - Anelise Andrade de Souza

O trabalho de Anelise Andrade de Souza foi desenvolvido no Pós-graduação em Saúde Coletiva, organizado pelo grupo de pesquisa Políticas Públicas e Direitos Humanos em Saúde e Saneamento (PPDH), ligado ao Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas), sob a orientação de Léo Heller e coorientado por Rômulo Paes de Sousa e Sueli Mingoti.

O objetivo do estudo foi avaliar concomitantemente o acesso da população a condições adequadas de saneamento e ao Programa Bolsa Família, e o efeito dessa interação na morbidade e mortalidade por desnutrição e diarreia em menores de cinco anos de idade.

Segundo a pesquisa, em um país desigual como o Brasil, ainda prevalecem deficiências nos serviços de saneamento, saúde e educação, além de grande parte das famílias brasileiras não terem acesso a uma renda mínima, principalmente aquelas residentes em áreas periurbanas e rurais. Com isso, a vulnerabilidade econômica e social de grande parte da população torna-as mais propensas a manter ciclos de doença e pobreza. Assim, políticas públicas, como intervenções em saneamento e em programas de transferência condicionada de renda potencialmente alteram de forma positiva os principais determinantes sociais da saúde.

O estudo ecológico misto, com municípios como unidade de análise, utilizou dados em painel resultantes da compilação de bases referentes aos anos de 2006 a 2016. Dos 5.560 municípios brasileiros no ano de 2006, foram selecionados para participar, compondo os agregados de análise de dados, todos aqueles que apresentavam, ao mesmo tempo, adequabilidade dos dados de estatística vital; dados anuais de internação e óbito por desnutrição e diarreia para menores de cinco anos de idade; dados de cobertura da população alvo e total municipal pelo Programa Bolsa Família; e dados de cobertura por serviços de saneamento para os anos de 2000 e 2010.

Os resultados indicaram modificação do efeito, com diminuição das taxas de morbidade e mortalidade, quando presentes simultaneamente o acesso da população municipal a serviços de saneamento adequados e alta cobertura da população pelo Programa Bolsa Família. Dessa forma, a pesquisa de Anelise defende que maiores investimentos em saneamento em prol da universalização dos serviços, principalmente onde existem coberturas maiores da população total e alvo pelo Programa Bolsa Família, pode potencializar seus impactos, devendo essas medidas serem prioridades, com vistas a prevenir adoecimento e mortes em menores de cinco anos pelas doenças relacionadas à pobreza indicadas.

Corpos híbridos - a tecnologia incorporada na vida: explorando as relações de cuidado de crianças com condições crônicas complexas em Terapia Intensiva - Roberta Falcão Tanabe

O trabalho de Roberta Falcão Tanabe foi desenvolvido no doutorado acadêmico em Saúde da Criança e da Mulher, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), sob a orientação de Martha Cristina Nunes Moreira. O objetivo da pesquisa foi compreender o cuidado de crianças que ficam longamente internadas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), explorando as relações das pessoas com as máquinas [presentes na UTI], que se compõem tanto pelos equipamentos médicos que sustentam as vidas como aqueles que apoiam as relações entre as pessoas, como smartphones e tablets. De acordo com a autora, uma das contribuições dadas pelo trabalho é a elaboração de um percurso inovador na forma de conceber e realizar a pesquisa no campo da Saúde Coletiva.

Roberta contou que usou textos literários de sua autoria, inspirados na experiência pessoal de cuidado de crianças na UTI, para a construção de um diálogo que conectasse a racionalidade à sensibilidade. As crônicas apresentam o universo da doença e da UTI a partir de diferentes perspectivas: o olhar da criança, do profissional de saúde e dos familiares. “Os textos literários foram costurados em uma associação temática com a teoria da tese em um exercício de tentar aproximar os leitores da experiência humana ligada a uma realidade dura apresentada a partir de uma proposta lírica. Como o estudo teve como matéria-prima a narrativa do cuidado situada a partir de diferentes perspectivas e lugares na cena clínica, seus resultados alcançam potência reflexiva ao permitirem vocalizar a produção de sentidos de crianças, familiares e profissionais em suas relações com as máquinas e com os demais humanos na UTI”.

A pesquisadora apontou que outra contribuição da tese foi considerar a análise dos distintos tipos de máquinas presentes na UTI na construção da complexidade do cuidado no contexto contemporâneo. Há, além da sofisticação dos equipamentos médicos, a conectividade proporcionada por smartphones que eliminam fronteiras físicas, ligando pessoas e ambientes dentro e fora do hospital”, disse ela.   

Sobre ser contemplada no Prêmio Capes, a aluna salientou que o reconhecimento por um trabalho é sempre uma grande alegria, sobretudo quando ele foi resultado de um aprendizado muito desafiador. No entanto, segundo Roberta, “nenhuma conquista pode ser justamente celebrada sem que a generosidade dos múltiplos apoios recebidos ao longo do caminho possa ser apontada. Portanto, quero destacar a parceria competente e sensível da minha orientadora, que acreditou numa proposta autoral ousada incorporando meus textos literários como instrumento criativo na produção do conhecimento científico. Além disso, gostaria de sublinhar o papel fundamental de Martha, ao lado de todos os professores da pós, no despertamento do interesse e do encanto pela abordagem qualitativa, até então uma absoluta novidade para minha trajetória como pesquisadora”, disse ela agradecida.

Roberta contou ainda que, paralelamente à tese, foi construído o livro “Mosaico: vidas em reinvenção”, publicado em 2019 pela Editora Texto Território. Para ela, nessa versão literária do universo em estudo, “a dimensão humana do cuidado de crianças que têm suas vidas atravessadas por condições crônicas e graves de saúde é apresentada numa perspectiva ficcional, vocalizando de forma caleidoscópica os diferentes olhares desta experiência complexa. Sua divisão interna, contemplando a perspectiva da criança, dos familiares e dos profissionais de saúde, pareceu ser um caminho interessante para apresentar os resultados da tese. Nesse sentido, houve um entrelaçamento coerente e natural entre as duas produções textuais na composição de um corpo híbrido. Essa referência retorna ao título da tese para recuperar o colapso das fronteiras entre humanos e não humanos, e também dos limites da produção de conhecimento científico pelo imbricamento da narrativa acadêmica e literária”.

Efetividade dos tratamentos antituberculose e antirretrovirais em combinação - Fernanda de Oliveira Demitto Tamogami

O trabalho de Fernanda de Oliveira Demitto Tamogami, foi desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas, ligado ao Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), e orientado por Valeria Cavalcanti Rolla, chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Micobacterioses (LAPCLINTB/INI), e Bruno de Bezerril Andrade, pesquisador do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia).

O estudo teve como objetivo analisar a efetividade dos regimes terapêuticos utilizados, examinar as relações entre anemia e desfechos desfavoráveis (morte e falha de tratamento), além de avaliar a sobrevida em pacientes com coinfecção tuberculose-HIV durante terapia antituberculose.

A pesquisa avaliou os fatores de risco para desfechos desfavoráveis no tratamento de tuberculose em pacientes que já estavam em terapia antirretroviral (Tarv) e outros pacientes que ainda não tinham recebido Tarv. “Usamos uma abordagem inovadora. Bruno Andrade é um estudioso dos processos inflamatórios e calculou uma forma de relacionar os resultados de exames de baixa complexidade e que são feitos na rotina do acompanhamento dos pacientes, como hemograma e bioquímica, com a inflamação provocada pela tuberculose. Tudo indica que existe e já temos alguns artigos sobre o tema”, explicou Valeria sobre o trabalho.

A pesquisa concluiu que os fatores de risco para mortalidade e falha do antirretroviral (ARV) foram diferentes entre virgens de ARV (VT) e previamente expostos a ARV (PE), sendo o último grupo alvo para ensaios com drogas compatíveis com rifampicina para melhorar os desfechos de tratamentos desfavoráveis. E também apontou que a anemia persistente em pessoas que vivem com HIV/Aids (PVHA) durante o curso de terapia anti-tuberculose (ATT) está intimamente relacionada com perturbação inflamatória (DIP) crônica.

*com informações da Capes e do INI/Fiocruz

Publicado em 21/09/2021

Seminário debate desigualdades enfrentadas por mulheres na saúde global 

Autor(a): 
Cristina Azevedo (Agência Fiocruz de Notícias) 

As mulheres são maioria na força de trabalho em saúde. Mesmo assim, estão longe dos postos de liderança, enfrentam desigualdades nos salários e muitas vezes são vítimas de assédio moral e sexual. Se o panorama descrito no webinário "Mulheres na Saúde Global", promovido pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) no último dia 15, parece sombrio, ele também traz focos de esperança: ao mesmo tempo em que exacerbou essas desigualdades, a pandemia de Covid-19 jogou luz sobre elas, ampliando o debate em torno do tema e a busca de soluções. O evento pode ser assistido na íntegra no canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube.

Coordenado pela a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Cristiani Vieira Machado, o encontro contou com as participações de Roopa Dhatt, diretora-executiva da ONG Women in Global Health; Stéphanie Seydoux, embaixadora da França para a Saúde Global; Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz; e com comentários de Zélia Maria Profeta da Luz, pesquisadora do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas) e integrante do Conselho da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre Economia da Saúde para Todos. 

“Segundo dados da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), as mulheres sofreram de forma mais acentuada as retrações dos postos de trabalho, especialmente no setor informal, ficaram mais sobrecarregadas com os serviços domésticos, com o fechamento de escolas e com familiares que adoeceram”, destacou Cristiani. "Esse cenário exige políticas públicas abrangentes e ação coletiva”, disse, lembrando que a Fiocruz conta com um Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça e hoje é presidida por uma mulher.  

"Políticas cegas” 

Cofundadora da Women in Global Health e consultora da OMS, Roopa Dhatt ressaltou que muitas políticas são “cegas o ponto de vista de gênero”, o que reforça a discriminação. Como exemplo, citou medidas adotadas durante o lockdown que para algumas mulheres significou deixá-las em ambientes violentos.  Além disso, pelo menos 30% — em alguns casos até 60% — dos serviços para mães foram descontinuados ou dificultados na pandemia. 

Se 70% da força de trabalho em saúde é composta por mulheres, o mesmo não acontece nos cargos de liderança, onde elas representam apenas 20%. “Estão sub-representadas, contidas por fatores raciais, por virem de minorias, serem migrantes, as várias desvantagens se acumulam. Há um gap de 28% nos salários em relação aos dos homens. Enfrentam ainda assédio sexual e moral, que pode vir de colegas de trabalho ou de pacientes”, disse. Junto com o governo da França e a OMS, a WGH lançou a iniciativa Força de Trabalho da Saúde e Cuidados e Igualdade de Gênero (GEHCWI), sobre quatro pilares: aumentar a presença em postos de liderança, equiparação de remuneração, proteção contra assédio e melhores condições de trabalho. 

Dividendo Tríplice 

A embaixadora Stéphanie Seydoux destacou a realização do Fórum Geração Igualdade, em Paris, há dois meses, marcando os 26 anos da Conferência de Pequim. A ideia era “rejeitar esta tendência de recuo no compromisso com os direitos das mulheres”, explicou. Entre os compromissos alcançados está a promessa de disponibilizar 40 milhões de euros (R$ 247 milhões) para os esforços. Foram definidas áreas de compromisso, como contra a violência de gênero; direitos econômicos; saúde sexual e reprodutiva; e inovação em prol da igualdade em gênero. 

Na questão da saúde, a embaixadora observou que “há uma necessidade urgente de obter compromissos mais amplos para aumentar a proporção de mulheres em posições de liderança, reconhecer o valor do trabalho de cuidado não remunerado e a importância da igualdade de remuneração e a proteção contra violência e assédio, além de garantir condições de trabalho seguras e decentes. Tudo isso para alcançarmos o Dividendo Tríplice de gênero.”  

Movimentos sociais 

Coube à Nísia trazer a discussão para o Brasil. A presidente da Fiocruz disse que é “revelador que a participação de mulheres na Academia Brasileira de Ciências esteja na faixa de 30%. Na Fiocruz, que é uma instituição que tem esse compromisso, não só levamos 120 anos para ter uma mulher na presidência, como ainda hoje somos 30% da representação no Conselho Deliberativo, que é o conselho dos institutos. São dados que mostram o quanto temos que avançar”. 

Nísia disse que essa agenda é central na preparação do 9º Congresso Interno. Ela lembrou que em 2017 foi aprovada uma resolução dedicada à Equidade de Raça e Gênero com uma visão de diversidade, que envolve também trabalhadores com deficiências. Lembrou ainda o programa Meninas e Mulheres na Ciência, em que profissionais de várias áreas da Fiocruz recebem estudantes, numa visão de inclusão social. 

“Quando falamos em equidade de gênero, não podemos deixar de falar que ocorre de forma diferenciada, é sobretudo grave em relação às mulheres negras”, disse.  A Fundação tem trabalhado intensamente com populações em situação de vulnerabilidade no país. No Rio, isso ocorre especialmente nas comunidades de Manguinhos e Maré, onde a Fiocruz tem integrado conhecimento científico, pesquisa e ação comunitária. “Vemos movimentos bem estruturados, e observamos a forte presença das mulheres. Uma agenda como essa que discutimos aqui tem que contar com o protagonismo dessas mulheres.” 

Nísia lembrou que apesar de realçar desigualdades, aprendizados podem ser tirados da pandemia: “Deve-se pensar em alternativas democráticas construídas com base na ciência, mas com um forte diálogo com movimentos sociais e a sociedade civil. Isso será fundamental para a superação da crise.”  

Interseccionalidade 

Zelia Profeta também destacou a questão da interseccionalidade. “Se a gente não fizer essa discussão pensando em gênero, raça, classe social e até geracional, pode não fazer as relações corretamente”, disse, citando pesquisa que mostra que a maior parte dos técnicos de enfermagem e agentes de saúde são pessoas pretas e pardas. 

Sobre o trabalho no conselho da OMS, a ex-diretora da Fiocruz Minas contou que “a ideia ter um plano ao final de dois anos que apresente saúde para todos, mas numa perspectiva de que saúde não é gasto, é investimento. A ideia do conselho é colocar a saúde definindo como a economia tem que funcionar e não o contrário”, contou. “Acho que o principal desafio é fazer uma agenda que consiga avançar, consiga influenciar lideranças, e eu acho que a gente tem todas as condições de fazer isso.” 

Música 

Este Seminário Avançado em Saúde Global teve um toque diferente: organizado por Ilka Vilardo e Ana Helena Freire, do Cris, ele foi aberto e fechado com a participação da cantora Ana Costa, que apresentou duas de suas composições com Zelia Duncan: as canções "Uma mulher" e "Eu sou mulher, eu sou feliz", que abordam dificuldades do dia a dia, inclusive saúde física e mental. Este foi o 19º Seminário Avançado em Diplomacia da Saúde em 2021 e aconteceu exatamente ao completar um ano do primeiro, realizado em 15 de setembro de 2020, lembrou Paulo Buss, coordenador do Cris.

 

Publicado em 25/08/2021

Enfermagem Neonatal e Vigilância em Saúde na Atenção Primária: cursos de especialização com inscrições abertas

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

A Fundação Oswaldo Cruz está com inscrições abertas para dois cursos de especialização: Enfermagem Neonatal e Vigilância em Saúde na Atenção Primária. Ambos são voltados a profissionais portadores de diploma de graduação. Confira os detalhes das chamadas e inscreva-se.

Especialização em Vigilância em Saúde na Atenção Primária

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) está com inscrições abertas para o curso de especialização em Vigilância em Saúde na Atenção Primária 2021. A formação visa capacitar profissionais para atuar, de forma crítica e reflexiva, no desenvolvimento de ações de vigilância em saúde, contribuindo assim para a promoção da saúde da população.

Ao todo, estão disponíveis 15 vagas para profissionais de nível superior que estejam atuando na Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Com carga horária total de 520 horas, o curso ocorrerá a partir de outubro de 2021 e, devido à pandemia de Covid-19, as aulas se darão, inicialmente, na modalidade remota emergencial. Caso seja possível, as aulas presenciais serão retomadas no Pavilhão de Ensino do INI ou em outro local do campus Manguinhos da Fiocruz, no Rio de Janeiro. 

Inscrições: até 30 de agosto

Confira o edital completo e inscreva-se

Especialização em Enfermagem Neonatal 

O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz) abriu processo seletivo para ingresso no curso de especialização em Enfermagem Neonatal 2021. Ele está inserido no contexto das ações nacionais do IFF/Fiocruz e tem como público-alvo enfermeiros que atuam em Unidades Neonatais das maternidades prioritárias da Qualineo, em regime parcial, modalidade à distância com atividades práticas presenciais. 

A Qualineo, iniciativa do Ministério da Saúde que tem o IFF como instituição executante, desenvolve, desde 2018, um conjunto de ações voltadas para a qualificação de práticas clínicas em maternidades  situadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Seu objetivo é a melhoria do cuidado e da rede de atenção e redução da mortalidade neonatal no Brasil.

Serão oferecidas 166 vagas, sendo 17 delas reservadas às ações afirmativas. O curso tem duração mínima de 585h e há a exigência de entrega de trabalho de conclusão de curso (TCC) até o seu término. 

Inscrições: até 5 de setembro

Confira o edital completo e inscreva-se

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