Com o objetivo de recrutar uma nova geração de inovadores em cinema e vídeo para defender questões de saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) convida cineastas independentes, produtoras, instituições de saúde pública, ONGs, comunidades, estudantes e escolas de cinema de todo o mundo a enviarem seus curtas-metragens originais para o 5º Festival de Cinema Saúde para Todos. Os filmes são uma forma poderosa de aumentar a conscientização, melhorar a compreensão e incentivar a ação. O prazo para submissão de documentários curtos, filmes de ficção ou filmes de animação é 31 de janeiro de 2024. Confira a página do Festival e inscreva-se!
A 5ª edição do Festival cobre três temas principais. Ao inscrever um curta-metragem, o detentor dos direitos autorais do filme deve escolher uma categoria de competição entre as três descritas abaixo, que se relaciona com as metas globais de saúde da OMS estabelecidas no Décimo Terceiro Programa Geral de Trabalho (GPW13):
Filmes sobre saúde mental, doenças não transmissíveis (DNT) e outras histórias da UHC ligadas a doenças transmissíveis que não fazem parte de emergências;
Filmes sobre emergências de saúde, como a COVID-19, o Ébola, a ajuda humanitária em catástrofes e a saúde em ambientes de conflito;
Filmes sobre determinantes ambientais e sociais da saúde, tais como nutrição, saneamento, poluição, género e/ou promoção da saúde ou educação para a saúde.
Serão selecionados 90 filmes para exibição permanente no canal da OMS no Youtube a partir de abril de 2024, e sete filmes serão premiados em um evento que será realizado em junho deste ano na sede da Organização em Genebra, na Suíça.
Serão três GRANDES PRÊMIOS, um para cada categoria, cada GRANDE PRÊMIO receberá um pagamento de US$ 10 mil.
Além disso, os júris podem nomear prêmios especiais (listados abaixo) para vídeos selecionados que não recebam o GRANDE PRÊMIO. Desse grupo, o diretor-geral pode escolher até quatro prêmios especiais, cada um recebendo o pagamento de US$ 5 mil.
Os vencedores do GRANDE PRÉMIO não são elegíveis para prémios especiais. Além disso, haverá apenas um prêmio especial por candidato. Os prêmios especiais são:
• Prémio ESPECIAL de Filme sobre Actividade Física e Saúde – Histórias individuais e da comunidade, das unidades de saúde e/ou a nível nacional são bem-vindas na perspectiva de demonstrar os benefícios da actividade física para a saúde.
• Prémio ESPECIAL de Filme sobre Saúde para Migrantes e Refugiados – Filmes que esclarecem o impacto da migração e da deslocação na saúde física e mental e no bem-estar dos migrantes e refugiados. Filmes que sensibilizam para os direitos e necessidades de saúde únicas destas populações e mostram como o acesso aos cuidados de saúde para estas populações contribui para a sua melhor saúde e bem-estar.
• Prémio de Cinema ESTUDANTE – filmes produzidos por estudantes que possam justificar que os filmes foram realizados durante os seus estudos universitários.
• Prêmio Filme MUITO CURTO: para vídeos de 1 minuto a 2 minutos e 59 segundos de duração com história alinhada ao conteúdo das três categorias principais e/ou ao conteúdo de outros prêmios especiais descritos anteriormente.
Sobre o Festival
Desde a edição inaugural do Festival de Cinema Saúde para Todos em 2020, um total de 4.300 inscrições de curtas-metragens foram recebidas de mais de 110 países.
Em junho de 2023, a OMS anunciou a seleção oficial dos filmes vencedores do 4º Festival de Cinema, realizado na sede da Organização em Genebra, na Suíça. No evento, que contou com a participação presencial e on-line de atores e atrizes, produtoras e produtores e figuras públicas, foram anunciados os filmes vencedores em 7 categorias diferentes, enquanto 4 filmes receberam menções especiais do júri.
Assista ao vídeo de Wagner Moura, jurado da primeira edição do evento, de 2020, sobre a importância do Festival de Cinema:
#ParaTodosVerem Imagem do Festival, com uma pintura laranja em formato de um arco, e o nome "Health For All - The Film Festival".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está com inscrições abertas para a quarta edição do Festival de Cinema Saúde para Todos, que premiará as melhores produções audiovisuais sobre temas relacionados às metas globais de saúde da OMS. São aceitas produções em qualquer abordagem artística: animação, ficção, documentário ou videoarte. Os critérios de elegibilidade e regras estão disponíveis, em inglês, no site da agência da ONU. As inscrições estão abertas até 31 de janeiro.
Nesta edição, cerca de 70 curtas-metragens serão selecionados para exibição em abril de 2023 no canal do YouTube e na página do festival de cinema da OMS. Os vencedores serão anunciados em meados de maio de 2023 e receberão da organização um troféu, certificado e pagamento de direitos autorais, permitindo à agência utilizar o filme em seus canais oficiais e eventos.
Para participar do festival, todos os projetos inscritos devem ter sido concluídos entre 1 de janeiro de 2020 e 31 de janeiro de 2023. Podem ser submetidos vídeos em qualquer idioma, com a inclusão de legendas em inglês, caso essa não seja a língua principal. Os candidatos também devem ser maiores de 18 anos ou ter a permissão dos pais, ou responsáveis legais para participarem.
A premiação principal está dividida em três categorias:
Cobertura Universal de Saúde: filmes sobre saúde mental, doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e outras histórias sobre cobertura universal de saúde relacionadas a doenças transmissíveis não emergenciais;
Emergências Sanitárias: filmes sobre emergências de saúde, como a Covid-19, varíola dos macacos e ebola, assim como a atuação da saúde em locais de conflitos;
Mais Saúde e Bem-Estar: filmes sobre determinantes ambientais e sociais da saúde, como nutrição, saneamento, poluição, gênero, atividade física e/ou sobre promoção, ou educação em saúde.
Além da premiação principal, outros quatro vídeos serão reconhecidos em categorias especiais, são elas: Mudanças Climáticas e Saúde, Saúde Reprodutiva e Sexual, filmes de estudantes e curtíssima-metragem.
*Lucas Leal é estagiário sob a supervisão de Isabela Schincariol, com informações da ONU News/ Imagem: Unsplash/Jovaughn Stephens
A Organização Mundial da Saúde (OMS) convida cineastas independentes, empresas de produção, instituições de saúde pública, ONGs, comunidades, estudantes e escolas de cinema de todo o mundo a enviarem seus curtas-metragens originais para o 2º Festival de Cinema Saúde para Todos. Lançado em 2020, o festival busca recrutar uma nova geração de inovadores em filmes e vídeos para defender as questões globais de saúde. São três as categorias do grande prêmio, e serão aceitos documentários curtos ou filmes de ficção (de 3 a 8 minutos de duração), vídeos curtos para mídias sociais ou filmes de animação (de 1 a 5 minutos de duração). Outros três prêmios serão concedidos para um filme produzido por estudantes, um filme educacional sobre saúde voltado para jovens e um pequeno vídeo desenvolvido exclusivamente para plataformas de mídia social. Inscrições estão abertas até 30 de janeiro de 2021.
“Contar histórias é tão antigo quanto a civilização humana. Ajuda-nos a compreender os nossos problemas e a nos curar. A OMS tem o orgulho de anunciar o segundo Festival de Cinema Saúde para Todos para cultivar histórias visuais sobre saúde pública”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. Entusiasmado, ele disse ainda estar ansioso para receber materiais criativos inspirados na missão da OMS de promover a saúde, manter o mundo seguro e servir aos vulneráveis.
A primeira edição do Festival de Cinema Saúde para Todos, entre 2019 e 2020, recebeu 1,3 mil curtas-metragens de mais de 110 países.
As categorias de 2020 serão alinhadas com as metas globais da OMS para a saúde pública
Após o encerramento das inscrições, artistas aclamados pela crítica das indústrias cinematográfica e musical revisarão os filmes selecionados com especialistas da OMS e recomendar os vencedores ao diretor-geral da OMS, que tomará a decisão final. A composição do júri será anunciada em janeiro de 2021.
Página do 2º Festival de Cinema Saúde para Todos em inglês
Página do 2º Festival de Cinema Saúde para Todos em espanhol
Até 5 de agosto ficam abertas as inscrições abertas para a 6ª Mostra VideoSaúde, que apresenta produções do audiovisual dedicadas exclusivamente a temas de saúde. Nessa edição, a VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz, que está à frente da iniciativa, traz uma novidade: a mostra acontecerá pela primeira vez na internet. A exibição será online, na mostra que ficará disponível no Portal Fiocruz.
A chamada está aberta a realizadores independentes, coletivos, movimentos sociais, empresas, escolas, sindicatos, associações, organizações não governamentais e demais instituições públicas ou privadas que tenham obras audiovisuais relacionadas ao tema. Podem concorrer filmes de qualquer formato (curta, média ou longa-metragem), que tenham sido produzidos nos últimos dez anos. O objetivo da iniciativa é conhecer a produção audiovisual relacionada a temas de saúde e selecionar obras para integrar seu acervo.
Como se inscrever
As inscrições para a 6ª Mostra VideoSaúde podem ser feitas pela internet, presencialmente e pelos Correios, de acordo com as necessidades do proponente. Pela Internet, o interessado deverá preencher a ficha de inscrição online e enviar as informações necessárias sobre a obra inscrita, bem como os links para acesso à obra.
Para inscrição presencial ou via Correios, serão aceitos suportes digitais como DVD, pendrive ou HD externo, com os arquivos em integridade para exibição online. As obras devem ter sido finalizadas a partir de 2009 e não podem ter sido exibidas na edição anterior da mostra (2008). Ao se se inscreverem, os participantes autorizam, no ato da inscrição, o termo de cessão ao acrevo da Fundação Oswaldo Cruz, em consonância com as diretrizes da Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fiocruz.
Prêmios
Serão selecionados audiovisuais de acordo com critérios definidos pela chamada. Um júri técnico e um júri popular, formado pelo público, decidirá quem serão os premiados.
Os filmes e vídeos participantes da mostra concorrem aos seguintes prêmios: Melhor Longa - R$ 15.000,00 (quinze mil reais); Melhor Média - R$ 10.000,00 (dez mil reais); Melhor Curta - R$ 8.000,00 (oito mil reais); Prêmio Especial do Júri - R$ 5.000,00 (cinco mil reais); e Prêmio Júri Popular - R$ 5.000,00 (cinco mil reais). O júri também poderá conceder até três menções honrosas a obras destacadas durante a mostra. Os filmes e vídeos selecionados para a mostra serão incorporados ao catálogo e podem fazer parte de ações de divulgação e difusão da distribuidora.
A cerimônia de premiação da 6ª Mostra VideoSaúde está prevista para acontecer em outubro de 2019, no Rio de Janeiro, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Todas as informações sobre a chamada pública, conteúdos exclusivos da VideoSaúde, além de materiais de divulgação e o formulário de inscrição encontram-se disponíveis aqui. Dúvidas e outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail inscricoesvimostravsd@icict.fiocruz.br ou telefones: (21) 3882-9101/9111/9209 e tel/fax: (21) 2290-4745.
Comunicação em saúde
As mostras VideoSaúde, realizadas desde 1992, são atividades estratégicas de comunicação no campo audiovisual. O objetivo é ampliar a circulação de produções e debates sociais sobre temas, conflitos, histórias e desafios da saúde pública e da ciência – elementos fundamentais para a consolidação da saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS) como direitos constitucionais de toda a população brasileira.
Luz, câmera e ação. Estão abertas, até 31 de maio, as inscrições para a 9ª Mostra Audiovisual Joaquim Venâncio, iniciativa da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). Os vídeos serão selecionados por uma comissão e os vencedores vão ser exibidos nos dias 26 e 27 de junho, nas dependências da escola.
Podem participar alunos matriculados nas diferentes séries do ensino fundamental, ensino médio, educação profissional técnica de nível médio e da educação de jovens e adultos. A inscrição é gratuita e composta por duas etapas: o preenchimento de uma ficha de inscrição disponível na internet e o envio dos vídeos online.
Serão aceitos curta-metragens com até 10 minutos de duração incluindo créditos, produzidos nos anos de 2017, 2018 e 2019.
E mais, um concurso de cosplay também faz parte da programação e as inscrições podem ser realizadas individualmente ou em grupo.
Mais informações estão disponíveis no edital. Participe!
O filme Conhecendo os mosquitos Aedes transmissores de arbovírus, produzido pelo Serviço de Produção e Tratamento de Imagem do Instituto Oswaldo Cruz, foi premiado no Concurso Internacional de Filmes Médicos, Saúde e Telemedicina – Videomed 2018. A obra foi reconhecida com o prêmio especial da Associação Mundial de Filmes Médicos e de Saúde (WAMHF, na sigla em inglês). O troféu foi entregue ao diretor do vídeo, Genilton José Vieira, chefe do SPTI - IOC/Fiocruz. Realizada de 19 a 24 de novembro, em Badajoz, na Espanha, a 20ª edição do festival Videomed exibiu 119 filmes de 15 países.
Único representante do Brasil no evento, o filme pode ser assistido gratuitamente online. A produção, que aborda os insetos Aedes aegypti, Aedes albopictus e Aedes polynesiensis, vai além dos aspectos mais conhecidos sobre os vetores, promovendo o entendimento aprofundado do processo de transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya em diferentes regiões do planeta. Com 41 minutos de duração, apresenta imagens em alta definição e tem versões em português, espanhol e inglês.
Aedes: Transmissores de arbovírus
O documentário tem como objetivo difundir o conhecimento sobre os mosquitos Aedes, apresentando esses artrópodes como os agentes vetores da dengue, da zika e da chikungunya – viroses estas que, nos últimos anos, têm provocado sérios problemas de saúde pública em todo o mundo.
Todo o vídeo é permeado de imagens reais e virtuais que retratam características morfológicas, externas e internas, dos mosquitos, bem como o processo evolutivo da infecção viral nos tecidos e órgãos desses artrópodes. O destaque é para o período de incubação extrínseca, ou seja, o tempo necessário para que um mosquito, que se infectou com um desses tipos de vírus, ao picar uma pessoa que estava contaminada, se torne capaz de contaminar novas pessoas.
A originalidade cinematográfica desta obra advém das estratégias utilizadas na construção das cenas que mostram detalhes inéditos da vida dos mosquitos do gênero Aedes. As imagens foram obtidas por filmagem com câmeras HD e de alta velocidade, bem como, por modelagem e animação virtuais em 3D. Assista por aqui!
Por Maíra Menezes (IOC/Fiocruz), com informações do Canal do SPTI - IOC/Fiocruz no Youtube
“Luz, câmera, ação!”. O edital 2018 do selo Fiocruz Vídeo, que seleciona projetos audiovisuais originais e inéditos sobre temas de interesse de saúde pública, divulgou no dia 13 de novembro os seis filmes que foram escolhidos. São cinco documentários e uma animação, que receberão apoio financeiro que vai de R$ 85 mil a R$ 220 mil. Para o coordenador do Fiocruz Vídeo, Wagner Oliveira, os filmes enfocarão temas excluídos da mídia tradicional e deverão ter um olhar para a comunicação pública, marca da Fundação. O apoio à produção de obras audiovisuais é promovido pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação e pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), por meio da VideoSaúde Distribuidora, da qual faz parte o selo Fiocruz Vídeo.
“Os projetos escolhidos foram selecionados pela relevância dos temas apresentados e acreditamos que poderão fazer a diferença para aqueles que os assistirem, seja em festivais, em escolas, em universidades ou em cineclubes. Na próxima semana as equipes já estarão em campo, para começar a produzir as primeiras imagens. Temos atualmente 31 filmes em catálogo e pretendemos chegar a 40 no final do primeiro semestre de 2019”, afirmou Oliveira. Os filmes deverão estar prontos em 240 dias (oito meses). As obras selecionadas posteriormente estarão presentes em repositórios institucionais de acesso aberto e ganharão distribuição em formato físico, pela Editora Fiocruz.
Durante a produção dos filmes as equipes contarão com o apoio de especialistas da Fiocruz, para fornecer subsídios e assegurar a correção das informações científicas, médicas e de saúde pública, de descrições de doenças, de ações preventivas de saúde, de tratamentos médicos, de direitos dos pacientes e usuários dos serviços de saúde, de boas práticas de laboratório, de biossegurança ou quaisquer outras informações relevantes ao público. “Tudo isso, evidentemente, sem ferir a liberdade autoral de cada diretor”, observou Oliveira.
O vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral Neto, disse que “as temáticas propostas têm grande qualidade, o que dificultou a escolha. Elas nos trarão novos enfoques sobre os assuntos conhecidos, o que é característica da Fiocruz: nunca esgotar os temas e jogar sobre eles múltiplos olhares”. Para o diretor do Icict/Fiocruz, Rodrigo Murtinho, “o selo Fiocruz Vídeo é estratégico e um projeto vitorioso, que queremos expandir, com mais recursos. Esses outros olhares que nos chegarão com os filmes vão ajudar a ampliar o debate na saúde pública, trazendo ainda aspectos regionais, distantes dos grandes centros, que em geral são ignorados”. O diretor-executivo da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec), Hayne Felipe, comentou que os seis projetos escolhidos ajudarão a missão da Fiocruz e também servirão para reforçar o debate do que será a saúde no século 21.
Em reunião com representantes dos seis projetos escolhidos pelo edital 2018, Oliveira explicou a importância da comunicação em saúde para a Fiocruz e lembrou os antecedentes na instituição, que começaram ainda na época do patrono Oswaldo Cruz, tornando-se pioneira na criação de revistas científicas e na utilização das técnicas da fotografia, do desenho e da cinematografia para o registro e divulgação da ciência e da saúde coletiva. Ele citou a Política de Comunicação da Fiocruz, para a qual “a comunicação é um bem público e uma das determinações sociais da saúde. Tal compreensão orienta a política institucional, que busca a efetivação do direito social, coletivo e individual à informação, à expressão e ao diálogo”.
Oliveira também lembrou da importância de as produções fugirem da abordagem “chapa branca”, oficialesca e formal. Ele citou a obrigatoriedade da acessibilidade, outra marca das produções da Fiocruz, já que os filmes precisam ter audiodescrição. “Nós valorizamos, muito, a narrativa cinematográfica. Os filmes precisam contar boas histórias”, ressaltou. Todas as produções devem ter legendas em inglês e espanhol.
Os seis projetos escolhidos pelo edital 2018 são os documentários Homens invisíveis (20-26 minutos), da Couro de Rato Edição e Produção (RJ); A peleja do índio cor de rosa contra a fera invisível (50-52minutos), da MFA Brasil Audiovisual (RJ); Territórios marginais: cartas que vêm da rua (20-26 minutos), do Laboratório Cisco Educação e Imagem (SP); Doença falciforme – Uma doença invisibilizada pelo racismo (10-15 minutos), da Haver Filmes Produções Artísticas (PR); e Evitável (20-26 minutos), da Bebinho Salgado 45 (PE). Também foi selecionada a animação Todos juntos contra as doenças negligenciadas (17-22 minutos), da Caranguejeira Comunicação e Produção Audiovisual (BA).
Territórios marginais: cartas que vêm da rua, com direção de Julio Matos, vai apresentar vídeocartas de moradores de rua e profissionais de saúde de Campinas. Nessas mensagens as pessoas falarão de si próprias, fabulando suas vidas e se reinventarão diante da câmera. Em um segundo momento serão selecionados cinco personagens que enviarão uma carta para um indivíduo correlato de Niterói (de morador de rua para morador de rua, de profissional da saúde para profissional da saúde). Depois de gravadas, as vídeocartas serão levadas a Niterói, onde serão respondidas.
Doença falciforme – Uma doença invisibilizada pelo racismo, dirigido por Denise Kelm Soares, vai abordar o racismo que impede um melhor tratamento de saúde da população negra. A doença falciforme, ligada predominantemente aos negros, será o mote do documentário, que por meio de entrevistas e animações explicará o que é a enfermidade e como os pacientes podem ser melhor atendidos e também conhecer o problema que enfrentam.
A peleja do índio cor de rosa contra a fera invisível, com direção de Tiago Carvalho, reconstituirá a história do pesquisador Noel Nutels, considerado uma inspiração para os dias de hoje pela paixão com que se dedicou à saúde coletiva, ao combate à tuberculose e aos direitos dos indígenas. Criador do Serviço de Unidades Sanitárias Aéreas, iniciativa inédita que levou saúde a populações isoladas das regiões Norte e Centro Oeste, Nutels também era documentarista e registrou as viagens em filmes, com imagens pouco exploradas.
Homens invisíveis, que terá direção de Luis Carlos Fontes de Alencar Filho, vai abordar a situação da população transgênera masculina nas prisões, a partir dos problemas gerados pelo preconceito e discriminação do sistema penal. São homens que não se reconhecem como homens e são tratados nas prisões como mulheres. A produção garante que pelo menos 30% da equipe será formado por pessoas transgêneras.
Evitável, documentário que será dirigido por Júlia Morim de Melo, vai tratar das mortes maternas por partos mal-assistidos. Segundo a produção, a morte materna revela questões de gênero, desigualdade de condições socioeconômicas e de acesso a direitos, além do racismo, já que a maior parte das vítimas é de mulheres negras. O foco do filme é a ausência. A ausência das mães que morreram por mortes evitáveis. E como as pessoas se organizam diante do nascimento de uma criança que vem ao mundo junto com a morte de sua mãe.
A única animação da lista é Todos juntos contra as doenças negligenciadas, com direção de José Carlos de Castro Júnior. Serão sete episódios de três minutos cada. O objetivo é usar a literatura de cordel para se comunicar com o público-alvo das seguintes doenças: tuberculose, mal de Chagas, esquistossomose, malária, leishmaniose visceral, dengue e filariose linfática. Utilizando o cordel, a produção vai abordar sintomas, prevenção, forma de contaminação, tratamento e o nome do causador de cada uma das enfermidades.
O selo Fiocruz Vídeo é uma marca de difusão e fomento de audiovisuais em saúde, que populariza e democratiza o acesso ao conhecimento em saúde pública por meio da comercialização de DVDs a baixo custo e na internet, em acesso aberto. Os produtos podem ser adquiridos por meio da Editora Fiocruz e também em eventos científicos e feiras audiovisuais. A iniciativa fomenta e incentiva a produção independente de audiovisuais em saúde, com o lançamento de editais de financiamento à produção e à finalização.
Um dos objetivos do selo é ampliar parcerias com canais públicos e independentes públicos atingidos com a disponibilização dos vídeos na internet e nas redes sociais, em consonância com a Política de Acesso Aberto da Fiocruz. Entre esses parceiros estão as TVs Brasil, Câmara, Senado, Justiça e TVT, entre outros.
Por Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)
De olho nas novas tendências tecnológicas, seja do ponto de vista técnico ou conceitual, o Seminário do Patrimônio Audiovisual em Saúde na Fiocruz chega à sua quarta edição. Com o tema Os arquivos do futuro e o futuro dos arquivos audiovisuais públicos, o evento acontecerá no dia 7 de novembro, das 9h30 às 12h, e é aberto a estudantes, pesquisadores, técnicos e outros profissionais interessados nas áreas de audiovisual, memória, comunicação, informação e saúde.
Haverá duas apresentações. Érika Maria Nunes Sampaio, vai apresentar um panorama da preservação digital no Arquivo Nacional, na perspectiva do audiovisual. Em seguida, Thiago Luna de Melo, que também atua naquela instituição vai abordar as tecnologias da informação e comunicação presentes na preservação digital.
O seminário é uma parceria entre o Centro de Estudos do Instituto de Informação e Comunicação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).
As inscrições são gratuitas, mediante cadastro no site do Icict.Também haverá transmissão online, no canal da VideoSaúde Distribuidora no Youtube.
Inscreva-se e saiba mais acessando a agenda do Campus Virtual Fiocruz.
Por André Bezerra (Icict/Fiocruz)
Já estão disponíveis as inscrições deferidas para o Concurso de Apoio à Produção de Obras Audiovisuais Inéditas, nos gêneros animação e documentário. O edital é uma iniciativa da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fundação Oswaldo Cruz (VPEIC/Fiocruz) e do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).
Por meio da VideoSaúde Distribuidora, o processo seletivo estimula a criação de empresas produtoras voltadas para temas de interesse da saúde pública através da seleção de seis documentários e uma animação. Os projetos contemplados receberão apoio financeiro entre R$ 85 mil a R$ 220 mil.
De acordo com o edital, o prazo para interposição de recurso pelo indeferimento da inscrição é de três dias úteis, contados a partir da data de divulgação. O recurso deverá ser apresentado por escrito pelo e-mail: fiocruzvideo@fiocruz.br.
Acesse a lista dos selecionados aqui.
Este ano, a Fiocruz abrirá o ano letivo no Dia Internacional da Mulher (8/3), com o tema Olhares Femininos no Cárcere. As convidadas do evento são Maria do Carmo Leal - pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e uma das coordenadoras do estudo Nascer nas prisões - e a fotógrafa Nana Moraes, autora da exposição Ausência, que retrata mulheres presas. Para que você tire o máximo de proveito desta discussão tão atual e importante no Brasil, o Campus Virtual Fiocruz fez uma seleção de quatro documentários sobre o tema que será debatido. Veja a lista e assista aos filmes:
Este minidocumentário de 2016 é a segunda parte de uma produção da Pastoral Carcerária. A primeira parte é intitulada A Tortura como Política de Estado e trata das novas roupagens da tortura dentro do sistema carcerário. Já a parte 2, As Mulheres e o Cárcere, aborda as torturas sofridas especificamente por mulheres presas. O material é um apelo contra as precariedades vividas pelas mulheres encarceradas e contra a tortura sistemática no sistema prisional. Como questão central, o filme traz a problemática da urgente e necessária redução na população carcerária.
O documentário retrata a vida de mulheres que foram presas por pequenos furtos, e de uma advogada que, voluntariamente, se propôs a defendê-las. Bagatela expõe fragilidades do sistema judiciário brasileiro e a relação tensa entre quem quer ajudar e quem precisa de ajuda. O filme é de 2010 e foi dirigido por Clara Ramos.
O documentário de Liliana Sulzbach, vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival de Gramado de 2004, acompanha a vida de três mulheres que passaram pela Penitenciária Madre Pelletier. Cláudia, presidiária mais antiga e respeitada da Penitenciária Madre Pelletier, deve deixar o cárcere em breve, assim como Betânia, que vai para o regime semi-aberto. Ao contrário de Daniela, que recém chegou à prisão e aguarda julgamento. Enquanto Daniela busca proteção na cadeia, Cláudia e Betânia vão enfrentar as incertezas de quem volta para a rua.
Dirigido por Geysa Chaves, o documentário de 2010 consiste na história de cinco mulheres condenadas por envolvimento direto ou indireto nos crimes idealizados e executados por seus namorados, maridos e/ou companheiros. O filme revela o drama e os conflitos vividos por elas fora e dentro do cárcere - a penitenciária feminina Talavera Bruce.
Mais informações sobre a aula inaugural aqui.
Por Flávia Lobato e Raphaela Fernandes (Campus Virtual Fiocruz)