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Publicado em 30/05/2025

Fiocruz e Ministério da Saúde lançam curso de introdução à saúde digital - formação é online e gratuita

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Vivemos na era da informação, e essa realidade não apenas faz parte do nosso cotidiano, como também molda a forma como interagimos, trabalhamos e nos relacionamos. Igualmente, o avanço das tecnologias digitais vem impactando de forma profunda a área da saúde, com a ampliação do uso de ferramentas de inteligência artificial, telemedicina e saúde móvel. No contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), a transformação digital representa uma oportunidade para reduzir desigualdades no acesso aos serviços de saúde e promover maior equidade. Como desvantagem, essa revolução tecnológica traz desafios importantes relacionados à ética, à segurança e à privacidade dos dados. Diante disso, o Campus Virtual Fiocruz lança hoje o curso Introdução à Saúde Digital. A formação, online e gratuita, tem como objetivo capacitar profissionais com conhecimentos e habilidades fundamentais para compreender os princípios da saúde digital e utilizar tecnologias de forma ética e eficiente.

Inscreva-se já!

O curso é uma parceria do CVF com o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), e integra o Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS — que trabalha em uma gama de ofertas de cursos que possibilitarão a continuidade do aprendizado com outras ofertas complementares que aprofundam temas transversais à temática da informação em saúde.

O Programa tem a participação de diversas unidades da Fiocruz e o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Informação e Informática do SUS, da Coordenação-Geral de Inovação e Informática em Saúde da Secretaria de Informação e Saúde Digital (DataSUS/Seidigi/MS). Este primeiro curso lançado no âmbito do Programa, além do Icict/Fiocruz, contou com a participação de profissionais da Diretoria Executiva da Fiocruz, da Fiocruz Ceará, do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

O curso Introdução à Saúde Digital tem carga horária de 45h, e abordará conteúdos essenciais da área, como os fundamentos da saúde digital e da tecnologia da informação em saúde, os sistemas de informação e a gestão de dados eletrônicos, além da segurança da informação e da proteção de dados pessoais. Também serão exploradas inovações em saúde digital, considerando os desafios e as possibilidades desse campo. 

A diretora do DataSUS, Paula Xavier, falou sobre o orgulho que sente ao ver a Fiocruz lançar o curso de Saúde Digital. Segundo ela, uma área transdisciplinar que tem como base a informação em saúde, a informática médica, as tecnologias digitais aplicadas na saúde, dentre outros temas. Para Paula, “sendo este um campo em construção, ter ofertas de formação de instituições como a Fiocruz, que entendem a Saúde Digital nessa perspectiva integrada aos princípios do SUS, só nos traz alegria e segurança de estamos formando massa crítica com alto nível de qualidade para ocupar os espaços teóricos e práticos da saúde Digital”.

Já a coordenadora acadêmica do curso, Carolina de Campos Carvalho, que é analista de políticas sociais do Laboratório de Informação em Saúde (LIS/Icict/Fiocruz), ressaltou que esta oferta está alinhada ao cenário de transformação digital do SUS e à crescente necessidade de qualificar os(as) profissionais para o uso ético, crítico e estratégico das tecnologias digitais. Carolina explicou que as aulas foram elaboradas por pesquisadores da Fiocruz e especialistas convidados, e abordam temas como sistemas de informação em saúde, gestão de dados eletrônicos, segurança da informação, proteção de dados pessoais e inovação em saúde digital. "A proposta é oferecer uma formação introdutória, atualizada e acessível sobre os fundamentos da saúde digital, e, assim, contribuir para o fortalecimento das capacidades técnicas e institucionais do SUS". 

Ampliação de análise para o aprimoramento da oferta e maior eficácia da estratégia educacional

Para esta oferta, o Campus Virtual Fiocruz inova implementando um método de monitoramento do processo de aprendizagem do aluno. Segundo a coordenadora adjunta do Campus Virtual, Rosane Mendes, o xAPI (Experience API) é um protocolo que permite o rastreamento mais detalhado das interações educacionais, independentemente da plataforma utilizada. Ele avalia a percepção e a jornada do usuário ao interagir com um sistema ou produto, buscando tornar a experiência mais eficiente e positiva. "O xAPI é uma evolução das tecnologias educacionais usadas para registrar o aprendizado digital. Vai além de padrões antigos, como o Scorm, e amplia a capacidade de monitorar e entender como as pessoas aprendem em diferentes contextos — dentro e fora das plataformas tradicionais de ensino. Tornando possível uma visão mais completa da jornada de aprendizagem dos usuários, o que mostra cenários e facilita a tomada de decisões e o aprimoramento das estratégias educacionais.", comentou.

Rosane explicou que com essa implementação passa a ser possível registrar uma ampla variedade de atividades, como a leitura de artigos, a interação com vídeos e outros conteúdos digitais, a resposta a quiz ou ainda a conclusão de tarefas e outros. Todos os dados são armazenados em um sistema chamado LRS (Learning Record Store, na sigla em inglês), que os organiza e permite sua análise. Outro grande diferencial do software apontado por ela é ser um padrão aberto. Ou seja, "qualquer desenvolvedor ou instituição pode implementá-lo e adaptá-lo às suas necessidades, promovendo mais liberdade e interoperabilidade entre sistemas. Em resumo, o xAPI oferece uma nova forma de olhar para o aprendizado — mais flexível, conectada e alinhada com as realidades do mundo digital".

A Saúde digital no SUS

A transformação digital no SUS é uma política que visa modernizar e aprimorar o sistema de saúde, ampliando o acesso da população a serviços e informações, promovendo a integralidade e a resolubilidade do atendimento. Com o Programa SUS Digital a população brasileira também tem acesso ampliado aos serviços de saúde, promovendo o cuidado integral e eficiente em todas as etapas do atendimento e em todo território brasileiro. Com foco na transformação digital, o SUS Digital conecta os cidadãos ao SUS, com equidade, inovação e eficiência.

Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS

O Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS tem como objetivo qualificar profissionais de saúde para atuar na gestão e análise de dados para o SUS, bem como oferecer a estudantes de graduação e pós-graduação da saúde os temas da informação e ciência de dados, relacionando e aplicando o conhecimento profissional aos princípios da análise de dados e informações em saúde.

A iniciativa prevê a elaboração e publicação de uma série de cursos de qualificação profissional sobre a temática, uma especialização e ainda disciplinas transversais para programas de pós-graduação da Fiocruz. Ele é desenvolvido pela Fundação — sob a coordenação da VPEIC, através do Campus Virtual — e o Ministério da Saúde, por meio do DataSUS/Seidigi/MS, e conta com a participação da Cinco/VPEIC/Fiocruz, o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde, do Instituto Aggeu Magalhães (Cidacs/IAM/Fiocruz Bahia), a Fiocruz Ceará, o Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz), a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), o Icict, e ainda com outras unidades da Fundação e instituições de ensino e pesquisa. Atualmente, três cursos estão em desenvolvimento no âmbito do Programa.

Confira a organização do curso Introdução à Saúde Digital

Módulo 1 - Fundamentos de Saúde Digital e Tecnologia da Informação em Saúde

  • Aula 1: Introdução à Saúde Digital: conceitos e aplicações
  • Aula 2: Transformação digital em saúde e no SUS
  • Aula 3: Saúde Digital, Telessaúde e Telemedicina
  • Aula 4: Introdução à inteligência artificial na saúde

Módulo 2 - Sistemas de informação em saúde e gestão de dados eletrônicos

  • Aula 1: Sistemas de Informação para o Sistema Único de Saúde (SUS)
  • Aula 2: Qualidade de dados e informação
  • Aula 3: Padrões em informática em saúde e interoperabilidade: aplicações no contexto do SUS
  • Aula 4: Intervenções de Saúde Digital: soluções digitais
  • Aula 5: Monitoramento e Avaliação de intervenções em Saúde Digital

Módulo 3: Segurança da informação e proteção de dados pessoais

  • Aula 1: Introdução à segurança da informação
  • Aula 2: Proteção de dados pessoais em Saúde Digital
  • Aula 3: Ética, segurança e privacidade de dados (políticas de uso)

Módulo 4 - Inovação em Saúde Digital

  • Aula 1: Desafios da saúde pública e privada
  • Aula 2: Ecossistemas de inovação em Saúde Digital
  • Aula 3: Métodos e processos de inovação na Saúde Digital
  • Aula 4: Guia para a inovação na Saúde Digital

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo azul, linhas brancas e pequnenos quadrados nas cores azul e cinza, na parte inferior do banner, no centro está escrito: Curso Introdução à Saúde Digital.

Publicado em 14/05/2025

Envelhecer com dignidade e igualdade é um direito! Inscreva-se em novo curso da Fiocruz sobre combate ao idadismo

Autor(a): 
Isabela Schincariol

"Ela(e) não tem mais idade pra isso!" Quantas e quantas vezes ao longo de nossas vidas já ouvimos esses questionamentos, passamos por situações assim ou até mesmo reproduzimos esse tipo de fala relacionada à idade? Isso é preconceito contra idosos e seu nome é idadismo. Tais preconceitos manifestam-se por estereótipos, atitudes negativas e discriminação, e ocorrem em três instâncias: individual, com exclusão social e negação da velhice; institucional, por meio de maus-tratos, discriminação no trabalho e falta de políticas públicas; e social, refletido em linguagem e normas segregadoras. Para sensibilizar a sociedade em geral e auxiliar no combate a esse preconceito em diferentes esferas de convivência, o Campus Virtual Fiocruz lança hoje o curso Literacia em idadismo estrutural e discriminação por idade. A formação, online e gratuita, foi desenvolvida pelo Grupo de Informação em Saúde e Envelhecimento da Fiocruz, ligado ao Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Gise/Icict/Fiocruz), sob a coordenação de Dalia Romero e Natalia Souza.

Inscreva-se já!

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a idade é uma das primeiras características que observamos em outras pessoas. Em relatório mundial sobre a temática, a OMS aponta que o idadismo é prevalente, amplamente disseminado e insidioso, porque passa, em grande medida, despercebido e incontestado. O documento releva que o idadismo tem consequências graves e de longo alcance para a saúde, custando bilhões de dólares à sociedade. "Entre as pessoas idosas, o idadismo está associado à piora na saúde física e mental, ao maior isolamento social, à solidão, à maior insegurança financeira, à redução na qualidade de vida e à morte prematura. O idadismo tem sido menos estudado nos jovens, tendo havido menos relatos na literatura, mas vem sendo notificado em várias áreas, inclusive nas relacionadas com emprego, saúde e habitação. Durante todo o curso da vida, o idadismo interage com o capacitismo, o sexismo e o racismo, criando um acúmulo de desvantagens.

Assim, o curso “Literacia em idadismo estrutural e discriminação por idade" tem como objetivo disseminar conhecimentos que contribuam para o enfrentamento dessa prática, expressa por estereótipos, preconceitos e atitudes discriminatórias baseadas na idade. A formação propõe reflexões sobre as bases estruturais dessa forma de discriminação e apresenta estratégias para promover uma sociedade mais justa e inclusiva. Nesse contexto, são discutidas ações concretas para combater práticas e comportamentos que perpetuam o idadismo.

A coordenadora do curso, Dalia Romero - que divide a responsabilidade da formação com Natalia Souza, ambas pesquisadoras do Icict e integrantes do Grupo de Informação em Saúde e Envelhecimento (Gise/Icict)  - destacou que esta formação é dinâmica, de curta duração e acessível a todos os cidadãos. Segundo Dalia, seu objetivo maior é contribuir para o enfrentamento do idadismo. "Cursos como este são fundamentais. Não apenas pela invisibilidade desta temática na vida cotidiana e na formação dos trabalhadores da área da saúde, mas também porque o Brasil é signatário do plano para uma Década do Envelhecimento Saudável 2020-2030, atrelado aos ODS, o qual tem como um dos principais desafios combater o preconceito em relação à idade e ao envelhecimento. Especialmente o Brasil, que é um dos países com maior velocidade do envelhecimento populacional". 

Ela afirma que, se não agirmos rápido contra o idadismo, em poucas décadas o país pode ser protagonista de outro fator de desigualdade e discriminação social de sua população. "Se todas as gerações sofrem esse tipo de discriminação, são as pessoas idosas as principais vítimas. A sociedade cria mecanismos coletivos - que vão desde piadas até estratégias institucionais - de discriminação que podem afastar, entristecer e até provocar a mortalidade precoce das pessoas idosas. O idadismo é estrututural, assim como o racismo e outras formas de discriminação. Por isso, este curso tem a abordagem da literacia crítica. Em outras palavras, refletimos sobre a natureza ideológica da linguagem, dos valores e das práticas culturais que sustentam o idadismo e as relacionamos com outros tipos de discriminação social. Assim, buscamos compreender esse fenômeno, identificar juízos de valor e crenças que o alimentam, e aprofundar o conhecimento sobre a evolução dos direitos das pessoas idosas e sua dignidade no processo de envelhecimento, bem como as medidas de combate e prevenção da discriminação", detalhou ela, afirmando que a formação tem o propósito de ampliar a compreensão sobre esse tema fundamental, fortalecendo a capacidade de exercer uma cidadania ativa e engajada, e contribuir para a construção de uma sociedade mais plural, justa e igualitária.

A nova formação, dividida em cinco módulos e com carga horária total de 30 horas, foi desenvolvida no âmbito do edital Inova Educação - Recursos Educacionais Abertos, uma iniciativa da Presidência da Fiocruz, por meio das Vice-presidências de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) e Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), em parceria com o Ministério da Educação (MEC); e integra o Programa Fiocruz de Fomento à Inovação, denominado Inova Fiocruz, cujo objetivo central é promover a inovação de pesquisas na área de saúde, visando a entrega de conhecimento, produtos e serviços à sociedade, incentivando, ainda, ambientes favoráveis à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde - todas áreas de prática da Fiocruz, reforçando, assim, sua atuação como instituição estratégica do Estado Brasileiro.

Idade utilizada para categorização e divisão das pessoas 

De acordo com a OMS, o idadismo surge quando a idade é usada para categorizar e dividir as pessoas por atributos que causam danos, desvantagens ou injustiças, e minam a solidariedade intergeracional. O idadismo prejudica a nossa saúde e o bem-estar e constitui um grande obstáculo à formulação de políticas e ações eficazes em envelhecimento saudável, como foi reconhecido pelos Estados-Membros da OMS na Estratégia Global e no Plano de Ação sobre Envelhecimento e Saúde, e também na Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030). Em resposta, a OMS foi convidada a lançar com seus parceiros uma campanha global de combate ao idadismo, que inclui o Relatório Mundial sobre o Idadismo. Esta iniciativa, elaborada pela OMS em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas e o Fundo de População das Nações Unidas, destina-se a formuladores de políticas, profissionais, pesquisadores, agências de desenvolvimento e membros do setor privado e da sociedade civil. O idadismo afeta bilhões de pessoas, sendo caracterizado como um problema urgente de direitos humanos e de saúde pública. Segundo o documento, "envelhecer com dignidade e igualdade é um direito — e combater o idadismo é um desafio essencial para toda a sociedade".

+Saiba mais: acesse o Relatório Mundial sobre idadismo

Conheça a estrutura da nova formação, composta por 15 aulas organizadas em 5 módulos, e inscreva-se:

Módulo 1 : Idadismo e envelhecimento: tipos, prevenção e combate
Aula 1: O que é idadismo?
Aula 2: Simone Beauvoir e a análise da relação entre capitalismo e discriminação das pessoas idosas
Aula 3: Mitos do idadismo

Módulo 2 : Idadismo na assistência e comunicação em saúde: o papel do Sistema únco de Saúde (SUS)
Aula 1: O papel do SUS no enfrentamento ao idadismo institucional na assistência, comunicação e gestão em saúde
Aula 2: Conflitos intergeracionais e idadismo na assistência, comunicação e gestão em saúde: relações entre usuários, cuidadores, profissionais e gestores em saúde
Aula 3: Relações intergeracionais e promoção da saúde mental para usuários do SUS, cuidadoras, profissionais e gestores da saúde: um projeto para criar um “mundo para todas as idades” no contexto da saúde

Módulo 3 : Juventude e idadismo
Aula 1: A idade como uma construção social
Aula 2: Impactos das mudanças do século XXI no idadismo
Aula 3: Juventude e suas interpretações sobre o envelhecimento

Módulo 4 : Desigualdade, interseccionalidade e idadismo
Aula 1: Multiplicidade e desigualdade no envelhecimento
Aula 2: Gerações, idadismo e interseccionalidade

Módulo 5 : Identificando e mudando atitudes idadistas
Aula 1: Propondo a inclusão do quinto "I" do idadismo
Aula 2: O idadismo no cotidiano: como reconhecer em frases do dia a dia e suas consequências nas pessoas idosas
Aula 3: Combatendo o idadismo estrutural: Inclusão no modelo de determinantes sociais da saúde
Aula 4: Contexto de políticas públicas do Brasil para o combate ao idadismo

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo roxo. No topo e na parte inferior do banner há imagens de pessoas idosas, negras e brancas, homens e mulheres sorrindo ou sérios. No centro está escrito: Curso Literacia em idadismo estrutural e discriminação por idade.

 

Publicado em 29/04/2025

Fiocruz lança curso online sobre ética em pesquisa - Formação também será oferecida em formato de disciplina transversal

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Você está preparado para conduzir sua pesquisa científica? Resultados imparciais, confiáveis, respeito aos direitos, responsabilidade e transparência são alicerces de pesquisas desenvolvidas com ética e integridade. Esses princípios primordiais são apresentados agora no curso — online e gratuito — Ética e integridade em pesquisa, lançado hoje pelo Campus Virtual Fiocruz. A formação tem carga horária total de 40h e é voltada especialmente a estudantes de pós-graduação, mas aberta a todos os interessados na temática. As inscrições já estão abertas! Conheça o novo curso que traz os princípios éticos que norteiam a ciência contemporânea — da concepção do projeto à publicação dos resultados. Em breve, a formação também será oferecida em formato de disciplina transversal (DT) aos programas de pós-graduação.

Inscreva-se já!

A formação oferece uma qualificação abrangente sobre princípios éticos, morais e direitos humanos; integridade em pesquisa; normas regulatórias e boas práticas na condução de pesquisas envolvendo seres humanos e animais; e conhecimentos gerais sobre integridade na publicação científica, envolvendo também a questão do plágio e o uso de inteligência artificial. Ao concluir o curso ou a disciplina transversal, a ideia é que os participantes estejam preparados para enfrentar os desafios éticos inerentes à pesquisa científica, contribuindo para um ambiente acadêmico mais íntegro e colaborativo.

O curso tem tríplice coordenação: Sergio Rego, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp); Carmen Penido, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) e Mariana Souza, responsável pela área de lato sensu da Coordenação-Geral de Educação, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (CGE/VPEIC) e foi desenvolvida em colaboração com diversos integrantes da Comissão de Integridade em Pesquisa da Fiocruz.

Estímulo ao pensamento crítico e fortalecimento da qualidade e rigor científicos

Com vasta experiência na área, o pesquisador Sergio Rego falou sobre o entusiasmo com o lançamento desta formação, apontando que o curso representa uma valiosa oportunidade para aprimorar a qualidade e a credibilidade da pesquisa científica, alinhando-se às melhores práticas internacionais em integridade acadêmica. "Em um cenário global onde a ciência enfrenta desafios, como a reprodutibilidade de estudos, o combate ao plágio e a má conduta científica, é essencial que os pesquisadores estejam mais bem preparados para lidar com questões éticas complexas", defendeu Sergio. 

Para ele, não se trata apenas de um mero apresentar de normas formais, mas, sim, um estímulo ao pensamento crítico. "Em tempos em que parte das sociedades optaram pelo uso político da ciência mal praticada, é ainda mais relevante que pesquisadores e outros envolvidos na atividade de pesquisa científica estejam atentos e zelosos pela observância dos princípios da ética e da integridade em pesquisa, bem como dos fundamentos teóricos, metodológicos da boa prática em pesquisas científicas".

Disciplina Transversal

Como dito, em breve, este novo curso também será ofertado aos alunos de pós-graduação da Fiocruz e de outras instituições interessadas de forma transversal, em formato de disciplina (DT), ao programas interessados. Ela será oferecida de maneira virtual, o que impulsiona a adesão de programas que acontecem em unidades e escritórios de outros estados para além do Rio de Janeiro. "Essa DT oferece ainda uma base para que docentes de programas de formação de pesquisadores e professores possam adaptá-la, adicionando exemplos e casos práticos para serem discutidos em sala de aula que sejam relacionados com seus objetos e métodos de pesquisa", detalhou Sergio Rego. 

As disciplinas transversais (DT) são desenhadas a partir de temas comuns à formação na área das ciências da saúde e permitem maior integração e troca de experiências entre os programas, estudantes e docentes. O processo de adesão das DT deve ser feito diretamente pelos programas de pós-graduação. Sua oferta deve seguir um fluxo de registro na Coordenação-Geral de Educação (CGE/VPEIC) e um fluxo de adesão dos programas, obedecendo cronograma a ser pactuado pela CGE juntamente com o Campus Virtual Fiocruz, que é o responsável pelo desenvolvimento do Ambiente Virtual de Aprendizagem, a gerência do espaço e o suporte aos estudantes, docentes e coordenadores durante toda a extensão da disciplina.

Carmen complementou dizendo que a elaboração dessa DT reafirma o compromisso da Fiocruz com o fortalecimento da integridade, da qualidade e do rigor científico. "A Fiocruz é pioneira em trazer para a formação de mestres e doutores conhecimentos sobre integridade em pesquisa. Apesar deste marco, ainda há muito a ser feito para que a cultura da integridade se consolide na instituição". Ela comentou ainda que as ações educativas oferecem os meios para que os pesquisadores compreendam e incorporem a integridade no seu fazer científico. Nesse sentido, disse Carmen, "os programas de pós-graduação têm responsabilidade central ao ensinar o que são práticas responsáveis e práticas inaceitáveis em pesquisa". 

Conheça a organização do curso e inscreva-se já:

Introdução - Introdução à ética, moral e direitos humanos

  • Aula 1 - Ética e moral: o que é permitido, proibido e obrigatório?
  • Aula 2 - As acepções do termo ética
  • Aula 3 - Juízos morais e juízos prescritivos

Módulo 1 : Integridade em pesquisa

  • Aula 1: Conhecimentos iniciais
  • Aula 2: Contexto histórico
  • Aula 3: Conduta responsável, má conduta e práticas questionáveis em pesquisa
  • Aula 4: Avaliação e cultura de pesquisa

Módulo 2: Ética em pesquisa envolvendo seres humanos

  • Aula 1: Momentos críticos no desenvolvimento de normas éticas para a pesquisa envolvendo seres humanos
  • Aula 2: Sistema brasileiro de regulação ética de pesquisas com seres humanos
  • Aula 3: Plataforma Brasil
  • Aula 4: Aspectos que merecem destaque nas apreciações éticas

Módulo 3: Ética em experimentação animal

  • Aula 1: Breve histórico
  • Aula 2: Animais usados na pesquisa científica
  • Aula 3: Principais marcos regulatórios
  • Aula 4: Relato e pré-registro
  • Aula 5: Métodos alternativos e substituição do uso de animais de experimentação

Módulo 4: Integridade na publicação científica

  • Aula 1: Cuidados gerais na divulgação de resultados
  • Aula 2: Revisão por pares e autoria
  • Aula 3: Mecanismos de correção da literatura
  • Aula 4: Plágio
  • Aula 5: O uso da Inteligência Artificial generativa na redação científica

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo roxo e linhas coloridas, no centro do banner, o nome do curso: Ética e Integridade em Pesquisa, conduta responsável em ambiente de pesquisa saudável e íntegro, inscreva-se.

Publicado em 24/04/2025

Vem aí o novo curso Introdução à Saúde Digital

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Vem aí o lançamento do curso Introdução à Saúde Digital - uma formação online, gratuita e autoinstrucional! O novo curso, com previsão de lançamento para o mês de maio, tem como objetivo capacitar profissionais com conhecimentos e habilidades fundamentais para compreender os princípios da saúde digital e utilizar tecnologias de forma ética e eficiente. O curso integra o Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS. Além disso, vai oferecer a possibilidade de continuidade do aprendizado com cursos complementares que aprofundam temas transversais.

+Saiba mais: Fiocruz realiza Encontro de Saúde Digital em 25/4

A carga horária será de 45h, e abordará conteúdos essenciais da área, como os fundamentos da saúde digital e da tecnologia da informação em saúde, os sistemas de informação e a gestão de dados eletrônicos, além da segurança da informação e da proteção de dados pessoais. Também serão exploradas inovações em saúde digital, considerando os desafios e as possibilidades desse campo.

O curso insere-se no escopo do Programa de Formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS, que visa qualificar profissionais de saúde para atuar na gestão e análise de dados para o SUS, bem como oferecer a estudantes de graduação e pós-graduação da saúde os temas da informação e ciência de dados, relacionando e aplicando o conhecimento profissional aos princípios da análise de dados e informações em saúde.

A iniciativa prevê a elaboração e publicação de uma série de cursos de qualificação profissional sobre a temática, uma especialização e ainda disciplinas transversais para programas de pós-graduação da Fiocruz . Ele é desenvolvido pela Fundação — sob a coordenação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, através do Campus Virtual — e o Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral de Inovação e Informática em Saúde da Secretaria de Informação e Saúde Digital (DataSUS/Seidigi/MS), teve a participação da Coordenação de Informação e Comunicação (Cinco/VPEIC/Fiocruz), o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde, do Instituto Aggeu Magalhães (Cidacs/IAM/Fiocruz Bahia), a Fiocruz Ceará, o Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz), a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e o Icict, e conta ainda com outras unidades da Fundação e instituições de ensino e pesquisa. Atualmente, três cursos estão em desenvolvimento. 

Saúde digital no SUS

A transformação digital no SUS é uma política que visa modernizar e aprimorar o sistema de saúde, ampliando o acesso da população a serviços e informações, promovendo a integralidade e a resolubilidade do atendimento. Com o Programa SUS Digital a população brasileira também tem acesso ampliado aos serviços de saúde, promovendo o cuidado integral e eficiente em todas as etapas do atendimento e em todo território brasileiro. Com foco na transformação digital, o SUS Digital conecta os cidadãos ao SUS, com equidade, inovação e eficiência.

Encontro de Saúde Digital

O encontro sobre Saúde Digital acontece na manhã desta sexta-feira, 25 de abril, a partir das 8h30, com o tema 'Fortalecendo conexões para o SUS', o evento terá transmissão ao vivo pelo canal da Fiocruz no youtube.   

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo azul e linhas brancas, na parte inferior do banner há vários quadrados, no centro do banner, ao lado direito, há uma ilustração de uma frequência cardíaca. No topo do banner está escrito: Acompanhe! Em breve, lançamento do novo curso do Campus Virtual Fiocruz e Icict. Curso Introdução à Saúde Digital.

Publicado em 05/02/2025

Fiocruz e Ministério da Saúde lançam nova oferta do curso sobre autocuidado em saúde

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A Fiocruz e o Ministério da Saúde lançam hoje a terceira edição do curso Autocuidado em Saúde e a Literacia para a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde. A formação, online e gratuita, aborda modelos, estratégias e possibilidades de intervenções para a promoção do autocuidado. Seu foco está na qualificação de profissionais de nível médio e superior, especialmente os que atuam na APS. Por mais um ano consecutivo, esta edição do curso será oferecida em parceria com a Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), ampliando, assim, o alcance e a abrangência da formação. Mais de 40 mil estudantes já fizeram o curso. Faça parte você também dessa rede de conhecimento!

Inscreva-se já!

A formação é dividida em cinco módulos, tem carga horária total de 60h, é autoinstrucional, e certifica os participantes mediante avaliação dos conhecimentos adquiridos! 

O curso surgiu de uma demanda do Ministério da Saúde, e foi desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), em parceria com o grupo de estudos e pesquisa Promoção em comunicação, educação e Literacia para a Saúde no Brasil (ProLiSaBr), vinculado ao Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). A formação está sob a coordenação-geral da médica sanitarista Ana Luiza Pavão, pesquisadora do Laboratório de Informações em Saúde (Lis/Icict/Fiocruz) e docente colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (Ppgics/Icict), além de contar com a coordenação adjunta de Rosane Aparecida de Sousa, da UFTM. 

A coordenadora do curso aponta que a temática abordada nesta formação estimula o profissional a se questionar, refletir durante a assistência cotidiana do trabalho sobre o que pode fazer para promover a saúde naquele indivíduo atendido. A ideia, segundo Ana Luiza, é fomentar uma visão focada na saúde e não na doença e suas complicações, buscando uma visão positiva sobre o cuidado e lançando mão de novas estratégias para melhorar a saúde, com foco na qualidade de vida, bem-estar, saúde mental, e outros aspectos que influenciam fortemente o dia a dia das pessoas. 

A proposta deste curso é trazer uma série de conceitos e reflexões a respeito do autocuidado em saúde e da literacia para a saúde, incluindo também a questão da comunicação em saúde, e a importância da literacia digital em saúde — que é a influência da internet e da capacidade das pessoas de obterem e manejarem informações de saúde provenientes da internet —, além dos fundamentos da promoção da saúde, e da Política Nacional de Promoção da Saúde do Ministério da Saúde. A formação conta também com o guia principal sobre Autocuidado e Literacia para a saúde, voltado aos profissionais de saúde, publicado pela editora do Ministério da Saúde. 

Mais uma vez, esta edição é oferecida com a parceria da UNA-SUS, da Coordenação-Geral de Prevenção de Condições Crônicas na Atenção Primária à Saúde, que integra o Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (CGCOC/Deppros/SapsS/MS) e o Departamento de Gestão da Educação na Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (Deges/SGTES/MS). Segundo o Deppros/Saps/MS, a proposta do curso é estratégica no que diz respeito à operacionalização da gestão colaborativa do cuidado, possibilitando, especialmente aos profissionais de saúde que atuam na APS, o aprimoramento da abordagem sobre a promoção do autocuidado, com atenção à literacia para a saúde, considerando ainda os determinantes sociais da saúde e sua relação complexa com a produção de saúde e adoecimento. 

A diretora do Departamento, Gilmara Lúcia dos Santos, comentou que o curso oferece instrumental técnico que dá ênfase nas habilidades individuais e comunitárias de fazer saúde, fomentando reflexões sobre a atuação na APS, e como os conceitos de território, orientação familiar e comunitária se interrelacionam com o reconhecimento da autonomia e trajetória das pessoas, suas comunidades e pertencimentos. Segundo ela, esse referencial qualifica a relação de cuidado baseada no compartilhamento de decisões, o que aumenta a probabilidade de adesão ao tratamento e a modos de viver mais saudáveis, fatores fundamentais à melhoria da qualidade de vida e à prevenção das condições crônicas não transmissíveis, com afirmação do direito à vida e à saúde. "Trata-se de um convite para pensar a saúde individual de forma ampliada no âmbito da APS, impactando na valorização da pessoa na centralidade do cuidado e de seu autocuidado", detalhou ela. 

Recursos Educacionais Abertos 

O conceito de literacia para a saúde (LS) versa sobre o conhecimento, as motivações e as competências dos indivíduos para acessar, compreender, avaliar e aplicar informações sobre saúde, a fim de fazer julgamentos e tomar decisões na vida cotidiana relacionadas aos cuidados de saúde, à prevenção de doenças e à promoção da saúde para manter ou melhorar sua qualidade de vida ao longo dos anos. Ana Luiza explicou que a LS vem do termo em inglês health literacy, e que existem outras traduções utilizadas para o conceito, como literacia em saúde, letramento em saúde e até mesmo alfabetização em saúde.

A partir da relevância da temática, foram desenvolvidos inúmeros materiais especialmente para este curso. No total, cinco guias estão disponíveis como material de apoio à formação: um sobre autocuidado e literacia e outros quatro voltados para o manejo de doenças específicas, como hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica e diabetes tipo 2. O curso disponibiliza ainda oito vídeos relativos às características das referidas doenças e suas formas de prevenção e controle, videoaulas e outros recursos educativos; além, é claro, do já citado guia principal sobre Autocuidado e Literacia para a saúde publicado pelo MS.

Conheça a organização e estrutura do curso Autocuidado em Saúde e a Literacia para a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde

Módulo 1: A promoção da saúde, a salutogênese e a literacia para a saúde (LS)

  • Aula 1 - Promoção da saúde: um conceito em construção
  • Aula 2 - Reflexões sobre a salutogênese no contexto da Atenção Primária à Saúde
  • Aula 3 - Literacia para a Saúde: concepção e perspectivas para promover saúde

 
Módulo 2: Cuidado, autocuidado e a literacia para a promoção da saúde e a prevenção de doenças na APS

  • Aula 1 - Promoção da saúde e prevenção de doenças: aspectos conceituais, políticas e ações na APS
  • Aula 2 - O cuidado e o autocuidado no contexto da promoção da saúde e prevenção de doenças 
  • Aula 3 - O cuidado e o autocuidado na APS: espaço para a ampliação dos níveis de LS

 
Módulo 3: Intervenções para equipes e sistemas de saúde nas práticas de LS

  • Aula 1 - A Literacia para a Saúde no cotidiano da Atenção Primária à Saúde
  • Aula 2 - Boas práticas de LS em contextos específicos e nos ciclos da vida
  • Aula 3 - A educação em saúde e a educação popular em saúde como estratégias para a assistência à saúde na APS

 
Módulo 4: Ferramentas no cotidiano do trabalho das equipes da APS

  • Aula 1 - A comunicação em saúde e estratégias para melhoria na APS
  • Aula 2 - As mídias e a tecnologia de informação em saúde
  • Aula 3 - A Literacia Digital em Saúde como competência para promover saúde na APS

 
Módulo 5: Autocuidado em saúde na APS: Ações para promoção da saúde e qualidade de vida

  • Aula 1 - Autocuidado no âmbito pessoal
  • Aula 2 - Autocuidado no âmbito profissional
  • Aula 3 - Relacionamentos e qualidade de vida
Publicado em 22/01/2025

Fiocruz debaterá desafios dos sistema de saúde da AL em seminário internacional: últimas vagas

Autor(a): 
Isabela Schincariol

As inscrições para o Seminário Internacional Desafios para os sistemas de saúde na América Latina pós-pandemia seguem abertas até o dia 31 de janeiro. O encontro, marcado para os dias 19, 20 e 21 de fevereiro, pretende analisar o contexto e os processos recentes de reforma de sistemas da região e os entraves globais colocados para as políticas de saúde nesse cenário de novas realidades. O Seminário integra uma disciplina de verão oferecida pela Ensp/Fiocruz neste ano de 2025. No entanto, as inscrições para o seminário são diferenciadas e devem ser realizadas por meio do Campus Virtual Fiocruz, com vagas para participação presencial e à distância, valendo crédito acadêmico para os estudantes de pós-graduação. Ademais, o Seminário também será transmitido ao vivo para interessados no tema de maneira ampla pelo canal da Videosaúde Distribuidora no Youtube, em português e em espanhol. Restam poucas vagas! Acompanhe e inscreva-se!

Organizado no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (PPGSP/Ensp/Fiocruz), o Seminário terá 15h, equivalente a um crédito acadêmico, e faz parte da disciplina de verão “Análise de políticas e sistemas de saúde em perspectiva comparada internacional”. A iniciativa está sob a responsabilidade da docente permanente do PPGSP e vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, e conta com palestrantes nacionais e internacionais.

O Seminário é uma realização do PPGSP da Ensp/Fiocruz, em parceria com o Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil) e o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiore (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e da plataforma The Global Health Network - Latin America and the Caribbean (TGHN/LAC). 

Conjunturas, políticas, modelos, características e cobertura

Como é sabido, os países da América Latina são marcados por profundas desigualdades histórico-estruturais, que se expressam nas condições de saúde das populações. Além disso, os sistemas de saúde da região são caracterizados, em sua maioria, por segmentação e fragmentação institucional, por financiamento público insuficiente e por dificuldades em efetivar a saúde como direito de cidadania. Desde os anos 1990, reformas ampliaram a participação do setor privado nos sistemas de saúde da região. Em alguns países, houve aumento de gastos privados por desembolso direto das famílias ou por meio de empresas de planos e seguros de saúde, acentuando as iniquidades. 

A partir desse pano de fundo, o Seminário pretende analisar casos do Chile, Colômbia, Argentina e do México, países de renda média alta, populosos e de relevância geopolítica e econômica regional, marcados por diversidades e desigualdades. Para os debates, são considerados elementos relevantes as características estruturais dos sistemas de saúde, as conjunturas e orientações dos governos nacionais, as políticas e os processos recentes de reforma nos sistemas de saúde, os elementos de continuidade e mudança em dimensões críticas como o financiamento, as relações público privadas, o modelo de atenção, a cobertura e o acesso da população; e desafios para a vigilância em saúde, especialmente em regiões de fronteiras.
 
Para Cristiani, a "análise dos casos desses países em perspectiva comparada é importante para a formação de estudantes de pós-graduação em Saúde Coletiva e profissionais do SUS, ao permitir a compreensão das dificuldades enfrentadas para fortalecer os sistemas públicos de saúde e assegurar o direito à saúde na América Latina, trazendo lições para o Brasil e outros países da região. Além disso, provoca reflexões sobre desafios que transcendem as fronteiras nacionais, como as repercussões da dinâmica capitalista na saúde, as mudanças na geopolítica mundial, as assimetrias entre países, e os limites da governança global em saúde, que ficaram evidentes no período da pandemia de Covid-19", detalhou ela. 

Seminário internacional: público-alvo, inscrições e certificados

As inscrições para o Seminário são voltadas especialmente aos estudantes de pós-graduação da Fiocruz interessados na temática e sua participação valerá crédito, mas elas também estão abertas a alunos de outras instituições; docentes, pesquisadores, gestores, profissionais de saúde e outros. A prioridade de inscrição é para estudantes e docentes de programas de pós-graduação da Fiocruz, seguida de PPG externos, e depois demais interessados.

Vale ressaltar que o estudante de pós-graduação inscrito na disciplina de verão oferecida pela Ensp/Fiocruz - Análise de políticas e sistemas de saúde em perspectiva comparada internacional - estará automaticamente inscrito no Seminário Internacional, não sendo necessário realizar a  inscrição nas duas plataformas ou duas vezes. Tais estudantes participarão de maneira presencial e, durante o evento, deverão assinar a lista de presença da Disciplina em cada turno para receberem o certificado de participação e o crédito acadêmico.

Para os demais interessados, a inscrição isolada no Seminário Internacional deve ser realizada até 31 de janeiro de 2025, por meio do Campus Virtual Fiocruz, escolhendo a modalidade de participação: presencial ou à distância. A carga horária de 15 horas corresponde a um crédito acadêmico, mas também haverá emissão de certificado de participação, desde que os inscritos cumpram no mínimo 75% da carga horária. Alunos inscritos online participarão pela plataforma zoom, com controle de frequência e conta com tradução português-espanhol-português. 

A transmissão via Youtube é aberta para o público amplo, e também conta com transmissão em português e espanhol. No entanto, nesse formato, não haverá certificação para o público participante.

Inscreva-se já no Seminário Internacional Desafios para os sistemas de saúde na América Latina pós-pandemia!

Publicado em 21/01/2025

IST: Ministério da Saúde e Fiocruz lançam nova edição de curso sobre teste rápido

Autor(a): 
Isabela Schincariol

As infecções sexualmente transmissíveis têm um importante impacto na saúde sexual e reprodutiva da população. Por outro lado, o diagnóstico precoce e preciso, além do tratamento adequado e oportuno, melhoram a qualidade de vida, interrompem a cadeia de transmissão e são instrumentos essenciais de prevenção de complicações decorrentes dessas infecções. Para orientar e sensibilizar profissionais de saúde que lidam diretamente com a realização de testes rápidos — procedimentos pré-teste, durante a testagem e pós-teste —, o Ministério da Saúde, em parceria com a Fiocruz, lançam a segunda edição do curso Utilização dos testes rápidos no diagnóstico da infecção pelo HIV, da Sífilis e das Hepatites B e C. A formação — online, gratuita e autoinstrucional — já foi realizada por quase 40 mil estudantes! Conheça o curso e participe você também! 

Inscreva-se já!

A nova edição, agora revista e ampliada, foi desenvolvida no âmbito do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (DCCI/SVS/MS). Ela está com novos conteúdos e também teve a carga horária ampliada para 20h. A formação é especialmente voltada a profissionais de saúde, mas aberta a todos os interessados em saber mais sobre as diretrizes de diagnóstico da infecção pelo HIV, Sífilis e Hepatites Virais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na utilização de testes rápidos (TR).

Os módulos apresentam orientações e metodologias adequadas acerca dos procedimentos pré-teste, durante a testagem e para o pós-teste, passando por informações mais básicas acerca da importância dos TR, a composição dos kits, a forma de organização e armazenamento dos mesmos até a interpretação de seus resultados, o encaminhamento dentro da rede de atenção à saúde do território, entre outros. A formação engloba a apresentação de manuais e guias oficiais do Ministério da Saúde e ações preconizadas pelos fabricantes para a execução dos testes rápidos.

Para o DCCI/SVS/MS, o curso é extremamente relevante, pois qualifica profissionais envolvidos na testagem rápida no âmbito do SUS. O Departamento destaca que conhecer documentos básicos, como o Guia Prático para Execução de Testes Rápidos, os Manuais de Diagnóstico e suas recomendações permite que os profissionais entendam a relevância desses testes na ampliação do diagnóstico do HIV, da sífilis e das hepatites virais; bem como realizem a sua oferta e aplicação com maior segurança e garantia de qualidade.

A coordenadora da formação pela Fiocruz, Tânia Fonseca, que atua como assessoria técnica da Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da instituição, aponta que "estar atualizado sobre os testes disponíveis é de extrema importância, pois não apenas garante que os exames sejam feitos da mesma forma, independentemente do local do país no qual o paciente se encontra, mas, sobretudo, propicia que os profissionais estejam sempre sendo atualizados e mantendo o padrão de qualidade e realização de exames". 

Conheça a estrutura do curso Utilização dos testes rápidos no diagnóstico da infecção pelo HIV, da Sífilis e das Hepatites B e C. Ele está estruturado em 6 módulos, com carga horária total de 20 horas

  • Módulo 1: Guia prático para execução de testes rápidos da infecção pelo HIV, Sífilis, Hepatites B e C
  • Módulo 2: Testes rápidos para Infecção pelo HIV
  • Módulo 3: Testes rápidos para Sífilis
  • Módulo 4: Testes rápidos para Hepatite B
  • Módulo 5: Testes rápidos para Hepatite C
  • Módulo 6: Testes rápidos para detecção simultânea de anticorpos anti-HIV-1/2 e anticorpos treponêmicos (TR Duo HIV/Sífilis)

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo branco, no canto superior esquerdo há uma faixa azul, onde está escrito "curso". No centro do banner, está o nome do curso: Utilização dos testes rápidos no diagnóstico da infecção pelo HIV, da Sífilis e das Hepatites B e C, 2ª edição.

Publicado em 14/01/2025

Fiocruz debaterá desafios dos sistema de saúde da AL em seminário internacional

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Estão abertas as inscrições para o Seminário Internacional Desafios para os sistemas de saúde na América Latina pós-pandemia. O encontro, marcado para os dias 19, 20 e 21 de fevereiro, pretende analisar o contexto e os processos recentes de reforma de sistemas da região e os entraves globais colocados para as políticas de saúde nesse cenário de novas realidades. O Seminário integra uma disciplina de verão oferecida pela Ensp/Fiocruz neste ano de 2025. No entanto, as inscrições para o seminário são diferenciadas e devem ser realizadas por meio do Campus Virtual Fiocruz, com vagas para participação presencial e à distância, valendo crédito acadêmico para os estudantes de pós-graduação. Ademais, o Seminário também será transmitido ao vivo para interessados no tema de maneira ampla pelo canal da Videosaúde Distribuidora no Youtube, em português e em espanhol. Acompanhe e inscreva-se!

Organizado no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (PPGSP/Ensp/Fiocruz), o Seminário terá 15h, equivalente a um crédito acadêmico, e faz parte da disciplina de verão “Análise de políticas e sistemas de saúde em perspectiva comparada internacional”. A iniciativa está sob a responsabilidade da docente permanente do PPGSP e vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, e conta com palestrantes nacionais e internacionais.

O Seminário é uma realização do PPGSP da Ensp/Fiocruz, em parceria com o Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil) e o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiore (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e da plataforma The Global Health Network - Latin America and the Caribbean (TGHN/LAC). 

Conjunturas, políticas, modelos, características e cobertura

Como é sabido, os países da América Latina são marcados por profundas desigualdades histórico-estruturais, que se expressam nas condições de saúde das populações. Além disso, os sistemas de saúde da região são caracterizados, em sua maioria, por segmentação e fragmentação institucional, por financiamento público insuficiente e por dificuldades em efetivar a saúde como direito de cidadania. Desde os anos 1990, reformas ampliaram a participação do setor privado nos sistemas de saúde da região. Em alguns países, houve aumento de gastos privados por desembolso direto das famílias ou por meio de empresas de planos e seguros de saúde, acentuando as iniquidades. 

A partir desse pano de fundo, o Seminário pretende analisar casos do Chile, Colômbia, Argentina e do México, países de renda média alta, populosos e de relevância geopolítica e econômica regional, marcados por diversidades e desigualdades. Para os debates, são considerados elementos relevantes as características estruturais dos sistemas de saúde, as conjunturas e orientações dos governos nacionais, as políticas e os processos recentes de reforma nos sistemas de saúde, os elementos de continuidade e mudança em dimensões críticas como o financiamento, as relações público privadas, o modelo de atenção, a cobertura e o acesso da população; e desafios para a vigilância em saúde, especialmente em regiões de fronteiras.
 
Para Cristiani, a "análise dos casos desses países em perspectiva comparada é importante para a formação de estudantes de pós-graduação em Saúde Coletiva e profissionais do SUS, ao permitir a compreensão das dificuldades enfrentadas para fortalecer os sistemas públicos de saúde e assegurar o direito à saúde na América Latina, trazendo lições para o Brasil e outros países da região. Além disso, provoca reflexões sobre desafios que transcendem as fronteiras nacionais, como as repercussões da dinâmica capitalista na saúde, as mudanças na geopolítica mundial, as assimetrias entre países, e os limites da governança global em saúde, que ficaram evidentes no período da pandemia de Covid-19", detalhou ela. 

Seminário internacional: público-alvo, inscrições e certificados

As inscrições para o Seminário são voltadas especialmente aos estudantes de pós-graduação da Fiocruz interessados na temática e sua participação valerá crédito, mas elas também estão abertas a alunos de outras instituições; docentes, pesquisadores, gestores, profissionais de saúde e outros. A prioridade de inscrição é para estudantes e docentes de programas de pós-graduação da Fiocruz, seguida de PPG externos, e depois demais interessados.

Vale ressaltar que o estudante de pós-graduação inscrito na disciplina de verão oferecida pela Ensp/Fiocruz - Análise de políticas e sistemas de saúde em perspectiva comparada internacional - estará automaticamente inscrito no Seminário Internacional, não sendo necessário realizar a  inscrição nas duas plataformas ou duas vezes. Tais estudantes participarão de maneira presencial e, durante o evento, deverão assinar a lista de presença da Disciplina em cada turno para receberem o certificado de participação e o crédito acadêmico.

Para os demais interessados, a inscrição isolada no Seminário Internacional deve ser realizada de 14 a 31 de janeiro de 2025, por meio do Campus Virtual Fiocruz, escolhendo a modalidade de participação: presencial ou à distância. A carga horária de 15 horas corresponde a um crédito acadêmico, mas também haverá emissão de certificado de participação, desde que os inscritos cumpram no mínimo 75% da carga horária. Alunos inscritos online participarão pela plataforma zoom, com controle de frequência e conta com tradução português-espanhol-português. 

A transmissão via Youtube é aberta para o público amplo, e também conta com transmissão em português e espanhol. No entanto, nesse formato, não haverá certificação para o público participante.

Publicado em 16/12/2024

Painel e-SUS APS: projeto de software para o SUS traça novo cronograma e é apresentado em fórum de inovação da gestão

Autor(a): 
Isabela Schincariol

O projeto Painel e-SUS APS, desenvolvido pela Fiocruz em parceria com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/MS), foi apresentado num fórum de inovação voltado à gestão da saúde. O encontro, realizado em Brasília, reuniu experts da área e, a convite da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), ofereceu o minicurso "Painel e-SUS APS: Uma ferramenta de apoio à gestão da clínica", que contou com cerca de 30 participantes. Na mesma semana, integrantes da equipe Fiocruz do Painel reuniram-se com o secretário da Saps/MS, Felipe Proenço de Oliveira, o secretário adjunto de Atenção Primária à Saúde, Jerzey Timóteo, e outros integrantes para apresentarem a conjuntura atual do projeto, definirem os próximos passos e traçarem o cronograma 2025 da iniciativa. 

O 7° Fórum dos Gestores dos Serviços de Atenção Primária à Saúde do Distrito Federal foi realizado em 6/12 e teve como objetivo trocar experiências, conhecer os desafios cotidianos dos que trabalham na ponta do sistema e apresentar ferramentas e soluções inovadoras buscando, assim, fortalecer a Atenção Primária. A integrante do Painel e-SUS APS, Renata David conduziu o minicurso e destacou a rica oportunidade de maior aproximação com os trabalhadores da rede. 

"Foi incrível ter esse momento de troca, abrir um canal de diálogo e poder ouvir as experiências e contextos do dia a dia do serviço de saúde dos usuários que queremos alcançar e, consequentemente, beneficiar com o Painel. A iniciativa foi muito bem recebida pelos profissionais e percebemos que de fato existe a demanda por essa ferramenta de análise da situação no território dos profissionais da APS para o aprimoramento do trabalho", comentou ela, destacando a profícua parceria com a Gerência de Qualidade na Atenção Primária da SES-DF, sob a responsabilidade de Lídia Glasielle Silva. 

O Painel e-SUS APS da Fiocruz é um software livre e colaborativo, disponibilizado hoje pelo Campus Virtual Fiocruz como recurso educacional aberto, e conta com a colaboração de pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), da Fiocruz Brasília e das Universidades Federais de Ouro Preto e Minas Gerais. O Painel lança mão de uma estratégia de desenvolvimento colaborativo, ancorada na Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fiocruz para disseminação de Recursos Educacionais Abertos (REA). 

Análise, planejamento, metas e lançamento de novo curso sobre saúde digital

No dia 13 de dezembro, ainda em Brasília, a coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, e a coordenadora de Produção de Cursos do CVF, Renata David, ambas integrantes da equipe de gerência do Painel e-SUS APS, reuniram-se com a equipe o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (SAPS/MS), Felipe Proenço de Oliveira, para desenharem conjuntamente a trajetória 2025 da iniciativa. Na ocasião, foram apresentados o andamento e progressos da ferramenta, bem como traçados os cronogramas de entrega e próximos passos. 

Entre as frentes de trabalho do Painel e-SUS APS está o compromisso com a integração e sustentabilidade da própria ferramenta. Dessa forma, várias ações estão sendo planejadas e desenvolvidas, como a criação de uma comunidade no GitHub - uma rede social para desenvolvedores que permite explorar, compartilhar e armazenar projetos de código aberto - com implantação e validação do fluxo de desenvolvimento colaborativo do software e painéis; o lançamento de recursos educacionais abertos integrados aos painéis de indicadores; bem como a disponibilização de REAs de feedback para a continuidade e qualificação do cuidado visando a integração ao Prontuário Eletrônico do Cidadão. 

Segundo Ana Furniel, esta reunião foi muito relevante no que diz respeito ao futuro do projeto, considerando o enorme impacto do painel para os municípios e o SUS. Na ocasião, Felipe Proenço destacou que o Painel traz questões centrais para o modelo que está sendo priorizado. Para ele, é interessante que as equipes possam se apropriar das informações oferecidas, enxergarem o valor de uso nisso, e, assim, sua implementação ser um motivador de mudança de processos de trabalho, depois de anos muito difíceis para a Saúde da Família e a Atenção Primária.

Além de Felipe, Ana e Renata, também estavam presentes na reunião o secretário adjunto de Atenção Primária à Saúde, Jerzey Timóteo, o coordenador-geral de Inovação e Aceleração Digital da Atenção Primária (CGIAD/Saps/MS), Rodrigo Gaete, o coordenador da CGIAD/Saps/MS, Webster Pereira, o coordenador-geral de Saúde da Família e Comunidade, José Eudes Barroso, o Coordenador-Geral de Monitoramento, Avaliação e Inteligência Analítica (CGMAIA/Saps/MS), Vinicius Oliveira, e, pelo Campus Virtual, a coordenadora adjunta do Campus Virtual Fiocruz, Rosane Mendes. 

Publicado em 03/12/2024

Diagnóstico precoce e autocuidado: lançado novo curso online e gratuito sobre diabetes

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Cerca de 7% da população brasileira vive com Diabetes Mellitus (DM). O dado da Sociedade Brasileira de Diabetes é alarmante, especialmente porque os números só crescem, inclusive entre crianças e adolescentes. Assim, o DM, principalmente o tipo 2, representa um problema de saúde pública, sendo cada vez mais necessárias a identificação precoce e a oferta de assistência, além do acompanhamento adequado para as pessoas que vivem com diabetes. Para promover a prevenção de complicações e o fortalecimento do autocuidado apoiado para pessoas com esse agravo, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) e o Campus Virtual Fiocruz lançam hoje o curso, online e gratuito, Diabetes Mellitus no SUS: Promoção, prevenção e o fortalecimento do autocuidado

Inscreva-se já!

Diferentemente da maioria de nossas formações, este curso tem foco não apenas nos profissionais de saúde, mas também em pessoas com diabetes, familiares e outros que lidam com pessoas que vivem com a comorbidade. O curso oferece estratégias preventivas e de promoção da saúde para auxiliar esse público a explorar temas essenciais nessa relação, desde a identificação precoce do Diabetes Mellitus (DM) até o estabelecimento de vínculos sólidos com as Unidades Básicas de Saúde, que são, atualmente, elementos imprescindíveis para o sucesso no controle desse agravo.

Segundo o Ministério da Saúde, o Diabetes Mellitus é uma doença crônica não transmissível (DCNT) causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. Esse agravo pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins, nos nervos e, em casos mais graves, à morte. A doença pode se apresentar de diversas formas e possui tipos diferentes: tipo 1, tipo 2, diabetes gestacional e pré-diabetes. Independente do tipo, com o aparecimento de qualquer sintoma, é fundamental que o paciente procure atendimento médico especializado para iniciar o tratamento.

"As DCNT representam um dos principais desafios para a saúde pública no Brasil e no mundo na atualidade, visto que é responsável por mais de 70% das mortes globais. Dentre elas, o diabetes se destaca não somente pelo aumento do número de pessoas acometidas, mas especialmente por se apresentar como fator de risco para outras doenças crônicas", contextualizou a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Eduarda Cesse, e uma das coordenadoras da nova formação, que contou com o apoio financeiro da AstraZeneca, e a ampla participação de conteudistas de Farmanguinhos e de outras instituições na elaboração e organização das aulas e escolha de materiais e recursos educacionais priorizados no curso.

Para a epidemiologista Annick Fontbonne, pesquisadora titular do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França (Inserm) e também coordenadora acadêmica da nova formação — com vasta experiência na realidade brasileira, desde 2010, quando atuou como pesquisadora visitante do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco) em investigações sobre alimentação e nutrição na rede de atenção aos hipertensos e diabéticos —, o DM merece atenção por ser muitas vezes uma doença assintomática, especialmente nos estágios iniciais. Segundo ela, é preciso que profissionais de saúde estejam atentos aos sintomas e realizem busca ativa para detectar o acometimento e iniciar o acompanhamento rotineiro no âmbito da Atenção Primária, evitando maiores complicações.

Já Mariana Souza, integrante dessa tríade de coordenação acadêmica da nova formação — e responsável pelos Cursos Lato Sensu da Fiocruz, na CGE —, destacou o público-alvo do curso, que, segundo ela, é mais abrangente do que usualmente focamos. "Isso se deu visto a importância de fortalecer a autopercepção e o autocuidado das pessoas que vivem com diabetes, uma vez que acreditamos que o indivíduo é quem melhor se conhece e quem também tem o maior interesse em ter o melhor cuidado. Tão importante quanto um profissional saber lidar com a pessoa que chega para atendimento com alguma condição de saúde ou doença, é o próprio paciente saber cuidar de si, ter noção e entendimento sobre a sua doença, tudo isso, claro, após receber toda a orientação médica. Então, acredito ser esse um grande diferencial da formação. Além também de ser indicada a familiares de pacientes ou pessoas próximas que lidam com acometidos pela diabetes, não deixando ainda de ser voltada a profissionais de saúde, que é o nosso público regular", comentou ela.

 
Conheça a estrutura do curso Diabetes Mellitus no SUS: Promoção, prevenção e o fortalecimento do autocuidado e inscreva-se:

Módulo 1 - Panorama epidemiológico do diabetes

  • Aula 1 - Diabetes Mellitus: epidemiologia, fatores de risco e estratégias de prevenção
  • Aula 2 - Epidemiologia das comorbidades e complicações associadas ao Diabetes Mellitus

Módulo 2 - Tratamento do diabetes

  • Aula 1 - Tratamento não farmacológico do diabetes: dieta, exercício físico e educação para autocuidado
  • Aula 2 - Cirurgia Bariátrica
  • Aula 3 - Tratamento farmacológico do diabetes: classes terapêuticas disponíveis e suas características
  • Aula 4 - Tratamento farmacológico do diabetes: estratégias de uso e peculiaridades no manejo dos pacientes idosos

Módulo 3 - Organização da rede de atenção à saúde e prevenção das complicações do diabetes mellitus

  • Aula 1 - Redes de atenção à saúde, doenças crônicas e autocuidado
  • Aula 2 - Complicações cardiovasculares e estratégias de prevenção
  • Aula 3 - Complicações microvasculares e mistas e estratégias de prevenção

 

 

 

 

#ParaTodosVerem A imagem é formada por um desenho com fundo amarelado e uma forma arredondada no meio, onde está o nome do "CURSO: DIABETES MELLITUS NO SUS - PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E O FORTALECIMENTO DO AUTOCUIDADO". Abaixo do nome, um botão com a palavra "INSCREVA-SE". Ao lado superior esquerdo, o desenho de um pássaro; ao lado superior direito, uma lua com estrelas em volta; ao lado inferior esquerdo, o desenho representando uma Unidade de Saúde da Família, com duas profissionais conversando com uma paciente; e ao lado inferior direito, o desenho de um cacto.

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