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Publicado em 10/04/2025

Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica abre período de indicações

Autor(a): 
CNPq

Novos talentos e instituições têm mais uma oportunidade de terem seus trabalhos reconhecidos. Está aberto o período para indicação de bolsistas à 22ª edição do Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica - Edição 2024, além das inscrições para a Categoria Mérito Institucional. A ação é voltada para bolsistas das instituições participantes dos programas de iniciação científica e tecnológica do CNPq. Além da premiação em dinheiro, os vencedores e as instituições recebem bolsas de iniciação científica ou tecnológica, mestrado ou doutorado.

As instituições de ensino e pesquisa devem selecionar os bolsistas e transmitir, por meio do site do prêmio, os documentos relacionados no edital até às 18h (horário de Brasília) do dia 14 de abril.

De acordo com o documento, devem ser selecionados “Aqueles que apresentaram os melhores relatórios, classificados ou premiados pelo comitê interno ou externo nas jornadas, salões, seminários ou congressos, painéis ou exposições orais realizadas nas instituições de ensino e pesquisa no 2º semestre de 2024”. Segundo o edital, caso a instituição de ensino ou pesquisa não realize eventos relacionados deverá selecionar os melhores relatórios por meio de um comitê interno e encaminhá-las ao CNPq.

Categorias

O prêmio é dividido em quatro categorias: O primeiro, Bolsista de Iniciação Científica é destinado aos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC e PIBIC-Af). O segundo é o Bolsista de Iniciação Tecnológica, para os bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI). Já o Bolsista de Iniciação Científica Júnior, atende os estudantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio (PIBIC-EM).

Por fim, a categoria Mérito Institucional é focada nas instituições de ensino e pesquisa participantes de um dos programas de bolsas do CNPq e que tenham bolsistas inscritos no prêmio. Para esta edição, para concorrer à categoria Mérito Institucional a instituição deverá encaminhar documentação específica, exigida no edital, diferentemente dos anos anteriores, nos quais a inscrição era automática. “Depois de 21 anos, essa é uma mudança importante na forma de concessão da premiação na categoria Mérito Institucional. O CNPq irá avaliar os principais resultados desses programas em diferentes universidades e institutos de pesquisa, incluindo um relato da política de acompanhamento de egressos”, destaca Lisandra Santos, coordenadora-Geral de Cooperação Nacional do CNPq.

A premiação

Cada bolsista de Iniciação Científica e de Iniciação Tecnológica receberá a quantia, em dinheiro, no valor de R$ 10 mil e uma bolsa de mestrado ou de doutorado no país, com prazo limite de início de utilização de 24 meses, a partir da cerimônia de entrega da premiação;

Para o bolsista de Iniciação Científica Júnior o prêmio será de R$ 5 mil em dinheiro e uma bolsa de Iniciação Científica ou de Iniciação Tecnológica.

Todos os bolsistas, de qualquer categoria, receberão ainda, como parte de sua premiação, passagens aéreas e hospedagem, para permitir que eles recebam a premiação, na Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC.

A instituição vencedora na categoria Mérito Institucional ganhará de 5 a 20 bolsas adicionais de iniciação científica ou de iniciação tecnológica.

Publicado em 08/04/2025

31º Prêmio Jovem Cientista: inscrições abertas até 31/7

Autor(a): 
CNPq

As mudanças climáticas representam um dos maiores desafios da atualidade. O aumento das temperaturas, a elevação do nível do mar e a intensificação de eventos climáticos extremos afetam diretamente a vida das pessoas e o equilíbrio dos ecossistemas. Eventos recentes como secas que esvaziaram rios, as enchentes devastadoras no Sul, além das chuvas extremas na Bahia e em São Paulo, evidenciam os efeitos da crise climática no Brasil e nos levam a pensar sobre o impacto dessas mudanças no aumento das desigualdades sociais no país. E é nesse contexto que estão abertas as inscrições para o 31º Prêmio Jovem Cientista, com o tema “Resposta às Mudanças Climáticas: Ciência, Tecnologia e Inovação como Aliadas”.

O prêmio é uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com a Fundação Roberto Marinho e conta com patrocínio master da Shell e apoio de mídia da Editora Globo e do Canal Futura.

O Prêmio Jovem Cientista incentiva jovens pesquisadores na busca por respostas às mudanças climáticas, como soluções de produtos sustentáveis e eficazes para o combate a desastres, estratégias de resiliência e adaptação às mudanças climáticas e iniciativas para a agricultura. Estudantes do ensino médio e superior, além de mestres e doutores, podem participar de um dos mais importantes prêmios científicos do país.

O PJC também acredita no protagonismo brasileiro nas propostas de enfrentamento em relação às mudanças climáticas, com diferentes abordagens e linhas de atuação. Os interessados têm até o 31 de julho de 2025 para realizar a inscrição no site: jovemcientista.cnpq.br. Entre as premiações previstas estão laptops, bolsas do CNPq e valores em dinheiro que vão de R$12 mil a R$40 mil.

As cinco categorias contempladas são: Mestre e DoutorEstudante do Ensino SuperiorEstudante do Ensino MédioMérito Institucional e Mérito Científico, que celebra um pesquisador doutor que, em sua trajetória, tenha se destacado na área relacionada ao tema da edição.

Cada categoria do prêmio atende a um determinado público. Para concorrer como “Mestre e Doutor”, são aceitos estudantes de mestrado, mestres, estudantes de doutorado e doutores com até 39 anos de idade em 31 de dezembro de 2025. Já em “Estudante do Ensino Superior”, estudantes que estejam frequentando cursos de graduação ou que tenham concluído a graduação a partir de 1º de janeiro de 2024 e tenham menos de 30 anos de idade em 31 de dezembro de 2025 podem se inscrever. Para concorrer na categoria “Estudante de Ensino Médio”, os alunos devem estar regularmente matriculados em escolas públicas ou privadas de Ensino Médio e Profissional e Tecnológico, com menos de 25 anos de idade em 31 de dezembro de 2025. Os três melhores trabalhos em cada uma das categorias recebem premiações, extensivas aos orientadores. Para ressaltar o caráter colaborativo da aprendizagem, a categoria Mérito Institucional contempla duas instituições, uma do Ensino Superior e outra do Ensino Médio, que apresentarem o maior número de trabalhos com mérito científico reconhecido pela Comissão Julgadora da 31ª edição do Prêmio Jovem Cientista.

“Estamos muito orgulhosos em apoiar mais uma edição do Prêmio Jovem Cientista, que reconhece e valoriza mentes brilhantes comprometidas com um futuro em que geração de valor e descarbonização caminhem juntas.  Essa equação só se resolve com educação, ciência, pesquisa e tecnologia.  É através dessas avenidas de desenvolvimento, todas contempladas pelo Prêmio Jovem Cientista, que o Brasil tem maior possibilidade de reduzir desigualdades e construir um futuro melhor”, afirma Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação da Shell Brasil  

Para o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, "ainda existe muito negacionismo em relação à mudança climática, mas está demonstrado que o aquecimento global é, infelizmente, uma realidade, com consequências nefastas para as pessoas, a agricultura e a economia. E para que nós tenhamos políticas públicas robustas para enfrentar esses efeitos negativos, é preciso ciência. Por isso, fico muito agradecido à Fundação Roberto Marinho e à Shell por entrarem conosco nesse tema, estimulando trabalhos dos mais jovens para que possamos enfrentar, com robustez e resiliência, todos os efeitos negativos advindos da mudança climática", 

“A emergência climática é o maior desafio do nosso tempo. Suas consequências afetam a todos, mas especialmente as populações mais vulneráveis. Diante disso, é urgente fortalecer o papel da ciência, da tecnologia e da inovação como ferramentas para imaginar e construir outros futuros possíveis. As respostas só serão potentes se forem coletivas e plurais. Precisamos ampliar o acesso à educação científica e valorizar os saberes que brotam dos territórios, das comunidades e das juventudes brasileiras. A diversidade é nossa maior força. O Prêmio Jovem Cientista reafirma que as soluções para a mudança climática não virão apenas dos laboratórios, mas também do encontro entre o conhecimento acadêmico, os saberes tradicionais e a criatividade de quem vive e resiste nas margens. É com essa convicção que seguimos apostando na juventude como protagonista da transformação que o Brasil e o planeta precisam.”, destaca o secretário-geral da FRM, João Alegria.

O Prêmio Jovem Cientista foi criado em 1981 pelo CNPq, em parceria com a Fundação Roberto Marinho e empresas da iniciativa privada, com o objetivo de revelar talentos, impulsionar a pesquisa no país e investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram soluções inovadoras para os desafios da sociedade. Considerado um dos mais importantes reconhecimentos aos jovens cientistas brasileiros, o prêmio apresenta, a cada edição, um tema importante para o desenvolvimento científico e tecnológico, que atenda às políticas públicas da área e seja de relevância para a sociedade brasileira.

O Prêmio Jovem Cientista já premiou mais de 194 pesquisadores e estudantes, além de 21 instituições de ensino superior e ensino médio ao longo de 37 anos.

 
Linhas de Pesquisa para o Prêmio Jovem Cientista 2025:

 Resiliência e adaptação às mudanças climáticas: estratégias de adaptação em zonas vulneráveis e sistemas preditivos. 

  1. Cidades inteligentes e sustentáveis: planejamento urbano e adaptação às mudanças climáticas com infraestrutura resiliente e mobilidade sustentável. 
  1. Segurança hídrica e alimentar diante das mudanças climáticas: gestão sustentável de recursos naturais e desigualdades sociais. 
  1. Bioeconomia e economia circular no enfrentamento das mudanças climáticas. 
  1. Tecnologias emergentes para mitigação das mudanças climáticas: IOT, inteligência artificial, aplicações de sensoriamento remoto e análise de dados na redução das emissões de gases de efeito estufa. 
  1. Impactos das mudanças climáticas na saúde pública: desafios e estratégias de adaptação para promoção do bem-estar em cenários climáticos extremos. 
  1. Desenvolvimento de combustíveis sustentáveis e hidrogênio verde no combate às mudanças climáticas e pela redução da descarbonização. 
  1. Educação ambiental e digital para prevenção de desastres: engajamento comunitário e capacitação em áreas de risco. 
  1. Impactos das mudanças climáticas na frequência e gravidade dos incêndios florestais: análise de riscos, estratégias de mitigação e recuperação de ecossistemas. 
  1. Soluções de produtos sustentáveis e eficazes para combate a desastres. 
  1. Políticas públicas, gestão integrada e iniciativas colaborativas no enfrentamento das mudanças climáticas e para melhoria da qualidade de vida da população. 

 

Linhas de Pesquisa para a Categoria Estudante do Ensino Médio do Prêmio Jovem Cientista 2025:

a) Soluções sustentáveis para o uso de recursos naturais na escola e na comunidade; 

b) Tecnologias digitais e aplicativos para o monitoramento ambiental e

climático; 

c) Educação ambiental e engajamento comunitário para a prevenção de desastres; 

d) Análise dos impactos das mudanças climáticas na saúde e bem-estar; 

e) Desenvolvimento de produtos sustentáveis a partir de resíduos; ou 

f) Agricultura sustentável e adaptação às mudanças climáticas. 

Sobre a Fundação Roberto Marinho     

A Fundação Roberto Marinho inova, há mais de 40 anos, em soluções de educação para não deixar ninguém para trás.  Promove, em todas as suas iniciativas, uma cultura de educação de forma encantadora, inclusiva e, sobretudo, emancipatória, em permanente diálogo com a sociedade. Desenvolve projetos voltados para a escolaridade básica e para a solução de problemas educacionais que impactam nas avaliações nacionais, como distorção idade-série, evasão escolar e defasagem na aprendizagem. A Fundação realiza, de forma sistemática, pesquisas que revelam os cenários das juventudes brasileiras. A partir desses dados, políticas públicas podem ser criadas nos mais diversos setores, em especial, na educação. Incentivar a inclusão produtiva de jovens no mundo do trabalho também está entre as suas prioridades, assim como a valorização da diversidade e da equidade. Com o Canal Futura fomenta, em todo o país, uma agenda de comunicação e de mobilização social, com ações e produções audiovisuais que chegam ao chão da escola, a educadores, aos jovens e suas famílias, que se apropriam e utilizam seus conteúdos educacionais.  Mais informações no Portal da Fundação Roberto Marinho. Saiba mais: www܂frm.org.br.    

Sobre o CNPq 

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), criado em 1951, foi o principal ator na construção, consolidação e gestão do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O CNPq é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e sua atuação se dá, principalmente, por meio do apoio financeiro a projetos científicos, selecionados por chamadas públicas lançadas periodicamente, e pela concessão de bolsas de pesquisa. Atualmente, são cerca de 90 mil bolsistas em diversas modalidades, desde a iniciação científica até o mais alto nível, as bolsas de Produtividade em Pesquisa. O CNPq também gerencia programas estratégicos para o país, como o de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), empregando recursos próprios ou oriundos de parcerias nacionais com fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs), universidades, ministérios e empresas públicas e privadas, além das parcerias internacionais. Atua na divulgação científica, com o apoio a feiras de ciências, olimpíadas, publicações e eventos científicos, em especial a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Desde sua criação, o CNPq se encarrega de uma expressiva agenda de cooperação internacional, com destaque à colaboração em programas internacionais - bilaterais, regionais e multilaterais. Por meio do apoio a projetos conjuntos, do intercâmbio de pesquisadores e da participação em organismos internacionais, o Conselho fortalece as parcerias estratégicas para o Brasil, ao encontro do que estabelece a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.  

Sobre a Shell Brasil  

 Há 111 anos no país, a Shell é uma companhia de energia integrada com participação em Upstream, Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.

Publicado em 23/12/2024

Na reta final do ano, Fiocruz recebe mais prêmios e reconhecimentos

Autor(a): 
Maíra Menezes (Instituto Oswaldo Cruz)

A excelência de pesquisadoras e estudantes do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) não para de ser reconhecida. Na reta final do ano, honrarias foram concedidas por sociedades e entidades científicas. Confira abaixo: 

Membra afiliada da ABC  

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) elegeu, em novembro, a pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia, Tatiana Maron Gutierrez, como membra afiliada da Região Rio de Janeiro. 

A categoria contempla jovens pesquisadores de excelência, com até 40 anos, que são eleitos para fazer parte dos quadros da entidade por um período de cinco anos. Os candidatos são indicados por membros titulares da ABC e a eleição é conduzida pela comissão de seleção regional. 

A cerimônia de diplomação será realizada em setembro de 2025. 

Premiação do Iclas  

O Conselho Internacional para Ciência de Animais de Laboratório (Iclas, na sigla em inglês) concedeu premiação à coordenadora adjunta do Centro de Experimentação Animal, Isabele Barbieri dos Santos.  

A especialista foi homenageada durante o Encontro Nacional da Associação Americana de Ciência de Animais de Laboratório (AALAS, na sigla em inglês), realizado em novembro, em Nashville, nos Estados Unidos.  

A premiação destaca profissionais com potencial para fazer contribuições significativas para o ensino, a pesquisa ou aspectos organizacionais da ciência de animais de laboratório em seu país de origem.  

Dissertação premiada 

A Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC) premiou a dissertação de mestrado do museólogo do Museu da Patologia, Lucas Cuba Martins.  

Intitulado ‘Fotografias de peças anatômicas do museu da patologia no arquivo do Instituto Oswaldo Cruz: um estudo sobre contexto de produção de fotografias em atividades científicas’, o estudo teve como foco um acervo sobre o qual havia poucas informações disponíveis: um total de 529 negativos de vidro referentes a fotografias de peças anatômicas do Museu da Patologia, produzidas entre 1900 e 1960. 

Cruzando dados de diversos documentos, Lucas conseguiu associar parte do acervo com peças preservadas do Museu da Patologia, laudos de necropsia e artigos publicados na revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. A pesquisa identificou ainda peças anatômicas associadas com prontuários médicos do Hospital Evandro Chagas (atual INI).  

O estudo revelou dinâmicas de produção das fotografias relacionadas à patologia nas primeiras décadas do IOC e desenvolveu uma metodologia de pesquisa para reconstituir informações de contexto perdidas em coleções biológicas. 

O trabalho foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), sob orientação de Aline Lopes de Lacerda. Confira a dissertação

Melhores trabalhos na SBPz 

A mestranda do Programa de Biologia Celular e Molecular, Juliana Simonato Ferreira, e o estudante de iniciação científica do Laboratório de Bioquímica de Tripanossomatídeos, Guilherme do Espírito Santo da Silva, tiveram seus trabalhos reconhecidos durante a 39ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Protozoologia (SBPz).

Juliana recebeu o Prêmio Walter Colli, de melhor apresentação oral, pelo trabalho ‘Novos candidatos para tratamento oral da leishmaniose visceral identificados por ancoragem molecular’.   

A estudante é orientada pelo pesquisador Elmo Eduardo de Almeida Amaral, e coorientada pelo pós-doutorando Job Domingos Inacio Filho. 

A pesquisa identificou duas moléculas promissoras para o tratamento da leishmaniose visceral por via oral. A primeira etapa do trabalho utilizou análise computacional em busca de compostos capazes de se ligar a uma enzima essencial para a sobrevivência do parasito Leishmania infantum, causador da doença. A partir de uma biblioteca de 4.228 compostos, foram identificadas 54 com características positivas para desenvolvimento de um tratamento oral. 

Dentre estes fármacos, dois foram selecionados para testes em cultura de células e em camundongos, considerados como modelos para estudo da leishmaniose visceral. Os ensaios confirmaram a ação contra L. infantum, indicando que os compostos podem ser uma arma para aprimorar o tratamento da doença. 

Já Guilherme recebeu o Prêmio Zigman Brener, de melhor pôster, pelo trabalho ‘Insights mecanísticos sobre híbridos de 4-quinolona-3-carboxamida triazol com atividade antileishmanicida’. 

O aluno é orientado pelo pesquisador Eduardo Caio Torres Santos. O estudo contou com parceria de pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).  

Na pesquisa, foram desenvolvidos compostos que combinam moléculas de dois grupos farmacológicos, buscando potencializar a ação contra parasitos do gênero Leishmania.  

Análises em culturas de células apontaram maior atividade e menor toxicidade em comparação com moléculas desenvolvidas com base em apenas um grupo farmacológico. 

 

Edição: 

Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

Publicado em 02/01/2025

Fiocruz recebe Selo de Acessibilidade e Inclusão da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência do Rio

Autor(a): 
Ensp/Fiocruz

A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) foi reconhecida com o Selo de Acessibilidade e Inclusão, concedido pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência. O certificado, entregue em dezembro, também foi conferido, em conjunto, à Cooperação Social/Fiocruz e à Atitude Social CUFA Penha. O selo celebra as instituições que, em 2024, se destacaram na promoção da acessibilidade e no desenvolvimento de boas práticas para garantir a plena participação das pessoas com deficiência. 

A pesquisadora Laís Silveira Costa foi citada pelos seus esforços na área, assim como o coordenador do projeto “Pessoas com Deficiência (PcD), território e políticas públicas" pela Cooperação Social, Gabriel Simões, e as representantes da Atitude Social, Alessandra Silva Vieira e Débora de Paula Rodrigues Ribeiro. 

“Esse reconhecimento reflete o compromisso da nossa Escola em desenvolver políticas e ações que valorizam as diferenças, aprofundam o debate sobre desigualdades e promovem a diversidade em nosso cotidiano. Seguimos juntos por uma sociedade mais inclusiva e acessível para todos e todas”, afirmou o diretor Marco Menezes. 

A Fiocruz também foi homenageada através do Selo Dimensões de Acessibilidade - Atitudinal, pela iniciativa de produção e disseminação de informações acessíveis e jogos para enfrentamento de barreiras resultantes do capacitismo. A cerimônia de premiação das boas práticas e entrega dos selos foi realizada no auditório do Centro Administrativo São Sebastião (CASS), no Rio de Janeiro. 

Saiba mais:

O projeto é fruto da articulação entre a Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz e da Ensp/Fiocruz, em parceria com a Organização não-governamental Atitude Social CUFA Penha. A atuação da equipe em territórios de favelas e territórios socioambientalmente vulnerabilizados, em especial na Vila Cruzeiro, Zona Norte do Rio de Janeiro, foi identificada como destaque na promoção de conhecimento acessível sobre temas relacionados à inclusão da pessoa com deficiência.  

Para Gabriel Simões, "esse projeto teve uma importante iniciativa de deslocar a instituição até os territórios para fazer um trabalho de escuta, acolhimento e construção compartilhada do conhecimento sobre uma temática central: o que é ser ou cuidar de uma Pessoa com Deficiência num território de favelas?", afirmou. "Para nós, foi uma grande oportunidade para pensar junto com essa população sobre os modos como essas subjetividades atravessam suas vidas e pensar sobre caminhos para promoção da saúde diante desse contexto", contou. 

"É muito gratificante ver a transformação social acontecendo, sobretudo em territórios que carecem de políticas de escuta e cuidado. A partir da experiência do projeto, em alguns territórios (como na Vila Cruzeiro) já estão acontecendo atividades autogestionadas em que as famílias de pessoas com deficiência estão se encontrando semanalmente para trocas de experiências, ações culturais e atividades de letramento sobre o combate ao capacitismo. São frutos de uma política pública de cuidado e promoção da saúde que têm trazido resultados concretos na melhoria da vida da população periférica", disse o pesquisador Gabriel Simões.  

A frente de atuação “Pessoas com Deficiência (PcD), território e políticas públicas: um estudo com abordagem interseccional de raça e gênero em território vulnerabilizado” desenvolve ações com enfoques, métodos e experiências da pesquisa-ação junto a pessoas com deficiência em situação de vulnerabilização social nos territórios periféricos de Barreto (Niterói), Jardim Catarina (São Gonçalo), Bacia do Éden (São João de Meriti) e Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha (Rio de Janeiro). 

 

 

 

#ParaTodosVerem imagem do selo de acessibilidade dentro de um quadro com bordas brancas. O selo é predominantemente branco, com imagens triangulares azuis e brancas formando uma imagem maior retangular na parte superior e na parte inferior. No topo, o nome “Programa de Selos de Acessibilidade e Inclusão”, um pouco abaixo do nome, há um desenho de um boneco feito somente com traços pretos e círculos azuis nas pontas dentro de um círculo maior amarelo, e a escrita contornando por dentro deste círculo maior “Selo Municipal de Inclusão das Pessoas com Deficiência”. Mais abaixo, o texto: A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência confere a Escola Nacional Sérgio Arouca - Ensp/Fiocruz, Cooperação Social/Fiocruz, Atitude Social Cufa Penha, o Selo Municipal de Inclusão das Pessoas com Deficiência, pela iniciativa de atuação em territórios de favelas e precarizados, levando conhecimento acessível sobre temas relacionados à inclusão da pessoa com deficiência em parceria com a Escola Nacional Sérgio Arouca - Ensp/Fiocruz, reconhecendo os esforços de Lais Silveira e Gabriel Simões da Fundação Oswaldo Cruz e de Alessandra Silva Vieira e Débora de Paula Rodrigues Ribeiro da Atitude Social Cufa Penha. Rio de Janeiro, 05 de dezembro de 2024. Abaixo, a assinatura da Secretária Municipal da Pessoa com Deficiência, Helena Werneck. No canto inferior esquerdo da imagem, a logo Rio Prefeitura - Pessoa com Deficiência.

Publicado em 18/12/2024

Trabalhos da Fiocruz vencem o Prêmio Anvisa 2024

Autor(a): 
Maria Fernanda Romero (INCQS/Fiocruz)

Trabalhos do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) sobre controle da qualidade dos testes para diagnóstico da dengue, do Departamento de Imunologia (DI), e qualidade das máscaras comercializadas no Brasil em tempo de pandemia da Covid-19, do Departamento de Química (DQ), foram condecorados com o Prêmio Anvisa 2024.

Em comemoração aos seus 25 anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), premiou iniciativas que têm o objetivo de estimular a cultura de inovação, valorizar o desempenho das equipes, disseminar iniciativas e ações que contribuíram para o alcance de resultados institucionais, melhoria do ambiente de trabalho e a efetiva promoção e proteção da saúde da população.

Os trabalhos do INCQS/Fiocruz foram contemplados nas seguintes categorias:

Categoria Especial – Destaque de iniciativa por escolha do público
1º lugar - Controle da Qualidade dos testes para diagnóstico da dengue: Uma das ações de Vigilância Sanitária

categoria Específica - Destaque de produção científica
1º lugar - Avaliação da Qualidade das máscaras comercializadas no Brasil em tempo de pandemia da Covid-19 quanto a presença de prata e nanopartículas de prata

Categoria Específica - Destaque do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) Código Sanitário para SNVS
3º lugar - Controle da Qualidade dos testes para diagnóstico da dengue: Uma das ações de Vigilância Sanitária

"É um desafio para nós estar por trás dos laboratórios fazendo o controle de qualidade dos produtos. Então receber esse prêmio foi uma honra. Tenho muito orgulho e muito amor em trabalhar no INCQS, de poder produzir dados para o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e trabalhar em parceria com a Anvisa", disse Lisia Maria Gobbo dos Santos, chefe do Laboratório de Alimentos do Departamento de Química (DQ) do INCQS/Fiocruz, que coordenou o estudo sobre as nanopartículas presentes nas máscaras premiado em Brasília.

"Estou muito emocionada e muito orgulhosa da minha equipe. Estou muito feliz em conseguirmos esse prêmio, porque é a demonstração da importância do trabalho do laboratório para gerar evidências para as ações de vigilância sanitária. Muito obrigada!", afirmou Silvana do Couto Jacob, vice-diretora de Ensino e Pesquisa do INCQS/ Fiocruz, durante a premiação.

Na ocasião, Silvana do Couto Jacob, também subiu ao palco para receber o prêmio do trabalho 'Controle da Qualidade dos testes para diagnóstico da dengue: Uma das ações de Vigilância Sanitária' e comentou: "Esse trabalho é de uma equipe que não para de trabalhar, a equipe que faz o controle dos kits de diagnóstico. Tanto que eles não estiveram no prêmio. Eles trabalharam muito durante a Covid-19 e eu tô muito emocionada com esse prêmio, porque eles merecem muito".

Segundo Helena Guedes, do Laboratório de Sangue e Hemoderivados (LSH) do Departamento de Imunologia do INCQS/Fiocruz, o prêmio já estava ganho independente de colocação. Só de ver as pessoas empenhadas para conseguir mais e mais votos e o reconhecimento do trabalho por amigos da velha guarda ou por pessoas que nem conheciam, já valeu.

"Somos 22 pessoas lideradas por 1 a quem gostaria de dedicar o prêmio: Dra. Marisa Coelho Adati (chefe do LSH). Sem sua perseverança, de fato não estaríamos aqui. Responsável pela concepção do projeto que resultou nas análises laboratoriais dos testes de dengue e que para nosso 'desespero', a cada ano são mais numerosas. Ela é o maior exemplo de conhecimento e dedicação a Vigilância Sanitária que temos. Obrigada e parabéns à todos do LSH/DI", ressaltou.

Assista aqui à cerimônia do Prêmio Anvisa 2024:

 

Publicado em 27/12/2024

Fiocruz recebe prêmios em congresso internacional

Autor(a): 
Maria Fernanda Romero (INCQS/Fiocruz)

O Laboratório de Farmacologia do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), especializado no controle da qualidade e produção científica de plantas medicinais fitoterápicos, submeteu três trabalhos técnicos na quarta edição do evento France-Brazil Meeting on Natural Products (4th FB2NP Meeting) e teve os três trabalhos premiados. O encontro foi realizado em novembro, na cidade de Aracaju, em Sergipe.

Os trabalhos premiados foram:

- 1° Lugar na categoria Controle de Qualidade de Matérias-Primas Vegetais e Fitoterápicos - DETERMINATION OF PESTICIDE RESIDUES, COUMARIN LEVELS, AND PHARMACOLOGICAL ACTIVITY IN MIKANIA GLOMERATA SPRENG (GUACO) TINCTURES MARKETED IN THE STATE OF RIO DE JANEIRO, de Thais Morais de Brito, do Setor de Fisiopatologia (sob orientação de Fausto Ferraris, chefe do Laboratório de Farmacologia do DFT do INCQS/ Fiocruz, e Armi Wanderley da Nobrega, assessor técnico da Diretoria do INCQS/Fiocruz).

- 1° Lugar na categoria Etnobotânica/Etnofarmacologia - IN VITRO AND IN VIVO TOXICOLOGICAL AND ANTI-INFLAMMATORY EFFECTS OF THE PHYTOCHEMICAL MARKER COUMARIN FROM MIKANIA SP (GUACO): A SYSTEMATIC REVIEW, da aluna Beatriz Scaramelo (sob orientação de Izabela Gimenes, do Laboratório de Farmacologia do INCQS/Fiocruz, e Fausto Ferraris).

- 3° lugar na categoria Etnobotânica/Etnofarmacologia - IN VIVO AND IN VITRO TOXICOLOGICAL EFFECTS OF AESCULUS HIPPOCASTANUM AND ITS DERIVATIVES (HORSE CHESTNUT): A SYSTEMATIC REVIEW, da aluna Yasmin Crelier (sob orientação de Izabela Gimenes e Fausto Ferraris).

"Congresso com 100% de aproveitamento: muito orgulho da nossa equipe. Parabenizamos todos os alunos e colaboradores envolvidos nos trabalhos. Sabemos que o mérito envolve muitas mãos!", afirma Izabela Gimenes, do Laboratório de Farmacologia do INCQS/Fiocruz.

O evento France-Brazil Meeting on Natural Products é uma plataforma de diálogo entre pesquisadores brasileiros e franceses, que tem como objetivo compartilhar avanços e novas abordagens no campo dos produtos naturais. Esse encontro destaca-se como uma oportunidade para explorar a biodiversidade do Brasil e seus potenciais usos terapêuticos, farmacêuticos e industriais

Publicado em 12/12/2024

Pesquisadoras da Fiocruz são contempladas com menções honrosas no Prêmio Capes de Teses 2024

Autor(a): 
Fabiano Gama*

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) realizará nesta quinta-feira, 12 de dezembro, a entrega oficial do Prêmio Capes de Tese de 2024. A cerimônia será em Brasília e conta com transmissão ao vivo pelo canal da Fundação no Youtube a partir das 16h30. A Fiocruz teve duas estudantes de pós-graduação agraciadas com menção honrosa, que participarão da cerimônia de forma remota. As alunas contempladas são Fernanda Esthefane Garrides Oliveira, do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (PPGSP/Ensp/Fiocruz), com o trabalho "Desigualdades raciais na ocorrência de multimorbidade entre adultos e idosos brasileiros: 10 anos do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil)"; e Renata Cordeiro Domingues, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco), com o trabalho "Determinação socioambiental da saúde em territórios produtores de cana-de-açúcar na perspectiva da epidemiologia crítica".

Considerado um dos mais importantes prêmios da ciência brasileira, o Prêmio Capes de Tese reconhece as melhores teses defendidas em programas de pós-graduação brasileiros. Criada em 2005, a iniciativa tem o objetivo de aumentar a visibilidade das ações positivas e indutoras da Capes na pós-graduação brasileira. Os critérios de premiação dos trabalhos consideram a originalidade e a relevância para o meio científico, tecnológico, social e cultural, metodologia utilizada, qualidade da redação, além da quantidade de publicações decorrentes da tese. A 19ª edição da premiação teve um número recorde de trabalhos inscritos, com 1.632 participantes, sendo 827 mulheres e 805 homens. Ao todo, pesquisadores de 225 Instituições de Ensino Superior concorreram ao Prêmio em 2024, que escolheu as 49 melhores teses concluídas em 2023, e 97 trabalhos que receberão menções honrosas.

Conheça as teses, disponíveis no Arca Fiocruz, que receberão a condecoração:

Fernanda Esthefane Garrides Oliveira defendeu o trabalho "Desigualdades raciais na ocorrência de multimorbidade entre adultos e idosos brasileiros: 10 anos do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil)", no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (PPGSP/Ensp/Fiocruz), sob a orientação de Leonardo Soares Bastos e coorientação de Rosane Härter Griep. 

A pesquisa de Fernanda analisou dados de mais de 15 mil participantes do Elsa-Brasil, coletados entre 2008 e 2019, e evidenciou que a população autodeclarada negra enfrenta taxas mais elevadas de múltiplas condições crônicas, como hipertensão e diabetes, em comparação aos brancos. A doutora em Epidemiologia foi bolsista do Programa Doutorado Nota 10 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) por destacado desempenho acadêmico e, no ano passado, foi agraciada com Menção Honrosa na seção de Saúde Coletiva do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2023 também por sua tese de doutorado.

Renata Cordeiro Domingues defendeu a tese "Determinação socioambiental da saúde em territórios produtores de cana-de-açúcar na perspectiva da epidemiologia crítica", no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco), sob a orientação de Aline do Monte Gurgel e coorientação de Idê Gomes Dantas Gurgel. 

O trabalho é composto de três artigos científicos, que têm por objetivo analisar a determinação socioambiental da saúde nos municípios de Água Preta, Aliança, Sirinhaém, Itambé e Goiana (territórios submetidos ao processo produtivo da cana-de-açúcar na Zona da Mata Pernambucana) a partir dos pressupostos da epidemiologia crítica.

Acompanhe ao vivo a cerimônia de entrega dos prêmios e menções honrosas, a partir das 16h30:

 

 

 

*Com informações da Capes e Isabela Schincariol

Publicado em 27/11/2024

Livro da Editora Fiocruz é terceiro lugar no Prêmio Abeu

Autor(a): 
Luiza Trindade/Editora Fiocruz

Em cerimônia realizada na Unibes Cultural, na cidade de São Paulo (SP), no dia 21 de novembro, foram anunciados os grandes vencedores do 10º Prêmio Abeu e a Editora Fiocruz está entre eles. O livro Nascimento Prematuro: repercussões no desenvolvimento integral, organizado por Maria Dalva Barbosa Méio e Denise Streit Morsch, foi destacado com o terceiro lugar na Categoria Ciências da Vida.

10 anos de Prêmio Abeu

O Prêmio Abeu destaca os melhores da edição universitária e acadêmica anual em 9 categorias: Ciências Humanas; Ciências Naturais e Matemáticas; Ciências Sociais; Ciências Sociais Aplicadas; Ciências da Vida; Linguística, Letras e Artes; Literatura Infantojuvenil; Projeto Gráfico; e Tradução. A cerimônia deste ano marcou uma década da premiação, pioneira em prestigiar edições universitárias e acadêmicas.

O evento contou com a presença de editores, autores, pesquisadores, tradutores, designers gráficos e demais profissionais da cadeia produtiva do livro universitário e teve como mestres de cerimônia Alexandre Soares, diretor da região Sudeste da Abeu e Flávia Rosa, ex-presidente da Abeu.

Em sua fala de abertura, a vice-presidente da Abeu, Rita Virginia Argollo, pontuou o desafio e a resistência das editoras universitárias e de quem faz livro no Brasil, referenciando os recentes resultados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, que revelou uma perda significativa de leitores no país. “O livro nos livra do embotamento, da cegueira social, da mesmice, do tédio. Se é o livro que nos favorece viagens e fantasias, fundamentais para a sobrevivência da espécie, é ele também que nos liberta. Neste sentido, não poderia deixar de citar a recém-lançada pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, uma grande referência para todos nós. Ela só comprova aquilo que a gente já sabia. Perdemos cerca de 7 milhões de leitores. Mas será que um dia os tivemos? Deixo o convite para que possamos refletir sobre o que nos levou a este resultado. Isso fala sobre letramento, sobre acesso a bibliotecas e mediadores de leituras. Sobre investimento em educação e políticas públicas voltadas à leitura”, reforçou Rita Argollo.

Mas não só de inquietações vive o setor. A vice-presidente da Abeu reforçou a vitória que significa a longevidade do Prêmio. A iniciativa surgiu a partir de uma proposta de Carlos Alberto Gianotti, então editor da Unisinos, tendo sindo implantado durante a gestão de João Carlos Canossa, atual diretor de comunicação da Abeu e editor executivo da Editora Fiocruz. Ao agradecerem o reconhecimento, os autores e pesquisadores premiados aproveitaram o momento para celebrar o papel da Abeu em dar destaque às publicações que trazem pesquisas e estudos realizados no país.

+Confira todos os vencedores do 10º Prêmio Abeu no portal da Abeu.

Nascimento Prematuro: repercussões no desenvolvimento integral

O livro da Editora Fiocruz premiado este ano, Nascimento Prematuro: repercussões no desenvolvimento integral, é fruto do trabalho do Ambulatório de Seguimento do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). A coletânea abrange, de forma interdisciplinar, diferentes áreas clínicas e do desenvolvimento infantil, para dar conta da complexidade dos cuidados necessários voltados às crianças nascidas pré-termo. As organizadoras, a pediatra e neunatologista Maria Dalva Barbosa Baker Méio e a psicóloga clínica Denise Streit Morsch, oferecem aos leitores conteúdos e reflexões importantes sobre os nascidos antes de 37 semanas de gestação. As pesquisadoras convidaram para escrever os 17 capítulos que compõem a obra reconhecidos especialistas na área de neonatologia e desenvolvimento infantil, para abordar os desafios derivados do nascimento prematuro e as formas de conduzi-los. O volume compõe a Coleção Criança, Mulher e Saúde.

+Leia mais sobre o livro Nascimento Prematuro: repercussões no desenvolvimento integral.

Assista ao programa Boletim Ciência, do Canal Saúde, com entrevista das organizadoras.

+Veja outros livros da Coleção Criança, Mulher e Saúde.

Publicado em 28/11/2024

Abertas inscrições para o 1º Prêmio Mulheres e Ciência (PMC) - Edição 2024

Autor(a): 
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações

A primeira edição do Prêmio Mulheres e Ciência do CNPq investirá cerca de R$ 500 mil para premiar instituições e pesquisadoras pelo valor de seu trabalho científico, promovendo a diversidade, a pluralidade e a participação de mulheres nas carreiras de ciência, tecnologia e inovação. As inscrições estão abertas até 6 de janeiro de 2025.

Os prêmios serão de R$ 20 mil, para pesquisadoras com até 45 anos de idade; R$ 40 mil, para pesquisadoras com idade a partir de 46 anos; e R$ 50 mil, para instituições que se destaquem na implementação de ações de igualdade de gênero.

Lançado no dia 6 de novembro, durante a 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) em Brasília, o edital prevê, para cada uma das três faixas, prêmios em três grandes áreas do conhecimento: Ciências da Vida; Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; e Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes; totalizando até nove premiações.

Além do CNPq e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), são parceiros da iniciativa o Ministério das Mulheres (MM), o British Council Brasil e o Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF).

No dia 21 de novembro foi realizado um webinário sobre a iniciativa, disponível no canal do CNPq no YouTube. Confira!

+ Confira aqui mais informações sobre as inscrições!

 

Publicado em 19/11/2024

12ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz divulga data da premiação nacional

Autor(a): 
Júlio Pedrosa (Fiocruz Amazônia)

A cerimônia de Premiação Nacional da 12ª edição da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz já tem data para acontecer. Será no próximo dia 26 de novembro, a partir das 9h, no Auditório do Museu da Vida Fiocruz, no campus Manguinhos, sede da Fiocruz no Rio de Janeiro. Na oportunidade, serão apresentados os nomes dos 37 trabalhos selecionados pelas etapas regionais, nas modalidades Produção de Texto, Produção Audiovisual e Projeto de Ciências, e serão anunciados os grandes vencedores, dentre os destaques regionais. Representantes de escolas de todo país, vencedores das seis Coordenações Regionais (Norte, Nordeste I , Nordeste II, Sudeste, Centro-Oeste e Minas-Sul), participarão presencialmente, entre os dias 24 e 28 de novembro, da solenidade no Rio de Janeiro, com despesas pagas e direito a programação de atividades na capital carioca.

Além da premiação, os estudantes contemplados nas etapas regionais poderão concorrer a uma bolsa de iniciação científica júnior, com duração de um ano, dentro da etapa Mentoria nas Escolas. O recurso tem por finalidade promover o acompanhamento dos estudantes destaques da Obsma, como forma de fomentar ainda mais o interesse dos alunos pela carreira acadêmica científica.

Professores e alunos presentes na solenidade no Rio de Janeiro representarão os mais de 2.500 professores e 44.091 alunos participantes desta 12º edição do certame. Na ocasião, será anunciado também o resultado do Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã, que contempla trabalhos feitos por professoras e alunas, como estímulo à presença feminina na ciência. Este ano, a homenageada da edição será a cientista cearense Alda Falcão, falecida em 2019.

"Estamos satisfeitos com o alcance obtido nesta edição não apenas pelo número geral de trabalhos e participantes envolvidos, mas também pela presença marcante da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente nos quatro cantos do país, com uma atuação diversificada das coordenações regionais e das parcerias firmadas com as unidades e escritórios regionais da Fiocruz, em todo Brasil, bem como com as instituições públicas locais, a exemplo das secretarias de Educação dos Estados e Municípios, que abraçaram a ideia e contribuíram com a disseminação da Olimpíada junto às escolas", ressalta a coordenadora nacional da Obsma, Cristina Araripe.

Segundo Araripe, as parcerias têm papel estratégico da Obsma enquanto um projeto educacional e no fortalecimento do compromisso da Fiocruz com a educação de qualidade no Brasil. "Nesse contexto, a participação da Obsma em eventos nacionais, como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) e a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e de extrema importância para a disseminação junto aos professores e alunos".

Ela destaca também que a diversidade de trabalhos inscritos este ano chamou atenção da Coordenação Nacional da Obsma. "Saber que estamos fomentando discussões e ações em sala de aula em todo o país, sobre temas que se conectam à saúde e ao ambiente e suas transversalidades, é extremamente gratificante e demonstra que estamos alcançando nosso principal objetivo que é estimular o interesse pela ciência, tecnologia e inovação junto aos jovens estudantes, de escolas tanto das capitais quanto de municípios interioranos em vários estados", observou. Temas como reciclagem, biopirataria, biomas, recursos hídricos, violência sexual, dignidade menstrual, energia eólica, racismo ambiental, horta medicinal, prevenção à dengue e pandemia de Covid-19 estiveram presentes nas pautas de discussões das equipes que participaram desta edição.

Na cerimônia da Premiação Nacional, estarão presentes representantes das cidades de Palmas (TO), Cacoal (RO), Rondonópolis (MT), Caucaia (CE), Cuité (PB). Sobral (CE), Abreu e Lima (PE), Capela (SE), Marituba (PA), Manacapuru (AM), Cachoeira (BA), Baldim (MG), São Leopoldo (RS), Paraíba do Sul (RJ) e Botocatu (SP), e as capitais Manaus, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia e Brasília. Ao todo, a Olimpíada teve 1.012 trabalhos validados, sendo 57 da Regional Centro-Oeste; 106 da Regional Minas-Sul; 254 da Regional Nordeste I; 206 da Regional Nordeste II; 59 da Regional Norte; e 330 da Regional Sudeste. A avaliação regional contou com mais de 50 jurados de Norte a Sul, de Leste a Oeste, com trabalhos selecionados das mais diferentes localidades do país.

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