A próxima edição do Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcelos terá como tema "Mulheres em situação prisional: direitos e vivências para re-existir". A iniciativa integra as atividades da pesquisa 'Nas trilhas das vulnerabilizações e desigualdades: mulheres negras e os enredos de precarização em espaços de exclusão - uma perspectiva interseccional do feminismo negro decolonial' e é coordenada pelas pesquisadoras Roberta Gondim, Marina Maria e Mayra Honorato. O CeEnsp propõe um diálogo intersetorial sobre as experiências de mulheres em privação de liberdade e os impactos das múltiplas formas de opressão, como o racismo estrutural, o encarceramento em massa e as desigualdades de gênero. O evento contará também com o lançamento, no Rio de Janeiro, do livro 'Se Anastácia falasse - contos de mulheres negras encarceradas', organizado por Denise Carrascosa, professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e uma das debatedoras no encontro. O CeEnsp acontecerá no dia 25 de junho, às 14h, na sala 410 da Ensp, com transmissão ao vivo pelo Youtube. Haverá tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
"A proposta do Centro de Estudos é reunir pesquisadoras, ativistas e profissionais que atuam diretamente com a defesa dos direitos das mulheres em situação prisional, criando um espaço de escuta e debate sobre os efeitos da prisão na vida de mulheres, especialmente mulheres negras, pobres e periféricas, que representam a maioria da população carcerária feminina no país”, explicam Marina Maria, Mayra Honorato e Roberta Gondim, coordenadoras da atividade.
Além de Denise Carrascosa, professora da UFBA, a discussão contará com a participação das debatedoras Thula Pires, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), e Caroline Bispo, representante da organização 'Elas Existem', sob a moderação de Marina Maria, da Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas da Fiocruz (Cedipa) e doutoranda do IFF/Fiocruz, e Mayra Honorato, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).
Dados do Relatório de Informações Penais (Relipen), divulgado em junho de 2024 pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), revelam que o Brasil possui atualmente 50.646 mulheres privadas de liberdade - um número que, embora menor que o da população carcerária masculina, cresceu mais de 567% entre 2000 e 2014, destacando a urgência de políticas públicas voltadas para essa realidade.
"Neste contexto, o CeEnsp propõe aprofundar as discussões sobre o papel da Fiocruz no enfrentamento às desigualdades e violências vivenciadas por essa população, buscando estratégias para promover resistência compartilhada, acolhimento terapêutico e letramento racial, com foco em justiça social, saúde e direitos humanos", destaca Marina Maria.
Lançamento de livro no Centro de Estudos da Ensp
'Se Anastácia Falasse' é um livro de narrativas curtas que traz o protagonismo das vozes de mulheres negras encarceradas para o cenário literário brasileiro. Publicado pelo Selo Editorial Abolicionista Corpos Indóceis e Mentes Livres, da Editora Ogum’s Toques Negros, a obra é organizada por Denise Carrascosa e Beatriz Carrascosa, com Direção de Arte de Yhuri Cruz, Edição de Mel Adún e Projeto Gráfico de Guellwaar Adún e Dadá Jacques.
O Conselho Editorial do Selo Abolicionista é todo formado por mulheres negras, entre elas: Beatriz Carrascosa, Bruna Barros, Denise Carrascosa, Feibriss Cassilhas, Florentina Souza, Jess Oliveira, Luciany Aparecida, Mel Adún e Patrícia Freitas.
Sobre a pesquisa 'Nas trilhas das vulnerabilizações e desigualdades'
Esta edição do CeEnsp integra a pesquisa interinstitucional 'Nas trilhas das vulnerabilizações e desigualdades', iniciada em março de 2024 e realizada com apoio da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, por meio do Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão à Saúde (Fiocruz/VPPCB/PMA), com o objetivo de analisar as dinâmicas de vulnerabilização e condições de saúde de mulheres negras. Com isso, visa contribuir para a construção de espaços e estratégias de resistência compartilhada, acolhimento terapêutico e qualificação/letramento racial, compreendendo as desigualdades de raça, gênero e classe direcionadas prioritariamente às mulheres negras residentes de favelas, em situação de rua e em situação prisional e que vivenciaram a experiência do cárcere.
#ParaTodosVerem Foto de mãos penduradas em uma grade de presidio, o fundo está desfocado, no canto direito da foto está escrito: Mulheres em situação prisional: direitos e vivências para re-existir, no dia 25 de junho às 14 horas.
Em 15 de maio é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre Acessibilidade. A data é importante para ampliar o debate sobre o tema e reforçar a necessidade de mais ações e iniciativas voltadas à questão da inclusão e dos direitos das pessoas com deficiências. Sempre orientado pela busca por uma sociedade mais justa, equânime e inclusiva, o Campus Virtual Fiocruz também vem trabalhando na adequação de suas ações e implementando iniciativas voltadas à acessibilidade em suas diversas plataformas, divulgações e, especialmente, em seus cursos, que oferece de forma ampla e irrestrita para a sociedade.
#ParaTodosVerem Banner com fundo roxo, no centro está a logo de Acessibilidade, um círculo feito com linhas pretas, e no centro uma figura em linhas, com a cabeça, dois braços e duas pernas. No centro está escrito: 15 de maio, Dia Mundial da Conscientização sobre Acessibilidade. Abaixo, a logo do Campus Virtual Fiocruz.
Nos dias 13 e 14 de março, será realizado o seminário internacional Os Sistemas de Saúde e o Acesso aos Medicamentos: Características e Desafios frente às Demandas Judiciais de Medicamentos. As atividades acontecem de forma virtual, das 9h às 17h.
O evento vai reunir especialistas e pesquisadores de organizações nacionais e internacionais para debater como mecanismos legais podem promover a acessibilidade e a qualidade dos sistemas de saúde de forma equitativa e igualitária. No primeiro dia, as mesas vão explorar o tema Acesso aos Medicamentos: Sistemas de Saúde, Direitos e Políticas Públicas. Já no segundo dia, a temática será Experiências e Desafios para o acesso a medicamentos no Sistema Universal de Saúde. A programação completa e a lista de palestrantes convidados estão disponíveis em anexo e no site.
A partir da busca por acesso aos medicamentos por meio judicial, o seminário tem como objetivo identificar os condicionantes legais nos sistemas de saúde para a garantia de medicamentos e serviços, assim como analisar os contextos e iniciativas de diversos países na construção da capacidade jurídica e sanitária para a garantia da assistência farmacêutica.
O seminário é organizado pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), em conjunto com o Departamento de Gestão das Demandas em Judicialização na Saúde, da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde (DJUD/SE/MS), por meio do projeto Análise de demandas judiciais de medicamentos contra a União e mapeamento das estratégias de resolução extrajudiciais de conflito (Projeto JUDMED). A coordenação do evento conta com a diretora do DJUD/SE/MS, Janaina Pontes Cerqueira, a coordenadora do Projeto JUDMED/ENSP/Fiocruz, Vera Lúcia Edais Pepe, e a pesquisadora da Ensp, Catia Verônica dos Santos Oliveira.
O Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) do Icict/Fiocruz promove, na quarta-feira, 16 de agosto, às 14h, a aula aberta Repensar a Cidadania a partir da Afrocentricidade. Com o objetivo de debater os desafios em relação à cidadania, e aos direitos à saúde, comunicação e informação na atualidade, o evento terá como palestrantes convidados o jornalista Tiago Rogero e a advogada e educadora popular Horrara Moreira. Aberto ao público, o evento será realizado no Salão de Leitura da Biblioteca de Manguinhos, com transmissão ao vivo pelo canal da VideoSaúde no Youtube. Haverá tradução simultânea para Libras.
A aula marca o início de semestre da disciplina obrigatória Fundamentos da Informação e da Comunicação em Saúde II, coordenada pelos pesquisadores e docentes Rodrigo Murtinho, Renata Gracie e Viviane Veiga.
Inscreva-se aqui para participar!
Os palestrantes
Horrara Moreira é graduada em direito pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e tem capacitação em Proteção de Dados pelo Data Privacy Brasil. Educadora popular em Direitos Humanos desde 2015, ela vem estudando temas como Mobilização e Engajamento, Human Centered Design (processo de design centrado nas pessoas) e Práticas Colaborativas.
Atualmente, Horrara é articuladora e comunicadora social na Associação Data Privacy, organização da sociedade civil que promove a proteção de dados pessoais e outros direitos fundamentais a partir de uma perspectiva da justiça social e assimetrias de poder. Desde setembro de 2022, ela coordena a campanha Tire Meu Rosto da Sua Mira, movimento de mobilização da sociedade civil pelo banimento total do uso das tecnologias digitais de Reconhecimento Facial na Segurança Pública no Brasil.
O mineiro Tiago Rogero é jornalista freelancer e roteirista. Criou e coordenou o Projeto Querino, lançado em agosto de 2022 como um podcast produzido pela Rádio Novelo e uma série de publicações na Revista Piauí. Atualmente, Tiago está pesquisando e escrevendo o livro do Projeto para a editora Fósforo e trabalhando na adaptação do podcast em projeto educacional. Foi gerente de criação da Rádio Novelo – até julho deste ano – e repórter de O Globo, O Estado de S. Paulo e BandNews FM.
O jornalista também criou e apresentou os podcasts narrativos Vidas Negras (original Spotify, produzido pela Rádio Novelo), finalista do Third Coast International Audio Festival de 2021, e Negra Voz (jornal O Globo), vencedor do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog, em 2020. Além de se dedicar à pesquisa e à produção de conteúdos que colocam em evidência nomes da cultura negra apagados da História, Tiago compartilha sua experiência com o formato de podcast em cursos e oficinas para empresas, ONGs e coletivos populares.
Sobre o Projeto Querino
Série em áudio com oito episódios, o Projeto Querino busca rever a História do Brasil sob a perspectiva dos africanos e de seus descendentes. Cada episódio tem entre 50 e 59 minutos e se debruça sobre um assunto: a Independência, a produção de riqueza, a música, a educação, o trabalho, a religiosidade, a saúde e a política.
Os roteiros foram escritos com base em 54 entrevistas e numa ampla pesquisa. O podcast foi nomeado um dos 10 melhores trabalhos jornalísticos em áudio naquele ano pelo Prêmio Gabo (premiação que reconhece iniciativas jornalísticas latino-americanas).
O Projeto Querino integra a bibliografia da disciplina Fundamentos de Informação e Comunicação em Saúde II e, segundo o professor Rodrigo Murtinho, a aula aberta contribui para repensar nossos referenciais históricos e conceituais sobre cidadania, marcadamente baseados no pensamento e em autores europeus. "Para pensar a cidadania no Brasil é necessário incorporar o olhar afrocentrista que o Projeto Querino apresenta de forma singular. Uma forma objetiva de pensar essa cidadania é trazer para o debate a campanha “Tire Meu Rosto da Sua Mira”, que trata de questões tão importantes na atualidade: o combate ao racismo e o direito à privacidade e proteção de dados pessoais.”
As ilustrações criadas para os materiais de divulgação da aula tiveram como referência a obra de Abdias do Nascimento, ator, diretor e dramaturgo que militou contra a discriminação racial e pela valorização da cultura negra. Em 1944, ele foi o responsável pela criação do Teatro Experimental do Negro (TEN), no Rio de Janeiro.
AULA ABERTA – Repensar a Cidadania a partir da Afrocentricidade: direitos à saúde, comunicação e informação na atualidade
Quando: 16 de agosto (quarta-feira)
Horário: 14h
Onde: Salão de Leitura da Biblioteca de Manguinhos (Av. Brasil, 4.365 – Pavilhão Haity Moussatché – Campus Fiocruz Manguinhos)
Palestrantes: Tiago Rogero e Horrara Moreira
Capacidade: 70 lugares
Inscrições: eventos.icict.fiocruz.br
Transmissão: canal da VideoSaúde no YouTube
Haverá intérprete de Libras
Acompanhe:
Depois do sucesso do aplicativo SuperSUS, no qual o cidadão pode conhecer seus direitos no campo da saúde, além de saber mais sobre os serviços públicos de saúde, vem aí o SuperSUS Covid. O objetivo do jogo é contribuir para a conscientização de jovens sobre os cuidados necessários à prevenção da doença e as ações desenvolvidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) durante a pandemia da Covid-19, com a disseminação de informações de forma segura e confiável, ampliando a rede de prevenção e cuidado. Em pré-lançamento, o aplicativo está sendo testado na versão beta, juntamente com a Central SuperSUS, que servirá de plataforma para novos minijogos, durante a V Feira do Conhecimento do Ceará – um evento virtual e gratuito, que acontece até sexta-feira, 26/11.
Para participar da feira e testar o novo jogo acesse https://app.virtualieventos.com.br/feiradoconhecimento. Vale ressaltar que é necessário fazer um pré-cadastro e depois realizar a inscrição, de forma gratuita, para acessar o ambiente virtual da Feira. O jogo está disponível no estande virtual da Fiocruz, que é um dos 75 que ocupam o pavilhão de exposições em 3D.
O jogo, que em breve também ficará disponível para plataforma android, é apresentado em cinco níveis: imunização individual; imunização coletiva; prevenção; testagem e monitoramento; e assistência hospitalar. Atualmente, é possivel acessá-lo baixando o arquivo em formato .apk.
Segundo a coordenadora da iniciativa na Fiocruz Pernambuco, Islândia Carvalho, "o SuperSUS Covid-19 trata das medidas implantadas pelo SUS durante a pandemia, ao mesmo tempo em que visa promover ações de promoção da saúde, estimulando os cidadãos a se prevenirem contra o coronavírus, valendo-se de ações individuas e coletivas. Além disso, ele traz também outras questões, como, por exemplo, a vacinação, abordando aspectos sobre a sua importância e desenvolvimento.
O SuperSUS Covid, assim como o primeiro jogo, é financiado pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz por meio do edital para recursos educacionais abertos (REA) e pelo Inova-IAM Facepe.
V Feira do Conhecimento do Ceará
A Feira do Conhecimento é promovida pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior e executada pelo Instituto Centec. O encontro promove três dias de palestras, lives e webinares, além de mostras virtuais em diversas áreas do conhecimento ligadas à ciência, tecnologia e empreendedorismo voltadas para jovens empreendedores, empresários, estudantes, professores, pesquisadores, profissionais e gestores do setor. Nas exposição em 3D, visitantes e expositores terão uma experiência única em um ambiente imersivo em realidade virtual que reproduz o Centro de Eventos do Ceará.
Entre as diversas palestras e especialistas convidados, que falarão sobre os setores de educação, games, robótica, saúde, empreendedorismo e as novas tecnologias com reflexões no âmbito no atual cenário, está uma apresentação do vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, nesta quinta-feira, às 17h20, com o tema "Tecnologia e Saúde". Para quem não conseguir acompanhar ao vivo, os conteúdos ficarão disponíveis para inscritos assistirem até 31/12/2021.
O jogo SuperSUS
O SuperSUS está disponível, gratuitamente, no site https://supersus.fiocruz.br/. São 12 minis jogos, nos quais o desafio é conquistar os princípios e diretrizes do SUS, atingindo assim os objetivos de desenvolvimento sustentável preconizados pela Organização Mundial da Saúde (ODS/OMS). Quem perde, descobre a falta que o SUS faz no dia a dia e os problemas que isso acarreta. Ele estimula que os participantes descubram mais sobre o direito à saúde e o processo de construção do Sistema Único de Saúde (SUS). As fases envolvem atividades, programas e serviços que são ofertados pelo SUS, além de acontecimentos sobre a história do Sistema. A ideia é incentivar o cidadão a reconhecer seus direitos, "vestir a camisa" do Sistema e compreender sua importância.
Recentemente, em abril de 2021, o SuperSUS ficou entre os finalistas do Brazil's Independent Games Festival (BIG Festival), que é o mais importante festival de jogos independentes da América Latina. O SuperSUS participou na categoria “BIG Impact: Melhor jogo educacional”.
O Projeto Super SUS é desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Saberes e Práticas em Saúde (GPS), sob a responsabilidade de Islândia Carvalho, do Departamento de Saúde Coletiva da Fiocruz Pernambuco, com o apoio de uma equipe formada por 16 integrantes. Entre eles, as professoras Adriana Falangola e Sandra Siebra, da Universidade Federal de Pernambuco; Camila Aquino, do Instituto Federal de Pernambuco, campus Abreu e Lima, e os pesquisadores Elainne Gomes, da Fiocruz Pernambuco e Marcelo Valença, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Designer e desenvolvedores de programa também compõem o grupo.
*com informações da Fiocruz Pernambuco
“O que se espera em um futuro próximo são muitos desafios, com a sobreposição de crises sanitárias e humanitárias – de ordem econômica, política e social –, e uma grande dificuldade em fazermos projeções, pois os modelos existentes atualmente já estão superados”, afirmou o pesquisador do Instituto René Rachou (IRR-Fiocruz Minas), Rômulo Paes Souza, durante a aula aberta “Iniquidades sociais, direitos humanos e atenção primária à saúde”, promovida pelo mestrado profissional em Atenção Primária à Saúde com ênfase na Estratégia de Saúde da Família. O encontro, que também teve a participação da especialista em direitos humanos e integrante da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), Joana Zylbersztajn, está disponível na íntegra no canal do Campus Virtual Fiocruz no Youtube.
“Como eu posso contribuir com os profissionais que estão fazendo esse trabalho da linha de frente, que é o mais importante, especialmente neste momento de enfrentamento da pandemia?”, perguntou Joana Zylbersztajn no início de sua exposição, afirmando que esse é sempre um questionamento norteador do seu trabalho e foi determinante para a construção da apresentação neste debate.
Ela citou a definição de direito à saúde elaborada pelo Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU - "é um direito inclusivo que se estende não apenas aos cuidados de saúde oportunos e apropriados, mas também aos determinantes subjacentes de saúde, como acesso à água e saneamento adequados, nutrição e habitação seguros, condições ocupacionais e ambientais saudáveis, o acesso à educação e informações relacionadas à saúde..." – e lamentou esse ser um conceito tão distante da nossa realidade. Ela afirmou estarmos muito no início da compreensão do direito integral à saúde, mas ressaltou o fato de, ao menos, já termos a ideia sistêmica do que ele é: “Isso nos dá outros parâmetros e referências sobre o que temos que buscar no sentido de um acesso completo à garantia do direito à saúde”.
Rômulo apresentou uma ampla discussão sobre os aspectos que envolvem as desigualdades e iniquidades em saúde, trazendo isso para a relação com os serviços de saúde, mas também com o que precede esse fenômeno. Ou seja, segundo ele, "para que a desigualdade em saúde se realize, é preciso que um conjunto de fatores que antecedem essa condição de saúde que os indivíduos vivenciam se dê", detalhou.
O palestrante falou sobre a importância de se ter clareza sobre os aspectos contemporâneos da discussão sobre desigualdades e iniquidades em saúde, e apresentou alguns fatores que potencializam uma condição desfavorável, como a soma de diversas desigualdades em um grupo, indivíduo ou território; o aspecto geográfico e a capacidade que os países tem de identificar quem são os membros mais vulneráveis e apresentar uma alternativa de superação para aquele contexto específicos, entre outros.
Rômulo encerrou falando sobre os desafios de um futuro próximo, como a sobreposição de crises sanitárias e humanitárias. As debatedoras da mesa, as alunas do mestrado Brenda Freitas da Costa e Marcélia Martins, abriram as discussões trazendo questões do cotidiano do trabalho, a partir do que foi apresentado pelos convidados. Assista ao encontro na íntegra:
"Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação". Com base na Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde e na vulnerabilidade da população LGBTQIA+ quanto ao atendimento de seus direitos, incluindo o acesso aos serviços de saúde, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocuz) lança o curso de Mestrado Profissional em Direitos Humanos, Justiça e Saúde: Gênero e Sexualidade (2020.2). Desenvolvido pelo Departamento de Direitos Humanos e Saúde, curso destina-se a formar servidores públicos do Estado e dos municípios do Rio de Janeiro visando combater as discriminações e violações cometidas contra a população LGBTQIA+, no âmbito da atenção à saúde. As inscrições estão abertas e podem ser feitas até 8/9 pelo Campus Virtual Fiocruz.
Acesse o edital e inscreva-se já!
O mestrado profissional é coordenado na Ensp pelos pesquisadores Maria Helena Barros, Marcos Besserman, Aldo Pacheco e Angélica Baptista. A iniciativa, que surgiu a partir da emenda parlamentar do deputado federal David Miranda, tem o objetivo de formar profissionais qualificados na área dos Direitos Humanos e Saúde para formulação e implementação de políticas públicas, seja na modelagem de projetos de intervenção, infraestrutura e atenção diferenciada à população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais ou Transgêneros, Queer, Intersexo, Assexual + (LGBTQIA+).
“A Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde explicita o direito ao cuidado, ao tratamento e ao atendimento livre de discriminação de orientação sexual e identidade de gênero. Nessa perspectiva, o curso foi pensado para fazer uma discussão profunda sobre o campo dos direitos humanos e a questão de gênero e sexualidade. A população LGBTQIA+ sofre não só pela violência e discriminação, mas também pela falta de acesso ao sistema de saúde. É preciso que o SUS se capacite para atendê-los. E esse atendimento deve ser referenciado pelo respeito à dignidade da pessoa humana, pelo respeito à diversidade e pelos direitos humanos e saúde”, afirmou a pesquisadora Maria Helena Barros.
Acesse a chamada pública.
Violência contra a população LGBTQIA+
Relatório divulgado pelo Grupo Gay da Bahia informa que 329 LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) tiveram morte violenta no Brasil, vítimas da homotransfobia, em 2019. Foram 297 homicídios e 32 suicídios. Isso equivale a 1 morte a cada 26 horas. O grupo indica uma redução de 26%, se comparado com o ano anterior. Em 2017 foram 445 mortes e em 2018, 420.
No dia 11 de fevereiro de 2020, Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu um talk-show oriundo do projeto Mais Meninas na Ciência. Promovida pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), a atividade está dentro das comemorações dos 120 anos da instituição. A iniciativa foi do Grupo de Trabalho Mulheres e Meninas na Ciência, em parceria com os laboratórios de pesquisa das unidades técnico-científicas, o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde e a Fiocruz Mata Atlântica.
O evento contou com a presença de estudantes da rede pública do estado do Rio de Janeiro que, no dia anterior, visitaram laboratórios da instituição sob a responsabilidade de 63 pesquisadoras mulheres da Fiocruz, com o objetivo de vivenciarem uma imersão monitorada para aproximá-las de atividades científicas. Mais de 150 alunas se inscreveram para o projeto, sendo 50 selecionadas de 7 instituições públicas de ensino médio para participarem das atividades.
Na abertura do dia 11, foi reproduzida uma mensagem em vídeo da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, que lembrou da importância da data. ‘‘O mote dessa atividade é pensar que a mulher pode ser o que ela quiser, mas deve ter a oportunidade de ver a carreira científica como uma atividade importante para as mulheres, para a sociedade e para o fortalecimento da presença das mulheres em um trabalho tão importante quanto o trabalho da ciência’’, afirmou a presidente.
A primeira roda de conversa contou com a presença de Cristiani Vieira Machado, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação; Mychelle Alves, vice-Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (ASFOC); Hilda Gomes, da coordenação colegiada do Comitê Fiocruz Pró-Equidade de Gênero e Raça; e Astrid Bant, representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil.
Cristiani Vieira Machado ressaltou a importância do projeto dentro do calendário da comemoração dos 120 anos da Fundação. ''A Fiocruz é uma das instituições mais antigas da América Latina, que trabalha pelos direitos sociais, direito à saúde, geração de conhecimento e em defesa da vida. Aqui há uma variedade grande de atividades de pesquisa, ensino, comunicação, produção de medicamentos e vacinas e divulgação científica. Nesses 120 anos, uma das estratégias prioritárias é o programa Mulheres e Meninas na Ciência, lançado em 2019, com o objetivo de valorizar a trajetória das mulheres cientistas, promover estudo sobre essa temática de gênero e incentivar meninas para que olhem a ciência como uma possibilidade'', afirmou a vice-presidente.
Já Hilda Gomes destacou o orgulho de fazer parte da Fundação e de vivenciar essa oportunidade para refletir sobre a situação da mulher negra na carreira científica. ‘‘Segundo a ONU, apesar dos importantes avanços nas políticas de ações afirmativas, as mulheres negras ainda estão em menor proporção no ensino superior do que a população branca. Apenas 12,8% das mulheres negras têm acesso ao ensino superior contra cerca de 24% de mulheres brancas. Esses dados reforçam a importância de reconhecer este público como um grupo socialmente vulnerabilizado", destacou.
Sobre escolhas, Mychelle Alves comentou a necessidade de aproveitar as oportunidades da vida. ''Eu pensava em cursar Direito, mas tive uma oportunidade em minha vida que mudou a minha escolha. Das três meninas que estiveram comigo na atividade de imersão, duas são alunas do Instituto Federal do Rio de Janeiro, onde cursam o ensino técnico em Química: foi lá que tive a grande oportunidade da minha vida, quando realizei o mesmo curso. Foi através dessa oportunidade que encontrei a ciência e me tornei pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz'', relatou Mychelle.
“O primeiro passo também é importante. Agarrem oportunidades. Arrisquem-se. Peçam bolsas e estágios. Sejam ativas. Procurem contatos que possam ajudá-las. Em minha trajetória, muitas mulheres generosas me ajudaram. Essas mentoras podem dar oportunidades, dicas e conselhos”, finalizou a representante do UNFPA no Brasil, Astrid Bant.
Na sequência, Márcia Corrêa e Castro, superintendente do Canal Saúde/Fiocruz, conduziu o talk show, no qual as jovens estudantes da rede pública e pesquisadoras participantes do projeto realizado no dia anterior puderam debater as experiências vividas na Fiocruz. A primeira parte do bate-papo contou com a participação das pesquisadoras Simone Kropf, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e Corina Mendes, do Instituto Nacional de Saúde da Criança, da Mulher e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), além das alunas que visitaram os laboratórios de pesquisa das referidas pesquisadoras, Ana Carolina Grijó, estudante do Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Luana Linda da Silva, estudante do CEFET/RJ, campus Nova Iguaçu.
''Todo mundo carrega um pouco da Fiocruz dentro de si. Gostaria que vocês carregassem um pouco da Fiocruz dentro de vocês também, por essa experiência que estão tendo aqui que vai se tornar passado no dia seguinte, mas carregamos esse passado dentro de nós. Esse passado vai ser o que vai configurar o horizonte de expectativas de vocês'', disse Simone Kropf para as alunas presentes, em uma de suas falas.
Na segunda parte da dinâmica, as alunas Ananda Santana, do Colégio Estadual Círculo Operário, e Mariana Rocha, do Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro foram sorteadas. Junto com elas, as pesquisadoras Roberta Olmo, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e Simone Valverde, do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) participaram do bate-papo. A estudante Ananda confidenciou um acontecimento de machismo quando era atleta de Kung Fu. ''A sociedade não imagina uma menina lutando Kung Fu. Você escuta que não pode fazer certa atividade por ser menina. Entretanto, na prática, diversas meninas lutavam Kung Fu e eu conquistei a medalha de ouro à época'', contou a jovem. ''Muitas vezes mulheres e homens dividem o mesmo espaço, mas o que falamos é negado e somos tratadas de forma infantilizada'', acrescentou.
Na parte final do evento, a coordenadora do Grupo de Trabalho Mulheres e Meninas na Ciência, Cristina Araripe, comentou sobre a importância da memória da pesquisadora Drª Virgínia Schall**, do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas). ''A presença aqui nesse espaço é simbólico: a Tenda da Ciência recebe o nome da Virgínia Schall, com quem tive a oportunidade de participar de projetos e que me ensinou que a Fiocruz tem um espaço para trabalharmos atentas para a questão da diversidade, em todos os sentidos'', afirmou Araripe. ''Para construir esse evento nós nos baseamos no trabalho que a ONU realizou em 2018 com os 10 princípios de comunicação, para falar sobre gênero, e quase todos esses princípios estiveram presentes aqui hoje'', concluiu.
Confira a galeria de imagens abaixo para mais fotos do evento!
*Colaborou Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)
**Virgínia Schall foi uma importante pesquisadora da Fundação, que concebeu o primeiro projeto do Museu da Vida, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). Além disso, participou da equipe de implantação, sendo responsável pela criação do Ciência em Cena, teatro que apresenta peças sobre temas científicos.
Em comemoração ao Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência (11/2), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) abrirá suas portas a alunas do Ensino Médio da rede pública do estado do Rio de Janeiro, para que conheçam laboratórios e setores de pesquisa da instituição. Chamada Mais Meninas na Ciência, a atividade acontecerá no dia 10 de fevereiro, no campus da Fiocruz em Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro. Na ocasião, as estudantes poderão conhecer um pouco da rotina de pesquisadoras da Fundação, sendo acompanhadas diretamente por elas. As inscrições ficam abertas de 10 a 21 de janeiro, aqui no Campus Virtual Fiocruz.
Para participar, é preciso ser aluna matriculada no ensino regular de escolas de Ensino Médio da rede pública, e morar no estado do Rio de Janeiro. No Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência (11/2), as jovens poderão compartilhar as experiências vividas durante a visita à Fundação, durante um evento aberto ao público.
Cristina Araripe, coordenadora do Grupo de Trabalho Mulheres e Meninas na Ciência na Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), conta o objetivo da atividade. “A Fiocruz está comprometida com a igualdade de gênero na ciência e promove diversas iniciativas para fortalecer suas diretrizes institucionais. Na prática, esta ação contribui para despertar o interesse de meninas por pesquisa, ciência, tecnologia e inovação, em diferentes áreas do conhecimento ligadas à saúde pública”, afirma.
Assista a um convite especial em formato de vídeo.
Saiba mais sobre a data e sua importância
O Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência (11/2) é liderado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e pela ONU Mulheres em colaboração com instituições e parceiros da sociedade civil, que promovem o acesso e a participação de mulheres e meninas na ciência. Celebrada todo ano, a data foi aprovada pela Assembleia das Nações Unidas em 22 de dezembro de 2015.
São muitos os desafios para alcançar o desenvolvimento sustentável (Agenda 2030) – incluindo diversas questões que vão da melhoria de sistemas de saúde à de sistemas de redução de desastres naturais. Para isso, é preciso garantir a igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres. No entanto, mulheres e meninas continuam a ser excluídas da participação integral na ciência.
Segundo a Unesco, apenas 28% dos pesquisadores do mundo são mulheres. As mulheres continuam sub-representadas nos campos da ciência, tecnologia, engenharia e matemática, tanto no âmbito da graduação quanto no âmbito das pesquisas. Mesmo nos campos científicos onde as mulheres estão presentes, elas são sub-representadas nas decisões políticas tomadas nos mais altos níveis da pesquisa científica.
Promover a igualdade da participação de mulheres na ciência requer uma mudança de atitudes: as meninas precisam acreditar nelas mesmas como cientistas, exploradoras, inovadoras, engenheiras e inventoras.
A chamada pública Mais Meninas na Ciência se insere neste contexto. Se você ficou interessada ou conhece alguém com o perfil para a atividade, acesse o formulário de inscrições aqui e participe!
*Colaborou Flávia Lobato
Entre os dias 12 e 14 de agosto, pesquisadores, estudantes e representantes de agências de fomento debatem os potenciais e desafios da interdisciplinaridade em pesquisa. O encontro será durante a 3ª Jornada do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), que celebra 10 anos neste segundo semestre de 2019.
Este é o único programa de pós-graduação do país construído na interseção entre o campo da comunicação, o da informação e o da saúde pública. Um espaço que pensa o ensino e a pesquisa tendo como norte os princípios do Sistema Único de Saúde, o SUS: equidade, universalidade e integralidade. Um pólo que já formou mais de 100 mestres e 50 doutores, profissionais e pesquisadores que elaboraram investigações com ao menos um aspecto em comum: a premissa de que o direito à comunicação e à informação é inerente ao direito à saúde. O programa é oferecido pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), e avaliado com nota 5 pela Capes.
O coordenador Wilson Borges comenta que a interdisciplinaridade permite lançar um olhar multidimensional sobre vários fenômenos de nossos tempos: "As pesquisas desenvolvidas pelo PPGICS aliam objetos e conceitos de diferentes áreas para investigar, de forma mais complexa, temas tão desafiadores quanto as fake news, a cobertura jornalística de epidemias atuais ou sistemas de informação em prol da ciência aberta, apenas para citar alguns exemplos”.
Ao mesmo tempo em que a interdisciplinaridade confere vigor às investigações, também traz desafios, na prática. Por isso, o Icict convidou pesquisadores, ex-alunos e representantes de agências de fomento para apresentarem suas experiências para debater estas questões na 3ª Jornada do PPGICS. O evento tem, ainda, o papel de chamar atenção para o quanto ainda há inúmeros desafios nas áreas que abarca. Afinal, o próprio campo da comunicação e da informação é, hoje, um grande desafio para toda a sociedade. É o que afirma Christovam Barcellos, vice-diretor de Pesquisa do Icict. "Houve uma profunda mudança na maneira com que as pessoas se informam e transmitem informação. As redes de comunicação interpessoal e social dominam hoje grande parte dos fluxos de informação no mundo. Perdeu-se uma certa centralidade que tinham os veículos de comunicação de massa no passado".
O pesquisador aponta como são contundentes as consequências disso para a saúde coletiva. "Nestas redes circulam mensagens que esclarecem sobre riscos à saúde, que apoiam pessoas com problemas de saúde, que indicam encaminhamentos no sistema de saúde, mas também que espalham mentiras ou exageram situações reais. Nosso trabalho como pesquisadores e professores ganhou novas perguntas. O ciclo de produção-circulação-consumo de informação foi alterado, com a incorporação de novos atores e novos instrumentos de difusão e interação".
3ª Jornada do PPGICS: confira a programação, inscreva-se e participe!
Data: 12/8 a 14/8
Locais: Prédio da Expansão e Salão de Conferência do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), no campus central da Fiocruz.
Acesse a programação completa
Inscrições: eventos.icict.fiocruz.br
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