Com quase 400 casos registrados somente em 2025 no Brasil, tais notificações evidenciam que, mesmo sem um surto explosivo, a vigilância e a educação em saúde permanecem essenciais para identificar suspeitas precocemente e conter possíveis avanços da doença no país e no mundo. A infecção causada pelo vírus MPXV caracteriza-se por febre, dor de cabeça, lesões cutâneas e potencial transmissão em situações de contato próximo. Nesse contexto, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) e o Campus Virtual Fiocruz lançam o curso Mpox: Vigilância, Informação e Educação. Ele é voltado prioritariamente a profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde — agentes, auxiliares e técnicos —, mas aberto a todos interessados na temática. A formação é livre, autoinstrucional e tem carga horária de 48h.
O curso é estruturado em quatro módulos que abrangem desde conceitos básicos da doença, registros e notificação, vigilância territorial até educação em saúde em contexto de emergências sanitárias. Ele busca preparar os profissionais para atuarem de forma mais eficaz na vigilância, no registro de dados e na educação em saúde frente à Mpox.
A ideia é que, com o curso, os participantes entendam o que é a doença, tenham esclarecimento sobre as formas de transmissão, saibam identificar sinais e sintomas iniciais e sua evolução. Além de poderem combater a desinformação e o preconceito no enfrentamento à Mpox com base em informações atuais e de qualidade, protegendo vidas e fortalecendo o direito à saúde de todos.
Poli: Compromisso com o fortalecimento do SUS e a valorização dos trabalhadores da linha de frente
A formação tem a coordenação compartilhada dos pesquisadores e professores da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) Fernanda Bottino, Maurício Monken e Carlos Batistella, que são, respectivamente, do Laboratório de Educação Profissional em Técnicas Laboratoriais em Saúde (Latec/EPSJV), do Laboratório de Educação Profissional em Vigilância em Saúde (Lavsa/EPSJV), e coordenador de Cooperação Internacional da Escola. Segundo Fernanda, o curso é resultado de um esforço coletivo dos laboratórios da EPSJV/Fiocruz, que uniram suas expertises para desenvolver, com recursos visuais inovadores, um processo pedagógico voltado à formação crítica de trabalhadores no enfrentamento de temáticas emergentes da saúde coletiva.
"A Escola Politécnica reafirma, com esta iniciativa, seu compromisso histórico na formação de profissionais técnicos em saúde, com foco na vigilância, informação e educação em saúde. Este curso foi pensado para fortalecer a formação continuada de profissionais de nível médio — especialmente os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) —, promovendo o desenvolvimento de multiplicadores capazes de identificar riscos ambientais e sociais durante as visitas domiciliares, contribuindo assim para a prevenção do adoecimento e o cuidado integral das famílias e combatendo estigmas associados a doenças como a Mpox", destacou Fernanda, apontando ainda que, mais do que uma atualização, o novo curso representa um compromisso essencial para o fortalecimento do SUS e a valorização dos trabalhadores que estão na linha de frente da proteção e promoção da saúde das comunidades”.
Conheça a estrutura da formação e inscreva-se:
Módulo 1: Conceitos básicos sobre a Mpox
Aula 1: Mpox: a doença, o vírus e a epidemiologia
Aula 2: Transmissão, sinais e sintomas e diagnóstico
Aula 3: Tratamento e prevenção
Módulo 2: O processo de notificação da Mpox e o papel do profissional de nível médio
Aula 1: O registro da Mpox no sistema de informação em saúde
Aula 2: Como realizar o processo de notificação da Mpox
Aula 3: Aspectos éticos no registro da Mpox com ênfase nos ambientes digitais
Aula 4: O protagonismo dos profissionais de Nível Médio no registro e informação sobre a Mpox
Módulo 3: Mpox no sistema de saúde: os desafios da prática educativa para a sua prevenção
Aula 1: Prevenção e o papel dos profissionais de saúde na suspeita, encaminhamento e acompanhamento de casos
Aula 2: Educação em saúde
Aula 3: Educação popular em saúde e o planejamento de atividades educativas
Módulo 4: Mpox: a importância das ações de vigilância em saúde
Aula 1: Vigilância em Saúde
Aula 2: Informações na gestão de risco da Mpox
Aula 3: A vigilância da Mpox no território
Aula 4: Ações educativas e comunicativas de vigilância em saúde
Capes firmou contrato com a editora Wiley, que permitirá a estudantes, professores e pesquisadores de 434 instituições que integram o Portal de Periódicos, da Diretoria de Programas e Bolsas no País da Capes, consultar mais de mil revistas científicas. O acordo também vai garantir à comunidade acadêmica a publicação de artigos em acesso aberto de forma ilimitada nos periódicos híbridos da Wiley.
Esse é o terceiro acordo assinado pela Capes com editoras para publicação dos artigos científicos de pesquisadores brasileiros. Os outros dois foram firmados com a American Chemical Society (ACS) e o Institute of Electrical and Electronic Engenieers Incorporated (IEEE), que até o início de fevereiro já publicaram juntas 661 artigos em seus periódicos.
A parceria com a Wiley para leitura e publicação reforça o compromisso da Capes de promover a excelência da pesquisa brasileira no cenário global. Além de oferecer acesso a recursos acadêmicos de alta qualidade, o acordo pretende ampliar a visibilidade internacional da produção científica nacional. Criada há mais de 200 anos, a editora norte-americana é referência em pesquisa e aprendizagem, com destaque principalmente para as áreas das engenharias.
“Esta parceria fortalece a nossa missão de apoiar comunidades acadêmicas globais, promovendo maior acesso à pesquisa e oportunidades de publicação de impacto”, afirma Kathryn Sharples, vice-presidente de Pesquisa Aberta da Wiley. “Estamos orgulhosos de colaborar com a Capes para expandir o alcance e a influência dos pesquisadores brasileiros”, ressalta.
A coordenadora-geral do Portal de Periódicos da Capes, Andréa Vieira, destaca que o acordo é um marco no fortalecimento das capacidades de pesquisa no Brasil. “Ao oferecer às nossas instituições acesso ao extenso portfólio da Wiley e facilitar a publicação em acesso aberto, possibilitamos que nossos pesquisadores compartilhem seus trabalhos globalmente, fomentando a inovação na comunidade acadêmica”, reforça.
Sobre o Portal de Periódicos
Criado em 2000, o Portal de Periódicos tem a participação de 448 instituições de ensino e pesquisa, o que representa um potencial de mais de seis milhões de usuários, entre professores, pesquisadores, funcionários e estudantes, com acesso à melhor produção científica internacional. O Portal é um dos maiores acervos científicos virtuais do mundo, tem contribuído para o fortalecimento da pós-graduação no País e para a integração da comunidade científica brasileira.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/Capes)
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura CGCOM/Capes
No dia 29 de outubro, será exibido o documentário ‘Ciência na mira’, como parte da agenda cultural que celebra os 125 anos da Fiocruz. O filme conta a trajetória de quatro cientistas brasileiros que vivem no Brasil e no exterior e que tiveram – e ainda têm - suas vidas alteradas devido à perseguição e ao cerceamento às suas pesquisas. O filme conta as trajetórias da geógrafa Larissa Bombardi, do infectologista Marcus Lacerda, da antropóloga Debora Diniz e do físico Ricardo Galvão. Suas histórias revelam os impactos do negacionismo e das ameaças contra a ciência no Brasil, expondo os riscos de defender o conhecimento em tempos de intolerância.
Após a exibição, haverá um debate com Arlindo Fábio, professor emérito da Fiocruz; Renato Cordeiro, pesquisador emérito da Fiocruz; Áurea Moraes, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz); e Rafael Figueiredo, diretor do documentário.
A atividade acontece a partir das 10h, no auditório do Pavilhão Leônidas Deane – Campus Manguinhos. O ‘Ciência na mira’ é uma produção da Coopas, com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE-FSA), em parceria com o Canal curta! e apoio institucional da Fiocruz. O filme tem previsão de lançamento para 2025 com primeira exibição no Canal Curta!
Assista ao trailer do documentário Ciência na Mira:
O “II Ciclo de Webinários 2025 - Transformações tecnológicas na Saúde” tem como objetivo compreender as perspectivas e desafios colocados pelas transformações digitais, além de possibilitar a disseminação das informações e trocas de experiências entre os participantes.
O atual cenário de transformação tecnológica mostra que as tecnologias não são neutras e reafirmam as iniquidades que afetam os grupos populacionais mais vulneráveis em nossa sociedade. Neste contexto, deve-se aprofundar as questões sobre a exclusão social, onde o racismo se manifesta fortemente. Nesta quarta-feira, 22 de outubro, será realizado o quinto encontro deste ciclo, das 16h às 18h, com o tema "A interseccionalidade e o racismo na saúde: as tecnologias e a produção de iniquidades". As convidadas são as especialistas Nina Daora, do Instituto Daora, e Clarissa Marques, do Aqualtune Lab. A mediação será feita pela professora-pesquisadora Fernanda Martins (EPSJV/Fiocruz).
O encontro será transmitido pelo canal do YouTube da Poli.
O processo de construção coletiva do Plano de Desenvolvimento da Pesquisa da Fiocruz, iniciativa inédita da Fundação que está mobilizando sua comunidade científica ao longo das diversas etapas do Fórum Oswaldo Cruz, ganhou novo fôlego nesta terça-feira (23/9). Mais de 150 profissionais estiveram reunidos, em formato presencial e híbrido, durante o encontro conjunto entre as câmaras técnicas ligadas à Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB) e à Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC). O encontro foi palco para a assinatura do protocolo de intenções de cooperação entre Fiocruz e Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).
A parceria é um marco estratégico para ampliar a colaboração entre a Fundação e o Confap no âmbito nacional e internacional. O documento prevê maior integração nacional entre a Fiocruz e as fundações estaduais de Amparo à Pesquisa; acesso a novas fontes de financiamento; expansão da capacidade da instituição para coordenar e participar de redes em saúde pública, inovação e ciência aplicada; valorização da missão institucional; e fortalecimento da inserção da Fiocruz em consórcios globais de pesquisa em saúde.
O presidente do Confap, Márcio Araújo Pereira, destacou que os investimentos das fundações de amparo em pesquisa e inovação chegam a R$ 5 bilhões. “Estamos presentes nos estados brasileiros, assim como a Fiocruz, para atendermos às comunidades. Essa parceria oferecerá mais condições de enfrentar dificuldades e trazer soluções mais rápidas para o país”, afirmou.
O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, afirmou que há muitas possibilidades de cooperação com a Confap, que ele vê como um bloco nacional de agências de financiamento da pesquisa. “Junto com a Confap vamos elaborar um projeto nacional, com cooperação em financiamento e também nos territórios, que é uma tradição da Fiocruz. Queremos ganhar escala e a parceria com a Confap é fundamental para isso. Vamos estreitar laços, promover encontros e oficinas e buscar uma parceria dentro da perspectiva da Saúde Única”.
Fórum Oswaldo Cruz acumula etapas
Além de Mario Moreira e Marcio Pereira, participaram da mesa de abertura da reunião integrada de Câmaras Técnicas as vice-presidentes da VPPCB e VPEIC, Alda Maria da Cruz e Marly Cruz, respectivamente. O Fórum Oswaldo Cruz, iniciado em agosto com um seminário inaugural como parte do calendário oficial dos 125 anos da Fiocruz, é uma estratégia inovadora para ampliar a participação da comunidade científica da Fiocruz para construção de um Plano de Desenvolvimento da Pesquisa, ao mesmo tempo em que garante a escuta e a interação com a sociedade.
As Câmaras Técnicas foram mobilizadas na medida em que engajam dezenas de profissionais para refletir e formular propostas estratégicas na vida institucional. Na abertura das atividades, Alda ressaltou a relevância do Fórum Oswaldo Cruz, destacando o objetivo de construir uma agenda futura de pesquisa com a participação de toda a comunidade científica da instituição, que atualmente reúne 16 institutos, cinco escritórios e 48 programas de pós-graduação.
Marly apresentou o percurso metodológico para a construção participativa do Plano de Desenvolvimento da Pesquisa na Fiocruz e a agenda de trabalho do Fórum até 2026. A elaboração do documento envolverá grupos de formulação, recobrindo diversos eixos de discussão – que poderão ser ampliados e ajustados ao longo do processo. Em breve, será anunciada a abertura de adesões de profissionais da comunidade científica da Fiocruz em grupos de discussão de acordo com temas.
Também está prevista a participação de gestores do SUS e representantes de movimentos sociais da sociedade civil. “Serão convidados os que desejaram trabalhar em conjunto com a Fiocruz”, informou Marly. Ela acrescentou que formação e pesquisa são dimensões interligadas, e os eixos de discussão são transversais a toda instituição. A partir deles, a Fundação será pensada como instituição estratégica de Estado.
Mario Moreira comentou que a realização da sessão integrada de câmaras técnicas é inédita e demonstra como a instituição se prepara para enfrentar os seus desafios e do SUS. Ele reforçou que o Fórum Oswaldo Cruz é um espaço de integração e que a discussão da agenda de pesquisa deve partir das questões “com quem?” e “para quem?”. “Temos a expectativa de produzir um documento para subsidiar o governo federal”, afirmou. Sobre a parceria firmada, disse que a proposta é estreitar laços e desenvolver um programa de cooperação. O horizonte inclui também a aproximação com outras instituições, como a Embrapa, para debater a saúde única e atuar em programas nacionais. “A Fiocruz tem tradição de atuação nacional, e ganhamos muito com essa parceria com o Confap”, concluiu.
Nesta quarta-feira, dia 22 de outubro, às 14h, será realizada a próxima edição do Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos (CeEnsp), que abordará o tema “Mulheres migrantes no Brasil e brasileiras no exterior: trabalho, cuidado e violências”. A atividade será transmitida pelo canal da Ensp no Youtube e contará com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Coordenada pela pesquisadora do Claves/Ensp Cristiane Batista Andrade, a conversa será mediada por Camila Athayde, Ensp/Fiocruz, e terá como palestrantes: Margarita Campos, Sabores do Mundo e Claves/Ensp; Claudia Araújo de Lima, UFMS e Ministério da Saúde; Mariana Holanda, Universidade do Porto; e Mairê Carli, Femigrantes BR Podcast.
A proposta deste encontro é discutir as migrações de mulheres no Brasil, nas regiões de fronteiras e de brasileiras no exterior, compreendendo as complexidades dos fluxos migratórios e os desafios enfrentados por elas. As mulheres em deslocamentos enfrentam múltiplas formas de violência, tendo seus corpos atravessados pelas opressões do racismo, do patriarcado, do sexismo e das desigualdades socioeconômicas, existindo, portanto, a possibilidade de vivenciarem situações de tráfico de pessoas com fins de exploração sexual e trabalho escravo contemporâneo, o que as expõe continuamente a riscos graves à saúde e à própria vida. Neste contexto, lidam com os desafios impostos pelo trabalho reprodutivo do cuidado familiar, das complexidades da maternidade transnacional e dos arranjos familiares que emergem no contexto migratório. Para tanto, essas mulheres recorrem aos serviços públicos de Saúde, Educação e Assistência Social, bem como aos movimentos sociais de migrantes e às Organizações da Sociedade Civil em busca de atividades que lhes permitam cuidar de si e de suas famílias.
O CeEnsp apresentará os resultados parciais da pesquisa “Mulheres migrantes nas fronteiras brasileiras: interfaces entre trabalho, cuidado e violências”, coordenada por Cristiane Batista Andrade (Claves/Ensp/Fiocruz), que está sendo realizada em oito cidades (cinco capitais e três cidades de fronteiras brasileiras), com financiamento do CNPq e do Ministério da Saúde.
A próxima sessão do Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) terá como tema ‘Sobrevivência no planeta: COP 30, o futuro do meio ambiente e o combate às mudanças climáticas’. O evento será realizado nesta quinta-feira, dia 23 de outubro, às 14h, com transmissão pelo canal do IOC no YouTube.
O convidado principal será Eduardo Brondizio, professor do Departamento de Antropologia da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, ganhador do Prêmio Tyler de Conquista Ambiental 2025.
Colaborador do Programa Sociedade e Ambiente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o antropólogo é o primeiro brasileiro laureado com a premiação considerada como o “Nobel do meio ambiente”.
O debate contará com a participação de seis especialistas de diferentes instituições:
Cristiana Seixas, pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais da Universidade Estadual de Campinas (Nepam/Unicamp);
Emmanuel Zagury Tourinho, ex-reitor e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA);
Marilene Correa, professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e ex-reitora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA);
Roberto Araujo, pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi;
Tatiana Sá, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e ex-chefe da Embrapa Amazônia Oriental;
Tereza Favre, pesquisadora e coordenadora da Câmara Técnica de Ambiente e Saúde do IOC.
A coordenação do Núcleo de Estudos Avançados é do pesquisador emérito da Fiocruz Renato Cordeiro.
A sessão será realizada a poucos dias da abertura da 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP 30). Nos dias 6 e 7 de novembro, ocorrerá a Cúpula de Líderes, reunião de chefes de Estado que antecede os debates da COP, previstos para 10 a 21 de novembro.
Confira as edições anteriores do Núcleo de Estudos Avançados aqui.
Edição:
Vinicius Ferreira
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
Está disponível, até o dia 24 de outubro, a pré-inscrição para o evento ‘XIII Simpósio de Neurociências da UFF’ e ‘VIII Simpósio de Neurociências UFF-Fiocruz'.
A iniciativa é organizada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e pelo Programa de Pós-graduação em Neurociências da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O encontro será realizado de 25 a 27 de novembro no Auditório Maria Deane, no Pavilhão Leônidas Deane, em Manguinhos (RJ), e reunirá estudantes, docentes e especialistas nacionais e internacionais em torno de temas centrais das neurociências contemporâneas.
A pré-inscrição pode ser feita por meio de formulário eletrônico. Os nomes selecionados serão divulgados em 27 de outubro no site oficial do simpósio. A inscrição será efetivada após o pagamento de taxa correspondente via Plataforma de Serviços da UFF.
O prazo final para a submissão de resumos também se encerra em 24 de outubro.
Edição:
Vinicius Ferreira
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) realiza, no dia 23 de outubro, às 9h, a sexta sessão do ciclo de palestras Encontro às Quintas, no Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira (CDHS). O encontro terá a exibição e discussão do filme Virgínia e Adelaide (2023), dirigido por Yasmin Thayná e Jorge Furtado.
O longa-metragem narra o encontro e a parceria entre duas mulheres pioneiras da psicanálise no Brasil: Virgínia Leone Bicudo (1910-2003), socióloga negra e primeira não-médica reconhecida como psicanalista no país, e Adelheid Koch (1896-1980), psicanalista judia alemã que se refugiou no Brasil para escapar do regime nazista. Interpretadas por Gabriela Correa (Virgínia Bicudo) e Sophie Charlotte (Adelaide Koch), as personagens enfrentam desafios ligados ao racismo e ao antissemitismo, além das dificuldades de consolidação da psicanálise no Brasil.
Após a exibição do filme, haverá debate com a presença do diretor Jorge Furtado e da atriz Gabriela Correa, convidando o público a refletir sobre racismo, gênero e psicanálise, bem como sobre as contribuições de Virgínia e Adelaide para a área. Os pesquisadores da Casa de Oswaldo Cruz, Marcos Chor Maio e Cristiana Facchinetti, farão a mediação.
A atriz Gabriela Correa participou de várias produções teatrais e vem construindo uma carreira diversa em curtas e longas-metragens independentes desde 2015. Estreou no streaming em produções como a 2ª temporada das séries Bom Dia, Verônica (2022) e Justiça (2024). Jorge Furtado é diretor e roteirista de cinema e televisão de produções premiadas como o documentário Ilha das Flores (1989), O homem que copiava (2003), entre outros títulos.
A pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz, Cristiana Facchinetti, é doutora em Teoria Psicanalítica (UFRJ, 2001) e, entre seus trabalhos, destaca-se o artigo Psy-Knowledge and Avant-Garde in Brazil (1928-1948), publicado na revista European Yearbook of the History of Psychology (2024). Facchinetti também é organizadora, junto com Maurício Parada e Paulo Muñoz, do livro Refugiados e Políticas de Exclusão: histórias do nazismo, Holocausto e exílio no Brasil (Editora Fiocruz, 2025). O sociólogo Marcos Chor Maio, também pesquisador titular da Casa de Oswaldo Cruz, é doutor em Ciência Política (Iuperj, 1997). É organizador do livro Atitudes Raciais de Pretos e Mulatos em São Paulo, de Virgínia Leone Bicudo (2010), e coautor, com Alejandra Josiowicz, do artigo Stefan Zweig no Exílio: interpretações do Brasil de um cidadão cosmopolita (2025).
Encontro às Quintas – 6ª sessão
Virginia & Adelaide: o encontro entre a socióloga e psicanalista negra Virgínia Bicudo e Adelheid Koch, psicanalista judia alemã
Expositores: Gabriela Correa (atriz que interpreta Virgínia) e Jorge Furtado (diretor do filme)
Debatedores: Cristiana Facchinetti (COC/Fiocruz) e Marcos Chor Maio (COC/Fiocruz)
Coordenação: Marcos Chor Maio
Data: 23/10/2025
Horário: 9h
Modalidade: Presencial
Local: Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira (CDHS), Campus Fiocruz Manguinhos
O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) vai sediar as atividades da Semana Internacional do Acesso Aberto na Fiocruz, nos dias 22 e 23 de outubro, na Biblioteca de Manguinhos, como parte das atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
Organizado pelo Icict, em parceria com a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz, o evento terá o tema ‘Quem é o dono do conhecimento?’.
A mesa de abertura vai contar com a participação de Adriano da Silva, diretor do Icict; de Marly Cruz, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz; de Alda Cruz, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB); e Claude Pirmez, coordenadora do Programa INOVA Fiocruz/Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde.
Semana Internacional
A Semana do Acesso Aberto surgiu a partir do National Day of Action for Open Access, atividade realizada nos Estados Unidos em 2007. A partir de então, passou a ocorrer anualmente. Em 2025, o tema foi escolhido pela Scholarly Publishing and Academic Resources Coalition (SPARC) em parceria com um Comitê Consultivo da Semana de Acesso Aberto
No mês de outubro, são realizadas diversas atividades comemorativas, relacionadas ao tema Acesso Aberto. Diversas instituições de ensino e pesquisa do Brasil participam da Semana do Acesso Aberto, incluindo a Fiocruz, que começou a participar em 2019.
Na Fiocruz
Alinhada ao Movimento Internacional de Acesso Aberto, a Fiocruz possui uma Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, que completou 10 anos em 2024 e foi atualizada por um grupo de trabalho.
Voltado para democratização do conhecimento, o Movimento do Acesso Aberto possui diferentes caminhos para divulgação dos trabalhos resultantes de investigação científica: os repositórios institucionais (a via verde) e os periódicos científicos eletrônicos (a vida dourada).
Para a coordenadora de Informação e Comunicação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, Vanessa Jorge, é uma semana para comemorar e relembrar o compromisso assumido com o tema. “A Fiocruz assumiu esse compromisso com a sociedade e vem criando uma série de mecanismos para colocá-lo em prática. Além de guiar nossas ações e decisões por princípios e diretrizes de Ciência Aberta, implementamos diversas iniciativas de suma importância para tornar real essa prática, oferecendo transparência, acesso, cuidado com os diferentes tipos de acervos sob nossa guarda, além de um chamado para cocriação em pesquisas, educação e inovação com a nossa comunidade".
A coordenadora da Rede de Bibliotecas da Fiocruz, Claudete Fernandes de Queiroz, destacou a importância dos repositórios institucionais da Fiocruz, Arca e Arca Dados, para disponibilização de documentos de forma gratuita.
O diretor do Icict, Adriano da Silva, enfatizou o protagonismo do Instituto em prol do acesso aberto e a atuação na criação e atualização da Política de Acesso Aberto da Fiocruz: "Nós incentivamos o debate sobre o acesso aberto. É uma atuação estratégica, voltada para democratização do conhecimento científico, da saúde pública, contribuindo para garantia de direitos humanos, como o acesso à informação e o direito à saúde", completou.
Ao encontro do Movimento de Acesso Aberto, essas iniciativas existentes na Fiocruz facilitam: aumento de visibilidade de pesquisas; redução de desigualdades de acesso ao conhecimento; melhoria da colaboração entre pesquisadores de diferentes instituições, nacionais e internacionais; preservação da memória institucional; e transparência de informações.
No evento
As práticas de Ciência Aberta adotadas pela Fiocruz estarão em debate no evento, assim como os critérios da nova avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que podem afetar diferentes etapas do ciclo da pesquisa científica, incluindo os programas de pós-graduação: “A estratégia será estimular a discussão entre pesquisadores e a comunidade científica, para mostrar o cenário atual e as tendências relacionadas ao tema”, explicou Claudete, coordenadora da Rede de Bibliotecas da Fiocruz.
A importância do repositório Arca também estará em pauta, com as mudanças de classificações de artigos científicos e de reconhecimento dos cursos de pós-graduações pela Capes: “O repositório institucional Arca será uma espécie de ‘porta de entrada’ nessa nova avaliação da Capes. O Icict e a VPEIC estão alinhando trabalhos de conscientização, que deverão contar com o apoio de secretarias acadêmicas, coordenações de pós-graduação, discentes, profissionais de informação e bibliotecários”, explicou Claudete.
Convidados de diferentes organizações, como Capes, Dora (The Declaration on Research Assessment) e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) estão entre os participantes da discussão, além das coordenadoras das Redes Regionais de Repositórios Digitais das regiões do Brasil: Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Rede de Bibliotecas
Como parte das atividades, no dia 23 de outubro, vai acontecer o 19º Encontro da Rede de Bibliotecas da Fiocruz, com o tema 'Bibliotecas como facilitadoras do Conhecimento Aberto'.
No Encontro, vai acontecer uma atividade de lançamento do 'Dia do Autoarquivamento na Fiocruz'. O objetivo é fortalecer os depósitos de produção intelectual pela comunidade Fiocruz no repositório Arca, com o intuito de promover a preservação e disseminação da memória institucional.
A mesa de abertura vai contar com a participação da vice-diretora de Ensino do Icict, Kizi Araújo; da coordenadora da Rede, Claudete Fernandes de Queiroz; e da bibliotecária Simone Dib, coordenadora-adjunta da Rede. Durante o evento, as bibliotecas das unidades da Fiocruz estarão representadas pelos seus profissionais bibliotecários.
Durante a manhã, haverá uma palestra sobre 'Educação em informação e conhecimento aberto para evitar desinformação científica: possibilidades de ação biblioteconômica', com Marianna Zattar (Icict/UFRJ). E a outra convidada, Dayanne Prudencio (Unirio/Ibict), vai falar sobre 'Literacia em IA: discutindo o papel das bibliotecas'.
Na parte da tarde, serão apresentados diversos serviços realizados pela área de informação do Icict e as bibliotecas das unidades apresentarão pôsteres com os trabalhos desenvolvidos.
Serviço
Local: Salão de Periódicos Lobato Paraense - Biblioteca de Manguinhos
Data: 22 e 23 de outubro de 2025
Horário: das 9 às 16h
Inscrições em https://eventos.icict.fiocruz.br