A Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), por meio do Programa Mulheres e Meninas na Ciência, informa que o prazo de inscrições da Chamada Interna – Pesquisadoras (Imersão no Verão 2026) foi prorrogado até 19 de dezembro de 2025. Permanecem inalteradas as demais orientações da Chamada Interna, incluindo a realização da inscrição por meio do formulário e o envio do Termo de Anuência assinado pela chefia. O evento será realizado de 9 a 11 de fevereiro de 2026, das 9h às 16h30, nas unidades da Fiocruz no Rio de Janeiro.
+Acesse aqui a Chamada completa e o Formulário de Inscrição!
As atividades nos laboratórios e demais espaços de pesquisa serão realizadas no dia 10 de fevereiro de 2026. As inscrições das pesquisadoras poderão ser realizadas por meio do formulário disponível neste link. No ato da inscrição, a pesquisadora deverá informar o horário e o número de alunas que poderá receber. As propostas podem incluir atividades práticas, demonstrações, visitas guiadas, observações e experimentações simples, conforme chamada publicada a seguir.
Sobre a Imersão no Verão
A iniciativa da Fiocruz, por meio de sua Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), celebra o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, instituído pela Organização das Nações Unidas em 22 de dezembro de 2015. Na ocasião, a ONU definiu o dia 11 de fevereiro como data oficial dedicada a dar visibilidade ao trabalho de mulheres cientistas e a incentivar jovens estudantes a seguirem carreiras científicas.
A partir desse marco, diversos países passaram a desenvolver ações de promoção da equidade de gênero na ciência, fortalecendo políticas e iniciativas voltadas à participação feminina no campo científico. A Fiocruz integra esse movimento desde 2019 e, desde então, suas atividades em torno da data já envolveram mais de 1.300 estudantes de diferentes níveis de ensino.
Organização
A Imersão do Verão 2026 é organizada pela Coordenação de Divulgação Científica (CDC/Vpeic). A confirmação dos horários das atividades, as orientações sobre a preparação das propostas, a programação geral detalhada da Imersão no Verão 2026 e as informações sobre a logística das visitas e vivências nos laboratórios e demais espaços de pesquisa serão enviadas para os e-mails institucionais das pesquisadoras participantes até a primeira semana de janeiro de 2026. Dúvidas podem ser encaminhadas por e-mail para mulheres.ciencia@fiocruz.br.
A participação das pesquisadoras é fundamental para o sucesso da iniciativa que, em 2026, reunirá cerca de 150 estudantes da rede pública de ensino que se identifiquem como do gênero feminino, residam no Rio de Janeiro e estejam matriculadas no Ensino Médio em escolas públicas. As inscrições das estudantes estarão abertas entre 12 a 26 de janeiro de 2026. Por meio da interação com as pesquisadoras, as estudantes poderão vivenciar a rotina de um laboratório ou outro espaço de pesquisa, conhecer projetos em desenvolvimento, dialogar com pesquisadoras e suas equipes, experimentar práticas que revelem o cotidiano da ciência e conhecer trajetórias de mulheres cientistas.
Dúvidas e pedidos de esclarecimentos poderão ser encaminhados para o e-mail: mulheres.ciencia@fiocruz.br.
A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) anunciou o lançamento de mais uma edição do programa de Pós-Doutorado Sênior (Edital Nº 37/2025). As inscrições para a seleção de projetos estão abertas até 29 de dezembro de 2025. O objetivo central é fomentar a pesquisa científica, tecnológica e de inovação, absorvendo temporariamente doutores seniores em programas de pós-graduação de alto conceito no estado.
O Programa visa atrair doutores com mais de cinco anos de titulação para reforçar a pós-graduação e a pesquisa no estado do Rio de Janeiro, assim, o orientador/supervisor deve ser um pesquisador doutor, vinculado a um Programa de Pós-Graduação stricto sensu sediado no Rio de Janeiro com conceito Capes 4, 5, 6 ou 7. Também é necessário ter a titulação de Pesquisador PQ 1 ou 2, DT ou SR do CNPq, ou ser Cientista/Jovem Cientista do Nosso Estado da Faperj e cada orientador pode solicitar apenas uma bolsa. Já o bolsista deve ter obtido o título de doutor antes de 27 de novembro de 2020, possuindo destacado desempenho acadêmico comprovado por publicações, prêmios e produção científica recente.
A presidente da Faperj, Caroline Alves, destacou a importância da manutenção da chamada: “O programa Pós-Doutorado Sênior busca fortalecer a pós-graduação e os grupos de pesquisa do estado do Rio de Janeiro, trazendo experiências nacionais e internacionais consolidadas. A iniciativa é estratégica para impulsionar a geração de conhecimento e inovação em todas as áreas do conhecimento, consolidando o RJ como um polo de excelência acadêmica.”
A diretora Científica da Fundação, Eliete Bouskela, ressaltou a importância do edital: "O Pós-Doutorado Sênior é uma iniciativa estratégica para atrair pesquisadores experientes no nosso ecossistema de ciência e inovação. Eles trazem conhecimento que fortalece diretamente nossos programas de pós-graduação de excelência e impulsiona a produção científica de alto impacto no estado do Rio de Janeiro."
As propostas devem ser submetidas exclusivamente online, por meio do sistema SisFaperj. Confira abaixo o edital completo, com todos os detalhes:
Edital Faperj Nº 37/2025 - Pós-Doutorado Sênior (PDS)
Dúvidas devem ser encaminhadas para o e-mail central.atendimento@faperj.br, com o assunto "PDS - 2025".
No dia 17 de dezembro de 2025, às 12h30, o Programa de Computação Científica da Fiocruz (PROCC) e a The Global Health Network América Latina e Caribe (TGHN LAC) apresentam a última Sessão Colaborativa de 2025, com uma pesquisa sobre α-damascona, um composto natural com potencial ansiolítico.
A bióloga e mestranda da Universidade Regional do Cariri (Urca), Kamilla Bezerra Cabral, apresentará sua pesquisa sobre um composto natural presente em rosas e outras plantas aromáticas (α-damascona), que demonstra ação semelhante à de medicamentos ansiolíticos convencionais em modelos experimentais.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 1 bilhão de pessoas vivem atualmente com algum transtorno mental. Nesse contexto, a ciência busca alternativas naturais seguras e eficazes para o controle da ansiedade. O estudo de Kamilla investiga não apenas o potencial ansiolítico da α-damascona, mas também sua atuação por meio da modulação do sistema gabaérgico, responsável pela regulação da ansiedade no cérebro.
A pesquisadora obteve resultados que apontam para a segurança, eficácia e potencial terapêutico do composto em modelos de ansiedade, utilizando peixes-zebra adultos (Danio rerio), amplamente reconhecidos em pesquisas biomédicas e comportamentais.
Data: 17 de dezembro de 2025
Horário: 12h30 (horário de Brasília)
Formato: Online via Zoom (https://tinyurl.com/bdemcaz7)
O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) está com oportunidades abertas para o Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Computacional e Sistemas. As vagas são para mestrado e doutorado, com inscrições disponíveis até 6 e 23 de janeiro de 2026, respectivamente. Confira:
Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Computacional e Sistemas
O Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Computacional e Sistemas do IOC/Fiocruz divulga as chamadas de seleção para os cursos de Mestrado e Doutorado 2026. Serão oferecidas até 10 vagas em cada modalidade. As áreas de concentração do Programa são Bioinformática e Modelagem Computacional.
Podem participar portadores de diploma de graduação em ciências exatas, ciências da saúde ou ciências biológicas, interessados no estudo de problemas biológicos âmbito da Biologia Computacional e da Biologia de Sistemas.
Período de inscrição e envio da documentação:
Mestrado: até 6/1/2026
Confira o Edital e inscreva-se pelo Campus Virtual Fiocruz.
Doutorado: até 23/1/2026
Confira o Edital e inscreva-se pelo Campus Virtual Fiocruz.
Partindo da convicção de que esforços de pesquisa no campo da saúde, especialmente os financiados por recursos públicos, devem gerar valor e atender a necessidades de saúde da população, o webinário organizado pelo Centro de Estudos Estratégicos da Fundação Oswaldo Cruz (CEE-Fiocruz) irá apresentar resultados da pesquisa realizada com 26 coordenadores de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT/CNPq) da saúde sobre os desafios para a conexão entre o financiamento do INCT e as prioridades do Sistema Único de Saúde (SUS).
O debate online acontecerá nesta terça-feira, 16 de dezembro, às 14h, e será pautado na pesquisa apresentada no livro “Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação e os desafios de conexão com o SUS”, obra recém-publicada pela pesquisadora Patrícia Braga, integrante do grupo de pesquisa Desenvolvimento Sustentável, CT&I e Complexo Econômico-Industrial da Saúde do CEE (GPCEIS/CEE-Fiocruz). O livro trata da integração entre ciência e tecnologia com a saúde pública no Brasil tendo como pano de fundo as políticas do setor de CT&I em consonância com as políticas desse campo. A transmissão será pelo canal da VideoSaúde no Youtube.
Para a pesquisadora, é preciso aperfeiçoar a avaliação de Programas, como o Programa INCT, com relação ao impacto social das pesquisas propostas e de seus resultados. “O atual sistema de avaliação científica, centrado em critérios acadêmicos e desprovido de ferramentas analíticas capazes de mensurar impactos sociais da pesquisa não direcionam os investimentos para as prioridades do SUS”, destaca Patrícia Braga.
Outro destaque da pesquisa é a necessidade de aproximação entre os cientistas e os demais atores do Sistema Nacional de CT&I, como formuladores de políticas públicas e empresas, com o intuito de articulação dos esforços científicos para geração de impactos sociais e formação de recursos humanos para o campo da saúde.
Para debater estes desafios, o webinário convidou o Presidente do CNPq, Olival Freire Júnior, a presidente da Capes, Denise Pires de Carvalho e a pesquisadora da UFRJ Ligia Bahia. A abertura caberá ao coordenador-adjunto do CEE-Fiocruz, Alessandro Jatobá.
Para o mediador do debate, o pesquisador e professor da Fiocruz Carlos Gadelha, líder do grupo de pesquisa GPCEIS/CEE-Ensp/Fiocruz, “a ciência e a educação são parte essenciais da soberania e do desenvolvimento sustentável. Este debate será uma ótima oportunidade para uma discussão conjunta dos rumos para que o conhecimento científico e a educação se tornem uma política de Estado, sendo o caso da saúde exemplar por relacionar soberania, ciência e vida”.
O webinário é aberto a participação de todas e todos.
Programação webinário “Desafios da Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS”
Abertura: Alessandro Jatobá – coordenador-adjunto do CEE-Fiocruz
Debatedores:
Denise Pires de Carvalho - presidente da CAPES
Olival Freire Júnior - presidente do CNPq
Ligia Bahia - pesquisadora do IESC/UFRJ
Mediação:
Carlos Gadelha – coordenador do GPCEIS/CEE-Ensp/Fiocruz
Palestrante:
Patrícia Braga – pesquisadora GPCEIS/CEE-Fiocruz
Serviço:
Data: 16/12/2025
Horário: 14h às 16h
Transmissão da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz.
A Fiocruz, no âmbito do Programa Mulheres e Meninas na Ciência, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), lançou a Chamada Mais Meninas na Fiocruz 2026, voltada a unidades técnico-científicas e escritórios regionais da instituição localizados fora do município do Rio de Janeiro. A Chamada receberá a inscrição de propostas de ações de educação e divulgação científica para incentivar jovens mulheres a conhecerem o campo das pesquisas em ciência e tecnologia em saúde; estimular o interesse por carreiras científicas; e refletir sobre o papel que as mulheres desempenham na sociedade nas áreas de produção de conhecimentos científicos e tecnológicos. O prazo de submissão das propostas vai até 23 de dezembro de 2025, às 23h59 (horário de Brasília).
A proposta deverá ser encaminhada por meio de correio eletrônico, em formato .PDF para o endereço de e-mail: mulheres.ciencia@fiocruz.br. O modelo para envio da proposta encontra-se no Anexo 1 do edital. O resultado será divulgado em 30 de dezembro de 2025.
Esta Chamada tem como uma de suas finalidades principais o reconhecimento do papel que as mulheres pesquisadoras desempenham nas áreas científicas, tecnológicas e de inovação em saúde no país. E, igualmente, reafirma a importância da formação em CT&I para a inclusão de mais mulheres em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país. Por meio das propostas a serem apoiadas, o Programa Mulheres e Meninas na Ciência busca estimular a diversidade e fortalecer o papel da ciência para a redução de desigualdades sociais, incluindo os desafios da equidade racial e inclusão de grupos socialmente vulnerabilizados. Além disso, visa articular iniciativas institucionais que estimulem a troca dialógica com jovens, compreendendo o seu papel central na construção de um futuro mais justo e sustentável para o Brasil e o mundo.
Somente 1 (um) subprojeto poderá ser encaminhado por unidade ou escritório regional da Fiocruz, localizados fora do Estado do Rio de Janeiro. A proposta deverá ser encaminhada pelo/a diretor/a da unidade ou coordenador/a do escritório regional, com cópia para o/a coordenadora que será a responsável direta pela execução do subprojeto.
Serão alocados R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) nesta Chamada, a serem distribuídas nas 10 (dez) unidades técnico-científicas e escritórios regionais da Fiocruz, localizados fora do Estado do Rio de Janeiro. Cada proposta selecionada receberá o auxílio de até R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). Os recursos financeiros devem ser executados até 31 de março de 2026.
Dúvidas: mulheres.ciencia@fiocruz.br
+Clique aqui para acessar o edital do MAIS MENINAS NA FIOCRUZ 2026: CHAMADA INTERNA PARA REGIONAIS.
Gioconda Belli é uma das mais interessantes vozes intelectuais da Nicarágua. Antes de se dedicar à literatura, integrou a Frente Sandinista de Libertação Nacional, que derrubou o ditador Anastasio Somoza. A obra de Gioconda Belli é prolífica. Publicou doze livros de poesia, além de prosa e romances.
Aniversariante de 7/12, sua voz poética radica na delicadeza e vitalidade com que trata dos assuntos do corpo feminino e sua sexualidade, do desejo, da alma e da força da mulher.
Esta semana, durante a cerimônia de outorga do título de Pesquisadora Emérita da Fundação Oswaldo Cruz para a ex-ministra da Saúde e ex-presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, a assessora e amiga, Maria Inês Rodrigues Fernandes dedicou a ela o poema "Conselhos para a mulher forte", que escolhi hoje para ilustrar o Sextas de Poesia desta semana. Ele mostra a força, potência criadora e resistência das mulheres. O poema tão bem retrata e nos chama a "se proteger com palavras e árvores...Ampara, mas te ampara primeiro.
Guarda as distâncias.
Te constrói. Te cuida."
E continuamos fazendo por todas nós, pelo direito de viver sem medo!
Para discutir os desafios impostos pelas mudanças climáticas e seus impactos sobre a saúde, em especial, em territórios tradicionais e vulnerabilizados, a Cátedra Oswaldo Cruz de Ciência, Saúde e Cultura realiza, no dia 15 de dezembro, a partir das 13h30, a II Mesa-Redonda Mudanças climáticas, governança territorial e saúde: desafios do tempo presente, no Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), no campus da Fiocruz, em Manguinhos. O evento terá transmissão pelo canal da Casa de Oswaldo Cruz no YouTube.
A mesa-redonda visa aproximar vivências e saberes sobre territórios, meio ambiente e vulnerabilidades. Em sua apresentação, Planet&Ar: aprender e cuidar em territórios à beira da crise climática, Nelzair Vianna Araújo, pesquisadora em saúde pública da Fiocruz Bahia, vai falar sobre o projeto que ela coordena na Ilha da Maré, na Baía de Todos os Santos. O local é habitado por comunidades remanescentes de quilombos que vivem da pesca e da agricultura familiar.
Em Um olhar quilombola sobre a crise climática: seus impactos na saúde, Maristela Menezes Lopes vai compartilhar sua experiencia como quilombola, pescadora, marisqueira, poeta e enfermeira na Unidade de Saúde da Família da Ilha de Maré. Integrante de coletivos que reúnem pescadores e pescadoras artesanais, Maristela é uma ativista com experiência no campo da saúde.
Já Luiz Ketu, integrante do Quilombo São Pedro, no Vale do Ribeira, em São Paulo, apresentará os Impactos e desafios da mudança climática em territórios quilombolas. Ele desenvolve pesquisas no campo da Educação, e tem atuação voltada para a valorização da cultura alimentar quilombola.
Com pesquisas sobre a vida de famílias de baixa renda da capital carioca e da região metropolitana, Camila Pierobon propõe uma comunicação intitulada Infraestruturas entre várzeas e milícias: habitação popular, territorialização do poder e eventos climáticos no Rio de Janeiro. Em estágio de pós-doutorado no Museu Nacional, tem se dedicado a pensar a produção da cidade a partir de suas águas.
A mesa-redonda será mediada por Luciana Heymann, professora do Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (PPGPAT) da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Ficruz).
Aprovada em 2021 pela UNESCO, a Cátedra Oswaldo Cruz de Ciência, Saúde e Cultura parte do entendimento da saúde como construção social e cultural e se volta para as enormes desigualdades que atingem a população brasileira e marcam as experiências de distintas comunidades, urbanas e rurais. Para discutir e propor caminhos, a Cátedra busca incentivar a colaboração Norte-Sul-Sul, reunindo instituições de pesquisa das Américas e da Europa, e fomentar o intercâmbio de conhecimento entre comunidades tradicionais e suas formas de saber com outras formas de saber e de conhecimento.
Programação:
13h30 – Mesa de abertura: Dominichi Miranda de Sá (vice-diretora de Pesquisa e Educação), Magali Romero Sá (coordenadora da Cátedra Oswaldo Cruz) e Luciana Heymann
14h – Mesa-redonda:
Nelzair Vianna Araújo
Planet&Ar: aprender e cuidar em territórios à beira da crise climática
Maristela Menezes Lopes
Um olhar quilombola sobre a crise climática: seus impactos na saúde
Luiz Ketu
Impactos e desafios da mudança climática em territórios quilombolas
Camila Pierobon
Infraestruturas entre várzeas e milícias: habitação popular, territorialização do poder e eventos climáticos no Rio de Janeiro
16h – Debate
Mediação: Luciana Heymann.
Convidados(as):
Nelzair Vianna Araújo é pesquisadora em Saúde Pública da Fiocruz na Bahia. Doutora em Patologia pela Faculdade de Medicina da USP, mestre em Medicina e Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, Fiscal da Anvisa/SMS, atuando em cooperação com a Secretaria de Sustentabilidade e Resiliência de Salvador. Coordenadora dos Projetos Soprar Salvador e Planet&AR. Representa Salvador na rede internacional de qualidade do ar C40. Co- fundadora do Fórum de Energia e Clima e coordenadora da Câmara temática de saúde no Painel Salvador de Mudança do Clima. Professora do Programa de Pós-graduação em Pesquisa Clínica da Fiocruz Bahia. Integrante do Programa de embaixadores do Planetary Health Alliance 2019 e Membro do Saúde Planetária Brasil da USP. Atua em pesquisas nos temas: poluição do ar, qualidade do ar interno, microorganismos, biotecnologia, resíduos de serviços de saúde, poluição atmosférica e mudanças climáticas.
Maristela Menezes Lopes é quilombola, pescadora, marisqueira, poeta e enfermeira na Unidade de Saúde da Família da Ilha de Maré, em Salvador. Sua trajetória é entrelaçada com as águas, os saberes ancestrais e a força das mulheres do território. Faz parte do Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) e da Articulação Nacional das Mulheres Pescadoras (ANP), espaços onde ecoa as vozes das companheiras que vivem da pesca e resistem diariamente às injustiças ambientais e sociais. Candomblecista, filha de Oxum, do Ilê Axé Ode Talakê, guiada pelo axé do seu babalorixá Fernando de Odé.
Luiz Ketu (Luiz Marcos de França Dias) é do Quilombo São Pedro, localizado no Vale do Ribeira, em São Paulo, onde ministra oficinas de capoeira e percussão no Ponto de Cultura Puxirão Bernardo Furquim, e participa da Associação Quilombo São Pedro. Integra a coordenação do Coletivo Nacional de Educação – um dos coletivos da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) – e a Coordenação de Quilombos de São Paulo. Docente licenciado da rede estadual paulista de ensino, graduado em Letras e Pedagogia, escritor, pesquisador, mestre e doutorando em Educação. Coautor dos livros Roça é vida e Na companhia de Dona Fartura: uma história sobre cultura alimentar quilombola e autor de Saberes da roça: comunidades quilombolas do Vale do Ribeira (SP) e os processos de resistência e organização político-comunitária.
Camila Pierobon é pós-doutoranda PIPD/CAPES no Museu Nacional. Doutora em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UERJ, com pós-doutorado no Centro de Estudos Brasileiros Behner Stiefel da Universidade Estadual de San Diego e período como pesquisadora visitante no Departamento de Antropologia da Universidade Johns Hopkins. Suas pesquisas focam na vida cotidiana de famílias de baixa renda que habitam a cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana. Atualmente, busca compreender a produção da cidade a partir de suas águas (potável, chuvas, enchentes e esgoto, além dos rios e da própria Baía de Guanabara), visando discutir os efeitos das mudanças climáticas no espaço urbano.
A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) convida para o lançamento de três novas publicações de seus pesquisadores e egressos. O evento será realizado no dia 18 de dezemboro, às 14h, no terceiro andar do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), seguido de sessão de autógrafos às 15h30 no Solarium. As obras trazem contribuições inéditas para os campos da história da ciência, saúde pública, museus e acervos.
Um dos lançamentos será Uma história das leishmanioses no Novo Mundo: Avanços e desafios do tempo presente, organizado pelo pesquisador da COC Jaime Benchimol e lançado pela Editora Mauad com apoio da Faperj. Terceiro volume de uma série sobre o tema, o livro apresenta uma abordagem ampla e multidisciplinar sobre um dos grupos de doenças tropicais mais complexos e negligenciados. A obra analisa pesquisas realizadas no Brasil e em outros países, evidenciando a urbanização das leishmanioses e a necessidade de respostas urgentes por parte da ciência e da sociedade.
O volume reúne textos de outros sete autores e totaliza 12 capítulos, seis deles escritos pelo próprio organizador. Ao articular transformações socioambientais, mudanças climáticas, dinâmicas econômicas e políticas de saúde pública, o livro apresenta um panorama dos avanços alcançados e dos obstáculos que ainda marcam o enfrentamento dessas doenças.
Outro lançamento é O Museu Aprendiz, de Ana Carolina de Souza Gonzalez, pesquisadora do Museu da Vida (COC/Fiocruz). Com ilustrações de Caio Baldi, o livro integra a Coleção História e Patrimônios da Saúde e da Ciência, da Editora Hucitec, conta com o apoio da Faperj, e resulta de uma pesquisa que articula reflexão teórica e intensa vivência profissional. A partir de sua experiência em museus de ciência e da pesquisa desenvolvida no doutorado, a autora busca novas contribuições para as práticas desse campo, examinando os processos de aprendizagem em museus, especialmente os itinerantes.
O livro propõe uma mudança de perspectiva ao convidar o leitor a perceber que são os museus que podem aprender com a sociedade e não o contrário, como é tão comum na literatura. Ao analisar como as interações entre profissionais e públicos geram entendimentos compartilhados e coproduções de saberes, a obra instiga a repensar os museus intinerantes como espaços dinâmicos, abertos e em constante transformação.
Por fim, será lançado O Corpo no Vidro: Fotografias e peças anatômicas da Fundação Oswaldo Cruz, de Lucas Cuba Martins, que conduz o leitor aos bastidores da ciência brasileira no início do século 20. O livro, que também faz parte da Coleção História e Patrimônios da Saúde e da Ciência, da Editora Hucitec, reconstrói a história das fotografias científicas produzidas no Instituto Oswaldo Cruz entre 1900 e 1960. São imagens raras, muitas delas desconhecidas do grande público, que revelam a atividade intensa do antigo Serviço de Fotografia e do Museu da Patologia.
Ex-aluno do mestrado profissional em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (PPGPAT/COC/Fiocruz), Lucas Cuba Martins recebeu o Prêmio de Melhor Dissertação de Mestrado em História das Ciências 2024 da SBHC. O livro resulta diretamente de sua pesquisa premiada e, mais do que recuperar um patrimônio visual, propõe novas interpretações sobre o papel da fotografia na história das ciências, revelando percursos pouco conhecidos que moldaram a pesquisa biomédica brasileira.
Serviço
Lançamento de livros da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz)
Data: 18/12
Horário: lançamento às 14h, seguido de assinatura de autógrafos às 15h30.
Local: 14h: salas 305 e 306 / 15h30: autógrafos no Solarium, CDHS, Campus Manguinhos/ Fiocruz
Os livros serão vendidos no local
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulgou o resultado do 17º Prêmio de Incentivo em Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS. Na edição 2025, a Fiocruz foi contemplada com dois premiados: nas categorias Teses de Doutorado e Trabalho Publicado em Revista Indexada. O anúncio dos vencedores foi realizado em Brasília durante o 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. São eles:
Categoria - Tese de Doutorado
Evandro da Rocha Dias - Instituto Oswaldo Cruz (IOC) - Desenvolvimento de protótipos de Elisa e Teste Rápido para a Doença de Chagas Crônica.
Categoria - Trabalho Publicado em Revista Indexada
Thiago Cerqueira Silva - Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia) - Risk of death following chikungunya virus disease in the 100 Million Brazilian Cohort, 2015–18: a matched cohort study and self-controlled case series.
O Prêmio é uma parceria do CNPq com o Ministério da Saúde, reconhece o mérito de pesquisadores, professores e profissionais de todas as áreas do conhecimento, cujos trabalhos tenham contribuído de forma relevante para o SUS (Sistema Único de Saúde), em consonância com a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PNCTIS). O anúncio dos vencedores será realizado somente durante a cerimônia de premiação, a ser realizada em Brasília, em data e local a serem posteriormente informados pelo Ministério da Saúde. Também no evento, um pesquisador de notório saber na área de saúde será homenageado, levando em consideração a importância de sua contribuição para o SUS.
O Prêmio CT&I SUS é atribuído a cinco categorias: Tese de Doutorado; Dissertação de Mestrado; Experiências Exitosas do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS); Trabalho Publicado em Revista Indexada e Produtos e Inovação em Saúde.
Os primeiros colocados nas categorias Tese de Doutorado, Dissertação de Mestrado, Trabalho Publicado em Revista Indexada e Produtos e Inovação em Saúde recebem como premiação quantia em dinheiro no valor de R$ 70 mil, troféu e certificado de premiação. Os segundo e terceiro colocados nas mesmas categorias, por sua vez, recebem troféu e certificado de premiação. Além disso, os orientadores dos três primeiros colocados nas categorias Tese de Doutorado e Dissertação de Mestrado recebem troféu e certificado de premiação, ao passo que os coorientadores ganham um certificado de premiação.
Na categoria Experiências Exitosas do Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em Saúde (PPSUS), os vencedores do primeiro, segundo e terceiro lugares recebem troféu e certificado de premiação, além de quantia em dinheiro. O contemplado com o primeiro lugar receberá R$ 70 mil, o agraciado com o segundo lugar será premiado com R$ 50 mil e o ganhador do terceiro lugar receberá R$ 30 mil. Também serão concedidas menções honrosas e troféu às Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAP) e às Secretarias de Estado de Saúde (SES) vinculadas aos trabalhos finalistas da mesma categoria.
Nesta edição do Prêmio CT&I SUS, será concedida, durante a cerimônia de premiação, homenagem a um(a) pesquisador(a) de notório saber na área da saúde, levando em consideração a importância de sua contribuição para o Sistema Único de Saúde (SUS).
+Conheça todos os finalistas do 17º Prêmio CT&I SUS.
*Com informações do CNPq.