O Sextas de Poesia traz um trecho da obra "Orlando", de Virginia Woolf. Considerada uma das escritoras mais importantes do século XX, sua técnica narrativa de monólogo interior e seu estilo poético se destacam como as contribuições mais relevantes para o romance moderno. A publicação póstuma de suas cartas, ensaios e diários, apesar dos esforços em contrário do seu marido, representou um legado muito valioso tanto para os futuros escritores como para leitores que buscam obras que fujam do convencional.
Orlando, romance escrito em 1928, representou um novo avanço em seu estilo e lhe rendeu elogios da crítica por seu trabalho inovador, conseguindo aumentar ainda mais sua popularidade.
Com nove romances publicados e mais de 30 livros de outros gêneros, Virginia Woolf continua sendo uma das escritoras mais influentes da literatura mundial, a autora que mais revolucionou a narrativa no século XX e quem mais defendeu os direitos das mulheres através de seus textos.
#ParaTodosVerem a imagem apresenta uma fotografia onde há, no plano de fundo, um castelo, e mais à frente, uma mulher sentada debaixo de uma árvore em um gramado verde lendo um livro. O poema é um trecho do livro "Orlando", de Virginia Woolf:
Somos as palavras;
somos os livros;
somos feitos do mesmo
tecido de que
são feitos os sonhos.
O último Sextas de Poesia do ano apresenta o poema "Paisagens", do escritor mineiro Marcílio Godoi. Ele traz um convite e também o desejo de um 2025 recheado de sonhos, paisagens, novas memórias e novas trilhas...
"Quando vier me visitar
pra que eu não deixe de sonhar
traz-me uma garrafa de vento..."
Feliz 2025!
Marcílio Godói é doutorando em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Crítica Literária pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP). Ele venceu o Grande Prêmio Cásper Líbero, em 2004, com 'São Paulo, Cidade Invisível' (Letras e Expressões) e o Prêmio Barco a Vapor, em 2012, com 'A Inacreditável história do diminuto senhor minúsculo' (SM Edições). Também arquiteto e jornalista, Marcílio trabalha como editor de publicações customizadas na Memo Editorial, em São Paulo. Publicou o livro de poemas Estados Úmidos da Matéria (Patuá), em 2015 e o de contos Frágil recompensa (Sagüi), em 2016. Mais recentemente, publicou com a ilustradora Isadora Godoi o Livro de Bichos. Etelvina é seu primeiro romance.
"A gente descobre que o tamanho das coisas há de ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com o amor." O Sextas de Poesia traz o poeta Manoel de Barros, com sua memória e a nostalgia do quintal, lugar que nos faz voltar à infância e abrir as asas ao mundo.
No trecho escolhido de Memórias inventadas: a infância, ele escreve: ''Meu quintal é maior do que o mundo", e o poeta de Cuiabá, olha as pedrinhas do quintal diante do Pantanal, e segue a "apanhar desperdícios'' e ''caçar achadouros de infância".
Desejamos a todos um Natal com esse gosto de infância, um sonho de quintal maior que o mundo.
Feliz Natal!
#ParaTodosVerem Foto de cinco crianças sentadas em um uma ponte de madeira, o foco está nas pernas e pés, os três que estão mais próximos da câmera usam calça jeans, o fundo está desfocado em tons esverdeados. Na parte inferior da foto, o poema de Manoel de Barros:
Acho que o quintal onde a
gente brincou é maior do que a cidade.
A gente só descobre isso depois de grande...
O primeiro Sextas de Poesia do ano é com um poema de Fernando Leite Couto, jornalista, poeta, editor e tradutor, nasceu em Rio Tinto, arredores da cidade do Porto, em Portugal, em 16 de abril de 1924 - faleceu em Maputo, Moçambique, em 10/01/2013.
Fernando Leite Couto, pai do escritor Mia Couto, foi um poeta, jornalista e editor que muito contribuiu para a literatura Moçambicana. Grande parte da sua vida foi dedicada ao apoio e promoção da jovem literatura Moçambicana. Esta sua contribuição no campo das Letras possibilitou que o sonho de dezenas de autores moçambicanos se realizasse e as respectivas obras nascessem, ampliando, assim, o horizonte dos produtores da Literatura.
Como no poema, que seja um ano de janelas abertas aos sonhos.