“Fé eterna na Ciência” diz a frase gravada no ex-libris encomendado por Oswaldo Cruz (1872-1917) para identificar seus livros. Ao longo da vida, o cientista confeccionou ou escolheu diversas outras marcas de propriedade, presentes em diferentes tipos de documentos e publicações, agora reunidas em um catálogo que busca preservar e divulgar essa riqueza histórica associada ao legado do sanitarista.
Em formato e-book e produzido em homenagem aos 150 anos de nascimento do patrono da Fiocruz, Marcas de Oswaldo Cruz – Proveniência, Propriedade e Circulação no Patrimônio Cultural Científico da Fiocruz será lançado no dia 10 de abril, às 14 horas, no Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira do CDHS, no campus da Fiocruz em Manguinhos, zona norte do Rio. O evento será transmitido pelo perfil da Casa de Oswaldo Cruz no Facebook.
O catálogo é resultado de um trabalho de colaboração científica que uniu olhares e expertises diversas. Além de pesquisadores de três unidades da Fiocruz – Casa de Oswaldo Cruz (COC), Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) e Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) –, conta com a participação do Arquivo Nacional e do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro.
Com participação dos diretores da Casa de Oswaldo Cruz e do Icict, o lançamento da publicação será precedido de palestra com a pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz, Ana Luce Girão, especialista na obra de Oswaldo Cruz, e uma exposição de itens que integram o e-book.
Para elaborar o catálogo, que é fartamente ilustrado, os pesquisadores identificaram e analisaram as marcas de propriedade presentes no acervo particular do cientista. A publicação traz todas as marcas de propriedade do Oswaldo Cruz conhecidas até o momento, com um pequeno histórico e a descrição de cada marca identificada, como assinaturas, carimbos e ex-libris.
Fundamentais para a identificação dos itens que pertenceram ao cientista, as marcas de propriedade e proveniência possuem um papel crucial na preservação e valorização dos objetos culturais, pois trazem informações sobre a origem, autenticidade e história dos objetos, conferindo-lhes um valor histórico e cultural. No catálogo, o público vai conhecer as diferentes formas com as quais Oswaldo Cruz marcou as peças que pertenceram à sua coleção particular e que integram os acervos arquivístico, bibliográfico e museológico sob a guarda da Fiocruz.
“Ao apresentarmos uma ampla variedade desses elementos gráficos, descritos com informações detalhadas, esperamos que este trabalho torne-se uma fonte de referência valiosa para profissionais de arquivos, bibliotecas e museus, bem como para todos aqueles que desejam conhecer e apreciar a relevância dessas marcas no contexto da Fiocruz”, escrevem, na apresentação, os autores Alexandre Medeiros Correia de Sousa, Aline Gonçalves da Silva, Ana Roberta Tartaglia, Fátima Duarte de Almeida Alves, Inês Santos Nogueira, João Eurípedes Franklin Leal, Marcelo Nogueira de Siqueira e Maria Cláudia Santiago.
SERVIÇO
Lançamento do Catálogo Marcas de Oswaldo cruz – Proveniência, Propriedade e Circulação no Patrimônio Cultural Científico da Fiocruz
Dia: 10 de abril
Horário: 14h
Local: Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira do CDHS – Campus Manguinhos
Fiocruz é SUS: rodas de saberes, práticas compartilhadas dá título ao novo livro da Plataforma IdeiaSUS Fiocruz. A publicação, que será lançada no dia 1º de março, às 10h, no Auditório do Museu da Vida, campus sede da Fiocruz no Rio de Janeiro, com transmissão simultânea pelo canal da VideoSaúde no YouTube, está organizada em sete capítulos, dos quais um deles foi traduzido, de forma inédita, para o Guarani.
O primeiro e o segundo capítulos tratam da curadoria em saúde IdeiaSUS Fiocruz. Assinado pelas pesquisadoras da IdeiaSUS, Claudia Le Cocq e Marta Magalhães (organizadoras também do livro), o capítulo 1 destaca os caminhos trilhados por esta iniciativa, que ganha impulso em 2018. Como escrevem as autoras, a curadoria é reconhecida como um processo formativo e informativo das práticas do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é contribuir para a reflexão, a sistematização e o fomento da discussão sobre experiências de diferentes territórios e temáticas do SUS.
Ainda no capítulo 2, assinado por vários curadores parceiros da IdeiaSUS, os focos são as potencialidades e os desafios da proposta. Como definem, a atividade implica o ato de apoiar e acompanhar práticas de saúde, convidando gestores e equipes envolvidas com aquela experiência a aderirem ao processo de reflexão crítica sobre os seus trabalhos no cotidiano do SUS.
Práticas compartilhadas
A publicação resulta do próprio exercício da curadoria da IdeiaSUS, especialmente do acompanhamento de cinco práticas do SUS, ao longo de 2013. O terceiro capítulo segue com a sistematização e apresentação da prática sobre a implantação da Rede de Atenção e Prevenção ao Suicídio de Anastácio, em Mato Grosso do Sul. A criação da Rede, em 2017, justificou-se pelos altos índices de suicídio na região sul-mato-grossense de Anastácio e Aquidauana. A iniciativa nasce com o objetivo de atuar na prevenção, atenção e posvenção dos casos identificados pela Rede de Atenção à Saúde da cidade.
O capítulo 4 trata da saúde mental dos povos indígenas. A experiência nasce da escuta das demandas de saúde mental da população indígena da aldeia Tarumã, pertencente ao Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) do Polo Base de Araquari, em Santa Catarina. A escuta permitiu entender que a alimentação, por exemplo, tem forte influência sobre a saúde mental dos indígenas. Foi explicado à equipe de curadores que se determinado alimento for ingerido em fase de vida específica, como no período gestacional ou puerperal, isso pode ser determinante de adoecimento psíquico. O capítulo sobre esta experiência, de forma inédita, foi traduzido para o Guarani, pela própria comunidade da Aldeia Tarumã e estudantes da Escola Indígena de Ensino Fundamental Tupã Poty Nheé.
O quinto capítulo é dedicado a uma experiência do município de Pilar, em Alagoas, voltada para o enfrentamento da hanseníase. O trabalho lança mão de duas potentes estratégias: identificação de clusters, ou seja, de áreas consideradas de risco para a doença, permitindo uma análise fiel das ações de controle, bem como o diagnóstico precoce; e treinamento em serviço. Trata-se de um trabalho inovador, que garantiu maior adesão e mobilização dos participantes e o devido diagnóstico da situação das ações de controle da hanseníase, fazendo frente a uma doença ainda negligenciada no Brasil. O país é o primeiro do ranking de incidência da hanseníase e o segundo em números absolutos da doença, atrás apenas da Índia.
O capítulo 6 aborda uma estratégia de educação e promoção de direitos em Presidente Figueiredo, no Amazonas. Trata-se da aplicação da educação permanente em saúde, por meio de oficinas, e da participação de usuários, profissionais e gestores de saúde na construção do Plano Municipal de Saúde, com apoio das conferências locais de saúde. Como escrevem os autores desse capítulo, um planejamento participativo possibilitou o fortalecimento da participação social, o conhecimento da realidade das unidades de saúde e a construção colaborativa das ações de saúde a partir dos territórios.
O último capítulo do livro é sobre uma experiência de Santo André, em São Paulo, voltada para o cuidado à saúde de gestantes, usuárias de substâncias psicoativas, vivendo em situação de rua. A equipe cuidadora dessas mulheres fazem parte do Consultório na Rua, sob a gestão da Coordenação de Saúde Mental do município, que, historicamente, investe na diretriz de redução de danos. Entre as ações realizadas estão abordagem, acolhimento, cadastro no SUS, atendimento médico, de enfermagem e redução de danos, avaliação de vulnerabilidade, encaminhamento e transporte para atendimentos em outras unidades de saúde, incluindo serviços de urgência, além de coleta de exames, distribuição de insumos de higiene e preservativos.
O livro é encerrado com o posfácio, assinado pelo historiador Carlos Fidelis Ponte, presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), instituição parceira na edição da publicação. Em alusão às experiências evocadas, Fidelis Ponte afirma que as iniciativas locais implicam elementos essenciais para a conquista de uma vida digna e saudável.
Vozes da Saúde
As experiências destacadas nesta publicação servem, ainda, de pauta para cinco dos atuais 65 episódios de Vozes da Saúde, as experiências da IdeiaSUS, disponíveis no Youtube. A série, produzida pela Plataforma IdeiaSUS Fiocruz e a VideoSaúde Fiocruz, é um ponto de memória de práticas que refletem um sistema público de saúde diverso, potente e presente na vida de milhões de pessoas, espalhadas pelo Brasil.
Para assistir aos episódios de Vozes da Saúde relativas às práticas apresentadas no novo livro da IdeiaSUS Fiocruz, basta clicar sobre cada título abaixo.
– Identificação de Clusters e treinamento em serviço: estratégia para abordagem da hanseníase
– Reduzindo danos e protegendo vidas: cuidado às gestantes em situação de rua
– Equidade no SUS por meio da articulação regional: saúde mental indígena
– Conferências locais de saúde: estratégias de educação permanente para o plano municipal de saúde
– Implantação de rede de atenção e prevenção ao suicídio de Anastácio/MS: uma realidade possível
Acompanhe:
A indústria farmacêutica e o acesso a remédios no território brasileiro são temas do livro “Panorama da produção local de medicamentos no Brasil: desafios e vulnerabilidades”. A publicação, dividida em cinco capítulos, está disponível para download gratuito. A obra foi escrita por Daniela Moulin, Jorge Bermudez e Maria Auxiliadora Oliveira, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Jorge Costa, da Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) da Fiocruz, e pesquisadores da Organização Pan-americana da Saúde (Opas/OMS).
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O livro aborda o papel das empresas privadas e públicas (locais, regionais e multinacionais), reflete sobre as influências políticas públicas na produção e na assistência de saúde com medicamentos, destaca o desabastecimento de fármacos enfrentado durante pandemia de Covid-19 e reforça o debate mundial sobre desenvolvimento tecnológico para menor dependência estrangeira.
“Um dos principais desafios no Brasil é ampliar a produção nacional e regional de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), as matérias-primas essenciais para serem transformadas em medicamentos e que, em sua grande maioria, são importadas”, afirma Jorge Bermudez, pesquisador do Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica da Ensp e um dos autores do livro. Ele também é membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT/MCTI), restabelecido em abril deste ano, pelo presidente Lula.
Os custos de pesquisa e desenvolvimento são caros e, por isso, empresas locais focam na reprodução e aprimoramento de medicamentos com patentes expiradas, os genéricos. As multinacionais focam na criação de fármacos e na busca por outros estratégicos para obter o maior número de patentes e lucrar. Diante deste cenário, o livro destaca como a atuação pública é importante para a saúde no Brasil, tanto na democratização de medicamentos, quanto no investimento para realização de novos produtos.
Os pesquisadores também elencam os Laboratórios Farmacêuticos Oficiais, que pesquisam e criam fármacos para o Sistema Único de Saúde. A lista inclui o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) e o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), ambas unidades da Fiocruz, a maior instituição de ciência, tecnologia e inovação em saúde das Américas. Junto à Organização Pan-americana da Saúde, a Fundação desenvolve tecnologias, capacita profissionais e troca conhecimento técnico, como durante a pandemia, em que os órgãos produziram conjuntamente a vacina de mRNA para o Covid-19. Além disso, o departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica da Ensp é um Centro Colaborador da Opas/OMS para Políticas Farmacêuticas.
Além da produção, o setor público democratiza o acesso aos medicamentos, por meio da Política Nacional de Medicamentos, de 1998, da Lei de Medicamentos Genéricos, de 1999, e a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, de 2004. “Sem o papel estratégico do Estado, a produção farmacêutica seria estritamente vinculada a interesses comerciais e ao lucro financeiro, sem o papel social presente nas políticas públicas no Brasil, incluindo o acesso universal”, destaca o pesquisador.
O último capítulo do livro traz conclusões e recomendações, ressaltando a necessidade de equilibrar as demandas da população com a oferta do mercado. Para isso, é importante investimento. Bermudez, que também é membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, acredita que a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, anunciada este ano, ajudará o Brasil a superar as vulnerabilidades.
Lançado pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), o livro “Inseguridad Alimentaria y Emergencia Climática: sindemia global y um desafío de Salud Pública en América Latina”, organizado pelos pesquisadores Ana Laura Brandão, da Vice-Direção de Escola de Governo em Saúde (VDEGS), e Frederico Peres, do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh), juntamente com a professora Juliana Casemiro, do Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (INU/Uerj), discute as relações entre as mudanças no clima do planeta e os impactos sobre os sistemas alimentares latino-americanos. O livro foi editado pela Editora Rede Unida e está disponível em acesso aberto em formato e-book.
As interfaces entre a insegurança alimentar e a crise climática são muitas e, cada vez mais, estão no centro dos debates e dos desafios para a Saúde Pública global, especialmente por produzirem impactos mais evidentes em países e regiões onde as desigualdades históricas e estruturais são mais evidentes, como no Brasil e na região da América Latina.
Motivados pela necessidade de gerar evidências dessa “crise de crises”, os organizadores do livro elaboraram um projeto de pesquisa, submetido e aprovado no Edital de Pesquisa 2021, no âmbito do Programa de Fomento ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico aplicado à Saúde Pública, coordenado pela Vice-Direção de Pesquisa e Inovação (VDPI/Ensp). A partir do projeto, os organizadores formaram um grupo de aproximadamente 80 pesquisadores, vinculados a 24 instituições acadêmicas com sede em 11 países da América Latina, intitulado Grupo de Estudos sobre Sistemas Alimentares Latino-americanos no marco da Mudança Global – SALA Global, cuja primeira iniciativa foi elaborar um panorama das crises alimentar e climática na região, resultando no presente livro.
Contando com experiências de 9 dos 11 países representados no Grupo SALA Global, e com participação de 43 autores, o livro traz ainda reflexões teórico-conjunturais sobre os impactos das crises alimentar e climática sobre a Saúde Pública na América Latina, bem como apresenta algumas estratégias de enfrentamento possíveis.
Entre as estratégias de enfrentamento, um capítulo, escrito pelo diretor da Ensp, Marco Menezes, em colaboração com o pesquisador do Cesteh/Ensp, Frederico Peres, aponta para o papel estratégico das Escolas de Saúde Pública da região na organização de capacidades para se antecipar aos impactos da “crise de crises” e mitigar seus efeitos negativos que, a cada ano, impactam de maneira crescente os serviços, programas e sistemas de saúde da região.
Entre os dias 20 e 22 de novembro, no marco das atividades do XII Congresso Brasileiro de Agroecologia, os organizadores farão o lançamento do livro impresso, cuja versão em português deverá estar pronta no início do ano acadêmico de 2024.
A Rede de Bibliotecas Fiocruz promove, entre os dias 24 e 26 de outubro, o seu 17º Encontro, que terá como tema Bibliotecas inteligentes: IA e acesso à produção científica, que será realizado no Salão de Leitura da Biblioteca de Manguinhos, no formato híbrido – palestras presenciais e on-line. Com acessibilidade em libras, o Encontro contará com inscrições para cada dia, para as pessoas que só puderem participar de um ou dois dias de atividades.
O evento traz informações que podem ajudar os bibliotecários das instituições públicas a gerir melhor seu acervo e a usar a inteligência artificial no dia a dia. A abertura terá a presença da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), Cristiani Machado, do diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Rodrigo Murtinho, e da coordenadora da Rede de Bibliotecas Fiocruz, Viviane Veiga. As inscrições podem ser feitas clicando nos links abaixo e a transmissão pelo Canal da VideoSaúde no Youtube, também será feita em links separados.
Aula aberta
Na terça-feira (24/10) haverá o lançamento do livro Repositório, visão e experiências, de Claudete Queiroz, coordenadora do Repositório Institucional Arca, da Fiocruz. Já na quarta-feira (25/10), a partir das 9h, haverá o IX Fórum de Competência e Informação, com uma aula aberta que terá como tema Literacias e práticas informacionais em Saúde: diálogos e saberes, ministrada por Dandara Baça, da Defensoria Pública da União (DPU/DF). A mesa de abertura contará com Rodrigo Murtinho, diretor do Icict, e Marianna Zattar, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O evento se dividirá em mesas de pesquisas na parte da manhã e, à tarde, haverá uma aula aberta do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), com Mesas Práticas. Esta aula faz parte da disciplina Fundamentos da Informação e Comunicação 2. O encerramento terá uma homenagem especial a Gilda Olinto, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e referência nos estudos de informação, cultura e sociedade.
Nesta sexta-feira, 6 de outubro, acontece o “Seminário Internacional de Comunicação e Saúde - Sobrevivendo ao caos comunicacional: desafios da saúde na era da desinformação, do negacionismo e das fake news”. O evento é promovido pela Comissão de Pós-Graduação do Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (CPG-IS/SES-SP), em parceria com os programas de pós-graduação em Gestão de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (PMGPP/EACH/USP), e em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). O evento ocorrerá das 14h às 17:30h no Auditório Walter Leser do Instituto de Saúde (IS/SES-SP), localizado na rua Santo Antonio, 590 - Bela Vista, São Paulo. Haverá transmissão do evento via Zoom e é necessário realizar inscrição para participar.
Durante o seminário, será lançado o livro “Desinformação e covid-19: desafios contemporâneos na comunicação e saúde”, que integra a Coleção Temas de Saúde Pública do IS/SES-SP. A coletânea tem Janine Cardoso, professora permanente do PPGICS/Icict como uma das organizadoras, ao lado de Cláudia Malinverni, Jacqueline Isaac Brigagão, Edlaine Villela e Carlos Roberto Bugueño. O livro está em acesso aberto pela Porto Livre e disponível para download.
A obra conta ainda com pesquisadores do Icict como autores: Ana Carolina Monari, Hully Falcão, Igor Sacramento, Izamara Bastos e Kátia Lerner.
Haverá emissão de certificados.
Professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/Icict/Fiocruz), Janine Miranda Cardoso é uma das organizadoras do livro Desinformação e Covid-19: desafios contemporâneos na comunicação e saúde. Lançada durante o 46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom Nacional), em Belo Horizonte (MG), a obra está disponível em acesso aberto no site da Porto Livre - Portal de Livros em Acesso Aberto da Fiocruz e no Arca - Repositório Institucional da Fiocruz. Ambas as plataformas são coordenadas pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).
Além de Janine Cardoso, outros pesquisadores do Icict participam da obra como autores: a doutoranda do PPGICS, Ana Carolina Monari, o bolsista de pós-doutorado do PPGICS, Hully Falcão, o pesquisador e coordenador do PPGICS, Igor Sacramento, a pesquisadora, coordenadora do Laboratório de Comunicação e Saúde e professora do PPGICS, Izamara Bastos e a pesquisadora e professora do PPGICS, Kátia Lerner.
O evento de lançamento ocorreu no início de setembro, no âmbito do Publicom, encontro que reuniu divulgação de livros da área de comunicação durante o congresso. Publicada pelo Instituto de Saúde do Estado de São Paulo, a obra integra a coleção Temas de Saúde Coletiva e está disponível para download também no site do órgão.
O livro aborda temas de extrema relevância no cenário atual, explorando as muitas interseções entre desinformação, comunicação e saúde no contexto da pandemia. Além disso, busca trazer luz aos desafios enfrentados na disseminação de informações confiáveis em um mundo digital cada vez mais difícil. No contexto de incertezas provocadas pela Covid-19, e proeminência de novos regimes de verdade instaurados pelas mídias digitais, ganharam espaço e se consolidaram fenômenos comunicacionais complexos, como a infodemia, a sindemia, a desinformação e as chamadas fake news.
Marca do nosso tempo, esses fenômenos, particularmente desafiadores no campo da saúde, atravessaram o cotidiano pandêmico, ampliando os desafios dos governos e, consequentemente, dos sistemas de saúde de todo o mundo no enfrentamento à crise sanitária. No Brasil, a propagação de discursos negacionistas e fraudulentos em torno da pandemia cresceu exponencialmente, ampliando os riscos pandêmicos. Entre outros desfechos nefastos, esses discursos contribuíram, por exemplo, para o aumento da hesitação vacinal e baixa adesão à quarentena e ao uso de máscaras, tornando vulnerável ao vírus o conjunto da população. E deixou um saldo trágico: 700 mil mortos, em março de 2023.
Fruto das inquietações de 34 pesquisadoras e pesquisadores vinculados a 20 instituições nacionais (incluindo a Fiocruz), a coletânea apresenta uma reflexão diversa sobre o período pandêmico, a partir de diferentes olhares teóricos e conceituais. Indo além da covid-19, o livro espera contribuir para a compreensão das interfaces cada vez mais estreitas e complexas entre comunicação e saúde.
Na próxima quarta-feira, 20 de setembro, o Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcelos da Escola Nacional de Saúde Pública (Ceensp/Ensp) debaterá os 'Obstáculos epistemológicos no desenvolvimento e no ensino-aprendizagem de ciências: uma visão Bachelardiana'. Na ocasião, haverá o lançamento do livro 'Bachelard e as Ciências', seguido do debate. A atividade é organizada pelo Grupo Interinstitucional e Interdisciplinar de Estudos em Epistemologia (GI2E2) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que problematiza os obstáculos epistemológicos, noção criada por Gaston Bachelard. Segundo o autor, "o conhecimento do real é luz que sempre projeta algumas sombras. Nunca é imediato e pleno". O Ceensp está marcado para às 14 horas, na sala 410 da Ensp. Os interessados podem assistir, ao vivo, pelo canal da Ensp no Youtube.
A pesquisadora do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/Ensp), Ariane Leites Larentis, que é membro do GI2E2 e coordenará o Ceensp, explica que o Grupo tem se dedicado ao estudo dos processos de construção do conhecimento científico, sustentando que a prática científica é atravessada pelas relações de produção, não sendo neutra. "A conjuntura atual, onde as ciências estão no centro dos debates, nos impõe ainda mais a problematização das condições sociais da produção científica, suas desigualdades e as ideologias presentes, muitas vezes, no seio da própria comunidade científica. Desta forma, teremos um debate em defesa do pensamento científico, fundamental nestes tristes tempos de negacionismo científico e de tão grandes retrocessos nas relações sociais", destacou a coordenadora da atividade.
O Ceensp contará com a participação de Manuel Gustavo Leitão Ribeiro, do Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF); Rodrigo Volcan Almeida, do Instituto de Química da UFRJ; Tomás Garcia Coelho, do Instituto Federal do Rio de Janeiro; além de Pedro Farias Cazes, do Departamento de Sociologia do Colégio Pedro II. Todos os integrantes da mesa fazem parte do Grupo Interinstitucional e Interdisciplinar de Estudos em Epistemologia (GI2E2).
O livro “Epidemia da Zika e seus desdobramentos: uma abordagem multidisciplinar e integrativa dos seus efeitos no Brasil” descreve como foram realizadas as pesquisas da Plataforma Zika – Plataforma de vigilância de longo prazo para a Zika e suas consequências, projeto coordenado pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), pela Fiocruz Brasília, financiado pelo Ministério da Saúde e que mobilizou mais de 40 pesquisadores de instituições nacionais e internacionais para aprimorar o conhecimento sobre a Zika e apoiar a adoção de políticas públicas para o seu enfrentamento. A obra terá seu lançamento realizado no dia 30 de agosto, a partir das 14h, presencialmente no Auditório da Fiocruz Brasília, com transmissão ao vivo pelo canal do youtube da instituição e pelo canal do Cidacs. Na programação estão incluídas uma mesa-redonda com os organizadores do livro e a conferência de Roberto Medronho, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), intitulada “Emergências de Saúde Pública: lições e desafios a partir das experiências com o Zika vírus e SARS-CoV-2”. Não perca!
O livro detalha todos os processos realizados para montar e vincular grandes bases de dados do Brasil para realizar as pesquisas. Explica a metodologia de produção de uma ferramenta inovadora para encontrar pesquisadores trabalhando com a temática no mundo inteiro, relata a construção de um algoritmo para facilitar o diagnóstico da Síndrome Congênita Zika (SCZ) e descreve soluções em saúde para a epidemia, construídas numa parceria entre sociedade, gestão pública e pesquisa.
Meses após a detecção dos primeiros casos de Zika, epidemia que deixou graves consequências para a população brasileira, foi comprovada a associação da infecção pelo vírus com o crescimento do número de bebês nascidos com anomalias congênitas, especialmente na Região Nordeste. De lá para cá, pesquisas já comprovaram achados impressionantes: crianças com a Síndrome Congênita do Zika (SCZ) têm maior risco de morte nos primeiros anos de vida e as causas de óbito mais frequentes são infecção generalizada e doenças do aparelho respiratório. Além disso, 10 a cada 100 crianças com microcefalia e SCZ morrem devido a esta condição e o risco de ter filhos com SCZ é 46% superior entre mulheres pretas. Esses resultados estão descritos no livro.
*Com informações do Cidacs.
#PararTodosVerem Banner com fundo roxo e laranja, lançamento do livro Epidemia da Zika e seus desdobramentos. No centro uma foto do livro, no banner também tem informações sobre a data e organizadores do evento, o evento será híbrido e terá transmissão ao vivo.
O livro digital Doenças crônicas e longevidade: desafios para o futuro, editado pela Iniciativa de Prospecção Estratégica Saúde Amanhã e publicado pelo selo Edições Livres, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), será lançado na quarta-feira, 19 de abril, em seminário a ser realizado entre 14h e 17h na Sala Multimídia Pauliran Freitas, no segundo andar do Icict, em Manguinhos. O evento foi organizado conjuntamente pela Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, através da Iniciativa de Prospecção Estratégica Saúde Amanhã, e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), por meio da Coordenação de Estudos e Pesquisas em Saúde, da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais. O livro será disponibilizado para download gratuito no site Porto Livre, portal de livros em Acesso Aberto da Fiocruz.
A abertura do evento contará com a participação da presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Luciana Mendes Santos Servo, coautora de um dos capítulos do livro. Compõem a mesa o coordenador executivo da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 e ex-presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz Cristiani Vieira Machado, e o diretor do Icict, Rodrigo Murtinho.
O livro, organizado pelos coordenadores da Iniciativa Saúde Amanhã, José Carvalho de Noronha e Leonardo Castro, e por Paulo Gadelha, tem origem no seminário homônimo realizado em 25 e 26 de abril de 2022, no qual os autores apresentaram versões preliminares dos trabalhos ora publicados. A coletânea reúne especialistas renomados e com ampla expertise sobre a temática do envelhecimento, tratada na obra de forma abrangente e inovadora, considerando seus diversos aspectos. Os artigos incorporam importantes reflexões sobre o futuro do modelo assistencial para a atenção aos idosos e sobre a “economia da longevidade”, como possível resposta ao envelhecimento populacional no Brasil, trazendo estudos acurados de projeção da demanda e de custos de instituições de longa permanência e do gasto em saúde no Brasil ao longo do ciclo de vida, considerando o horizonte temporal de 2040.
Após a apresentação da obra por autores e os organizadores, o seminário prossegue com a apresentação do estudo inédito “Financiamento e Consumo de Saúde no Brasil: Concentrado e Heterogêneo”, do diretor do Departamento de Desenvolvimento Institucional do Ipea, Fernando Gaiger Silveira, em coautoria com Lucas Di Candia, seguido de debate com a participação da presidente do Ipea, Luciana Mendes Santos Servo, da diretora do Departamento de Economia da Saúde, Investimento e Desempenho do Ministério da Saúde, Erika Aragão, e da pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Maria Angelica Borges dos Santos.
O evento será presencial e contará com transmissão ao vivo pelo canal da VideoSaúde no Youtube.
Programação
14h00 às 14h20 – Abertura
Luciana Mendes Santos Servo, presidente do Ipea.
Cristiani Vieira Machado, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz.
Paulo Gadelha, coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 e ex-presidente da Fiocruz.
Rodrigo Murtinho, diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Fiocruz).
14h20 às 15h00 - Lançamento do livro: Doenças crônicas e longevidade: desafios para o futuro
Ana Amélia Camarano, pesquisadora do IPEA e coautora do livro.
Dalia Elena Romero, pesquisadora do ICICT (Fiocruz) e coautora do livro.
Luciana Mendes Santos Servo, presidente do Ipea e coautora do livro.
Paulo Gadelha, coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 e coorganizador do livro.
José Carvalho de Noronha, coordenador adjunto da Iniciativa Saúde Amanhã (Fiocruz) e coorganizador do livro.
15h00 às 17h00 – Apresentação do estudo: “Financiamento e Consumo de Saúde no Brasil: Concentrado e Heterogêneo”
Palestrante: Fernando Gaiger Silveira, diretor do Departamento de Desenvolvimento Institucional do IPEA e coautor do livro.
Debatedoras: Luciana Mendes Santos Servo, presidente do IPEA e coautora do livro. Erika Aragão, diretora do Departamento de Economia da Saúde, Investimento e Desempenho do Ministério da Saúde, Maria Angelica Borges dos Santos, Escola Nacional de Saúde Pública (Fiocruz).
Serviço
Data: 19 de abril de 2023
Horário: 14h às 17h
Local: Sala Multimídia Pauliran Freitas (2º andar), no Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict). Pavilhão Haity Moussatché (Biblioteca de Manguinhos), Campus da Fiocruz, na Av. Brasil, 4.365.
Transmissão ao vivo pelo canal da VideoSaúde no Youtube.
Mais informações com Luciana Conti, coordenadora de Comunicação da Iniciativa Saúde Amanhã, pelo telefone 21-98122-2262 ou pelo e-mail luconti2@gmail.com.