Instituto Serrapilheira

Home Instituto Serrapilheira
Voltar
Publicado em 11/12/2024

Serrapilheira lança dois novos editais de R$ 8,4 milhões para apoio a jovens cientistas

Autor(a): 
Instituto Serrapilheira

O Instituto Serrapilheira lançou duas novas chamadas públicas de apoio a jovens cientistas do Brasil. O investimento dos editais totaliza R$8,4 milhões, a serem utilizados tanto no pagamento de bolsas quanto no financiamento de pesquisas. A oportunidade vai contemplar cientistas com vínculo permanente em instituições e também pós-doutorandos negros e indígenas sem vínculo. Serão selecionados até 16 pesquisadores nas duas iniciativas. O objetivo é criar condições para que os aprovados desenvolvam suas pesquisas com recursos financeiros flexíveis e autonomia. Outro foco é ampliar a participação de negros e indígenas em posições de destaque na carreira científica. As inscrições vão de 7 de janeiro a 4 de fevereiro de 2025.

“Após oito anos de editais de ciência, começamos a ver o ‘conjunto da obra’ do nosso fomento: jovens cientistas que, a partir do acesso a recursos, autonomia e flexibilidade, estão criando áreas de pesquisa inovadoras, produzindo conhecimento novo e fazendo a ciência avançar de fato”, afirma a diretora de Ciência do Serrapilheira, Cristina Caldas. “Isso só é possível por causa de um apoio ininterrupto e consistente. Precisamos garantir que ações de apoio a cientistas, públicas ou privadas, tenham continuidade, pois é assim que resultados de longo prazo florescem e que se fortalece uma comunidade de cientistas pautados por uma ciência diversa, aberta e colaborativa.” 

Embora lançados juntos, os editais têm características diferentes. A 8ª chamada pública de apoio à ciência é voltada a cientistas em fase de consolidação de carreira com projetos nas áreas de ciências naturais (ciências da vida, física, geociências e química), matemática e ciência da computação. Já a 3ª chamada de apoio a pós-docs negros e indígenas em ecologia, realizada com apoio da Fapesb (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia), é exclusiva para pesquisadores que buscam fazer o pós-doutorado na área de ecologia. 

“A cooperação com o Serrapilheira traz novas perspectivas para a atuação da Fapesb”, ressalta Handerson Leite, diretor-geral da fundação. “A Bahia é o estado mais negro do Brasil e com uma população considerável de indígenas. Temos atuado com grupos sub-representados por meio, por exemplo, de editais voltados a estudos de doenças que acometem a população negra e povos e comunidades tradicionais, como doença falciforme, além de outros voltados para o empreendedorismo de mulheres, de pessoas negras e povos tradicionais. Essa nova fase que inauguramos com o Serrapilheira tem como novidade o elemento do risco, a possibilidade de realizar estudos avançados e de romper barreiras. Buscamos ampliar, assim, a ação de grupos sub-representados, possibilitando um destaque cada vez maior no cenário científico e tecnológico da Bahia e do Brasil.”

8ª chamada pública de apoio à ciência

A 8ª chamada pública de apoio a jovens cientistas vai selecionar até 12 pesquisadores em início de carreira, com vínculo permanente com uma instituição de pesquisa, e que atuem nas áreas da matemática, ciência da computação e ciências naturais (que incluem as ciências da vida, física, geociências e química) ou áreas interdisciplinares. A proposta de pesquisa precisa buscar respostas para uma grande pergunta fundamental — ou seja, o projeto deve ter como finalidade questionar o conhecimento científico atual, abrir novas perspectivas de avanço ou aprofundar o que já se sabe em cada área. Veja aqui o edital.

Uma novidade deste ano é que os candidatos poderão concorrer aos recursos dentro de duas faixas diferentes: uma para projetos de até R$ 250 mil (mais R$ 100 mil de bônus da diversidade), que selecionará até oito pessoas, e outra para projetos de até R$ 500 mil (mais R$ 200 mil de bônus da diversidade), que selecionará até quatro pessoas.

A diferença nos valores ocorre porque o Serrapilheira entende que o montante necessário para a execução de um projeto de pesquisa varia de acordo com as áreas do conhecimento, da infraestrutura de pesquisa já previamente disponível e da natureza dos projetos – aqueles inteiramente teóricos, por exemplo, tendem a ter custos menores do que projetos experimentais. O bônus da diversidade, por sua vez, é um recurso extra e opcional que os selecionados dispõem para investir na formação e inclusão de pessoas de grupos sub-representados em suas equipes.

No total, os recursos serão distribuídos ao longo de cinco anos. Os candidatos devem ter sido contratados pela primeira vez como docente ou pesquisador em uma instituição entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2024 (prazo estendido em até dois anos para mulheres com filhos). 

A 8ª chamada é feita em parceria com o Confap, conselho que representa fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs). O financiamento pode ocorrer tanto de forma conjunta entre o Serrapilheira e as fundações quanto diretamente pelas instituições estatais. Por esse motivo, o valor oferecido pode crescer após a seleção, a depender dos estados dos escolhidos e das FAPs que potencialmente entrarão como parceiras no edital.

3ª chamada de apoio a pós-docs negros e indígenas em ecologia

Lançada em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), a 3ª chamada pública conjunta de apoio a pós-docs negros e indígenas em ecologia vai selecionar até quatro pós-doutorandos para desenvolver suas pesquisas na Bahia. Eles receberão até R$ 525 mil para investir em seus projetos ao longo de três anos, além de uma bolsa mensal de R$ 5.200. Veja aqui o edital.

Para o Serrapilheira, o edital exclusivo promove a grandeza da ciência brasileira ao estimular o aumento do número de professores e pesquisadores de grupos sub-representados na academia. O objetivo é financiar novas linhas de pesquisa em ecologia formuladas por pós-docs negros ou indígenas que almejam obter, em médio prazo, uma posição formal de professor ou pesquisador. A visão do instituto é de que o surgimento de uma nova geração de cientistas com igualdade de acesso a cargos relevantes depende de estímulos de inclusão.

Entre os requisitos do edital, está o de que os selecionados não tenham vínculo formal com instituições de pesquisa no momento da assinatura do contrato. Embora os projetos precisem ser conduzidos em instituições de ciência e tecnologia da Bahia, é admitido que parte da atividade seja desenvolvida em outros estados e no exterior, como o trabalho de campo ou pesquisas colaborativas. Os candidatos também devem integrar grupos de pesquisa nos quais não tenham nem se formado nem atuado antes, de forma a movimentar pessoas e ideias entre grupos de pesquisa. 

O Serrapilheira considera que o risco é bem-vindo na ciência e no desenvolvimento de projetos ousados. Por isso, pede que os candidatos das duas chamadas detalhem o risco de seu projeto a partir de três definições: o risco de concepção, relacionado à formulação da hipótese do projeto; o risco de abordagem, que diz respeito à escolha metodológica; e o risco técnico, ligado à obtenção dos dados. Saiba mais aqui.

Publicado em 16/04/2024

Instituto Serrapilheira divulga chamada pública para podcasts de ciência liderados por pessoas negras

Autor(a): 
Instituto Serrapilheira

Em busca de boas histórias em áudio sobre ciência, o Instituto Serrapilheira lançou a edição de 2024 de seu edital destinado a podcasts. Neste ano, a iniciativa é voltada exclusivamente a projetos liderados por pessoas negras, buscando ampliar a diversidade de olhares no mercado audiovisual. Serão selecionadas até oito propostas de podcasts. Os projetos devem trazer histórias em que a ciência tenha papel de destaque. Os contemplados receberão treinamento com especialistas da área e até R$ 55 mil em apoio financeiro para a produção de uma temporada. As inscrições vão até 14 de maio, às 16h. Confira o edital completo no site da Serrapilheira.

Inscreva-se!

Nesta nova chamada, o Serrapilheira quer encontrar propostas criativas nas quais a ciência cumpra um papel importante e que dêem visibilidade às áreas apoiadas pelo instituto  –  ciências da vida, geociências, física, química, ciência da computação ou matemática. Os candidatos podem se inscrever tanto com programas já consolidados quanto com projetos ainda em fase de elaboração. 

Um critério importante é que as equipes responsáveis pelos podcasts sejam compostas em sua maioria por pessoas negras. A iniciativa foi adotada pelo Serrapilheira com o objetivo de valorizar a diversidade na ciência e na divulgação científica, e promover diferentes pontos de vista nos mercados de audiovisual e de podcasts brasileiros.

“A distribuição de cor/raça no mercado de audiovisual, e no jornalismo como um todo, não reflete a porcentagem de pessoas autodeclaradas negras no país, que é de 56%”, aponta Natasha Felizi, diretora do Programa de Jornalismo e Mídia do Serrapilheira. “Dados do Gemaa [Grupo de Estudos Multidisciplinares das Ações Afirmativas], da Uerj, por exemplo, mostram que 84% das pessoas nas equipes dos três maiores jornais do país são brancas, e o cenário é ainda pior quando se trata de posições de liderança.”

Felizi ressalta que ainda não há um levantamento específico sobre raça na produção de podcasts no Brasil. “Mas a proporção de inscrições de pessoas brancas e negras em nossos editais anteriores reflete a mesma desigualdade. Por isso, decidimos lançar um edital exclusivo para pessoas negras. É uma tentativa de contribuir para reduzir essa sub-representação.” Esse é o terceiro edital lançado pelo instituto com foco em podcasts, cuja popularidade é crescente no Brasil nos últimos anos.

As candidaturas serão avaliadas por um comitê formado por profissionais que atuam na área de podcasts. Serão aceitas propostas de podcasts que abordem qualquer tema, em qualquer formato, incluindo mesas-redondas, entrevistas, reportagens, narrativas ficcionais, pessoais e outros. No entanto, projetos que apresentem boas estruturas de roteiro serão priorizados em relação a propostas de conversas improvisadas ao vivo. 

O processo de seleção será feito em duas etapas. Inicialmente, todas as propostas passarão por uma pré-seleção. Entre os critérios que serão priorizados, estão a presença de um roteiro bem estruturado e o potencial para desenvolver narrativas cativantes. Os podcasts que passarem desta etapa serão chamados para uma entrevista com os avaliadores. O resultado final será divulgado em 5 de agosto.

Treinamento será realizado em formato híbrido

Após a divulgação dos resultados, os responsáveis pelos projetos participarão de um  treinamento híbrido dado pelo Laboratório 37, empresa de comunicação com foco em áudio. O Laboratório 37 é responsável por criar o podcast 37 Graus, um dos 14 projetos apoiados pelo Serrapilheira em 2018 e um dos seis selecionados no Google Podcasts creator program, edital que contou mais de 10 mil inscrições ao redor do mundo. 

A primeira parte desse treinamento será feita de forma online e terá sete semanas de duração. O objetivo é fornecer as bases para que os candidatos escolhidos possam aperfeiçoar suas propostas e capacidades técnicas.

Depois do treinamento online, os candidatos irão passar por uma imersão presencial de quatro dias para desenvolvimento das propostas. O local ainda será definido – é importante, então, que os candidatos tenham disponibilidade para viagens.

Além do treinamento, o Laboratório 37 ainda irá fornecer mentoria remota aos selecionados. A expectativa é que, ao final dessas etapas, os projetos selecionados apresentem uma temporada-piloto dos podcasts.

Publicado em 26/01/2024

Simpósio internacional sobre modelagem de transbordamento de parasitos

Autor(a): 
Maíra Menezes | Edição: Vinícius Ferreira

A modelagem de transbordamento de parasitos será tema de simpósio internacional no dia 29 de janeiro. Organizado pela Universidad Complutense de Madrid com apoio do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o ‘Symposium Adaptive Networks for Parasite Spillover’ contará com palestras de especialistas do Brasil, Espanha e Suíça.

Ao todo, serão nove apresentações de pesquisadores da Fiocruz, Universidad Complutense de Madrid, Universidad Carlos III, Universidade Federal do Paraná, Universidade Estadual de Campinas, Universidad de Zaragoza, Universidade de São Paulo e University of Zurich.

Dentre os temas das palestras estão “Ecologia de meta-comunidades de doenças: movendo do efeito diluidor para paisagens diluidoras”, “Redes de interação entre aves e malária” e “Dinâmica de redes em ecologia e evolução”.

O simpósio será sediado pela Universidad Complutense de Madrid, com transmissão online pelo website e pelo canal no Youtube da Faculdade de Ciências Biológicas. As palestras serão apresentadas em inglês.

As atividades ocorrerão entre 6h30 e 12h15, no horário de Brasília. Confira a programação completa no site do evento.

Financiado pelo Instituto Serrapilheira, o simpósio aberto ao público marca o primeiro dia do ‘Workshop Adaptive Networks for Parasite Spillover’.

As atividades integram o projeto ‘Ecologia de meta-comunidades de doenças: movendo do efeito diluidor para paisagens diluidoras’, selecionado em edital do Serrapilheira.

O projeto é coordenado pela pesquisadora do Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios do IOC, Cecília Andreazzi, que organiza o simpósio juntamente com Gisele Winck e Ana Paula Lula Costa, pós-doutorandas do mesmo Laboratório.

O evento conta com apoio da Plataforma Internacional para Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PICTIS).

Publicado em 14/12/2023

Instituto Serrapilheira anuncia novas chamadas em parcerias com as fundações de amparo à pesquisa

Autor(a): 
Ascom Faperj*

Jovens cientistas que atuam no Brasil poderão concorrer a duas novas oportunidades de financiamento para suas pesquisas. O Instituto Serrapilheira lançou novas chamadas públicas de apoio a pesquisadores. Uma delas é voltada a cientistas com vínculo permanente em instituições de ensino e pesquisa e com projetos nas áreas de ciências naturais, matemática e ciência da computação. A outra é destinada a cientistas negros e indígenas que não tenham esse vínculo e que pretendam fazer o pós-doutorado na área de ecologia. Os editais completos podem ser acessados no site do Serrapilheira. As inscrições vão de 4 de janeiro a 25 de janeiro de 2024.

Ao todo, serão selecionados até 42 pesquisadores nos dois editais, que ocorrem em parceria com FAPs (fundações de amparo à pesquisa) de diferentes estados. 

Juntas, as iniciativas preveem investimento de no mínimo R$ 21 milhões, entre pagamento de bolsas e financiamento de pesquisas. O valor total, que deve crescer, dependerá da quantidade de recursos que cada FAP disponibilizará – o que, por sua vez, só será definido depois que a seleção dos candidatos estiver concluída e os estados dos escolhidos forem conhecidos.

O objetivo dos dois editais é criar condições para jovens cientistas do Brasil desenvolverem suas pesquisas com recursos financeiros e autonomia na escolha dos projetos. “Ao lançar novas chamadas em parceria com as FAPs, avançamos no objetivo de ampliar o apoio a jovens cientistas fazendo perguntas fundamentais, com o risco e o sonho de oferecer grandes contribuições às suas áreas de atuação”, afirma Cristina Caldas, diretora de Ciência do Instituto Serrapilheira. “Após as experiências anteriores, atestamos cada vez mais que parcerias público-privadas efetivas são um bom caminho para o avanço da ciência, pois somamos a flexibilidade do financiamento privado à relevância do investimento público para o desenvolvimento do País.”

Para Odir Dellagostin, presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), a colaboração com o Instituto Serrapilheira “fortalece o suporte à pesquisa no Brasil, promovendo uma sinergia aprimorada e complementaridade na escolha e financiamento de projetos de pesquisa de alto risco e impacto”. “Essa parceria resulta em vantagens para a comunidade científica e para a sociedade em geral, proporcionando um aumento significativo na capacidade de financiamento de projetos.”

O presidente da Faperj, Jerson Lima, destacou a realização das novas parcerias com o Instituto Serrapilheira. "As duas iniciativas lançadas pela parceria entre Serrapilheira com as FAPs, incluindo a Faperj, são fundamentais para um futuro que contemple uma maior presença de jovens líderes científicos no Brasil, com ênfase na inclusão de jovens doutores negros e indígenas. No caso da chamada de Ecologia, o resultado exitoso da primeira edição inédita, nosso primeiro Edital em conjunto com o Instituto Serrapilheira, foi o mote para lançarmos a segunda edição, agora mais abrangente e inclusivo", disse.

Embora lançadas no mesmo dia, as duas chamadas têm propostas distintas e seguirão processos seletivos separados. Veja um resumo de cada uma delas.

7ª chamada pública de apoio à ciência

edital é voltado a cientistas em início de carreira com projetos de pesquisa originais, ousados e arriscados nas áreas de ciências naturais (ciências da vida, física, geociências e química), matemática e ciência da computação. Serão selecionados entre 10 e 30 projetos que busquem responder a uma grande pergunta fundamental nessas áreas – ou seja, que questionem o conhecimento científico atual, que abram novas perspectivas de avanço ou que aprofundem o que já se sabe em cada área. Os aprovados receberão entre R$ 200 mil a R$ 700 mil cada, distribuídos ao longo de cinco anos. Eles também terão acesso a recursos extras para investir na formação e inclusão de pessoas de grupos sub-representados em suas equipes, o chamado bônus da diversidade.

Podem participar cientistas que tenham doutorado concluído e vínculo com instituições de ensino superior e pesquisa como professores e pesquisadores. Esse vínculo deve ter sido firmado pela primeira vez entre 1º de janeiro de 2018 e 31 de dezembro de 2023, o equivalente aos últimos seis anos – o prazo aumenta em dois anos para mulheres com filhos. 

O novo edital é feito em parceria com o Confap, conselho que representa fundações estaduais de amparo à pesquisa, e com 25 FAP’s. O financiamento pode ocorrer tanto de forma conjunta pelo Serrapilheira e fundações quanto diretamente por essas instituições.

2ª chamada de apoio a pós-docs negros e indígenas em ecologia

Além da 7ª chamada de apoio à ciência, o Serrapilheira lança nesta quinta-feira (23) a segunda edição do edital exclusivo para cientistas negros e indígenas. O foco são pesquisadores que tenham projetos na área de ecologia e que almejam obter, a médio prazo, uma posição formal como professor ou pesquisador. O objetivo é aumentar a participação desses grupos sub-representados na academia.  

Podem participar pesquisadores que tenham concluído o doutorado entre 1º de janeiro de 2013 e 30 de junho de 2024, prazo que também se estende em dois anos no caso de mulheres com filhos. Os interessados não devem ter vínculo formal com nenhuma instituição de ciência e tecnologia no momento da assinatura do contrato.

Serão selecionados até 12 candidatos. Os aprovados vão fazer pós-doutorado em grupos de pesquisa nos quais não tenham se formado nem atuado antes, nos estados das FAPs parceiras do edital: Mato Grosso do Sul (Fundect), Pará (Fapespa) e Rio de Janeiro (Faperj). 

Além de bolsa mensal de R$ 8 mil, os selecionados vão receber entre R$ 550 mil e R$ 800 mil para o financiamento da pesquisa durante três anos, renováveis por mais dois anos. O pagamento das bolsas virá das FAPs. Já o auxílio à pesquisa será custeado por essas entidades em parceria com o Serrapilheira.

“Em nossa primeira chamada exclusiva para grupos sub-representados na ciência, lançada em parceria com a Faperj, selecionamos 12 cientistas negros e indígenas de excelência, e outros tantos ficaram de fora. Ficamos felizes em repetir a experiência, agora com mais FAPs parceiras e incorporando nosso aprendizado ao longo do processo”, destaca Cristina Caldas. “Se não mudarmos a forma de seleção, cientistas negros e indígenas de excelência seguirão sendo excluídos do fazer científico, e todos os candidatos continuarão parecidos.”

Confira todos os detalhes das duas chamadas no site do Instituto Serrapilheira

 

Com informações da Assessoria de Comunicação do Instituto Serrapilheira

Publicado em 15/05/2023

Instituto Serrapilheira lança chamada pública de apoio a podcasts de ciência

Autor(a): 
Lucas Leal*

O Instituto Serrapilheira lançou uma chamada pública em busca de podcasts brasileiros que trabalhem com a ciência e o método científico como pauta principal. O objetivo do edital é financiar tanto projetos em fase da concepção quanto aqueles já consolidados. Serão selecionados até oito projetos para participar de um programa de treinamento e receber até R$ 50 mil para a produção de uma temporada. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até 24 de junho no site do Instituto.  

Inscreva-se já!

Serão aceitas propostas de podcasts em diferentes formatos: entrevista, mesa-redonda, reportagens, narrativas ficcionais ou outros tipos de conteúdo. Para a submissão de um projeto, é preciso contemplar as áreas do conhecimento apoiadas pela Serrapilheira — ciências da vida, geociências, física, química, ciência da computação ou matemática.

Produções independentes ou de organizações pequenas podem participar da seleção, desde que comprovada a experiência prévia e condições de realizar o projeto. Além disso, a Serrapilheira também incentiva a candidatura de pessoas negras e indígenas. 

A seleção será realizada em duas etapas: uma pré-seleção e uma entrevista. O anúncio dos projetos selecionados será feito em 22 de agosto. 

Para mais informações sobre os critérios de elegibilidade e o processo seletivo, confira o edital.

 

*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol.

*Com informações do Instituto Serrapilheira.

#ParaTodosVerem Banner com fundo branco, no topo os dizeres: Camp Serrapilheira 2023, Chamada pública para podcasts, inscrições abertas até 24 de junho, serrapilheira.org.

Publicado em 29/11/2022

Edital disponibiliza financiamento para pesquisas em diagnóstico de doenças raras

Autor(a): 
Instituto Serrapilheira

Em uma parceria inédita, o Instituto Serrapilheira e o Instituto Jô Clemente (IJC) lançaram um edital conjunto para financiar pesquisas que busquem diagnosticar o mais cedo possível doenças raras de origem genética. As inscrições estão disponíveis até 2 de dezembro.

Inscreva-se já!

Para se inscrever, é necessário que o candidato tenha título de doutor e vínculo permanente com alguma instituição de ensino no Brasil. O interessado deve ainda ter ao menos dois artigos científicos de impacto publicados na área de doenças raras ou desenvolvimento de testes diagnósticos em sangue seco. O domínio da língua inglesa é fundamental, já que apresentações e entrevistas serão conduzidas nesse idioma.

O edital também é aberto a sócios de empresas ou startups de base tecnológica e servidores públicos em cargos técnicos, desde que estejam realizando pesquisa em sua instituição-sede.

As pré-propostas, que poderão ser enviadas até 2 de dezembro, serão agrupadas em blocos de acordo com os tipos de doenças raras: anomalias congênitas ou de manifestação tardia, deficiência intelectual, erros inatos ou problemas de metabolismo. Os documentos serão avaliados por cientistas que atuam em instituições internacionais de excelência. Os selecionados para a fase 2 serão divulgados em 6 de fevereiro de 2023.

Na segunda etapa, os candidatos deverão detalhar as propostas de pesquisa, com informações sobre a metodologia que será utilizada, a doença-alvo escolhida, a abordagem e os riscos. O prazo para o envio é até o dia 10 de abril. O resultado final será divulgado em 5 de junho.

A Organização Mundial da Saúde tem hoje mais de 5,5 mil doenças raras catalogadas. São enfermidades incuráveis, que afetam mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Cerca de 70% dessas disfunções têm origem genética e costumam ser de difícil detecção. De fato, muitos sintomas se parecem com aqueles provocados por doenças comuns. Com isso, os pacientes podem passar longos períodos em exames ou mesmo tratamentos inadequados, adiando o diagnóstico correto. São exemplos de disfunções de origem genética as doenças lisossomais, as dos erros inatos do metabolismo e as neuromusculares.

Com a publicação do edital, os institutos querem fomentar a pesquisa para detecção precoce de disfunções genéticas por meio de técnicas como a coleta de sangue seco em papel filtro, método usado no Teste do Pezinho, no qual o IJC foi pioneiro no país. O objetivo é que os pesquisadores busquem desenvolver novos testes que possam ser feitos já na triagem neonatal.

“Esta é a primeira vez que o Serrapilheira mobiliza cientistas a buscarem respostas para um desafio específico e aplicado, como é o caso da busca por diagnósticos precoces de doenças raras, então ficamos contentes de nos unirmos ao IJC nessa missão”, ressalta Cristina Caldas, diretora de Ciência do Instituto Serrapilheira. “Buscamos cada vez mais parcerias com instituições não governamentais que possam capilarizar os recursos privados para a ciência. Queremos, a partir da nossa experiência com chamadas públicas e financiamento à pesquisa, ajudar outras organizações privadas a fazerem doações.”

O edital, financiado integralmente pelo IJC, dedicará um total de R$900 mil para abastecer as pesquisas. Um único projeto pode obter até R$300 mil. Os recursos recebidos deverão ser usados em um período de dois anos. Os selecionados terão flexibilidade no uso da verba, desde que os gastos estejam associados aos objetivos da pesquisa.

O Serrapilheira, primeira instituição privada de fomento à ciência e à divulgação científica, entrará na parceria com seu know-how de desenvolvimento e publicação de chamadas públicas para pesquisa. Desde 2016, o instituto já investiu mais de R$60 milhões em mais de 200 projetos científicos e de divulgação científica pelo país.

Daqui para frente, os dois institutos pretendem aumentar as iniciativas de atuação conjunta. “É uma grande honra firmar essa parceria com o Instituto Serrapilheira, uma organização que é referência no fomento à pesquisa e que busca valorizar a ciência brasileira. O IJC tem o conhecimento e a inovação como guias do trabalho desenvolvido na instituição, buscando sempre incentivar a produção de pesquisas sobre deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras que auxiliem o processo de inclusão e de promoção da qualidade de vida das pessoas”, explica Edward Yang, gerente do Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação (Cepi) do IJC.

Publicado em 19/10/2022

Instituto Serrapilheira divulga chamada pública de apoio à ciência

Autor(a): 
Instituto Serrapilheira

O Instituto Serrapilheira lançou o edital da 6ª chamada pública de apoio à ciência. Serão selecionados até dez jovens cientistas com grandes perguntas que contribuam para o conhecimento fundamental em ciências naturais, ciência da computação e matemática. Os grants vão variar de R$200 mil a R$700 mil, a serem utilizados ao longo de cinco anos. As inscrições vão de 28 de outubro a 28 de novembro, e o edital completo pode ser conferido aqui.

Os selecionados terão acesso, ainda, a recursos extras – até 30% do grant recebido – para investir na formação e integração de pessoas de grupos sub-representados em suas equipes. O novo edital do Serrapilheira vai oferecer, no total, até R$9,1 milhões aos jovens cientistas.

O objetivo da chamada é apoiar jovens cientistas que proponham grandes perguntas em suas áreas de atuação. A seleção acontece em duas fases. Na primeira, os candidatos enviam uma pré-proposta, que será avaliada por revisores internacionais. A partir daí alguns serão chamados para submeterem a proposta completa. A etapa final inclui uma entrevista em inglês com os proponentes.

Os candidatos deverão ter vínculo permanente com alguma instituição de pesquisa no Brasil e ter concluído o doutorado entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2020. Esse prazo é estendido em até dois anos para mulheres com filhos.

A chamada pública traz novidades em relação aos anos anteriores. Uma delas é que o candidato deve detalhar o risco do seu projeto a partir de três definições propostas pelo Serrapilheira: o risco de concepção, relacionado à formulação da hipótese do projeto; o risco de abordagem, que diz respeito à escolha metodológica; e o risco técnico, ligado à obtenção dos dados.

“A definição desse conceito é fruto de um amadurecimento institucional”, comenta Cristina Caldas, diretora de Ciência do Serrapilheira. “Entender o risco em cada etapa do projeto é fundamental para estruturá-lo de maneira mais completa, pensando o processo científico de forma mais profunda.”

Para o Serrapilheira, o risco é bem-vindo e faz parte de projetos ousados. O objetivo do detalhamento é mensurar como as suas escolhas podem dar errado e o que o pesquisador pretende fazer caso isso aconteça. “A ciência avança mais quando assume riscos. Se não estimularmos as pessoas a se arriscarem, acabamos criando uma ciência meramente incremental”, completa Caldas.

Parceria com fundações de amparo à pesquisa

Outra novidade é que o Serrapilheira estabeleceu parcerias com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e com as FAP’s de São Paulo (Fapesp), Rio de Janeiro (Faperj) e Santa Catarina (Fapesc), com o objetivo de ampliar o apoio a jovens cientistas nos estados.

Essas parcerias podem se dar de duas formas: pelo cofinanciamento, o Serrapilheira e as FAPs poderão apoiar conjuntamente cientistas selecionados pela chamada pública do instituto. Já pelo apoio unilateral das FAPs, cientistas de seus respectivos estados que chegarem à fase final no processo de seleção do Serrapilheira, mas que não receberem apoio do instituto por limitação orçamentária, poderão receber recursos das fundações.

“Parcerias público-privadas efetivas são um bom caminho para o avanço da ciência, pois somamos a flexibilidade do financiamento privado à relevância do investimento público para o desenvolvimento do país”, conclui Caldas.

 

*Imagem: Facebook do Instituto Serrapilheira.

Publicado em 10/11/2021

Inscrições abertas para a 5ª chamada pública de apoio à ciência do Serrapilheira

Estão abertas as inscrições para a 5ª chamada pública de apoio à ciência do Instituto Serrapilheira. Jovens cientistas que desenvolvam pesquisas originais, ousadas e que tragam uma contribuição nova nas áreas de ciências naturais, ciência da computação e matemática podem enviar suas pré-propostas até 26 de novembro. Serão selecionados até 10 projetos, que receberão entre 200 mil reais e 700 mil reais cada, a serem distribuídos ao longo de três anos, com possibilidade de renovação. Os proponentes devem ter vínculo permanente com alguma instituição de pesquisa no Brasil e ter concluído o doutorado entre 1º de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de 2019. Esse prazo é estendido em até dois anos para mulheres com filhos.

Na primeira fase da seleção, os candidatos devem enviar uma pré-proposta, que será avaliada pelos revisores internacionais a partir das respostas a seis perguntas:

1- Qual é a pergunta fundamental levantada pelo projeto?
2- Qual é a sua hipótese?
3- Como a hipótese será testada?
4- Como os resultados do projeto vão fazer avançar o entendimento fundamental na área?
5- Por que o projeto é original e ousado?
6- Como você avalia o risco do projeto?

Nessa etapa, os candidatos também devem indicar pelo menos dois artigos de impacto em que foram autores principais. O impacto será medido pelo efeito que o artigo teve em questionar, avançar ou aprofundar o conhecimento no campo, fator justificado pelo próprio pesquisador. 

A partir daí, candidatos pré-selecionados serão chamados para submeter a proposta completa e apresentar uma descrição detalhada do projeto científico, do orçamento, da equipe, da sua rede de colaboração atual e as estratégias para expansão dessa rede. A etapa final inclui uma entrevista em inglês com os proponentes.

Com a nova chamada, o Serrapilheira busca apoiar o desenvolvimento da carreira de jovens pesquisadores que, em busca da construção ou consolidação de suas agendas de pesquisa, proponham grandes perguntas em suas áreas de atuação. “Incentivamos os cientistas a pensarem no Serrapilheira como uma instituição disposta a apoiar projetos que envolvam estratégias de risco, desde que muito bem fundamentados cientificamente, e oferendo o tempo e a liberdade de que a ciência precisa para ser desenvolvida”, afirma Cristina Caldas, diretora de ciência do instituto.

Após selecionados, os cientistas também poderão acessar voluntariamente, na forma de bônus, recursos adicionais destinados especificamente à integração e formação de pessoas de grupos sub-representados nas equipes de pesquisa. O modo de implementação do bônus da diversidade será trabalhado com cada um dos pesquisadores. 

Acesse o edital e o link para inscrições aqui. 

Como preparar bons projetos de pesquisa? Para Daniel Mucida, professor da Universidade Rockefeller e revisor da nossa última chamada de apoio à ciência, um bom projeto de pesquisa precisa balancear uma pergunta relevante com a sua capacidade de respondê-la. Já a diretora de Ciência do Serrapilheira, Cristina Caldas, acredita que um bom projeto deve ser conciso e preciso na articulação entre ideia, metodologia e hipótese. Segundo o diretor-presidente do Serrapilheira, Hugo Aguilaniu, bons projetos de pesquisa são guiados pela intuição do cientista, mas também embasados por dados preliminares. 

Quer saber mais sobre como preparar uma proposta para a 5ª chamada pública de apoio à ciência do Serrapilheira? Assista à live com Mucida, Cristina e Aguilaniu, na qual tiram dúvidas sobre o edital: 

Subscrever RSS - Instituto Serrapilheira