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Publicado em 10/01/2025

Sextas expressa as muitas mulheres que somos

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia apresenta Florbela Espanca, escritora portuguesa que escrevia o que sentia em versos quase confessionais. Expressava as dores, escolhas e a vida das mulheres, com seu olhar sensível, triste, mas com enorme vontade e esperança na superação e felicidade. O poema desta semana, "Minha culpa", mostra as muitas mulheres que somos: "Eu sei lá bem quem sou?
Um fogo-fátuo, uma miragem… Sou um reflexo…
Um canto de paisagem, ou apenas cenário!". Somos várias!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Foto de um monumento de pedra no lado direito da foto, uma parte dele está submerso em um rio, ao fundo da foto um muro com pedras que também está com uma parte submersa no rio, há plantas logo acima e um prédio com diversas janelas, algumas janelas possuem varandas, atrás do prédio o céu azul.

No monumento está um trecho do poema "Minha culpa" de Florbela Espanca:
Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou?! Um fogo-fátuo,
uma miragem...
Sou um reflexo... um canto 
de paisagem
Ou apenas cenário!
Um vaivém...
Como a sorte: hoje aqui,
depois além!
Sei lá quem Sou?! Sei lá!
Sou a roupagem
Dum doido que partiu
numa romagem
E nunca mais voltou!
Eu sei lá quem!...

Publicado em 08/11/2024

Sextas retrata o tempo e a vida em homenagem a Cecília Meireles

Autor(a): 
Ana Furniel

Nesta semana, o Sextas de Poesia homenageia Cecília Meireles. Em 9 de novembro de 2024, completam-se 60 anos de sua morte.

O poema escolhido, Interludio, fala sobre seus temas recorrentes: a efemeridade do tempo e a transitoriedade da vida, e sua poesia atemporal. Cecília Meireles foi escritora, jornalista, professora e pintora, considerada uma das mais importantes poetas do Brasil. Sua obra de caráter intimista, destacou-se na segunda fase do Modernismo no Brasil, no grupo de poetas que consolidaram a "Poesia de 30". Ela ganhou vários prêmios, entre eles o Machado de Assis e o Jabuti.

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo em tom marrom e símbolos de notas musicais no canto esquerdo do banner, as notas estão na cor preta. No canto direito do banner, o poema de Cecília Meireles:

Interlúdio  

As palavras estão muito ditas
e o mundo muito pensado.
Fico ao teu lado.

Não me digas que há futuro
nem passado.
Deixa o presente -- claro muro
sem coisas escritas.

Deixa o presente. Não fales,
Não me expliques o presente,
pois é tudo demasiado.

Em águas de eternamente,
o cometa dos meus males
afunda, desarvorado.

Fico ao teu lado.

Publicado em 25/10/2024

Sextas de Poesia homenageia o poeta Antonio Cicero

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia faz sua homenagem ao escritor, crítico literário e poeta Antonio Cicero, que morreu na manhã desta quarta-feira, 23/10, na Suíça.

Autor de várias canções da MPB que se tornaram sucessos e que levaram o poeta a ser cantado, dançado, além de embalar sonhos e noites de toda uma geração.
Cicero fazia da poesia uma letra, ou ao contrário, não importa.
"Meu mundo você é quem faz. Música, letra e dança.
Tudo em você é fulgás..."

Viva Antônio Cícero!

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Fotografia vista de cima de uma paisagem, com campos e lagos, o sol está no horizonte, no céu há diversas nuvens, através das nuvens passam raios solares. No canto inferior direito da foto, o poema de Antonio Cicero:

Vida, valeu.
Não te repetirei jamais.

Publicado em 06/09/2024

Sextas de Poesia reflete sobre o ineditismo da vida com Clarice Lispector

Autor(a): 
Ana Furniel

Esta edição do Sextas de Poesia traz Clarice Lispector falando sobre a vida e a vontade de experienciá-la: "Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera". Em 'A descoberta do mundo' - livro que reúne 468 crônicas publicadas originalmente na coluna semanal que a escritora mantinha no Jornal do Brasil, entre 1967 e 1973 -, Clarice fala sobre suas histórias, paixões, entrevistas e outras coisas que de alguma forma fizeram parte de sua existência.

A descoberta do mundo foi o primeiro trabalho de crônicas de Clarice. A escritora brasileira marcou a literatura do século XX com seu estilo intimista e complexo, linguagem poética e perturbadora. Clarice Lispector, que nasceu em 1920 e faleceu em 1977, é um marco em nosso Modernismo e suas obras continuam entre as mais lidas no país. 

A autora, vale lembrar, figura como uma das primeiras mulheres a ganhar notoriedade nacional ao lado de grandes nomes, como Rachel de Queiroz e Cecília Meireles, tendo, portanto, também um papel fundamental para desconstruir preconceitos e ampliar o horizonte para tantas outras mulheres na literatura.

 

#ParaTodosVerem Foto de uma estrada de terra batida, de cada lado da estrada um campo com vasta plantação verde, ao fundo o céu amarelado pelo pôr do Sol. No centro da foto o poema de Clarice Lispector, do livro A Descoberta do Mundo:
Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.

Publicado em 30/08/2024

Sextas referencia o mar e sua relação com a vida

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana traz Sophia de Mello Breyner Andresen, uma das mais importantes poetas portuguesas do século XX. O poema Inscrição é o escolhido da semana e mostra, mais uma vez, a referência ao mar, tão presente na obra de Sophia, assim como a natureza, marcando, como a própria autora dizia, sua relação com a vida, "pois a poesia é a minha explicação com o universo".

Ela foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante prêmio literário da língua portuguesa, o Prêmio Camões, em 1999. Em 1998, recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Aveiro e também o Prêmio Rainha Sofia, em 2003. Mais cedo, em 1964, recebeu o Grande Prêmio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores pelo livro 'Livro sexto'. Sophia distinguiu-se também como contista e autora de livros infantis, e ocupou uma cadeira na Academia das Ciências de Lisboa.

Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu, aos 84 anos, em 2004. Desde 2005, por sua forte ligação com o mar, teve seus poemas colocados para leitura permanente no Oceanário de Lisboa, nas áreas de descanso da exposição.

 

 

 

#ParaTodosVerem, foto do mar dentro da água, o ângulo da foto está virado em direção ao céu, raios de luz solar atravessam a água. No centro da foto, o poema Inscrição de Sophia de Mello Breyner Andresen:

Quando eu morrer

voltarei para buscar 

Os instantes que não vivo

junto do mar

Publicado em 07/06/2024

Paulo Leminski é homenageado com haicai no Sextas de Poesia

Autor(a): 
Ana Furniel

Hoje faz 35 anos da morte de Paulo Leminsky. O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem ao poeta com um haicai: "o tempo, entre o sopro e o apagar da vela". 
E nesse curto espaço temos a vida vivida, sonhada, às vezes doída, por muito amada e sempre muito sentida. Mistério e redenção. Vida.

Leminski foi crítico literário, tradutor, e um dos mais expressivos poetas de sua geração. Influenciado pelos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, deixou uma obra vasta que continua exercendo forte influência nas novas gerações de poetas brasileiros. Tinha uma poesia marcante, pois inventou um jeito próprio de escrever, com trocadilhos, brincadeiras com ditados populares e influência do haicai.

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem: Foto em preto e branco de uma planta chamada dente-de-leão em primeiro foco, suas pétalas estão voando. Ao lado esquerdo da foto, um trecho do livro "Toda Poesia" , de Paulo Leminski:
O tempo
entre o sopro
e o apagar da vela

Publicado em 05/04/2024

Sextas de poesia faz um ode à paixão com Goethe

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana lembra o escritor Johann Wolfgang von Goethe que integrava o movimento alemão Tempestade e Ímpeto. De caráter romântico, o movimento defendia o retorno do ser humano à natureza. Goethe, portanto, é um dos primeiros românticos, e suas obras são caracterizadas pela subjetividade e exagero sentimental.

No trecho do livro O Divã Oriento-Ocidento, ele se aproxima da poesia persa, nos brinda com sua ode à paixão e deixa pérolas poéticas ao chão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com uma pintura abstrata ao fundo, na pintura há diversas cores como laranja, lilás e azul. No centro do banner um trecho do livro “Diva Ocidento-Oriental", de Goethe:
A maré da paixão, ela avança em vão 
contra a terra firme e incontida.-
Deixa pérolas poéticas no chão,
e isso já é um ganho na vida.

Publicado em 05/01/2024

Sextas inspira leveza e tranquilidade do amor para o ano novo

Autor(a): 
Ana Furniel*

O Sextas de Poesia, em seu primeiro poema de 2024, apresenta Mário Cesariny de Vasconcelos, poeta e pintor, considerado o principal representante do surrealismo português. É de destacar também o seu trabalho de antologista, compilador e historiador das atividades surrealistas em Portugal.
Em "Ama como a estrada começa", ele nos fala dos começos, das estradas, e com o amor é parecido: vem não se sabe de onde, nem como, nem porquê.

E, quando reparamos, ele já se instalou...

Mas a frase diz mais. Diz para amarmos como a estrada começa: sem saber o seu caminho, mas sem deixar que isso lhe corte a liberdade para tentar ser feliz, sem reservas, até ao infinito... (Até ao fim das estradas).

Que seja uma linda estrada 2024!

 

 

 

 

 

 

 

*Com informações do blog Silêncio nas Palavras.

ParaTodosVerem foto de uma estrada em descida, e ao fundo, a paisagem de uma praia com montanhas ao fundo, e um trecho do poema de Mário Cesariny: "Ama como a estrada começa".

Publicado em 10/10/2023

IdeiaSUS promove segunda roda de debate sobre economia solidária na reinvenção da vida

Autor(a): 
IdeiaSUS Fiocruz

Três experiências estão na centralidade da segunda roda virtual de práticas Sonhar coletivo: experiências de economia solidária na reinvenção da vida, que acontece na próxima quarta-feira, 11 de outubro, às 15h, no YouTube. A live é promovida pela Comunidade de Práticas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (CPSMAP) da Plataforma IdeiaSUS Fiocruz, com apoio do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Laps/Ensp/Fiocruz). A coordenação é de Ana Paula Guljor, do Laps/Ensp/Fiocruz, e Paulo Amarante, curador da CPSMAP.

Cooperativa Social de Saúde Mental Ciranda Samaúma, em Rio Branco (AC): a iniciativa promove a inclusão social e rompe com os estigmas e preconceitos associados às pessoas em sofrimento psíquico, valorizando e estimulando sua autonomia e potencial criativo. 

Arte, horta & cia, programa de geração de vida e renda do Museu Bispo do Rosário, no Rio de Janeiro (RJ): projeto que busca estabelecer uma rede de sustentabilidade e autonomia, envolvendo a comunidade local, que inclui oficinas de mosaico, bordado e costura, horta e culinária, tudo baseado na economia solidária. 

Rede de Saúde Mental e Economia Solidária de Curitiba e Região Metropolitana - Libersol, em Curitiba (PR): espaço de articulação que congrega instituições e pessoas interessadas em promover ações para fortalecer os princípios da Reforma Psiquiátrica brasileira e da economia solidária, buscando, ainda, contribuir com empreendimentos econômicos solidários da região.

Acompanhe ao vivo:

 

Publicado em 29/09/2023

O Sextas dessa semana traz um poema que nos convida a dançar por toda a vida

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana traz Chacal, ou Ricardo de Carvalho Duarte. O poema escolhido "Rápido e rasteiro" nos convida a dançar, o resto da vida. 
Chacal é o principal sobrevivente da Poesia Marginal, típico antropófago, que sabe imprimir as marcas da brasilidade carioca em seus versos.

Em 1970, ele escreveu seu primeiro livro, intitulado “Muito Prazer”, uma edição mimeografada, um misto de cartão de apresentação com livro de poesia, pessoalmente distribuído pelo autor, em 1971, com confecção de 100 exemplares. A partir de 1972, passou a colaborar com a revista Navilouca. 

Chacal foi um poeta da chamada geração mimeógrafo, que fazia uma poesia que saia da página do livro e ganhava as ruas. A Poesia Marginal é irreverente, descompromissada com qualquer estética. 

Como atesta a criação do CEP 20.000 (Centro de Experimentações Poéticas), em 1990, no Rio de Janeiro, como forma de reunir poetas e artistas e agitar a vida política e cultural da cidade. Chacal passou a ler avidamente Guimarães Rosa. Descobriu que “palavras tinham molas, dobravam esquinas”, ao mesmo tempo em que vivia as manifestações nas ruas contra a ditadura.

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