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Publicado em 27/04/2020

Covid-19: com mais de 23,4 mil matriculados em dez dias, curso da Fiocruz amplia a qualificação de profissionais de saúde no Brasil e em outros países

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Muitos conhecimentos compartilhados: já são 23.485 pessoas inscritas em 2.169 cidades de todos os estados do Brasil, e em outros 24 países ao redor do mundo. Estes são os primeiros resultados obtidos pelo curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus, que qualifica profissionais de saúde para enfrentar a pandemia. A iniciativa foi lançada pelo Campus Virtual Fiocruz (CVF) no final do dia 15 de abril, gerando imediatamente uma grande quantidade de acessos ao Portal, lembra a coordenadora geral do curso e do CVF, Ana Furniel. “Neste momento difícil que estamos enfrentando da pandemia, é muito importante colaborar com a experiência de tantos especialistas da Fiocruz, alcançando profissionais de todo o país que estão na linha de frente do combate ao coronavírus", afirma.

Saiba mais sobre o curso e inscreva-se

O curso é aberto, gratuito, autoinstrucional e oferecido à distância (EAD), permitindo que qualquer pessoa interessada se inscreva. Em especial, a qualificação é dirigida a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios que atuam em todo o Brasil. Elaborado por pesquisadores e gestores da Fiocruz envolvidos nas ações de vigilância e assistência, o curso apresenta estratégias para conter a curva epidêmica da doença. Os especialistas contribuíram com textos, videoaulas e com a revisão técnica de todo o material — que é apresentado com uma linguagem simples e num formato dinâmico, interativo, atraente.

São três módulos independentes: um sobre conceitos básicos e dois sobre o manejo clínico. Cada aluno pode escolher quais módulos quer cursar e em que ordem. Os conhecimentos são avaliados ao fim de cada módulo. Quem obtiver nota maior ou igual a 70, recebe um micro certificado com a carga horária correspondente. O aluno que acessar todos os módulos e concluir todas as avaliações com sucesso receberá um certificado com a carga horária total do curso (30h).

Integração com unidades da Fiocruz

O curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus é uma realização do Campus Virtual Fiocruz, vinculado à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz. A coordenação acadêmica é de Marília Santini, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), e de André Reynaldo Santos Perissé, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).

Além do INI e da Ensp, o curso tem o apoio da Fiocruz Brasília, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), do Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Proqualis) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).

Clique aqui e inscreva-se já no curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus

Publicado em 25/09/2019

Centro de Apoio ao Discente da Fiocruz apoia o setembro amarelo

Autor(a): 
Flávia Neves de Oliveira e Márcia Silveira*

O Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O mês de setembro foi escolhido porque o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

No contexto da campanha, a mensagem do Centro de Apoio ao Discente (CAD), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é: "Não sofra sozinho! Peça ajuda". Confira algumas orientações para estudantes sobre o tema, que foram organizadas pelo CAD:

Na Fiocruz tivemos várias ações relacionadas à prevenção do suicídio, com atividades em diferentes unidades. Como se insere a atuação do CAD nesse movimento?

O suicídio é um tema complexo, multifacetado, com causas e formas variáveis. Especialistas indicam uma maior prevalência de transtornos mentais, tais como a depressão, por exemplo, em pessoas que tentam o suicídio. Entretanto, nem todas apresentam esses quadros. O que se tem em comum é um intenso sofrimento psíquico, que pode resultante de perdas, de contextos de assédio ou discriminação, de situações nas quais a pessoa se sente fracassada e sem visualizar uma solução possível. Na vivência dos discentes as incertezas quanto ao futuro profissional, a pressão por produções, a competitividade desenfreada também podem ser fatores contribuintes para o desenvolvimento da depressão e de ideações suicidas.

A atuação do CAD tem como base o acolhimento e a escuta qualificada dos estudantes, abrindo espaço para que as pessoas falem sobre suas dores e dificuldades sem qualquer crítica ou julgamento. Uma escuta empática, que reconhece cada pessoa como única e não tenta qualificar ou desqualificar o sofrimento vivido e nem compará-lo com o de outros. Nesse sentido trabalhamos rotineiramente com a prevenção ao suicídio, pois saber ouvir e acolher é essencial para identificar o risco de uma violência autoinflingida e possibilitar outras formas de expressão do sofrimento.

Isto não significa, entretanto, a negação dos fatores sociais no aparecimento, na manutenção e no aumento do sofrimento. O suicídio e outras formas de violência expressam-se no indivíduo, mas enraizam-se na coletividade, na cultura e na sociedade. Então, ao mesmo tempo que é preciso amparar a pessoa em sofrimento, é preciso apontar sua inserção em uma sociedade cada vez mais competitiva e menos solidária, uma sociedade onde tristeza e dor não são suportadas. Para essa conscientização e também visando o estímulo à formação de laços, têm papel central no trabalho do CAD as rodas de conversa e outras ações coletivas. Em nosso trabalho costumamos usar quatro palavras- chave: escutar, orientar, integrar e apoiar.

A escuta qualificada, o acolhimento e as atividades coletivas são as principais formas de prevenção ao suicídio?

São fundamentais, porém não são exclusivas nem suficientes. Falar sobre o suicídio, conhecer mais sobre o tema e identificar os sinais, são algumas das principais formas de prevenção. O assunto, que já foi um tabu muito maior, ainda enfrenta grandes dificuldades na identificação de sinais, oferta e busca por ajuda, justamente pelos preconceitos e falta de informação. É importante disseminar as informações e sob esse aspecto a comunicação tem um papel central na prevenção. A campanha do Setembro Amarelo se destaca sobretudo ao dar visibilidade para um fato social tão grave.

Quais sinais podem servir de alerta?

A desistência da vida se expressa frequentemente pelo desânimo ou apatia, pela diminuição do autocuidado, pelo desinteresse por pessoas e/ou atividades anteriormente motivadoras, pela desesperança, pelo isolamento e pelas falas mais frequentes sobre morte ou desejo de morrer. Esses são alguns dos sinais que precisam ser percebidos na prevenção do suicídio e com os quais trabalhamos. É importante ressaltar que os sinais não devem ser considerados isoladamente e nem interpretados como ameaças ou chantagens emocionais, e sim como aviso de alerta para um risco real.

Como é feito o atendimento e encaminhamento para o tratamento?

Durante o atendimento, quando identificada a necessidade, é realizado encaminhamento para tratamento com profissionais especializados em instituições parceiras ou, em casos emergenciais, a pessoa é acompanhada ao NUST ou pronto-socorro. Uma pessoa com risco iminente não pode ser deixada sozinha. É importante também contactar uma pessoa de confiança. É importante abordar a questão do suicídio sem a fantasia de que a pessoa será induzida pela pergunta, porque uma ação rápida poderá evitar a continuidade de um processo ainda em andamento. Vale ressaltar que, conforme preconiza a cartilha do Ministério da Saúde sobre como prevenir o suicídio, não há “receita” para detectar seguramente uma crise suicida em uma pessoa próxima, mas é preciso estar atento a possíveis sinais.

Onde buscar ajuda?

• Centro de valorização da vida: 24 horas por dia, 7 dias por semana. Contato por telefone 188, e-mail ou chat. Visite também o website: www.cvv.org.br;
• CAPS do território e unidades básicas de saúde da região;
• Emergência: SAMU 192, UPA e hospitais.

Quer saber mais?

1. Informação e prevenção:
http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/suicidio
https://www.cvv.org.br/wp-content/uploads/2017/05/suicidio_informado_para_prevenir_abp_2014.pdf

2. Para profissionais de imprensa:
https://portal.cfm.org.br/images/PDF/manualimprensacomportamentosuicida.pdf
https://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/en/suicideprev_media_port.pdf

 

*Flávia Neves de Oliveira é assistente social e Márcia Silveira é coordenadora do Centro de Apoio ao Discente (CAD), da Fiocruz.

Publicado em 15/04/2020

Fiocruz lança seu primeiro curso sobre Covid-19, online e gratuito, para profissionais de saúde*

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Conhecimento: esta é a principal solução que os profissionais de saúde têm para enfrentar a pandemia de coronavírus. Liderando diversas ações no campo da ciência, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), lança o curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus. A iniciativa é do Campus Virtual Fiocruz, que abre inscrições, online, nesta quarta-feira, dia 15 de abril (saiba como se inscrever aqui).

O curso é aberto, gratuito, autoinstrucional e oferecido à distância (EAD). Esse modelo considera uma ampla rede de trabalhadores que estão na linha de frente do combate à Covid-19: atualmente, o Brasil tem cerca de 3 milhões de profissionais de saúde. A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, explica que a formação em escala é uma estratégia fundamental para responder à crise. “O novo curso é uma das muitas contribuições da Fiocruz/Ministério da Saúde para responder a essa emergência sanitária. Atuamos sempre com o compromisso de salvar vidas e fortalecer o Sistema Único de Saúde em sua capacidade de enfrentar esse e outros desafios relacionados à saúde da população brasileira”, afirma.

Fiocruz desenvolve curso próprio junto a seus especialistas

A coordenadora geral do curso e do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, diz que qualquer pessoa interessada em aprender mais sobre coronavírus pode se inscrever. Mas ressalta que a qualificação foi concebida, especialmente, para trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios. “Com isso, esperamos potencializar e multiplicar o conhecimento por todo o país”.

Quanto ao conteúdo, Ana comenta que o principal desafio é capacitar os trabalhadores na sua prática nos serviços de saúde, em um contexto de mudanças frequentes no conhecimento sobre Covid-19. Para apresentar as melhores estratégias para conter e enfrentar a doença, vários especialistas da Fiocruz foram mobilizados. “Esse é um diferencial importante do nosso curso: ser elaborado junto a pesquisadores e gestores diretamente envolvidos nas ações de vigilância e assistência, e que estão considerando o atual cenário. Eles contribuíram com textos, videoaulas, e com a revisão técnica de todo o material”, destaca.

O curso tem a coordenação acadêmica de Marília Santini, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), e de André Reynaldo Santos Perissé, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). Marília destaca que, para conter a curva epidêmica, é fundamental qualificar quem vai enfrentar este período conturbado. “Na pandemia, os casos aumentam rapidamente, causando uma pressão maior sobre os profissionais dos serviços de saúde, assim como sua exposição a riscos. Por isso, o curso informa os participantes sobre medidas e usos de equipamento de proteção individual e coletiva, manejo clínico do paciente grave com base em outras doenças respiratórias agudas, e notificação de casos”, diz.

Saiba mais: novo curso é aberto, online, gratuito e dinâmico

Com uma linguagem simples, visual atraente e navegação dinâmica, o curso reúne textos curtos, videoaulas com especialistas, recursos abertos (como infográficos e minitestes) e uma série de fontes confiáveis e atualizadas, que são muito úteis para pesquisar e compreender melhor o tema. Há também uma seção de perguntas frequentes categorizada por interesse dos diferentes públicos, além de atividades e exercícios rápidos.

A qualificação está dividida em três módulos independentes, permitindo que cada aluno escolha em que ordem deseja fazer o curso. No fim de cada módulo, os conhecimentos são avaliados. Quem obtiver nota maior ou igual a 70, recebe um micro certificado com a carga horária correspondente. O aluno que acessar todos os módulos e concluir todas as avaliações com sucesso receberá um certificado com o total de carga horária do curso (30h).

A partir do dia 14 de abril, serão lançados os dois primeiros módulos:  Introdução e Manejo clínico nas UBS. Já o terceiro módulo é mais complexo e difícil, pois aborda o manejo de pacientes graves na rede de atenção especializada e rede hospitalar, explica a coordenadora Ana Furniel. “O conteúdo do módulo 3 tratará de questões que ainda estão sendo debatidas pela comunidade científica, como suporte e terapia farmacológica, uso de medicações experimentais. São questões mais complicados e, por isso, demandam mais tempo para serem elaboradas no formato de um curso”.

Mas ela conta que a espera dos interessados no último módulo será breve. “A equipe está trabalhando de forma bastante dedicada e a previsão é de que o terceiro módulo seja liberado já nos próximos 15 dias”, antecipa. Conheça os conteúdos de cada módulo:

Módulo 1 - Introdução: Conceitos e informações básicas (5 horas/aula)

  • Aula 1 - Novo coronavírus: conceitos básicos
  • Aula 2 - Transmissão, sintomas e prevenção
  • Aula 3 - O que fazer se estiver doente

>> Inscrições abertas aqui!

Módulo 2 - Manejo clínico: Atenção Básica (10 horas/aula)

  • Aula 1 - Organizando sua UBS para a pandemia
  • Aula 2 - Manejo clínico na APS
  • Aula 3 - Como conduzir isolamento domiciliar
  • Aula 4 - Protegendo os profissionais de saúde

>> Inscrições abertas aqui!

Módulo 3 - Manejo clínico da Covid-19 na atenção hospitalar (15 horas/aula) | Em breve

  • Aula 1 - Detecção precoce e classificação da severidade dos pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG)
  • Aula 2 - Manejo clínico inicial dos pacientes com síndrome respiratória aguda grave
  • Aula 3 - Investigação de imagem, laboratorial e diagnóstico diferencial da Covid-19
  • Aula 4 - Suporte farmacológico a pacientes com Covid-19
  • Aula 5 - Suporte respiratório a pacientes com Covid-19
  • Aula 6 - Manejo clínico da gestante no contexto da Covid-19
  • Aula 7 - Procedimentos de proteção e controle de infecção em ambiente hospitalar

O curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus é uma realização do Campus Virtual Fiocruz, vinculado à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz.  A iniciativa conta com o apoio do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), da Fiocruz Brasília, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), do Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Proqualis), da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).

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