Viver de outra maneira o tempo: Foucault, Subjetividade e Verdade. Esse será o tema da aula de abertura do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS) da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), ministrada pela historiadora Margareth Rago, na quinta-feira, 10 de abril, às 10h.
Graduada em História na USP, Margareth Rago cursou Filosofia na mesma universidade e fez mestrado e doutorado em História na Unicamp. Em 2003, tornou-se professora titular do Departamento de História da Unicamp, onde iniciou em 1985. Em 2015, aposentou-se e vinculou-se ao mesmo departamento como professora colaboradora. Entre seus temas de pesquisa, constam feminismos, anarquismos, subjetividade, gênero, Foucault e Deleuze.
A historiadora também escreveu e organizou diversos livros, entre eles, Do cabaré ao lar: A utopia da cidade disciplinar e a resistência anarquista (2018); Neoliberalismo, feminismos e contracondutas: perspectivas foucaultianas (2019); e As Marcas da Pantera – percursos de uma historiadora (2021).
O evento será realizado presencialmente no Salão de Conferência do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), em Manguinhos (RJ), no dia 10 de abril, às 10h. Também haverá transmissão online pelo canal do YouTube da Casa de Oswaldo Cruz.
Viver de outra maneira o tempo: Foucault, Subjetividade e Verdade!
Palestrante: Margareth Rago
Data: 10/04/2025
Horário: 10h
Local: Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira
Nesta semana, o Sextas de Poesia homenageia Cecília Meireles. Em 9 de novembro de 2024, completam-se 60 anos de sua morte.
O poema escolhido, Interludio, fala sobre seus temas recorrentes: a efemeridade do tempo e a transitoriedade da vida, e sua poesia atemporal. Cecília Meireles foi escritora, jornalista, professora e pintora, considerada uma das mais importantes poetas do Brasil. Sua obra de caráter intimista, destacou-se na segunda fase do Modernismo no Brasil, no grupo de poetas que consolidaram a "Poesia de 30". Ela ganhou vários prêmios, entre eles o Machado de Assis e o Jabuti.
#ParaTodosVerem Banner com fundo em tom marrom e símbolos de notas musicais no canto esquerdo do banner, as notas estão na cor preta. No canto direito do banner, o poema de Cecília Meireles:
Interlúdio
As palavras estão muito ditas
e o mundo muito pensado.
Fico ao teu lado.
Não me digas que há futuro
nem passado.
Deixa o presente -- claro muro
sem coisas escritas.
Deixa o presente. Não fales,
Não me expliques o presente,
pois é tudo demasiado.
Em águas de eternamente,
o cometa dos meus males
afunda, desarvorado.
Fico ao teu lado.
A sessão do Centro de Estudos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) desta sexta-feira, 7 de junho, às 10h, terá como temática central as mudanças climáticas e os desastres ambientais.
Na ocasião, os professores Humberto Alves Barbosa, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e Marcelo Dutra da Silva, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) ministrarão, respectivamente, as seguintes palestras: ‘A nova realidade de extremos climáticos no Brasil: pesquisa e monitoramento’ e ‘Gestão sustentável das cidades’.
A mediação do debate ficará a cargo do vice-diretor de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC, Marco Aurélio Horta.
A sessão será transmitida pelo Canal IOC no YouTube.
Acompanhe ao vivo:
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
Hoje faz 35 anos da morte de Paulo Leminsky. O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem ao poeta com um haicai: "o tempo, entre o sopro e o apagar da vela".
E nesse curto espaço temos a vida vivida, sonhada, às vezes doída, por muito amada e sempre muito sentida. Mistério e redenção. Vida.
Leminski foi crítico literário, tradutor, e um dos mais expressivos poetas de sua geração. Influenciado pelos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, deixou uma obra vasta que continua exercendo forte influência nas novas gerações de poetas brasileiros. Tinha uma poesia marcante, pois inventou um jeito próprio de escrever, com trocadilhos, brincadeiras com ditados populares e influência do haicai.
#ParaTodosVerem: Foto em preto e branco de uma planta chamada dente-de-leão em primeiro foco, suas pétalas estão voando. Ao lado esquerdo da foto, um trecho do livro "Toda Poesia" , de Paulo Leminski:
O tempo
entre o sopro
e o apagar da vela
O Sextas de Poesia desta semana traz um poema de Marcelo Lopes, publicado em seu primeiro livro "O voo dos dias no abismo do tempo", publicado de forma independente e lançado no final de 2023. Ele traz 114 poesias que falam sobre coisas do cotidiano, as reais e as imaginárias, distraídas entre o status e a essência. Mergulho ou decolagem tanto faz... A poesia escolhida, "Astronauta", é amor, é saudade!
#ParaTodosVerem Foto do mar com uma ponte de madeira em primeiro plano, há uma garça pousada na ponte e outra voando por cima, no horizonte é possível ver rochas, na parte inferior da foto o poema 'Astronauta', de Marcelo Lopes em " O voo dos dias no abismo do tempo":
Às vezes eu sinto a tua falta
sinto uma saudade incauta
é como me apaixonar pela lua
sabendo que nunca serei um astronauta
O Sextas de Poesia de hoje apresenta um poema de Içara Bahia, jornalista, redatora e se especializou em roteiro, dramaturgia e jornalismo literário. Ela nasceu em 1985, em Salvador, na Bahia, mas mora longe do mar desde 2012, ano em que se mudou para São Paulo, onde vive desde então. Vive de escrever e escreve para sobreviver. "Meu relógio não conta as horas" é o seu primeiro livro, "quando se cresce à beira-mar, o tempo é guiado pelo céu, pelo sol e pelo mar, então, o relógio não conta as horas, torna-se enfeite em torno do punho que escreve versos na busca".
O poema "Penso mar", que ilustra o Sextas desta semana, faz parte desse livro no qual ela diz que "em qualquer lugar meu mar também é dentro".
*com informações da Editora Patuá, site no qual também é possível adquirir o livro de Içara Bahia.
Nosso escritor e poeta homenageado desta semana é o moçambicano Mia Couto, nascido em 5 de julho de 1955, na cidade de Beira. Com o trecho da obra "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra", ele nos convida a sentir o tempo e sua imensidão, tendo sempre recomeços pelo caminho.
Mia Couto mostra a todo momento uma narrativa emotiva e afetuosa para resgatar a luta, a resistência e a construção de novas vidas, humanizadas. Dentre os muitos prêmios literários com os quais foi contemplado, está o Prêmio Neustadt, em 2014, tido como o Nobel Americano, e o Prêmio Camões, que venceu em 2013. O poeta também foi homenageado com a criação do Prêmio Literário Mia Couto, pela Cornelder de Moçambique e a Associação Kulemba. A iniciativa, pretende estimular a produção literária de qualidade em Moçambique, distinguindo as melhores obras publicadas anualmente no país.
#ParaTodosVerem Banner, o topo está com as cores amarela e azul com um trecho do livro "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra" de Mia Couto, com as palavras de Corozero Muando: "O bom do caminho é haver volta. Para a ida sem vinda basta o tempo". Na parte inferior do banner, uma foto tirada de cima para baixo, mostrando duas pernas de pessoas diferentes em uma calçada de pedras portuguesas, no lado esquerdo é um pé feminino usando sandália rasteirinha e calça jeans, ao lado a outra pessoa usa tênis e calça jeans.
Nesta sexta-feira, 7 de julho, às 9h, a Fiocruz Bahia vai realizar a sessão científica com o tema "Achando o fio da meada: Mecanismos celulares e de rede da ligação entre memórias no tempo". A palestra acontece presencialmente no Auditório Aluízio Prata, na Fiocruz Bahia, com transmissão pela plataforma Zoom.
A palestra ficará por conta de Daniel Almeida Filho, professor adjunto no Senai-Cimatec, instituição referência em Educação, Pesquisa e Inovação, localizada em Salvador, Bahia, onde coordena o Centro de Competência em Neurociência e vinculado à Área de Engenharia de Equipamentos Biomédicos (AEEB).
Daniel trabalha com os temas gerais de codificação neural, sono e sonhos, aprendizado e memória, e Rasopatias. Tem experiência em análise de dados neurofisiológicos (eletrofisiologia e imageamento por cálcio), além de engenharia biomédica. Interessa-se por consciência, moral, funções executivas e cognição humana em geral.
O palestrante é graduado em Engenharia Mecatrônica pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (UniFTC) e em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre e Doutor em Neurociências pelo Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (ICe-UFRN). Pós-doutorado em Neurociências pela Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), sendo agraciado como PEW Latin American Fellow 2019.
O Sextas de Poesia desta semana apresenta Paulo Mendes Campos, grande poeta e um dos maiores cronistas do Brasil. O poema escolhido para hoje, "Três coisas", fala sobre o que, na verdade, ele não pode entender: o tempo, a morte e o olhar da amada. Ele nos fala do tempo e da eternidade, onde o instante é tudo.
Em 1937, Paulo Mendes Campos, conheceu o adolescente de mesma idade Otto Lara Resende, em São João del-Rei, Minas Gerais, que seria seu amigo de toda a vida. No ano seguinte, em Belo Horizonte, onde passou a morar, os dois rapazes juntaram-se a Fernando Sabino e Hélio Pellegrino. Aí formava-se o lendário quarteto que Otto batizaria de “Os quatro cavaleiros de um íntimo apocalipse”.
O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem aos namorados e ao amor na voz do poetinha, Vinícius de Moraes, com seu "Soneto do Amor Total".
Nele, o poeta se debruça sobre o tempo do amor - que vive no presente e também na expectativa de futuro.
Escrito em 1951 para a então companheira de Vinícius, Lila Bôscoli, Soneto do Amor Total é uma das composições mais celebradas do poeta Vinicius de Moraes.