Em setembro, mês de aniversário do SUS, a VideoSaúde apresenta uma programação diversificada e enriquecedora, ressaltando a importância do SUS em diversos âmbitos do Brasil. O filme “SUS, em defesa da vida” evidencia a relevância do Sistema Único de Saúde na vida da população brasileira; "Idosos em Ação" retrata práticas de promoção à saúde dos idosos por meio de atividades físicas; enquanto “Escutas, grupoterapia” mostra a resiliência de uma comunidade diante dos desafios de saúde mental.
Em referência ao Dia Nacional de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer, celebrado em 21 de setembro, o filme "Clarita" revela experiências com Alzheimer e reflexões sobre a vida. E ainda, “Mulheres não esperam mais, acabemos com a Aids e a violência. Já!” destaca a conexão entre violência e HIV; “Almerinda, a luta continua” retrata a trajetória da pioneira do feminismo Almerinda Gama; “O ataque silencioso dos fungos” aborda a detecção precoce de infecções fúngicas; "Fiocruz Mata Atlântica" investiga a infecção por SARS-CoV-2 em animais e “20 anos do programa de prevenção e controle da malária” celebra duas décadas do programa de combate à doença.
Em alusão ao Setembro Amarelo, um período que fortalece a conscientização sobre a prevenção do suicídio, o Programa VideoSaúde Especial exibe o documentário “Laços e nós: tecendo histórias do luto por suicídio”, que examina o luto por suicídio e a necessidade de apoio. O Programa VideoSaúde é exibido às segundas-feiras, às 22h30, no Canal Saúde.
Confira a programação completa do mês
2 de setembro
Clarita
Narrado na primeira pessoa e baseado na mãe da diretora, portadora da doença de Alzheimer, apresenta reflexões e questionamentos sobre o sentido da vida e a convivência com a morte.
Idosos em ação (Brasil, aqui tem SUS - Pancas - ES)
O projeto “Idosos em Ação” é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde de Pancas-ES e tem como eixo de atuação a promoção da saúde do idoso. Além de aulas de ginástica conduzidas semanalmente por fisioterapeutas e educadores físicos, o projeto integra acompanhamento médico, nutricional, psicológico e dental seguindo as diretrizes da Cartilha do Idoso do Ministério da Saúde.
Reprises:
4/9, quarta, às 22h30
6/9, sexta, às 22h30
8/9, domingo, às 21h30
9 de setembro
Mulheres não esperam mais, acabemos com a Aids e a violência. já!
A Campanha “Women Won’t Wait – Mulheres Não Esperam Mais – Acabemos com a Violência e a Aids. Já!” foi criada em 2006 com objetivo de abordar, em âmbito mundial, a interface entre a violência contra a mulher e a Aids. O filme apresenta relatos sobre a promoção da saúde das mulheres, histórias de violência e preconceito e a questão dos direitos humanos na luta contra o HIV e a Aids, destacando ainda a relação entre a violência e a disseminação do HIV. Mulheres que trazem duros e pungentes retratos da realidade em diferentes países.
Almerinda, a luta continua
Lança luzes sobre a trajetória de uma das grandes personalidades da política brasileira: a alagoana Almerinda Gama. Pouco conhecida, Almerinda foi advogada, feminista e a única mulher representante classista a votar na Assembleia Constituinte de 1933. O filme faz um resgate histórico da vida de Almerinda, uma das primeiras militantes feministas brasileiras.
Reprises:
11/9, quarta, às 22h30
13/9, sexta, às 22h30
15/9, domingo, às 21h30
16 de setembro
SUS, em defesa da vida
O filme retrata, a partir de diversos personagens e situações, a abrangência e a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) na vida de todos os brasileiros e brasileiras.
O ataque silencioso dos fungos
Considerados inofensivos até alguns anos atrás, os fungos estão se mostrando mais resistentes aos medicamentos usados para combatê-los. O infectologista Arnaldo Colombo, da Unifesp, destaca a importância de reconhecer rapidamente as infecções fúngicas, muitas vezes confundidas com as causadas por bactérias.
Reprises:
18/9, quarta, às 22h30
20/9, sexta, às 22h30
22/9, domingo, às 21h30
23 de setembro
Escutas, Grupoterapia
Numa comunidade especialmente atingida e fragilizada pela violência, pelas dificuldades da vida e por problemas de saúde, usuários e equipe da Clínica da Família Augusto Boal abrem suas vidas e ofícios para falar de resiliência, crises de ansiedade, medos, aprendizados. Revelam diferentes desafios para o SUS. Mas também apontam a importância da resistência, do acolhimento e de práticas inovadoras numa unidade básica de saúde.
Reprises:
25/9, quarta, às 22h30
27/9, sexta, às 22h30
29/9, domingo, às 21h30
24 de setembro
Programa VideoSaúde Especial: Laços e nós: tecendo histórias do luto por suicídio
O documentário conta sobre o processo de ressignificação de vida na experiência de sete pessoas que perderam entes queridos pelo suicídio. No entrelaçamento dos fios compostos por cada história apresentada, percorremos os laços e nós presentes nessas narrativas que, ponto a ponto, revelam um pouco sobre a personalidade da pessoa falecida, sobre o suicídio, o processo de luto e a importância de obter suporte e apoio. “Sabe-se que para cada suicídio completo são em média 135 pessoas impactadas por essa morte e ainda não falamos abertamente sobre isso. Uma perda que altera completamente a vida dos que ficaram, e os levam a trilhar seu singular caminho de sobrevivência. Para que a forma como a pessoa viveu seja mais importante do que como ela morreu. Para que a sociedade pare de julgar os que ficaram e possa olhar com empatia e compaixão”.
Reprise:
26/09, quinta-feira, às 23h
30 de setembro
Fiocruz Mata Atlântica
Projeto Infecção do SARS-CoV-2 em animais silvestres e domésticos de uma área da Mata Atlântica da região metropolitana do Rio de Janeiro.
20 anos do Programa de prevenção e controle da malária
Desde 2003, o Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária do Ministério da Saúde fortalece as estratégias de combate à doença em todas as esferas do SUS. O Programa, que completou 20 anos, é fruto de uma luta que já dura quase um século, e que hoje mira na eliminação da doença no Brasil.
Reprises:
2/10, quarta, às 22h30
4/10, sexta, às 22h30
6/10, domingo, às 21h30
O Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O mês de setembro foi escolhido porque o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
No contexto da campanha, a mensagem do Centro de Apoio ao Discente (CAD), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é: "Não sofra sozinho! Peça ajuda". Confira algumas orientações para estudantes sobre o tema, que foram organizadas pelo CAD:
Na Fiocruz tivemos várias ações relacionadas à prevenção do suicídio, com atividades em diferentes unidades. Como se insere a atuação do CAD nesse movimento?
O suicídio é um tema complexo, multifacetado, com causas e formas variáveis. Especialistas indicam uma maior prevalência de transtornos mentais, tais como a depressão, por exemplo, em pessoas que tentam o suicídio. Entretanto, nem todas apresentam esses quadros. O que se tem em comum é um intenso sofrimento psíquico, que pode resultante de perdas, de contextos de assédio ou discriminação, de situações nas quais a pessoa se sente fracassada e sem visualizar uma solução possível. Na vivência dos discentes as incertezas quanto ao futuro profissional, a pressão por produções, a competitividade desenfreada também podem ser fatores contribuintes para o desenvolvimento da depressão e de ideações suicidas.
A atuação do CAD tem como base o acolhimento e a escuta qualificada dos estudantes, abrindo espaço para que as pessoas falem sobre suas dores e dificuldades sem qualquer crítica ou julgamento. Uma escuta empática, que reconhece cada pessoa como única e não tenta qualificar ou desqualificar o sofrimento vivido e nem compará-lo com o de outros. Nesse sentido trabalhamos rotineiramente com a prevenção ao suicídio, pois saber ouvir e acolher é essencial para identificar o risco de uma violência autoinflingida e possibilitar outras formas de expressão do sofrimento.
Isto não significa, entretanto, a negação dos fatores sociais no aparecimento, na manutenção e no aumento do sofrimento. O suicídio e outras formas de violência expressam-se no indivíduo, mas enraizam-se na coletividade, na cultura e na sociedade. Então, ao mesmo tempo que é preciso amparar a pessoa em sofrimento, é preciso apontar sua inserção em uma sociedade cada vez mais competitiva e menos solidária, uma sociedade onde tristeza e dor não são suportadas. Para essa conscientização e também visando o estímulo à formação de laços, têm papel central no trabalho do CAD as rodas de conversa e outras ações coletivas. Em nosso trabalho costumamos usar quatro palavras- chave: escutar, orientar, integrar e apoiar.
A escuta qualificada, o acolhimento e as atividades coletivas são as principais formas de prevenção ao suicídio?
São fundamentais, porém não são exclusivas nem suficientes. Falar sobre o suicídio, conhecer mais sobre o tema e identificar os sinais, são algumas das principais formas de prevenção. O assunto, que já foi um tabu muito maior, ainda enfrenta grandes dificuldades na identificação de sinais, oferta e busca por ajuda, justamente pelos preconceitos e falta de informação. É importante disseminar as informações e sob esse aspecto a comunicação tem um papel central na prevenção. A campanha do Setembro Amarelo se destaca sobretudo ao dar visibilidade para um fato social tão grave.
Quais sinais podem servir de alerta?
A desistência da vida se expressa frequentemente pelo desânimo ou apatia, pela diminuição do autocuidado, pelo desinteresse por pessoas e/ou atividades anteriormente motivadoras, pela desesperança, pelo isolamento e pelas falas mais frequentes sobre morte ou desejo de morrer. Esses são alguns dos sinais que precisam ser percebidos na prevenção do suicídio e com os quais trabalhamos. É importante ressaltar que os sinais não devem ser considerados isoladamente e nem interpretados como ameaças ou chantagens emocionais, e sim como aviso de alerta para um risco real.
Como é feito o atendimento e encaminhamento para o tratamento?
Durante o atendimento, quando identificada a necessidade, é realizado encaminhamento para tratamento com profissionais especializados em instituições parceiras ou, em casos emergenciais, a pessoa é acompanhada ao NUST ou pronto-socorro. Uma pessoa com risco iminente não pode ser deixada sozinha. É importante também contactar uma pessoa de confiança. É importante abordar a questão do suicídio sem a fantasia de que a pessoa será induzida pela pergunta, porque uma ação rápida poderá evitar a continuidade de um processo ainda em andamento. Vale ressaltar que, conforme preconiza a cartilha do Ministério da Saúde sobre como prevenir o suicídio, não há “receita” para detectar seguramente uma crise suicida em uma pessoa próxima, mas é preciso estar atento a possíveis sinais.
Onde buscar ajuda?
• Centro de valorização da vida: 24 horas por dia, 7 dias por semana. Contato por telefone 188, e-mail ou chat. Visite também o website: www.cvv.org.br;
• CAPS do território e unidades básicas de saúde da região;
• Emergência: SAMU 192, UPA e hospitais.
Quer saber mais?
1. Informação e prevenção:
http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/suicidio
https://www.cvv.org.br/wp-content/uploads/2017/05/suicidio_informado_para_prevenir_abp_2014.pdf
2. Para profissionais de imprensa:
https://portal.cfm.org.br/images/PDF/manualimprensacomportamentosuicida.pdf
https://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/en/suicideprev_media_port.pdf
*Flávia Neves de Oliveira é assistente social e Márcia Silveira é coordenadora do Centro de Apoio ao Discente (CAD), da Fiocruz.
Precisamos falar sobre suicídio: a cada 40 segundos no mundo uma pessoa se mata, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Já no Brasil, a taxa é de um suicídio a cada 45 minutos. Jovens e adolescentes estão entre os mais afetados. Para lembrar à população a importância de valorizar a vida, o Ministério da Saúde estabeleceu a data de hoje (10/9) como Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, iniciativa que faz parte do Setembro Amarelo. Para alertar a respeito do tema, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) promove diversas atividades ao longo da semana. Confira, na íntegra:
Sala de Convidados (Canal Saúde)
Tema: Suicídio. Com a voluntária do Centro de Valorização da Vida (CVV), Patrícia Fanteza; a psicóloga clínica, coordenadora da Residência Multiprofissional em Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Ana Cristina Felisberto; o psiquiatra e psicanalista, coordenador do Grupo de Pesquisa em Prevenção ao Suicídio (PesqueSUI), professor e pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Carlos Estellita-Lins; e a socióloga e coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Gepesp/Uerj), Dayse Miranda.
Terça-feira, 11/9, às 11h.
Ciclo de palestras Setembro Amarelo
Tema: O trabalho do Centro de Valorização da Vida (CVV) na prevenção do suicídio. Com Patrícia Fanteza (CVV).
Terça-feira, 11/9, às 14h, no Auditório do Pavilhão de Ensino do INI (Av. Brasil, 4365 - Manguinhos, Rio de Janeiro (RJ) - CEP: 21040-360)
Roda de conversa
Tema: Suicídio e prevenção. Com Laura Quadros e Eleonora Prestrelo, professoras do Instituto de Psicologia (Uerj).
Sexta-feira, 14/9, às 9h, na Coordenação de Saúde do Trabalhador (Pavilhão Carlos Augusto da Silva, sala 210).
Conheça também a iniciativa Meio-dia de prosa, um espaço de escuta promovido pelo Centro de Apoio ao Discente (CAD). O grupo é voltado para estudantes e se encontra toda quarta-feira, entre 12h e 13h30, no prédio da Expansão da Fiocruz (Av. Brasil, 4036/Sala 910 - Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ). E lembre-se: você não está sozinho!
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)