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Publicado em 04/12/2024

Dezembro vermelho - Campanha Nacional de Prevenção à Aids: conheça as formações do CVF voltadas ao tema

Autor(a): 
Fabiano Gama e Isabela Schincariol*

Em dezembro é celebrada a Campanha Nacional de Prevenção à Aids, conhecida como Dezembro Vermelho. A luta contra a Aids ainda é um grande desafio mundial, mas que vem cada vez mais sendo abordada com clareza e os estigmas do preconceito vêm sendo combatidos. Em face da comemoração, durante a reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), o Ministério da Saúde anunciou que o Brasil alcançou mais uma meta de eliminação da aids como problema de saúde pública, revelando o cumprimento de controle de pessoas com carga viral (95%), que no último ano o Brasil subiu seis pontos percentuais na meta de diagnóstico das pessoas vivendo com HIV, passando de 90% em 2022 para 96% em 2023. Os dados são Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e a aids (Unaids). Para acabar com a aids como problema de saúde pública, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu metas globais: ter 95% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas; ter 95% dessas pessoas em tratamento antirretroviral; e, dessas em tratamento, ter 95% em supressão viral, ou seja, com HIV intransmissível. Hoje o Brasil possui, respectivamente, 96%, 82% e 95% de alcance. Com isso, é possível afirmar que o Brasil cumpre duas das três metas globais da ONU com dois anos de antecedência. Ainda durante o CIT, o Ministério anunciou a nova campanha de conscientização, com o tema “HIV. É sobre viver, conviver e respeitar. Teste e trate. Previna-se”. 

Diante deste importante tema, o Campus Virtual Fiocruz reforça os cursos '“Profilaxia pré-exposição de risco à infecção pelo HIV oral', 'Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde', e 'Utilização dos testes rápidos no diagnóstico da infecção pelo HIV, da Sífilis e das Hepatites B e C', todos online, gratuitos e autoinstrucionais, com insrições abertas aos interessados.

Profilaxia pré-exposição de risco à infecção pelo HIV oral

A formação é uma iniciativa do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (Dathi/SVSA/MS) em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) e a Fiocruz.

A PrEP consiste no uso de antirretrovirais - tenofovir e entricitabina - por qualquer pessoa com risco acrescido ao HIV, e quando tomados corretamente, evitam a infecção caso aconteça uma eventual exposição ao vírus. Desde 2022, a PrEP é recomendada para os adolescentes acima de 15 anos, com peso corporal igual ou superior a 35kg, sexualmente ativos e sob risco aumentado de infecção pelo HIV. Algumas situações podem indicar o uso da PrEP com prioridade: o não uso frequente de camisinha nas relações sexuais (anais ou vaginais); uso repetido de Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP); histórico de episódios de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST); contextos de relações sexuais em troca de dinheiro, objetos de valor, drogas, moradia etc.; e chemsex: prática sexual sob a influência de drogas psicoativas (metanfetaminas, Gama-hidroxibutirato (GHB), MDMA, cocaína, poppers).

A ideia é que o curso atualize profissionais de saúde para estarem melhor preparados e atentos para recomendar de forma assertiva a PrEP, identificando quem pode se beneficiar dessa estratégia de prevenção e garantindo o acesso adequado à medicação, além de fornecer acompanhamento e suporte contínuos.

+Conheça mais sobre a estrutura do curso e inscreva-se já!

Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde

O curso foi organizado em 3 macrotemas — Bases conceituais; Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas: normas e legislações; e Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação —, 5 módulos e 17 aulas. Ele é voltado a trabalhadores e trabalhadoras da saúde, estudantes, mas aberto a todos os interessados na temática. A formação é online, gratuita, autoinstrucional e certifica os participantes inscritos que realizem avaliação com obtenção de nota maior ou igual a 7.

A formação é uma realização da Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, em parceria com Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

A elaboração do curso nasceu da necessidade de sensibilizar e instrumentalizar profissionais de saúde que estão na ponta do atendimento, visando atualizar, aprimorar e qualificar suas práticas, construções socio-históricas que acontecem durante o processo de trabalho e por meio da interação entre tais profissionais e os usuários dos serviços de saúde. É nessa interação que nascem também aspectos relacionados ao estigma e à discriminação, os quais, como já é sabido, promovem a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis. Tais fatores são limitantes e também podem interferir na adesão ao tratamento das doenças e qualidade de vida, perpetuando, assim, um ciclo de exclusão social, que, ao mesmo tempo, reforça situações de discriminação, bem como a perda do status do indivíduo, aumentando a vulnerabilidade de pessoas e populações.

Portanto, as instituições e pesquisadores envolvidos neste curso — sempre alinhados à tais evidências científicas que avançam nacional e internacionalmente em proposições diretivas ao enfrentamento das vulnerabilidades sociais — , entendem que o fortalecimento das ações de inclusão social e de enfrentamento ao estigma e discriminação se apresentam como estratégias de minimização das vulnerabilidades. Assim, esta nova formação apresenta-se como uma ferramenta nesse contexto de necessidade constante de ampliação de esforços em ações educativas no âmbito dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde para a contínua qualificação das práticas.

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Utilização dos testes rápidos no diagnóstico da infecção pelo HIV, da Sífilis e das Hepatites B e C

O curso, desenvolvido no âmbito do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (DCCI/SVS/MS) e disponível na plataforma Moodle do Campus Virtual Fiocruz, é aberto a todos os interessados nas diretrizes de diagnóstico da infecção pelo HIV, Sífilis e Hepatites Virais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na utilização de testes rápidos (TR). Possui carga horária de 15h e é dividida em cinco módulos.

Os módulos apresentam orientações e metodologias adequadas acerca dos procedimentos pré-teste, durante a testagem e para o pós-teste, passando por informações mais básicas acerca da importância dos TR, a composição dos kits, a forma de organização e armazenamento dos mesmos até a interpretação de seus resultados, o encaminhamento dentro da rede de atenção à saúde do território, entre outros. A formação engloba a apresentação de manuais e guias oficiais do Ministério da Saúde e ações preconizadas pelos fabricantes para a execução dos testes rápidos.

O objetivo do curso é capacitar profissionais de saúde no que se refere ao diagnóstico desses agravos para realizar, com qualidade e segurança, os testes rápidos disponíveis na rede do SUS, assegurando sua importância na qualificação dos profissionais envolvidos na testagem rápida no âmbito do SUS e permitindo que os profissionais entendam a relevância desses testes na ampliação do diagnóstico do HIV, da sífilis e das hepatites virais, bem como realizem a sua oferta com maior segurança e garantia de qualidade.

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Pesquisadora da Fiocruz é eleita presidente da International Aids Society (IAS)

Médica infectologista, pesquisadora e chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e HIV/Aids do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Beatriz Grinsztejn é, desde julho de 2024, a presidente da International Aids Society (IAS) para o biênio 2024-2026. Em entrevista à Revista Radis, a pesquisadora comentou os avanços e desafios no enfrentamento ao HIV/Aids a partir dos temas tratados na 25ª Conferência Internacional sobre Aids (Aids 2024), que aconteceu na Alemanha, em julho.

“Mesmo tendo tratamento acessível e disponível, ainda há no mundo quase 10 milhões de pessoas que não acessam à terapia antirretroviral”, relata. Ela também fala sobre as expectativas em torno do uso da Profilaxia de Pré-Exposição (PrEP) de longa duração e da ampliação da estratégia para populações em situação de vulnerabilidade, além dos impactos das co-infecções de HIV com covid e mpox. 

Beatriz explica como funciona o projeto internacional Unity, liderado por ela e que reúne, além do INI, centros de pesquisa do Brasil, Argentina e Suíça para avaliar a eficácia de um antiviral no tratamento de pessoas com mpox. “O Brasil tem dado uma contribuição importantíssima, e a gente espera que os resultados desse estudo possam ajudar a entender melhor o papel do tecovirimat como antiviral para o tratamento da mpox”, adianta.

À frente de uma das mais importantes sociedades científicas mundiais, ela comenta ainda a repercussão de ser a primeira brasileira — e a primeira mulher latino-americana — a assumir a presidência da IAS, revelando a expectativa de levar a voz do Sul global ao centro de tomada de decisões. “O processo de decolonização tem que ser contínuo. Muitas pesquisas são conduzidas na África, na Ásia, na América Latina, mas o autor principal é do Norte global. São questões críticas que a gente tem que enfrentar a cada dia, para que a nossa narrativa seja preponderante”. 

Durante a conversa, a infectologista também reforça a importância do SUS na construção de pesquisa e de estratégias de prevenção, assistência e tratamento de HIV/aids, destacando o papel da comunicação na interlocução com a sociedade. “É necessário dar um salto em relação à comunicação, e mais do que nunca trazer a ciência e os resultados das pesquisas para o domínio da comunidade”.

+Confira aqui a entrevista completa da pesquisadora Beatriz Grinsztejn à Radis

Em vídeos publicados nas redes sociais da Radis, a pesquisadora falou sobre os seguintes temas:

Estigma impede enfrentamento à Aids.

Populações vulneráveis são as mais atingidas

PrEP é eficaz na proteção ao HIV

 

*Com informações do Ministério da Saúde e da Revista Radis.

Publicado em 24/01/2022

Rio recebe evento online e exposição sobre sífilis

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Na próxima quinta-feira, 27 de janeiro, às 9h30, será realizado o evento online e gratuito Sífilis in Rio 2022, cujo foco é debater perspectivas científicas, históricas, sociais e artísticas sobre a infecção sexualmente transmissível. Serão discutidos dados atualizados sobre a infecção e perspectivas que ultrapassam questões médicas, como a retratação da sífilis ao longo da história e os estigmas ainda presentes na sociedade. A diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e pesquisadora do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos, Tania Araujo-Jorge é umas das palestrantes. As inscrições podem ser feitas até a hora do evento. 

Inscreva-se já!

O evento tem ainda dois grande objetivos: divulgar a exposição "Sífilis, História, Ciência, Arte" - que está acontecendo em quatro salas do segundo andar do Paço Imperial, Praça XV de Novembro, Centro, Rio de Janeiro, de terça-feira a domingo, incluindo feriados das 12h às 17h, com entrada gratuita até 20 de fevereiro de 2022 -, além fortalecer a campanha para que a Organização Mundial de Saúde oficialize o Dia Mundial de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita no terceiro sábado de outubro de cada ano.

Ao todo, 14 especialistas e representantes de diferentes instituições nacionais e internacionais participarão do encontro. Confira, inscreva-se e participe!
 

Publicado em 23/12/2019

Ministério da Saúde seleciona projetos universitários com rádio para ações de redução da sífilis

Autor(a): 
Natália Monteiro (Agência Saúde)

Estudantes universitários das áreas de comunicação e de saúde, de todo o Brasil, poderão contribuir para o desenvolvimento de ações estratégicas para a redução da sífilis no país. O Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), lançou edital para prevenção da doença através dos meios de radiodifusão do país. Os interessados podem se inscrever até o dia 31 de dezembro.

É possível concorrer individualmente ou em grupo (de, no máximo, dez pessoas). O objetivo do edital é unir ideias  inovadoras na comunicação em saúde, que possam subsidiar a formulação de políticas viáveis e sustentáveis para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS),  visando respostas rápidas a sífilis.

As propostas poderão ser apresentadas nos seguintes formatos: spot (até 30 segundos de duração); podcast de (até 20 minutos); reportagem (até 3 minutos). Só serão aceitos arquivos de áudio no formato mp3, já editados e prontos para veiculação. As propostas enviadas em outro formato não serão avaliadas.

O conteúdo deverá abordar tema livre relacionado à sífilis, como por exemplo prevenção, tratamento, diagnóstico, com foco nos públicos-alvo de jovens, gestantes ou parcerias sexuais. Deverão ser observadas na produção dos conteúdos as prioridades transversais da Opas/OMS. As propostas deverão ser realizadas em conjunto com um professor orientador.

A avaliação será feita em três fases: análise de aptidão das propostas, classificação e avaliação pelo júri de formadores de opinião. Serão eliminadas as propostas que não obtiverem a nota final mínima de oito pontos, conforme os critérios de clareza e qualidade da informação, inovação e criatividade e abordagem de temas transversais.

Os conteúdos selecionados serão veiculados em rádios públicas, universitárias, web rádios e rádios comunitárias, de alcance nacional, estadual e municipal. 

Participe! Acesse o site e saiba mais.

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