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Publicado em 29/01/2025

Revista Poli: primeira edição de 2025 fala sobre condições de Saúde e Educação nas favelas brasileiras

Autor(a): 
EPSJV/Fiocruz

Quais são as condições e prioridades de políticas de Saúde e Educação a serem consideradas nas favelas brasileiras? O ‘Censo Demográfico 2022: Favelas e Comunidades Urbanas: Resultados do universo’ mostrou a pluralidade nas condições de ocupação dos territórios de “favelas”, ao apurar a quantidade de estabelecimentos de Saúde e Educação nesses territórios.

Além dos domicílios, o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) coletou informações sobre os estabelecimentos existentes no Brasil, classificados em cinco espécies: ensino, saúde, religioso, agropecuário e outras finalidades, como os estabelecimentos comerciais. O mapeamento identificou 7,8 mil estabelecimentos de ensino (2,98% do total nacional de 264,4 mil) e 2,7 mil estabelecimentos de saúde (1,12% do total nacional de 247,5 mil) nas favelas e comunidades urbanas. São percentuais substancialmente inferiores aos dos moradores destas localidades, que somam 16% dos brasileiros.

Para entender melhor o panorama e as perspectivas, a edição nº 98 da Revista Poli traz uma reportagem especial sobre “Saúde e educação: desafios semelhantes, territórios nem tanto”, do jornalista Paulo Schueler.

Além desta reportagem, o primeiro número de 2025 da Poli trata das novas mudanças do Ensino Médio e um especial sobre os cinco anos do início da pandemia de Covid-19.

+Acesse aqui a Edição 98 da Revista Poli!

Publicado em 13/11/2024

Nova edição da Revista Poli traz debate sobre Saúde Única

Autor(a): 
Fabiano Gama

Acompanhando um movimento que já acontece em outros países, a partir deste ano o Brasil também passou a comemorar o Dia da Saúde Única. O tema, que ganhou destaque na recente Reunião de Ministros da Saúde do G20, que aconteceu na semana passada no Rio de Janeiro, foi pauta da reportagem de capa da edição atual da Poli. A proposta da matéria é mostrar que, embora ninguém discorde do princípio básico dessa abordagem – de que a saúde humana, animal e ambiental são indissociáveis –, existem ainda muitas dúvidas sobre as respostas que essa perspectiva pode fornecer e seus limites de intervenção, principalmente no campo da Saúde Coletiva. No Brasil, o Dia da Saúde Única passa a ser celebrado em 3 de novembro.

+Acesse aqui a edição nª 97 da Revista Poli

O marco de 30 anos da Estratégia Saúde da Família, considerada uma política de sucesso, que expressa a concepção ampliada de Saúde fortalecida desde a criação do SUS, é tema de outra reportagem, que reconta as origens do antigo PSF e discute os desafios atuais. A área da saúde está presente na revista ainda na última matéria da série preparatória da 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, que vai acontecer entre 10 e 13 de dezembro.

Duas outras pautas desta edição remetem a efemérides. A primeira é a entrevista com o professor e pesquisador português Manuel Loff, que faz uma análise comparativa entre Brasil e Portugal, tendo como marco os 50 anos da Revolução dos Cravos, que encerrou uma ditadura em terras lusas, e os 60 anos do golpe empresarial-militar, que deu início a uma ditadura por aqui. Considerando elementos como os distintos caminhos de democratização, a expansão do neoliberalismo e o recente crescimento da extrema-direita, ele aponta o que há de comum e de diferente nessa trajetória. A segunda é a matéria que lembra o aniversário de 60 anos do Banco Central, comemorado agora, em dezembro de 2024, discutindo as mudanças que a entidade sofreu ao longo desse tempo e a polêmica em torno da sua autonomia.

O processo de envelhecimento da população brasileira, expressa nas recentes projeções do IBGE de ampliação da média de idade para 51 anos em 2070, foi o ponto de partida para uma reportagem sobre o mercado de trabalho para o segmento mais velho da sociedade que, no entanto, ainda não adquiriu o direito à aposentadoria ou precisa complementar a renda da previdência. Completa esta edição uma matéria que apresenta o programa Pé de Meia, instituído pelo governo federal como um incentivo à permanência dos jovens no Ensino Médio e discute, a partir dele, as necessidades e desafios da assistência estudantil nos cursos técnicos.

A Revista Poli é uma publicação jornalística bimestral editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), unidade técnico-científica da Fiocruz. A assinatura pode ser feita de forma gratuita no site da Escola.

 

Publicado em 04/09/2024

Ciência e Juventude é o tema da nova edição da revista Poli

Autor(a): 
Juliana Passos (EPSJV/Fiocruz)

A importância da ciência e do método científico para a formação crítica dos jovens e o papel da Educação Básica para despertar esse interesse são o foco da reportagem de capa da revista Poli, que discute caminhos para transformar a curiosidade dos estudantes em conhecimento, as dificuldades de acesso a equipamentos de ciência e cultura e o histórico dos programas de Iniciação Científica no Ensino Médio brasileiro.

Confira a nova edição da Revista Poli

Também falando sobre educação, o entrevistado desta edição é Hugo Silva, recém-empossado presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), que fala dos impactos do Novo Ensino Médio (NEM) para os estudantes e das prioridades de luta dos estudantes neste momento.

Em memória aos 20 anos do Massacre da Sé, quando dez pessoas em situação de rua foram assassinadas no Centro de São Paulo, a Poli traça um panorama das políticas existentes e das dificuldades de acesso para essa população, que soma 227 mil pessoas no país. Um número que cresceu 935% entre 2013 e 2023 de acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A série especial sobre a 4ª Conferência Nacional de Gestão da Educação e do Trabalho na Saúde (CNGTES) se divide em duas matérias. A primeira trata do aumento da precarização do trabalho na Saúde nos últimos anos e propostas que devem ser aprofundadas na Conferência, como a criação de carreiras para os profissionais da área. Na segunda, o destaque vai para o papel do SUS como escola e as dificuldades para se concretizar “a integração da formação técnica, tecnológica e profissional com os sistemas locais de saúde”, conforme sugere o documento.

Duas outras reportagens preparam os debates para as eleições municipais deste ano, com foco nas áreas de Saúde e Meio Ambiente. As enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul no primeiro semestre deste ano e o aumento significativo do número de desastres no país nos últimos anos impuseram um novo desafio para os prefeitos que forem eleitos no pleito de 2024: deixar as cidades preparadas para resistir e responder aos efeitos das mudanças climáticas. Já na Saúde, os novos gestores enfrentarão desafios antigos, como o subfinanciamento, e novos, que envolvem demandas represadas e criadas a partir da pandemia de Covid-19 e a necessidade de se retomarem as coberturas vacinais.

A importância do meio ambiente volta à pauta na seção ‘Dicionário’, que nesta edição tem como verbete o termo ‘Ecossocialismo’, debate o tema e orienta as lutas nessa área a partir do pressuposto de que a lógica de mercado é incompatível com a proteção ambiental.

Revista Poli é uma publicação jornalística bimestral editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), unidade técnico-científica da Fiocruz. A assinatura pode ser feita de forma gratuita no site da Escola.

 

 

#ParaTodosVerem Banner com a foto da Revista Poli em cima de uma mesa de madeira, na capa da revista há um cubo mágico com fotos de diversas pessoas, homens e mulheres, pretos e brancos, na capa está escrito: Ciência e juventude, papel da escola e das políticas públicas. No canto inferior direito do banner os dizeres: A nova edição da revista Poli já está disponível.

Publicado em 04/10/2023

Poli lança número especial sobre educação

Autor(a): 
Juliana Passos (EPSJV/Fiocruz)

Como acontece a cada cinco anos, na edição de setembro e outubro, a equipe da revista Poli produz um número temático para comemorar o aniversário não apenas da revista, mas da Constituição Cidadã, promulgada em 1988. E em 2023 o tema é Educação. Reforma do Ensino Médio, relações entre o público e o privado, programas e políticas públicas, financiamento, participação social, Educação de Jovens e Adultos, Educação Popular, cotas, 100 anos de Paulo Freire... esta edição especial lembra que tudo isso passou pelas páginas da Poli ao longo dos últimos 15 anos. A matéria de capa oferece um guia sobre as principais políticas e lutas da educação brasileira ocorridos nesse período.

Confira a edição especial de 15 anos da revista Poli

A edição também resgata a legislação sobre Educação na Constituição brasileira, destacando que, há 35 anos, a Carta Magna colocou como responsabilidade do Estado brasileiro o dever de garantir o “ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria”, o que permitiu, inclusive, a criação de programas e políticas para a Educação de Jovens e Adultos. Entre os destaques das transformações mais recentes está a Emenda Constitucional 59, aprovada em 2009 e responsável por determinar a universalização do Ensino Médio e torná-lo obrigatório para jovens entre 15 a 17 anos.

Outra mudança importante foi a trazida pela Emenda 108, responsável por tornar o principal fundo de financiamento da educação permanente. Os detalhes sobre a mudança no Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, estão em outra matéria que organiza, no formato de perguntas e respostas, quais as fontes e como é feita a distribuição de recursos na área.

Duas entrevistas expõem os debates mais recentes e anunciam perspectivas sobre os rumos da Educação Profissional no Brasil: uma com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Getúlio Marques, e outra com o professor Gaudêncio Frigotto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Os dois fazem um balanço de programas como o Pronatec, Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, falam sobre o papel dos Institutos Federais e apontam quais devem ser as prioridades do governo na área.

A Educação Profissional também é tema de uma linha do tempo que descreve os principais programas e políticas públicas desse segmento lançados desde a década de 1990. Se a virada do século 20 para o 21 foi marcada pela proibição do Ensino Médio integrado à Educação Profissional por conta do Decreto 2.208/1997, a partir de 2005 o Brasil ganha um impulso com a revogação da norma e a expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica – que é tema também de reportagem da seção ‘O que é, O que faz’, apresentando sua história e dilemas atuais.

Além do conteúdo especial, o Editorial faz um convite a refletir sobre o papel da comunicação pública e alternativa na defesa dos direitos sociais e no combate à desinformação.

Boa leitura!

Publicado em 01/03/2021

Revista Poli apresenta experiências exitosas da atenção básica no combate à pandemia no Brasil

Autor(a): 
Maíra Mathias

A maior pandemia dos últimos cem anos se espalhou rapidamente por todo o planeta, desafiando governos e colocando à prova sistemas de saúde bem diferentes entre si. O Brasil tinha um trunfo – a atenção básica –, construído ao longo de mais de três décadas até se capilarizar num país de dimensões continentais, virando exemplo a ser seguido por outras nações e carro-chefe do Sistema Único de Saúde (SUS) nos fóruns internacionais. A reportagem de capa desta edição da Revista Poli mostra cinco experiências exitosas de prefeituras que usaram a porta de entrada do SUS a seu favor durante a crise sanitária e aborda as implicações de isso não ter sido a regra até agora. Os especialistas ouvidos pela matéria discutem ainda o papel e as condições de trabalho dos trabalhadores técnicos desse nível de atenção. Leia a edição da Revista Poli na íntegra

Num momento em que o país alcançou o triste marco das 250 mil mortes por Covid-19 em meio a patamares de circulação semelhantes aos de antes das primeiras quarentenas do ano passado, a campanha nacional de vacinação aparece como a principal luz no fim do túnel da crise. Mas quando todos os países do mundo estão atrás dos mesmos insumos, as fragilidades do complexo econômico-industrial da saúde se revelam. Esse é o fio puxado por outra reportagem, que tenta entender os entraves à aceleração da imunização contra o SARS-CoV-2 no Brasil. Na seção ‘Dicionário’, explicamos também o que é farmacovigilância, sua importância para o monitoramento da segurança de medicamentos e vacinas e como essa estrutura está organizada no Brasil, com dados sobre esse processo em relação à Covid-19.

Os 20 anos da Lei da Reforma Psiquiátrica, comemorados em abril, são o grande tema da entrevista desta edição e apsicóloga Gina Ferreira, idealizadora do programa ‘De volta para Casa’ num município, inspirando depois sua versão nacional. na conversa, ela traz exemplos concretos de como era a vida nos manicômios brasileiros e como aconteceu a transição para o novo modelo. 

Falando em novidades, esta edição traz um panorama exclusivo sobre como anda a implementação do novo ensino médio. Pela lei, a reforma deveria ser implementada até 2022, mas o fechamento das escolas e a crise econômica agravada pela pandemia trazem dificuldades extras aos estados.  

E a juventude também é o foco de outra reportagem, mas desta vez pelo abordagem do mercado de trabalho. A entrada nesse mundo nunca foi fácil no Brasil, mas de uns tempos para cá as vagas disponíveis estão mais precarizadas. Pesquisadores explicam o que está por trás do fenômeno.

Boa leitura!

Publicado em 21/08/2020

Edição especial da Revista Poli aborda Educação Profissional no Brasil

Autor(a): 
Cátia Guimarães (comunicação EPSJV/Fiocruz)

Técnicos de enfermagem, de análises clínicas e radiologia; agentes comunitários e indígenas de saúde: esses são apenas alguns exemplos dos trabalhadores técnicos que têm feito uma grande diferença no enfrentamento da pandemia de novo coronavírus no Brasil. Pouca gente conhece, no entanto, o segmento educacional que forma esses e muitos outros trabalhadores não apenas no campo da saúde. Por isso, a edição especial da Revista Poli - publicação da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) - traz uma série de reportagens que conta a história da Educação Profissional no Brasil do início do século 20, quando foram criadas as escolas que deram origem à atual Rede de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, até os dias atuais, passando pela industrialização da Era Vargas e pelos anos de chumbo da ditadura.

Como a relevância desses trabalhadores e da sua formação é uma realidade muito anterior à Covid-19, a revista traz o perfil de um personagem real que, mesmo sem ter tido acesso à formação profissional, é reconhecido como o braço direito de alguns dos maiores cientistas da Fundação Oswaldo Cruz na primeira metade do século passado: Joaquim Venâncio, que dá nome Escola Politécnica, unidade técnico-científica dedicada ao ensino, à pesquisa e à cooperação na área de educação profissional. A edição especial, aliás, marca o aniversário de 35 anos da EPSJV/Fiocruz, cuja trajetória é narrada em duas reportagens deste número: em uma, sua história se confunde e se mistura com as lutas pela redemocratização do país, tanto no campo da saúde como na da educação; em outra, destacam-se suas principais ações de agora, 2020, quando uma pandemia que já matou mais de 110 mil brasileiros chamou as instituições públicas de ensino e pesquisa a intensificarem ainda mais sua produção científica e seu diálogo com a sociedade, em defesa da vida. 

Na seção Dicionário, o leitor vai entender melhor o que significa ‘Escola Unitária’, um conceito que atravessa as principais disputas que o campo da Educação Profissional experimentou no Brasil e no mundo – e que influenciou diretamente a criação do então Politécnico da Saúde, três décadas e meia atrás. Por fim, a entrevistada desta edição é a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, que fala sobre a importância da formação dos trabalhadores técnicos e da sua formação antes e depois da atual crise sanitária atual, ressaltando ainda a articulação de todas as áreas de atuação da instituição como fundamental para a resposta que vem dando à sociedade brasileira neste momento.

Leia aqui a publicação na íntegra

Publicado em 22/07/2020

Encontro debateu comunicação pública como política de ampliação dos espaços de educação

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

“O encontro da comunicação pública feito pela Fiocruz é de interlocução. É a ampliação do lugar de diálogo, é o mundo real, pois abarca muitos outros atores além dos docentes, discentes e especialistas em saúde já envolvidos. O lugar da comunicação na educação é o lugar da escuta”, apontou o coordenador e editor-chefe do Programa Radis, Rogério Lannes, durante o terceiro painel dos Encontros Virtuais da Educação, organizado pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz. Além do Radis, a sessão reuniu representantes do Canal Saúde, VideoSaúde Distribuidora e Revista Poli. O vídeo das apresentações está disponível, na íntegra, no canal do Campus Virtual Fiocruz no youtube.   

A coordenadora geral de Educação, Cristina Guilam, abriu o evento ressaltando a importância dos laços de conexão, em especial neste momento de afastamento social imposto pela pandemia. Os Encontros Virtuais da Educação surgiram devido à necessidade de adaptar ações da área de educação da Fiocruz frente a suspensão das aulas presenciais. O terceiro painel aconteceu em 20 de julho. O próximo encontro já está marcado: será no dia 27 de julho sobre o tema Editoria científica e saúde.   

A TV que chega nas periferias e interiores do Brasil

A coordenadora-geral do Canal Saúde, Márcia Corrêa e Castro, iniciou sua apresentação comentando as inter-relações dos campos da educação e comunicação e defendeu que “não existe processo educativo sem comunicação nem comunicação despida de toda intencionalidade educativa”. Ela lembrou que o Canal Saúde surgiu em 1994 como um projeto de comunicação que pudesse atender algumas demandas da área, como a disseminação de informações sobre promoção da saúde e o conceito ampliado de saúde, que, naquele momento, ainda era uma ideia nova, além da preocupação em fortalecer o controle social e o debate público sobre saúde. Ela detalhou cada um dos programas do Canal, seu público e abrangência e ressaltou o uso dos materiais e programas por docentes e alunos para fins educacionais.

“Hoje, depois de uma longa estrada, nosso maior propósito é conseguir ampliar o debate sobre a saúde pública no Brasil, chegando a pessoas que usualmente não teriam acesso a tal discussão”, disse Márcia. O Canal Saúde vai ao ar para todo o país com recepção por antena parabólica comum. Esse é o principal meio de disseminação da programação considerado por eles. “Somos muito assistidos nas periferias e interiores e é lá mesmo que queremos estar!”, reconheceu ela, explicando ainda que o Canal também pode ser assistido pela internet, na TV aberta (canal TV Brasil) e por meio do seu aplicativo, que já está disponível gratuitamente para androide. Além disso, alguns programas são transmitidos em canais de TV por assinatura.

Democratização da comunicação pública e divulgação audiovisual

O chefe da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz, Paulo Castiglione Lara, rememorou o contexto de criação do projeto há 32 anos: “ele nasceu no âmbito da reforma sanitária e da criação do SUS a partir da necessidade de atuação da Fiocruz no campo da divulgação audiovisual, com forte ligação com a educação. Seguimos até hoje trabalhando com a proposta de usar o audiovisual para tratar de temas da ciência e saúde de forma ampliada, buscando sempre a perspectiva dialógica e ações que contribuam para a democratização da comunicação pública”.

Além das produções audiovisuais institucionais e das estratégias de captação de vídeos em parceria com outras instituições e produtores independentes, ele ressaltou ainda a estratégia de distribuição, exibição e circulação dos vídeos entre instituições de ensino, escolas, sindicatos, associações e para o público em geral. Paulo Lara detalhou as iniciativas da VideoSaúde e lembrou da chamada pública Olhares sobre a Covid-19, que está no ar com inscrições abertas até 31 de julho. A chamada visa montar um banco audiovisual público com diferentes histórias e narrativas envolvendo a doença e seus contextos, captando distintas visões e experiências sobre os impactos do novo coronavírus na vida das pessoas, cidades, ambientes de trabalho, cidades, residências, laboratórios, comunidades e instituições.

Polifonia e diversidade na comunicação pública

O coordenador e editor-chefe do Programa Radis (Reunião, Análise e Difusão de Informações sobre Saúde), Rogério Lannes, falou sobre a relação das iniciativas com a educação e abordou a polifonia e diversidade de tais projetos para a comunicação pública. “O Programa está chegando aos 40 anos de atuação, mantendo o foco no jornalismo crítico e independente em saúde pública. Há décadas trabalhamos pautas políticas relacionadas à saúde. Mas, com a criação da Revista, em 2002, novos atores, além da academia, especialistas, sanitaristas e movimentos sociais organizados, entraram em cena. É uma ideia de ampliação da polifonia, buscando equalizar as diferentes vozes, acabar com a simetria entre os que falam e os que ouvem”, defendeu Lannes.

Ele comentou que, com suas publicações, a Radis não quer apenas preencher vazios de informações. A estratégia de comunicação pública adotada, detalhou Rogério Lannes, visa levar informação aonde ela não chega, trabalhar de maneira diferente a questão da saúde, mas também disputar a produção de sentidos no lugar que mais existe acesso à informação, que é a internet e as redes sociais.

Ele concluiu sua participação apontando que pensar a educação nos tempos de hoje é considerar as desigualdades e buscar a equidade. “A comunicação pública como entendemos e trabalhamos está descrita na política elaborada conjuntamente por toda a Fiocruz. Não é apenas pensada como um instrumento de divulgação ou recursos educacional. O encontro da comunicação pública feito pela Fundação é o encontro da comunicação de interlocução. É a ampliação do lugar de diálogo, o mundo real, pois traz muitos outros atores além dos docentes, discentes e especialistas em saúde já envolvidos. O lugar da comunicação na educação é o lugar da escuta. E aproximar a comunicação pública com a educação dialógica é trazer grande contribuição com a escuta”, ponderou Lannes.

Pluralidade de vozes para o fortalecimento da comunicação pública em saúde

Jornalismo público para o fortalecimento da educação profissional em saúde. Assim começou a apresentação de Cátia Guimarães sobre a Revista Poli - saúde, educação e trabalho, da qual é jornalista, editora e também um das idealizadoras da publicação. Ela ressaltou que quando se fala de educação profissional em saúde, considera-se a intercessão entre os três campos que dão nome à revista: trabalho, saúde e educação. Como não poderia ser diferente, Cátia rememorou os primórdios da revista e seus objetivos de divulgação. O periódico foi lançado em setembro de 2008 e, segundo Cátia, nasce como parte de um projeto de comunicação pública da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, unidade da Fiocruz à qual ela está vinculada, que também mantém um portal eletrônico institucional, outras publicações impressas e redes sociais.

Cátia destacou que a centralidade do trabalho de divulgação realizado por eles é a comunicação pública. “Entendemos que o importante é divulgar o projeto de saúde, sociedade, educação e relações de trabalho que desenvolvemos a partir do conhecimento científico produzido dentro da Escola Politécnica. Divulgamos nossas linhas de ação e concepções, muito mais do que apenas projetos institucionais”, detalhou. Ela mencionou o uso da revista como ferramenta pedagógica em sala de aula por professores e alunos da própria Escola, mas também por outras instituições e cursos, que são verificadas a partir das demandas recebidas.

Ela destacou algumas produções especiais da EPSJV, como o hotsite construído em comemoração aos 10 anos da Escola e algumas publicações extraordinárias: eleições, aniversário da Constituição Brasileira e, mais recentemente, números especiais sobre educação e trabalho relacionados à pandemia. “A comunicação pública não abre mão da objetividade sob nenhuma hipótese. Fazemos jornalismo de verdade, ouvimos todos os lados e damos voz a um conjunto de pessoas. Mas isso não significa que ela não tenha um lugar. É impossível fazer comunicação numa instituição como a Fiocruz e ser indiferente ao caráter público ou não público da educação ou da saúde, por exemplo. A comunicação pública tem lugar de fala”, disse ela.

Assista aos debates: 

Confira as apresentações já realizadas nos Encontros Virtuais da Educação da Fiocruz

7/7: Saúde e Meio Ambiente: Olimpíada científica da Fundação inaugura encontros virtuais

13/7: Encontro virtual debate recursos educacionais e ferramentas digitais da Fiocruz

Publicação : 15/07/2020

Câmara Técnica de Educação (jun/2020) - Apresentação - EPSJV - Cátia Guimarães - Revista Poli

No dia 30 de junho de 2020, Cátia Guimarães, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio fez uma apresentou detalhes do projeto da Revista Poli à Câmara Técnica de Educação. 

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