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Publicado em 13/12/2024

Sextas lembra aniversário de Clarice Lispector

Autor(a): 
Ana Furniel

Com um trecho do livro "A hora da estrela", o Sextas de Poesia homenageia a grande escritora Clarice Lispector, que faria 104 anos no último dia 10 de dezembro.

A escritora brasileira marcou a literatura do século XX com seu estilo intimista e complexo, linguagem poética e perturbadora. Clarice Lispector (1920-1977) é um marco em nosso Modernismo e suas obras continuam entre as mais lidas no país.

A autora, vale lembrar, figura como uma das primeiras autoras a ganhar notoriedade nacional, ao lado de grandes nomes, como Rachel de Queiroz e Cecília Meireles, tendo, portanto, também um papel fundamental para desconstruir preconceitos e ampliar o horizonte para tantas outras mulheres na literatura.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com um fundo amarelado e o trecho do livro "A hora da estrela" em letra cursiva, também há o rosto da escritora Clarice Lispector, uma mulher branca maquiada com cabelos escuros, seus olhos estão fechados e há um delineado em suas pálpebras, assim como um batom escuro na boca. No centro do banner, o trecho do livro "A hora da estrela":

"É melhor eu não falar em
felicidade ou infelicidade-
provoca aquela saudade
desmaiada e lilás, aquele perfume
de violeta, as águas geladas da
maré mansa em espumas de
areia. Eu não quero provocar
porque dói."

Publicado em 20/09/2024

Sextas homenageia a força dos povos indígenas com poema "Silêncio Guerreiro"

Autor(a): 
Ana Furniel

Esta semana o Sextas de Poesia traz o poema "Silêncio Guerreiro", de autoria de Márcia Wayna Kambeba, da etnia Omágua Kambeba, do Amazonas. Geógrafa por formação, ela também é poeta, cantora e compositora. Em sua luta na literatura e na música, aborda, sobretudo, a identidade dos povos indígenas, territorialidade e a questão da mulher nas aldeias. Em 2013, lançou o livro Ay Kakyri Tama, que reúne textos poéticos e fotografias das vivências do seu povo.

No poema, a autora é transparente e adota uma linguagem referencial, direta, com tom testemunhal e de denúncia sobre as agressões à terra, a floresta e aos povos indígenas: "É preciso silenciar
Para pensar na solução
De frear o homem branco
E defender o nosso lar". 

Mais atual, impossível! Assistimos à destruição das florestas, queimada a perplexidade com olhos de fumaça!

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Foto de um indígena com cocar e um arco na mão, ele está de costas e na sua frente uma flecha está no ar, o céu está em tons avermelhados com um pôr do sol. Na foto está um trecho do poema "Silêncio Guerreiro", de Márcia Kambeba:

No silêncio da minha flecha
Resisti, não fui vencido
Fiz do silêncio a minha arma
Pra lutar contra o inimigo.

Silêncio é preciso,
Para ouvir o coração,
A voz da natureza
o choro do nosso chão.

Publicado em 23/08/2024

Sextas traz a jovem poeta Viviane Lucas refletindo a liberdade de viver

Autor(a): 
Ana Furniel

"Às vezes sou casa, às vezes estrada. Nasci com pés, mas criei asas". 

O Sextas de hoje traz a jovem poeta Viviane Lucas, psicóloga, professora e escritora. Autora de Andarilha, de 2022, e Um lugar pra guardar imensidões, de 2023, Viviane também é colunista da revista literária Letra Miúda. A carioca publica ainda suas poesias no perfil do Instagram @contosdaluanova.

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Foto em primeiro plano de um papel colado em um poste, ao fundo muros baixos pintados com grafites, no papel está o poema de Viviane Lucas:
Às vezes sou 
Casa, às vezes estrada.
Nasci com pés
Mas criei asas.

Publicado em 05/07/2024

Sextas de Poesia homenageia Adélia Prado pelo Prêmio Camões. Confira outros brasileiros homenageados no Sextas que receberam a honraria

Autor(a): 
Ana Furniel

A renomada escritora mineira Adélia Prado acaba de receber uma das mais prestigiadas honrarias da língua portuguesa: o Prêmio Camões. Com 88 anos, Adélia é também a homenageada de hoje no Sexta de Poesia com "Momentos". No poema, Adélia nos lembra da efemeridade do tempo, sobre o transcorrer da vida, que embrulha e solta, e sobre nossas escolhas e de como vivê-las: "a vida é mais tempo alegre do que triste. Melhor é ser."

Adélia publicou seu primeiro livro em 1976, com mais de 40 anos e nunca mais parou de surpreender com a delicadeza e a simplicidade de seus versos. Ela é considerada a herdeira poética de Carlos Drummond de Andrade e, além do Camões, recebido em 26 de junho de 2024, com intervalo de menos de uma semana, ela também recebeu o Prêmio Machado de Assis, em 20 de junho, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Ao longo de sua carreira, Adélia acumulou muitos outros prêmios, como o Prêmio Jabuti, em 1978, o ABL de Literatura Infantojuvenil, em 2007, o Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional e da Associação Paulista dos Críticos de Arte, ambos em 2010, o Prêmio Clarice Lispector, em 2016, entre outros.

Desde a sua criação, em 1988, outros 14 brasileiros já receberam o Prêmio Camões. A honraria é entregue pela Fundação Biblioteca Nacional em parceria com o governo de Portugal. O prêmio foi criado com o intuito de estreitar os laços culturais entre as nações que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e leva o nome do poeta português Luís Vaz de Camões.

Veja outras poetas homenageados pelo Sextas que também já receberam o Prêmio Camões de Literatura:

Chico Buarque

O cantor e escritor brasileiro Chico Buarque recebeu o Prêmio Camões em 2019. No entanto, o prêmio foi entregue pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quatro anos depois que Chico foi escolhido para recebê-lo.

23/1/2021: Chico Buarque está no Sextas de Poesia com "Tanto Mar"

25/11/2022: Sextas homenageia Pablo Milanés (cita Chico Buarque com versão de Yolanda)

28/4/2023: Sextas homenageia Chico Buarque pelo recebimento do Prêmio Luiz Vaz de Camões de Literatura

21/6/2024: Sextas celebra 80 anos de Chico Buarque

Jorge Amado

Em 1994, o escritor brasileiro Jorge Amado recebeu a honraria. O autor de “Capitães de Areia” e “Gabriela, Cravo e Canela” recebeu o Prêmio Camões aos 82 anos.

13/8/2021: ‘Milagres do Povo’ ilustra Sextas de Poesia

Lygia Fagundes Telles

Em 2005, a segunda mulher brasileira a levar o prêmio foi Lygia Fagundes Telles. A advogada, romancista e contista brasileira, que faleceu em 2022, é conhecida como “a dama da literatura brasileira”.

8/4/2022: Sextas celebra a poesia de Lygia Fagundes Telles

João Cabral de Melo Neto

Em 1990, o diplomata e poeta brasileiro João Cabral de Melo Neto se tornou o primeiro brasileiro a conquistar o Prêmio Camões. Antes dele, apenas o poeta, contista e memorialista português Miguel Torga, havia recebido a honraria.

29/4/2022: Sextas homenageia trabalhadores com João Cabral de Melo Neto

Ferreira Gullar

Em 2010, o escritor, poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor e ensaísta brasileiro cujo o nome verdadeiro era José Ribamar Ferreira, ganhou o Prêmio Camões.

10/9/2021: Sextas de Poesia traz Ferreira Gular

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com a foto de Adélia Prado, uma senhora branca com cabelos grisalhos lisos e curtos, ela veste uma blusa de manga comprida escura, está com a mão apoiada no queixo e sorrindo para a foto. No centro do banner, o poema 'Momento', de Adélia Prado:
Enquanto eu fiquei alegre,
permaneceram um bule azul com um
descascado no bico,
uma garrafa de pimenta pelo meio,
um latido e um céu limpidíssimo
com recém-feitas estrelas.
Resistiram nos seus lugares, em seus 
ofícios,
constituindo o mundo pra mim,
anteparo
para o que foi um acometimento:
súbito é bom ter um corpo pra rir
e sacudir a cabeça. A vida é mais tempo
alegre do que triste. Melhor é ser.

Publicado em 30/04/2021

Poetisa portuguesa encerra abril com poema "Quando"

Autor(a): 
Ana Furniel

Na última sexta do mês de abril, trazemos um poema em tom de despedida, uma constatação de finitude e transcendência. Em "Quando", Sophia de Mello Breyner Andresen demonstra o desprendimento da vida como exaltação do tempo vivido intensamente.

Em seus poemas, a autora enaltece a força da natureza, em contraste com a vida humana, finita. Uma obra em mutação, como a vida em quatro estações. 

Sophia Andresen foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX e também foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais renomado reconhecimento  literário da língua portuguesa, o Prêmio Camões, em 1999.

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