O Sextas desta semana traz o poeta Nicolas Behr, brasileiro nascido em 1958, em Cuiabá, e um dos principais representantes da poesia marginal, movimento literário que surgiu na década de 1970 como uma alternativa à literatura oficial. Segundo a Revista Vida Secreta, sua obra é marcada por uma linguagem coloquial e descontraída, abordando temas urbanos como a cidade, o amor, a juventude, a tecnologia e as questões sociais. "Com um olhar atento ao cotidiano, Behr busca capturar a essência da vida contemporânea. Seu primeiro livro, "Os livros dos Haicais", de 1983, deu início a uma carreira literária prolífica, com obras como "Poesias Reunidas" (1999), "Simplicidade é Sofisticada" (2001), "Último Dia de Rock" (2008) e "Poemas Tirados de Notícias de Jornal" (2018), consolidando-o como uma figura essencial da literatura brasileira contemporânea".
#ParaTodosVerem Foto de um homem e uma mulher, ambos são brancos, estão um do lado do outro e estão apoiados em uma parede azul. O homem está do lado esquerdo da foto olhando para a mesma direção, tem cabelo escuro, bigode e barba por fazer, veste uma blusa branca de manga curta, a mulher ao seu lado olha para o lado direito, tem cabelos claros e curtos, veste uma camisa branca de manga comprida e botões. No canto direito da foto, um trecho da poesia de Nicolas Behr:
"ENFIM, ERA PRECISO SABER
QUANTO CIMENTO SERÁ GASTO
NUMA PONTE POR ONDE NINGUÉM
PASSARÁ DE MÃOS DADAS".
O Sextas de Poesia desta semana traz Chacal, ou Ricardo de Carvalho Duarte. O poema escolhido "Rápido e rasteiro" nos convida a dançar, o resto da vida.
Chacal é o principal sobrevivente da Poesia Marginal, típico antropófago, que sabe imprimir as marcas da brasilidade carioca em seus versos.
Em 1970, ele escreveu seu primeiro livro, intitulado “Muito Prazer”, uma edição mimeografada, um misto de cartão de apresentação com livro de poesia, pessoalmente distribuído pelo autor, em 1971, com confecção de 100 exemplares. A partir de 1972, passou a colaborar com a revista Navilouca.
Chacal foi um poeta da chamada geração mimeógrafo, que fazia uma poesia que saia da página do livro e ganhava as ruas. A Poesia Marginal é irreverente, descompromissada com qualquer estética.
Como atesta a criação do CEP 20.000 (Centro de Experimentações Poéticas), em 1990, no Rio de Janeiro, como forma de reunir poetas e artistas e agitar a vida política e cultural da cidade. Chacal passou a ler avidamente Guimarães Rosa. Descobriu que “palavras tinham molas, dobravam esquinas”, ao mesmo tempo em que vivia as manifestações nas ruas contra a ditadura.