Qual é o papel da ciência aberta e do governo aberto face à pandemia do novo coronavírus? O tema será debatido no 2º Encontro Nacional de Ciência Aberta e Governo Aberto, no dia 18 de junho, das 14h às 17h, com transmissão ao vivo no canal da Fiocruz no youtube*. O webinar acontece no momento em que a discussão sobre acesso à informação pública e a transparência de dados ganha fôlego no Brasil, em especial no enfrentamento à Covid-19. Para quem se interessa pelo tema, o Campus Virtual Fiocruz oferece uma formação modular sobre o tema, na modalidade à distância (EAD) — as inscrições estão abertas.
No encontro, especialistas vão abordar o uso de dados governamentais abertos para a saúde da sociedade, assim como barreiras e perspectivas. O webinar terá como debatedores a diretora da Open Knowledge Brasil, Fernanda Campagnucci, e o coordenador do Programa de Computação Científica da Fiocruz, Daniel Villela.
A moderação será do coordenador de Informação e Comunicação da Fiocruz, Josué Laguardia. Segundo ele, a pandemia da Covid-19 é uma oportunidade de repensar os modos de fazer ciência. "É uma situação que nos permite aprofundar a reflexão sobre a comunicação com os pares e as partes interessadas, o compartilhamento e a análise dos dados de pesquisa. E, fundamentalmente, nosso papel como cientistas e cidadãos”, afirma.
Além da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o evento é organizado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Rede Nacional de Pesquisa (RNP). A iniciativa se alinha ao 4º Plano de Ação Brasileiro (2018-2020) da Parceria pelo Governo Aberto (Open Government Partnership - OGP), que tem o compromisso de estabelecer mecanismos de governança de dados científicos para o avanço da ciência aberta no Brasil.
A formação modular foi concebida como uma das estratégias para apresentar o movimento da Ciência Aberta, suas diversas práticas, expectativas e controvérsias. No total, são oito cursos à distância (EAD), gratuitos e com módulos independentes, que apresentam temas relacionados a este movimento, como: pesquisa, dados abertos, marcos legais, acesso aberto e educação aberta.
Seis cursos já estão disponíveis e a previsão é que um novo módulo seja lançado, em agosto deste ano. A cada módulo, os participantes fazem uma avaliação. É necessário obter nota igual ou maior que 70 para ser aprovado e receber o certificado de conclusão.
A Formação Modular em Ciência Aberta é uma realização da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), através do Campus Virtual Fiocruz (CVF). Os cursos são resultados de uma parceria entre a Coordenação de Informação e Comunicação (VPEIC), o CVF, a Escola Corporativa Fiocruz e a Universidade do Minho (Portugal).
Saiba mais sobre os cursos e inscreva-se aqui.
*Atualização em 16/6/2020.
O compartilhamento de dados fortalece cada vez mais a produção e a disseminação do conhecimento. Pela importância do tema, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lança o curso Dados Abertos — que se tornaram um dos ativos mais importantes na sociedade contemporânea. A iniciativa faz parte da Formação Modular em Ciência Aberta, que oferece cursos gratuitos, na modalidade à distância (EAD), que estão disponíveis a todos os interessados.
O novo curso, Dados Abertos, é composto por seis aulas online (totalizando 10h). Os participantes vão aprender o que são dados abertos, sua importância no campo científico, e como utilizá-los: quando abrir, por que e quais os princípios a observar (saiba mais e inscreva-se aqui). O curso é coordenado pelas doutoras em Ciência da Informação, Vanessa Jorge e Anne Clinio.
Vanessa comenta que algumas frentes da Ciência Aberta já estão mais maduras, como o acesso aberto e o uso de softwares abertos. Atualmente, os dados abertos estão no centro da discussão do movimento. "Estamos mudando para uma nova cultura do fazer científico e esta é a dimensão em destaque, agora. Isso porque há muitas possibilidades de uso e apropriações dos dados abertos por diversas áreas da sociedade. Na nossa área, particularmente, o debate engloba diferentes questões: desde privacidade, acesso à informação, governo aberto e transparência pública até os avanços em pesquisa e o combate a emergências em saúde pública, por exemplo”, afirma ela, que atua na Coordenação de Informação e Comunicação da Fiocruz.
Anne, por sua vez, lembra que todo pesquisador faz gestão de dados, mas que nem sempre tem uma visão sobre sua ampla reutilização a médio e longo prazo. “Um dos nossos objetivos é mostrar o ciclo completo da gestão de dados num projeto de pesquisa, para que os alunos saibam como atuar em função de cada etapa — do planejamento à abertura e compartilhamento futuro”, diz. Anne lembra, ainda, que apresentar o Plano de Gestão de Dados tem sido uma exigência dos órgãos de financiamento.
Entre os diferenciais deste novo curso da Fiocruz está sua aplicação prática no campo da saúde, conta Vanessa. “Nós apresentamos uma série de iniciativas, instituições, incluindo os financiadores e revistas científicas que estão trabalhando com dados abertos. E trazemos também várias ferramentas que vêm sendo utilizadas. O material certamente contribui bastante para o desenvolvimento de um ecossistema voltado à abertura de dados de pesquisa no Brasil e para pensarmos nos desafios para que esta cultura avance”, conclui.
A Formação Modular em Ciência Aberta é uma realização da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) por meio do Campus Virtual Fiocruz. É composta por quatro séries e oito microcursos. A iniciativa é uma parceria entre a Coordenação de Informação e Comunicação da Fiocruz, a Escola Corporativa Fiocruz, a Universidade do Minho (Portugal) e o Campus Virtual Fiocruz.
Todos os microcursos são oferecidos na modalidade de educação à distância (EAD). Os inscritos podem acessar as aulas online, quando e de onde quiserem, gratuitamente. Os cursos são independentes entre si. Ou seja: não é preciso cursar um para se inscrever em outro. Mas, na Fiocruz entendemos que quanto mais completa a formação, melhor. A cada curso realizado, os alunos passam por uma avaliação online e recebem certificados de conclusão de acordo com critérios de aprovação.
Série 1: O que é ciência aberta? | Panorama histórico da ciência aberta
Série 2: Propriedade intelectual aplicada à ciência aberta | Direito de acesso à informação e proteção de dados pessoais
Série 3: Acesso aberto | Dados abertos
No dia 27 de novembro*, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) promove o 1º Encontro Nacional de Ciência Aberta e Governo Aberto. O evento acontece na sede da Fiocruz Brasília e tem o objetivo de aproximar as duas perspectivas, da ciência aberta e do governo aberto, que estão impulsionando as instituições da administração pública na direção da transparência, do acesso à informação pública e da participação social.
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, participará da mesa de abertura do encontro, que reúne diversas instituições em sua organização.
Uma delas é a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Patrícia Bertin, supervisora de Governança da Informação e Transparência, da Secretaria de Desenvolvimento Institucional da Embrapa, explica a importância do tema. "Governo aberto é um movimento global que promove uma maior transparência das ações do governo e propicia um melhor uso dos recursos públicos", diz. "A ideia é permitir a abertura e o amplo compartilhamento de dados – o Brasil foi um dos fundadores dessa iniciativa, que chamamos Open Government Partnership (OGP), junto com os Estados Unidos".
De acordo com Bertin, existe uma zona de convergência entre a noção de governo aberto e de ciência aberta, que era pouco explorada até recentemente. "Estamos falando de divulgar informações abertamente, de maneira compreensível e acessível, que é a mesma noção que se aplica à ciência aberta, só que com dados da pesquisa e da publicação científica", pontua. "Hoje, eventos como este comprovam que já há uma reflexão sobre as aplicações dessa abertura nas instituições de ensino e pesquisa".
O 1º Encontro Nacional de Ciência Aberta e Governo Aberto é uma ação no âmbito do 4º Plano de Ação Brasileiro (2018-2020), da Parceria pelo Governo Aberto (Open Government Partnership/OGP). Além da Fiocruz, a comissão organizadora do evento é composta pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Rede Nacional de Pesquisa (RNP).
Participe: o evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas através do site. Acesse a programação anexa abaixo.
Evento: 1º Encontro Nacional de Ciência Aberta e Governo Aberto
Data: 27/11
Horário: 8h30
Local: Sede da Fiocruz Brasília (Avenida L3 Norte, s/n, Campus Universitário Darcy Ribeiro, Gleba A, Brasília - CEP: 70904-130)
*Atualizado em 19/11/2019.
Nesta alta temporada de férias, nada melhor do que fazer uma superviagem. A Fiocruz segue guiando os interessados em expandir horizontes em Ciência Aberta, e chama para embarque imediato no segundo curso de sua Formação Modular. Agora, o roteiro é pelo Panorama histórico da Ciência Aberta. Os interessados já podem se inscrever aqui no Campus Virtual Fiocruz.
E o melhor é que todos são bem-vindos! Quem não se aventurou na introdução ao tema, também pode embarcar nessa viagem. Mas, um aviso aos passageiros: é bem mais vantajoso aproveitar o nosso pacote completo, participando do Curso 1 (O que é Ciência Aberta?) e seguindo nosso roteiro pelo Curso 2.
Panorama histórico da Ciência Aberta é o segundo curso da Série 1 da formação. Dessa vez, os alunos fazem conexões com outros países e são apresentados ao contexto internacional do movimento da Ciência Aberta.
Neste percurso de 10h, os participantes dão uma paradinha num mirante para apreciar algumas iniciativas do Governo Aberto e também fazem o primeiro passeio pelo uso de dados administrativos para produzir novos conhecimentos e políticas públicas em saúde (tema que será aprofundado na Série 2). Os alunos têm, ainda, a oportunidade de contrastar as principais expectativas depositadas na Ciência Aberta por diversos atores e antigas problemáticas (como as assimetrias do fazer científico entre países), refletindo criticamente sobre as oportunidades e riscos para a sociedade brasileira.
A coordenadora do Grupo de Trabalho de Ciência Aberta da Fiocruz (GTCA), Paula Xavier, comenta que este é um tema muito novo e pouco institucionalizado no Brasil. Por isso, o Grupo — que atua na formulação de uma política para a Fundação — mapeou iniciativas mundiais com protagonismo na implantação de políticas e infraestrutura de dados abertos, especialmente no que se refere à pesquisa. Um dos principais resultados deste processo foi o Livro Verde, relatório em que as experiências destes países são analisadas e consolidadas. E o Curso 2 se baseia, em boa parte, nesta fonte”.
Para ela, um dos diferenciais do curso é o direcionamento à comunidade Fiocruz: “O Grupo observou que as políticas governamentais, das agências de financiamento e das revistas científicas que promovem a abertura de dados não contemplam especificidades do campo da saúde pública nem de interesses de países com as características do nosso. Pensando nisso, ao elaborar o conteúdo, nos preocupamos em tratar de questões específicas do campo da saúde pública e, ainda, de países com características semelhantes às do Brasil”.
Estrutura do Curso 2: Aula 1: Cenário internacional | Aula 2: Cenário brasileiro | Aula 3: Ciência aberta e saúde: abertura dos dados governamentais | Aula 4: Os obstáculos que a Ciência Aberta pretende mitigar | Aula 5: Uma ciência aberta, várias expectativas | Aula 6: Visões críticas da Ciência Aberta | Aula 7: Qual Ciência Aberta precisamos?
Conteudistas: Anne Clinio (Coordenação de Informação e Comunicação/Fiocruz) | Paula Xavier (Coordenação de Informação e Comunicação/Fiocruz) | Flavia Tavares Silva Elias (Gerência Regional de Brasília/Fiocruz) | Gabriela Oliveira (Gerência Regional de Brasília/Fiocruz) | Marcia Luz da Motta (Gerência Regional de Brasília/Fiocruz) | Bethania Almeida (Cidacs/Fiocruz Bahia) | Vanessa Arruda (INCQS/Fiocruz)
Carga horária: 10h
Realização da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), da Escola Corporativa Fiocruz e da Universidade do Minho (Portugal), esta iniciativa integra as estratégias da Fiocruz para apresentar à comunidade o movimento da Ciência Aberta. Pensando nisso, a formação foi estruturada em quatro séries, num total de oito cursos*, que serão lançados ao longo do ano de 2019 através do Campus Virtual Fiocruz.
Todos os microcursos são oferecidos na modalidade de educação à distância (EAD). Os inscritos podem acessar as aulas online, quando e de onde quiserem, gratuitamente. Os cursos são independentes entre si. Ou seja: não é preciso cursar um para se inscrever em outro.
O período de oferta do Curso 2 é de 15 de janeiro a 15 de julho de 2019. Os alunos devem fazer a avaliação final até o dia 15 de julho e obter nota igual ou maior que 70 para para receber o certificado — que é emitido em até cinco dias úteis.
A cada curso realizado, os alunos passam por uma avaliação online e recebem certificados de conclusão de acordo com critérios de aprovação.
Saiba mais sobre a Formação Modular, e fique ligado nas próximas temporadas de cursos de nossas séries.
*Atualizada em 29/4/2019.