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Publicado em 10/10/2023

IdeiaSUS promove segunda roda de debate sobre economia solidária na reinvenção da vida

Autor(a): 
IdeiaSUS Fiocruz

Três experiências estão na centralidade da segunda roda virtual de práticas Sonhar coletivo: experiências de economia solidária na reinvenção da vida, que acontece na próxima quarta-feira, 11 de outubro, às 15h, no YouTube. A live é promovida pela Comunidade de Práticas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (CPSMAP) da Plataforma IdeiaSUS Fiocruz, com apoio do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Laps/Ensp/Fiocruz). A coordenação é de Ana Paula Guljor, do Laps/Ensp/Fiocruz, e Paulo Amarante, curador da CPSMAP.

Cooperativa Social de Saúde Mental Ciranda Samaúma, em Rio Branco (AC): a iniciativa promove a inclusão social e rompe com os estigmas e preconceitos associados às pessoas em sofrimento psíquico, valorizando e estimulando sua autonomia e potencial criativo. 

Arte, horta & cia, programa de geração de vida e renda do Museu Bispo do Rosário, no Rio de Janeiro (RJ): projeto que busca estabelecer uma rede de sustentabilidade e autonomia, envolvendo a comunidade local, que inclui oficinas de mosaico, bordado e costura, horta e culinária, tudo baseado na economia solidária. 

Rede de Saúde Mental e Economia Solidária de Curitiba e Região Metropolitana - Libersol, em Curitiba (PR): espaço de articulação que congrega instituições e pessoas interessadas em promover ações para fortalecer os princípios da Reforma Psiquiátrica brasileira e da economia solidária, buscando, ainda, contribuir com empreendimentos econômicos solidários da região.

Acompanhe ao vivo:

 

Publicado em 09/09/2022

Atualização em divulgação científica em animais de laboratório está com inscrições abertas

Autor(a): 
ICTB/Fiocruz

Estão abertas as inscrições para o curso de atualização em Divulgação Científica em Animais de Laboratório. A formação, oferecida pela coordenação de ensino do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz), destina-se a graduandos de medicina veterinária, zootecnia, ciências biológicas, biomedicina, ciências da saúde e da terra, administração, economia e engenharia de produção. Também podem se inscrever pesquisadores, professores, graduados e pós-graduados que desejam aprofundar seus conhecimentos na área. As inscrições vão até 7 de outubro.

Inscreva-se já!

O curso é gratuito e abordará os conceitos, iniciativas e desafios da divulgação científica em Ciência em Animais de Laboratório no Brasil e no mundo. As aulas acontecem de 17 a 28 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 13h30 às 17h, e serão ministradas online, ao vivo, via Zoom, totalizando 35 horas de carga horária.

O objetivo é conhecer o percurso histórico da divulgação científica no mundo e no Brasil; sensibilizar os alunos do curso para a importância da divulgação e do diálogo com a sociedade sobre ciência em animais de laboratório; oferecer curso de divulgação científica com foco em ciência em animais de laboratório; dar acesso aos alunos do curso a teorias e práticas de divulgação científica e engajamento público em ciência; apresentar metodologias de pesquisa em divulgação científica; discutir iniciativas de divulgação da ciência em animais de laboratório no Brasil e no mundo.

São 80 vagas disponíveis e a inscrição só será efetivada após conclusão de todas as etapas descritas na chamada pública. Confira aqui o edital completo do curso.

O resultado será divulgado em 14 de outubro, por e-mail enviado ao candidato e via lista publicada na plataforma do curso.

Publicado em 20/07/2022

Inscrições abertas para o curso de atualização em Saúde Única: uma abordagem multidisciplinar

Autor(a): 
ICTB/Fiocruz

Até 8 de agosto, estão abertas as inscrições para o curso de atualização em Saúde Única: uma abordagem multidisciplinar, oferecido pelo Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz). Em edição inédita, a formação é voltada para graduandos de medicina veterinária, zootecnia, ciências biológicas, biomedicina, ciências da saúde e da terra, administração, economia e engenharia de produção. Também podem se inscrever professores, graduados e pós-graduados que desejam aprofundar seus conhecimentos na área.

Inscreva-se já!

O curso é gratuito e abordará o histórico, conceitos, iniciativas, desafios e novas tecnologias associadas à Saúde Única. As aulas acontecem de 15 a 26 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 13h30 às 17h, e serão ministradas online, ao vivo, na plataforma Zoom, totalizando 35 horas de carga horária.

São 80 vagas disponíveis e a inscrição só será efetivada mediante conclusão de todas as etapas descritas na chamada pública. Para consultar o edital e fazer a sua inscrição, clique aqui.

O resultado será divulgado no dia 12 de agosto, por e-mail enviado ao candidato e via lista publicada em www.sigaeps.fiocruz.br.

Publicado em 10/12/2021

Livro em acesso aberto aborda economia e financiamento da saúde no Brasil

Autor(a): 
Bel Levy (Saúde Amanhã)

A iniciativa Brasil Saúde Amanhã e a Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 lançam mais um livro dedicado à prospecção estratégica do sistema de saúde brasileiro: Economia e Financiamento do Sistema de Saúde no Brasil. A obra analisa a partir do olhar de diferentes especialistas as perspectivas da economia global e brasileira para as próximas décadas, discute as bases e limites do financiamento da saúde no Brasil, a situação da contratualização e remuneração de serviços de saúde pelo SUS, as estratégias de expansão das empresas de planos e seguros de saúde e a dinâmica de reestruturação do setor privado de serviços de saúde no Brasil. A publicação será lançada em 14/12, às 17h, em um encontro virtual transmitido pelo canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube e no site Saúde Amanhã. O livro, em acesso aberto, tem o selo Edições Livres, uma iniciativa do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), dedicada a lançar obras com livre circulação na internet, tornando acessíveis a qualquer internauta livros de interesse científico e social.

Acesse aqui a publicação!

Organizada por Paulo Gadelha, José Carvalho de Noronha, Leonardo Castro e Telma Ruth Pereira, a publicação é composta por seis capítulos, assinados por Carlos Aguiar de Medeiros, Pedro Rossi, Lucas Teixeira, Fernando Gaiger Silveira, Maria Luiza Campos Gaiger, Maria Angelica Borges dos Santos, Luciana Mendes Santos Servo, Lucas Salvador Andrietta, Artur Monte-Cardoso, Jose Antônio de Freitas Sestelo, Mario César Scheffer, Ligia Bahia e Marco Antonio Rocha.

O lançamento terá a participação dos organizadores, da presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade Lima, e do diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Rodrigo Murtinho. 

O livro é resultado de dois seminários realizados pela iniciativa Brasil Saúde Amanhã sobre os cenários para o Brasil e o setor Saúde após a pandemia de Covid-19, que estão disponíveis no canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube. Os seminários também resultaram em seis Textos para Discussão (TDs nº 51, 52, 53, 54, 66 e 74) publicados em acesso aberto no portal Saúde Amanhã.

Brasil Saúde Amanhã

A Iniciativa Brasil Saúde Amanha, rede multidisciplinar de pesquisa que investiga e propõe caminhos para o setor Saúde, desde 2010, em articulação com a Estratégia Fiocruz para Agenda 2030, contribui para a atuação nacional e institucional em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Dessa forma, a prospecção de cenários futuros para a saúde pública  brasileira integra os esforços da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para consolidar e qualificar o Sistema Único de Saúde (SUS) e garantir melhores condições de vida e saúde para a população brasileira.

Edições Livres

Iniciativa do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Edições Livres é um selo editorial dedicado a lançar obras com livre circulação na internet, tornando acessíveis a qualquer internauta livros de interesse científico e social. Títulos que colaborem com o fortalecimento da ciência e do pensamento social no Brasil — e que possam ser compartilhados, debatidos e lidos livremente, de forma gratuita. Edita, sempre em versões digitais e em acesso aberto, volumes de literatura científica que promovam o fortalecimento da interseção e do diálogo interdisciplinar entre saúde coletiva, ciências sociais, comunicação e informação. Podem ser obras inéditas, mas também títulos já esgotados ou indisponíveis na internet. O projeto busca contribuir para a ampliação da Política de Acesso Aberto e a constituição de políticas de Memória e de Ciência Aberta da Fiocruz.

Publicado em 23/02/2021

Inscrições abertas para curso de educadores populares para a promoção da economia solidária

Autor(a): 
Fernanda Marques (Fiocruz Brasília)

O curso de Formação de Educadores Populares para a Promoção da Economia Social e Solidária em Tempos Covid-19 recebe inscrições até 3 de março. Ele é oferecido pela Escola de Governo Fiocruz – Brasília, em parceria com o Movimento de Educação e Cultura da Estrutural (Mece). As inscrições devem ser feitas por meio do Campus Virtual Fiocruz. Voltado a todos os interessados em multiplicar conceitos e práticas da economia solidária nos territórios, em especial no Distrito Federal (DF), a formação é online e as atividades incluem orientações para que os alunos viabilizem ações locais em suas comunidades. A aula inaugural do curso será realizada nesta terça-feira, 23 de fevereiro, a partir das 16h, no canal da Fiocruz Brasília no Youtube. Na ocasião, haverá o lançamento do Fundo de Resiliência Solidária do DF e palestra do professor Ladislau Dowbor, com o tema “Economia solidária no enfrentamento das consequências socioeconômicas da Covid-19”. Acompanhe!

O curso é dividido em três módulos: “A pandemia de Covid-19 e os novos paradigmas da economia”; “Economia social e solidária: economia circular – autogestão e autonomia popular”; e “Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Agenda 2030 e a intersetorialidade entre as políticas públicas: não deixar ninguém para trás!”. As aulas online serão realizadas de 4 de março a 1º de abril, sempre às quintas-feiras, das 14h às 18h. Confira a programação aqui.  

As crises sanitária e econômica ocasionadas pela Covid-19 revelaram ainda mais a necessidade de um modelo de gestão territorial que fortaleça as comunidades e sua resiliência, com inclusão social, cooperativismo e iniciativas a partir dos recursos existentes nos territórios. Nesse contexto, a economia solidária é uma alternativa que pode ampliar a estrutura para uma economia e um mercado de trabalho organizados a partir das necessidades locais, promovendo a coesão social e uma governança local participativa, com produção mais sustentável e melhor distribuição das riquezas. “O objetivo do curso é disseminar práticas de organização produtiva cooperativa e solidária em comunidades vulneráveis, para que tenhamos a população mobilizada e organizada em empreendimentos sociais que gerem trabalho e renda”, afirma o responsável pela iniciativa, o professor Wagner Martins, que também é o coordenador de Integração Estratégica da Fiocruz Brasília.

Os princípios da economia solidária podem ampliar as oportunidades para o desenvolvimento local, por meio de uma economia mais justa e humanizada, com políticas que assegurem o bem-estar da comunidade, em especial das populações vulnerabilizadas. O curso abordará, ainda, alternativas de sistemas financeiros que ampliem as oportunidades de investimento e geração de renda para as comunidades, e visa apoiar projetos de implantação da Agenda 2030, voltados à construção de territórios mais saudáveis e sustentáveis.

O Curso integra um projeto desenvolvido pelo Movimento de Educação e Cultura da Estrutural (Mece), entidade gestora do Banco Comunitário da Estrutural, com alunas da Especialização em Governança Territorial para o Desenvolvimento Saudável e Sustentável, realizada pelo Instituto Federal de Brasília (IFB) – Campus Estrutural e pela Fiocruz Brasília. Esse projeto foi um dos selecionados pelo Programa Inova Fiocruz.

Lançamento do curso e do Fundo de Resiliência Solidária do DF

A aula inaugural do Curso será realizada no dia 23 de fevereiro, das 16h às 18h, no no canal da Fiocruz Brasília no Youtube. Na ocasião, haverá o lançamento do Fundo de Resiliência Solidária do DF e palestra do professor Ladislau Dowbor, com o tema “Economia solidária no enfrentamento das consequências socioeconômicas da Covid-19”.

Participarão do lançamento: Flora Fonseca, gestora de comunicação do Comitê Estrutural; Leonora Mol, fundadora do Banco do Bem; Joaquim Melo, fundador do Banco Palmas; Abadia Teixeira, presidente do Mece e Banco Comunitário da Estrutural; Martin Hahn, diretor do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil; Paloma Casero, diretora do Banco Mundial para o Brasil; Morgan Doyle, representante do Grupo BID no Brasil; André Clemente Lara de Oliveira, secretário de Economia do DF; Mayara Rocha, secretária de Desenvolvimento Social do DF; e Fabiana Damásio, diretora da Fiocruz Brasília.

Conheça o palestrante

Dowbor é formado em economia política pela Universidade de Lausanne (Suíça) e doutor em ciências econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia (Polônia). Atualmente, é professor de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Foi consultor de diversas agências das Nações Unidas e governos, além de Sebrae e outras organizações do sistema “S”. Atua como conselheiro no Instituto Polis, IDEC, Instituto Paulo Freire, Conselho da Cidade de São Paulo e outras instituições. Sua área principal de atuação é o ensino e a organização de sistemas de planejamento. É autor e coautor de cerca de 40 livros. Saiba mais sobre o palestrante em dowbor.org.

O Fundo de Resiliência Solidária (FRS) é uma das metas do projeto “A construção de capacidades sociais para o enfrentamento da Covid-19 e suas consequências nos territórios pós-pandemia”, financiado pelo Programa Ideias Inovadoras (Inova) da Fiocruz, por meio do edital “Ideias e Produtos Inovadores – Covid-19”. O edital foi criado para apoiar propostas que possam trazer ações, decisões e respostas rápidas, no contexto da pandemia de Covid-19. 

O projeto é uma iniciativa de alunas do curso de especialização em Governança Territorial para o Desenvolvimento Saudável e Sustentável, realizado pela Fiocruz Brasília e pelo Instituto Federal de Brasília (IFB/Campus Estrutural), em parceria com o Movimento de Educação e Cultura da Estrutural (Mece), entidade gestora do Banco Comunitário da Estrutural. 

O objetivo principal do Fundo é auxiliar pessoas de comunidades de maior vulnerabilidade social, severamente afetadas pelos impactos socioeconômicos da Covid-19. O FRS foi pensado como estratégia na forma de apoio a empreendimentos sociais e cooperativos que gerem renda e trabalho para fortalecer comunidades vulneráveis do DF, por meio da arrecadação de fundos a serem reinvestidos nas comunidades com foco na economia solidária.

Publicado em 09/07/2020

Revista traz debate sobre novas medidas educacionais, econômicas e sanitárias

Autor(a): 
Comunicação EPSJV/Fiocruz

A nova edição da revista Poli traz um debate sobre quais medidas educacionais, econômicas e sanitárias os especialistas avaliam como importantes em um contexto em que governos - municipais, estaduais e federal - vêm discutindo estratégias de flexibilização de tais medidas de isolamento social,  adotadas para frear a escalada dos casos de contaminação por Covid-19 no país. Especificamente sobre a educação, tema importante para a Fiocruz que está sendo debatido neste momento pelos gestores das unidades que oferecem cursos e programas de pós-graduação presenciais, os analistas alertam que são necessários mais recursos para que municípios e estados possam implementar as medidas sanitárias e pedagógicas fundamentais para garantir um retorno gradual das aulas. Confira a publicação, que é uma iniciativa da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio.

+ Veja também: Fiocruz busca soluções para continuidade das ações educacionais na pandemia 

Por um lado, economistas defendem a manutenção de programas como o auxílio emergencial de R$ 600 pago a trabalhadores informais desde abril, mas cobram medidas de cunho mais estrutural, como a ampliação da cobertura e dos valores pagos por programas de transferência de renda como o Bolsa Família, bem como mudanças na regressiva estrutura tributária brasileira que possam garantir recursos para as políticas sociais no longo prazo. Como já citado, na área da educação, analistas falam sobre medidas necessárias para garantir um retorno gradual das aulas presenciais. Por fim, especialistas em biossegurança discutem as medidas de higienização pessoal e distanciamento social que, pelo menos por um tempo, precisarão ser mantidas mesmo após o fim do isolamento. 

A atuação de entidades filantrópicas de origem empresarial na promoção de soluções para o ensino remoto e o planejamento da volta às aulas é o foco de outra reportagem. Segundo especialistas ouvidos pela revista Poli, a pandemia vem acelerando um processo que já vinha em curso, de ampliação do uso da tecnologia como ferramenta pedagógica, que acarreta profundas transformações ao trabalho docente e levanta questionamentos sobre as enormes desigualdades no acesso à internet e às tecnologias da informação entre os estudantes das escolas públicas.

O papel do Estado é um tema subjacente a duas outras matérias presentes nesta edição. Uma delas discute a dependência externa brasileira em relação a equipamentos e insumos essenciais para o controle da pandemia, como respiradores e EPIs, entre outros, e a necessidade de se fomentar a produção nacional. Nesse sentido, especialistas ouvidos pela revista Poli destacam que é preciso tocar um processo de reconversão produtiva, colocando emergencialmente empresas de outros produtos a serviço da fabricação de equipamentos e insumos para a saúde. Mas cobram também mais investimentos públicos tanto no fortalecimento da indústria quanto no desenvolvimento científico e tecnológico que antecede a produção. Já na seção Dicionário, o verbete desta edição apresenta os Laboratórios de Saúde Pública, instituições públicas que, a despeito de sofrerem com uma crônica falta de recursos, vêm desempenhando papel fundamental no monitoramento dos casos de Covid-19 no país. 

A falta de EPIs e de treinamento adequado são as principais queixas de entidades representativas dos trabalhadores técnicos da saúde, que estão entre os mais vulneráveis à Covid-19. É o que aponta outra reportagem da edição, que traz um levantamento das mortes e casos de contaminação pelo novo coronavírus entre técnicos em saúde.

O entrevistado desta edição é o vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Naomar de Almeida Filho, que fala sobre o Plano Nacional de Enfrentamento à Covid-19, iniciativa da Frente pela Vida, que traz recomendações destinadas a autoridades políticas e sanitárias, gestores públicos e sociedade em geral, que foi entregue a parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal no início de julho.

A Revista Poli é uma publicação impressa editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). A versão online pode ser acessada aqui.

Publicado em 18/03/2020

Pandemia, economia e saúde pública: economista da Universidade Columbia ministra aula inaugural

Autor(a): 
Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias) e Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

A Fiocruz promoveu, no dia 16/3, sua aula inaugural de 2020. O destaque do evento foi a conferência Saúde pública na Era do Desenvolvimento Sustentável, do economista americano Jeffrey D. Sachs, da Universidade Columbia. A palestra foi transmitida ao vivo dos Estados Unidos e contou com a mediação da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. Devido às medidas de prevenção e contenção da pandemia do novo coronavírus, o público pode acompanhar apenas pela internet.

Antes de passar a palavra a Sachs, Nísia prestou solidariedade à Universidade Columbia e fez um breve balanço da trajetória acadêmica do economista. Autor de vários livros, colunista de dezenas de jornais, consultor de governos e um dos maiores especialistas no planeta no tema do desenvolvimento sustentável, Sachs foi incluído duas vezes na lista dos '100 líderes mais influentes do mundo'. Ele é uma das principais referências nas questões relativas ao combate à pobreza e ao crescimento econômico, em especial nos países em desenvolvimento.

Sachs iniciou sua participação lamentando não poder estar presente pessoalmente à aula inaugural e agradeceu o convite para fazer a abertura do ano acadêmico da Fiocruz. “Diante da atual crise, dos desafios que temos à frente e das restrições às viagens, todos os dias importam. Conheço bem a Fiocruz e sei que a instituição é crucial, para o Brasil e o mundo, na resolução da atual crise gerada pelo novo coronavírus. E farei tudo para ajudar o Brasil a superar esse grave momento. A saúde pública, em todo o mundo, precisa cooperar e trabalhar em conjunto. Contem comigo”.

Para o professor americano, os líderes políticos mundiais não estão à altura do desafio e não conseguem dar as respostas satisfatórias à crise. “Os Estados Unidos têm atualmente o presidente mais perigoso, para o próprio país e também para o mundo. No momento não precisamos e nem queremos ouvir políticos, e sim os cientistas, os especialistas. Eles é que vão nos ajudar a sair dessa situação”, afirmou.

Sachs listou a mudança dos hábitos em Nova York a partir desta segunda-feira, quando praticamente todas as atividades pararam. “Achávamos que algo assim era inimaginável, mas aconteceu. Trump e seu governo não entenderam nada e portanto não fizeram nada para deter a progressão do problema, que se tornou imenso”. O conferencista lembrou que a Fiocruz tem um histórico de bons resultados, e que surgiu, nos idos de 1900, para enfrentar a febre amarela, a varíola, a peste bubônica e outras doenças tropicais. Para ele, a Fundação conseguirá responder ao novo coronavírus de maneira eficiente.

O economista afirmou que a atual pandemia é de difícil controle, porque é transmitida facilmente e porque o seu combate exige uma mudança radical na vida das pessoas. Mudança essa que os líderes políticos, com poucas exceções, não conseguem realizar a contento. “Poucos países, como Cingapura e Taiwan, realmente pararam. Quando começa a transmissão comunitária e o rápido alastramento da doença, como já ocorre no Brasil, fica quase impossível controlar. Nos EUA estamos, oficialmente, com cerca de 3 mil casos, mas esse número deve ser 10 vezes, ou mais, maior, já que a testagem aqui é baixa”.

Sachs espera que a Fiocruz consiga desenvolver um modelo epidemiológico para o Brasil, usando dados e informações geoespaciais, dentro de um esforço nacional para conter e debelar a crise. “Alguns modelos sugerem que até 65% da população mundial pode ser infectada. Quanto mais esperarmos para tomar as medidas necessárias, e radicais, mais a pandemia vai se alastrar. O tempo é extremamente importante”.

Epidemia global e online, mudanças nos hábitos e forte impacto na economia

Segundo Sachs, a China parece ter sido bem sucedida em controlar o novo coronavírus. “O país é muito organizado, de cima para baixo, e implantou políticas rígidas. Em Wuhan, onde tudo começou, a população foi obrigada a informar às autoridades, duas vezes por dia, sua temperatura, para que todos fossem monitorados. Nos EUA e no Brasil um cenário assim é provavelmente muito difícil, já que há uma desorganização geral por parte dos governos. Além disso, fechar tudo leva a dificuldades”.

De acordo com o conferencista, esta é a primeira “epidemia online” da História e com certeza deixará lições e mudará hábitos. “Haverá forçadamente uma mudança na economia. As pessoas verão que é possível trabalhar de casa, as universidades ampliarão suas atividades de ensino a distância, serão realizadas menos reuniões presenciais, gastaremos menos combustíveis. Na saúde, a conectividade, com a telemedicina, os serviços sociais online trarão benefícios. É um aprendizado dramático, que terá efeitos importantes e duradouros na economia mundial”.

Sachs disse que os impactos negativos na economia também serão grandes. “Vamos perder produção e a atividade econômica vai declinar. Teremos um choque, mas desta vez, ao contrário de outras crises, será diferente. Minha previsão, que está mais para um chute, é que a economia mundial cairá cerca de 10% a 12%, com uma fase extrema que poderá se estender por até três meses. Acredito que será a pior queda desde a crise de 1929 e que as dificuldades serão prolongadas, o que é mais complicado ainda em um país como o Brasil, frágil financeiramente”. 

O professor disse que o Brasil está duas semanas atrás dos EUA, no que diz respeito ao agravamento da pandemias, e que deve olhar para o vizinho do Norte como exemplo do que não deve ser feito. “Trump foi negligente e não tem capacidade, não está à altura de uma crise como essa. Perdeu muito tempo negando a doença, em que pesem os esforços do CDC [Centers for Disease Control and Prevention] e do NIH [National Institutes of Health]. Mas esses institutos tiveram seus orçamentos muito reduzidos, o que neste momento gera problemas. Temos um governo de idiotas”. Para Sachs, a cooperação internacional é fundamental, pois o Covid-19 não será facilmente erradicado, além de ser uma epidemia global que, segundo ele, “ficará conosco por muito tempo”. 

Após a conferência, os ex-presidentes da Fiocruz Paulo Buss e Paulo Gadelha fizeram perguntas a Sachs relacionadas à Agenda 2030, e o multilateralismo, tão combatido pelo Governo Trump. Devido a outros compromissos, o conferencista precisou responder rapidamente. Segundo Sachs, a crise é global e mostra que os países são totalmente interdependentes. “As mudanças climáticas, a defesa da biodiversidade, a importância da ONU [Organização das Nações Unidas] e da OMS [Organização Mundial da Saúde], o Acordo de Paris e outros temas multilaterais precisam ser levados a sério. É claro que podemos ter orgulho de nossos países, mas é necessário reconhecer que dependemos uns dos outros e que a cooperação vai nos ajudar a enfrentar as crises, como a do novo coronavírus”.

Mesa de abertura da aula inaugural

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, reiterou o compromisso da instituição com a gravidade da situação a nível global com a pandemia do Covid-19. “É importante lembrar do grande esforço que estamos assumindo para mobilizar toda a nossa capacidade e todas as áreas do conhecimento para responder a esse desafio. A Fiocruz não poderia agir de forma diferente em seus 120 anos”, disse. “Cabe a todos nós, à comunidade científica e principalmente às autoridades públicas, pensar em medidas imediatas para a contenção dessa pandemia – e também de outras emergências que certamente virão”. Por fim, afirmou que a grande forma da sociedade se mostrar resistente e unida é corresponder a medidas de proteção coletiva.

A vice-presidente de Informação, Educação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, reforçou a mensagem. “Devemos pensar no bem público, nos mais vulneráveis e naqueles que terão mais dificuldade de se proteger ou de acessar serviços de saúde de qualidade”. Quanto às atividades de educação, Cristiani afirmou que haverá orientações específicas, como alternativas pedagógicas e canais de comunicação com os alunos da Fiocruz. “Precisamos enfrentar essa pandemia com responsabilidade e tranquilidade”, pontuou. Ela lembrou que o Plano de Contingência da Fiocruz, assim como outras informações ligadas ao coronavírus, estão disponíveis no Portal Fiocruz.

A coordenadora-geral de Educação, Cristina Guilam, falou sobre acolhimento: “Estamos diante de uma pandemia que nos impele ao isolamento. No entanto, queremos passar a ideia de pertencimento diante dos desafios”. Ela comentou a necessidade de repensar eventos com os estudantes, como o Fiocruz Acolhe, que foi cancelado. E, em seguida, anunciou a chamada para o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses e a Medalha Virginia Schall de Mérito Educacional. "Vamos nos manter juntos, informados e conectados”, concluiu.

Quem representou o corpo discente na mesa de abertura do evento foi Richarlls Martins, presidente da Associação de Pós Graduandos (APG-Fiocruz). “Nós da APG estamos nos organizando para enfrentar esse contexto de crise da melhor forma possível, pensando meios de trocar conteúdos, disciplinas e atividades virtualmente”, contou. Ele falou também sobre as medidas que vêm sendo adotadas pelas autoridades sanitárias e a instituição. “Entendemos que essas medidas são necessárias, principalmente pensando na população pobre, porque precisamos de ações urgentes que garantam a saúde de todos. Representamos os discentes e temos o maior orgulho do papel da Fiocruz nesse contexto”, comentou.

O Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc) foi representado pela presidente Michele Alves. Ela lembrou da luta do sindicato em defesa da ciência, da tecnologia, da educação e do Sistema Único de Saúde (SUS). “Vocês devem estar junto com a gente se engajando nesse desafio, para que consigamos cada vez mais efeturar nossas pesquisas”, disse Michele.

A aula inaugural 2020 está disponível no canal da Fiocruz no YouTube: assista na íntegra.

Publicado em 15/03/2020

Aula inaugural da Fiocruz, via web (16/3): economista Jeffrey Sachs trata de saúde pública, desenvolvimento sustentável e o impacto do coronavírus

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz), com informações da CCS/Fiocruz e da Universidade de Columbia | Foto: Jeffrey Sachs (Facebook)

No dia 16 de março, às 10h, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realiza a conferência Saúde Pública na Era do Desenvolvimento Sustentável: o impacto do Coronavírus. O economista Jeffrey D. Sachs, professor da Universidade Columbia, falará ao público, via web, como medida de prevenção e proteção coletiva diante da pandemia do novo coronavírus. Dessa forma, o evento de abertura do ano letivo na instituição poderá ser assistido por uma ampla audiência: estudantes, trabalhadores da Fundação e demais interessados no tema.

A conferência será transmitida online e haverá tradução simultânea em português e libras. Não é preciso se inscrever, basta acessar o canal da Fiocruz no Youtube através deste link. O público poderá interagir e enviar perguntas pelo próprio canal.

Antes da conferência, às 9h, o evento será aberto com a mesa de boas-vindas aos alunos. Participam a presidente Nísia Trindade Lima; a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado; a coordenadora-geral de Educação da VPEIC, Maria Cristina Guilam; o diretor da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz, Richarlls Martins; e a vice-presidente da Asfoc-SN, Mychelle Alves.

Saiba mais sobre Jeffrey Sachs, assista e participe online!

Jeffrey D. Sachs é professor de economia de renome mundial, líder em desenvolvimento sustentável e consultor sênior da Organização das Nações Unidas (ONU). Por mais de 20 anos foi professor na Universidade de Harvard. De 2002 a 2016, atuou como diretor do Instituto da Terra na Universidade de Columbia, liderando mais de 850 cientistas e especialistas em políticas de apoio ao desenvolvimento sustentável. Sachs atuou para introduzir o doutorado em Desenvolvimento Sustentável na Universidade de Columbia, onde é professor de política e gestão de saúde.

É consultor especial do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Anteriormente, assessorou o Secretário-Geral Ban Ki-moon e o Secretário-Geral Kofi Annan quanto aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Sachs é reconhecido como um dos principais especialistas do mundo em desenvolvimento econômico, macroeconomia global e combate à pobreza. Ele já esteve em mais de 125 países trabalhando para acabar com a pobreza, superar a instabilidade macroeconômica, promover o crescimento econômico, combater a fome e as doenças e promover práticas ambientais sustentáveis. Nos últimos 30 anos, assessorou dezenas de chefes de estado e governos sobre estratégia econômica nas Américas, Europa, Ásia, África e Oriente Médio.

Publicado em 14/11/2019

Centro de Estudos Estratégicos discute políticas sociais e pleno emprego

Autor(a): 
CEE/Fiocruz

O Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE/Fiocruz) traz para o Brasil o economista americano Randall Wray, pesquisador do conceituado Levy Economics Institute do Bard College e um dos principais autores da Teoria Moderna da Moeda (MMT, na sigla em inglês). Wray participará de seminário Políticas sociais e pleno emprego: A Teoria Moderna da Moeda como alternativa, no dia 26 de novembro.

O economista apresentará os conceitos-chaves da teoria que ajudou a construir e suas implicações na construção de uma abordagem alternativa para o financiamento de políticas sociais. A apresentação de Randall Wray será realizada no Centro de Convenções Sul América, no Rio de Janeiro, às 9h.

Ao seu lado, na mesa, estarão os economistas e professores Pedro Rossi, da Universidade de Campinas (Unicamp) e José Márcio Camargo, da PUC-Rio, com mediação do pesquisador Carlos Gadelha, coordenador das Ações de Prospecção da Fiocruz. O evento terá transmissão online.

Mais sobre Randall Wray

Com uma linha de pensamento diferente dos economistas ortodoxos, os trabalhos de Wray sobre teoria monetária, finanças públicas e políticas de geração de emprego têm sido referência para formuladores de política econômica em vários países.

O economista defende o pleno emprego e abre o leque das possibilidades para o financiamento de políticas sociais. Na Argentina, suas ideias serviram de inspiração para um programa de emprego que recolocou no mercado de trabalho dois milhões de pessoas em resposta à crise de 1999. Nos Estados Unidos, embasou o plano de reforma do sistema de saúde, apresentado pelo senador Bernie Sanders em 2019 no Senado americano. Sanders propõe assistência médica universal e gratuita em um país onde há mais de 30 milhões de pessoas sem plano de saúde. Esse mesmo projeto foi defendido pelo senador quando foi pré-candidato democrata em 2016.

O evento

O seminário organizado pelo CEE-Fiocruz tem como objetivo discutir o potencial de políticas monetárias e fiscais baseadas na Teoria Moderna da Moeda para aumentar os recursos financeiros federais disponíveis para as áreas sociais, sobretudo a da saúde, diante do atual contexto de ajuste fiscal.

Na parte da tarde, será realizada no mesmo local uma oficina com o Randall Wray, na qual formuladores de políticas, formadores de opinião e representantes da sociedade civil e do meio acadêmico convidados terão a oportunidade de discutir a aplicação dos principais conceitos da Teoria Moderna da Moeda. Inscreva-se já, pelo Campus Virtual Fiocruz!

Serviço
Evento: Políticas sociais e pleno emprego: A Teoria Moderna da Moeda como alternativa
Data: 26/11
Horário: 9h às 12h
Local: Centro de Convenções Sul-América (Av. Paulo de Frontin, nº 1, Rio Comprido, Rio de Janeiro, RJ)
Inscrições: link

Publicado em 05/09/2019

Educação profissional em saúde: mestrado profissional inscreve candidatos até 27/9

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz

Está aberto o processo seletivo do mestrado profissional em Educação Profissional em Saúde, oferecido pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). Serão aceitas inscrições até o dia 27 de setembro.

O curso é voltado a docentes e outros profissionais que atuam ou tenham interesse na área, que engloba a formação de trabalhadores de nível auxiliar e técnico. O objetivo é aprofundar o conhecimento técnico e acadêmico dos participantes, formando docentes para o ensino superior e para a pós-graduação Lato sensu. Além disso, o mestrado profissional desenvolve habilidades de pesquisa e para o desenvolvimento de processos, produtos e metodologias em áreas específicas.

Entre as disciplinas da grade estão: Política de educação e de saúde; Economia da educação e concepções de formação em saúde; Educação profissional no Brasil: contextos e questões atuais; Educação do adulto trabalhador; e Historicidade da educação dos trabalhadores em saúde. A duração do curso é de dois anos. 

Acesse o edital, saiba mais e inscreva-se!

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