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Publicado em 13/12/2023

Pesquisador da Fiocruz é eleito integrante do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br)

Autor(a): 
Barbara Souza (Ensp/Fiocruz)

Em defesa da ciência, da democracia e da vida, o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) Marcelo Fornazin foi eleito um dos integrantes do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Candidato indicado pela Abrasco, Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e Rede Unida, todas entidades da Frente Pela Vida, o pesquisador da Escola foi um dos três escolhidos para representar a comunidade científica e tecnológica no CGI.br. Com oito votos, Fornazin foi o segundo mais votado entre os seis candidatos do colégio eleitoral setorial, composto 28 entidades - cada uma com direito a um voto. Esta é a primeira vez que um pesquisador da Fiocruz integra o Comitê Gestor da Internet, que acaba de realizar seu sétimo processo eleitoral. 

Também professor no Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Fornazin atua com ensino e pesquisa, articulando conhecimentos de computação e ciências sociais para compreender as mudanças associadas às tecnologias digitais na saúde e na gestão social. O candidato mais votado para representar a comunidade científica foi o pesquisador da Unicamp Rafael Evangelista, que já é conselheiro e participou de atividades da saúde pública nos últimos anos. Lisandro Zambenedetti Granville, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi o terceiro mais votado e completa o trio.

“Eu tenho excelentes expectativas. O processo que levou à minha eleição é coletivo, envolve várias entidades de saúde pública e de outros campos que sempre dialogaram e foram parceiros nossos. Isso se intensificou muito durante a pandemia, com criação da Frente Pela Vida e com a defesa da ciência, da democracia e da vida”, explica Fornazin. Uma das agendas que propôs durante sua campanha ao cargo foi a criação de uma Câmara Técnica de Internet, Saúde e Sociedade para pensar as questões da Internet no SUS, por exemplo. “Hoje a internet por não estar disponível com qualidade em diversos locais do brasil pode ser uma barreira de acesso a informações e serviços de saúde. Uma ideia é pensar como universalizar a internet pública e de qualidade no Brasil para fortalecer o SUS. É preciso discutir também a questão do enfrentamento à desinformação e infraestrutura de internet como parte disso também”.

Há anos, as pesquisas de Fornazin são focadas nos sistemas de informação em saúde, nas tecnologias digitais e na Internet. Portanto, integrar o CGI.br também é uma oportunidade de compartilhar os estudos que tem desenvolvido na Fiocruz e “também poder aprender com os colegas que lá estarão”, como disse o pesquisador. Ele afirma que representa uma confluência de forças que viabilizaram sua candidatura e que buscará atuar para fortalecer a relação da comunidade científica, da saúde pública, das ciências sociais, da educação com o Comitê Gestor da Internet e também para fomentar esse diálogo com as demais entidades que compõem o grupo.

Agradecido pelo apoio que recebeu, Fornazin fez questão de registrar a importância da Fiocruz e da ENSP no processo que o elegeu. “Eu também não posso deixar de falar sobre a importância da Fiocruz e da ENSP nesse processo. Desde o começo, quando nós começamos a pensar na ideia de credenciar as entidades, antes mesmo de ter chegado ao meu nome ali como candidato, vários colegas da ENSP e da Fiocruz como um todo se mobilizaram para sensibilizar as entidades da saúde pública nessa mobilização. Fico muito contente de poder estar nessa representação nos próximos três anos”.

O CGI.br é formado por 21 integrantes, sendo onze deles os representantes da sociedade civil eleitos para um mandato de três anos. Além dos três representantes da comunidade científica e tecnológica, o comitê elege quatro membros do terceiro setor e quatro do setor empresarial. Completam o grupo nove representantes de órgãos de governo, como ministérios, Anatel, CNPq e CONSECTI, além de um representante de notório saber em assuntos de Internet, que atualmente é Demi Getschko, engenheiro pioneiro da Internet no Brasil. 

Publicado em 28/07/2022

Pesquisa TIC Educação mostra dados de atividades pedagógicas na pandemia

Autor(a): 
Cetic

A pesquisa TIC Educação 2021, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGIbr), revela que a maioria dos professores realizou atividades pedagógicas de forma remota ou híbrida no segundo ano de pandemia. A pesquisa mostra, também, que a conectividade e a formação docente ainda são entraves para a realização de atividades de ensino e de aprendizagem com o uso de tecnologias digitais.

Confira todos os indicadores em https://cetic.br/pt/pesquisa/educacao/indicadores/

Objetivos da pesquisa

Realizada desde 2010, a pesquisa entrevista a comunidade escolar (alunos, professores, coordenadores pedagógicos e diretores) para mapear o acesso, o uso e a apropriação das tecnologias de informação e comunicação (TIC) em escolas públicas e privadas de educação básica.

Áreas de investigação

Os indicadores desenvolvidos pela pesquisa TIC Educação contemplam as seguintes unidades de análise: escolas, alunos, professores, coordenadores pedagógicos e diretores. Para cada público que participa da pesquisa, informações sobre acesso e uso de TIC são investigados, tais como:

Em escolas:

  • Infraestrutura de TIC nas escolas;
  • Uso de tecnologias em atividades de gestão escolar;
  • Existência de projeto de formação para os educadores e a comunidade escolar sobre o uso de tecnologias;
  • Inserção de TIC ao currículo.

Para alunos:

  • Perfil de uso de dispositivos e redes;
  • Habilidades no uso destas tecnologias;
  • Desenvolvimento de competências a partir do uso de tecnologias;
  • Uso de tecnologias em atividades de aprendizagem;
  • Orientação para o uso crítico, seguro e responsável de TIC.

Para professores, coordenadores pedagógicos e diretores:

  • Perfil profissional;
  • Perfil de uso de dispositivos e redes;
  • Habilidades e formação específica para o uso de TIC;
  • Uso de TIC em atividades educacionais e de coordenação;
  • Percepção sobre oportunidades e desafios para o uso dessas tecnologias no ambiente escolar.

Apoio institucional

A pesquisa conta com o apoio institucional do Ministério da Educação (MEC), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), da  Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e de especialistas vinculados a organizações não governamentais e a importantes centros acadêmicos.

Referências internacionais

A pesquisa foi desenvolvida inicialmente com base no referencial metodológico proposto nos relatórios InfoDev, do Banco Mundial, e no estudo Sites 2006 (Second Infomation Technology in Education Study), da International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA). Atualmente a pesquisa se alinha aos manuais produzidos pelo Unesco Institute for Statistics (UIS/Unesco).

Metodologia

A pesquisa tem abrangência nacional e considera as escolas públicas (municipais e estaduais) e privadas (a partir de 2011). Para a seleção da amostra é utilizado o cadastro construído anualmente pelo Censo Escolar conduzido pelo Inep. Em áreas rurais (a partir de 2017), são selecionadas escolas públicas e privadas também cadastradas no Censo Escolar.

As entrevistas são realizadas presencialmente (Computer-assisted personal interviewing - CAPI) para alguns públicos e por telefone (Computer-assisted telephone interviewing - CATI) para outros respondentes.

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