Com o objetivo de proporcionar acesso aos debates mais recentes de temas ligados à redução de danos e políticas de drogas, com vistas à qualificação da promoção de saúde dirigida a pessoas que usam álcool e outras drogas, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) recebe inscrições para o Curso de Atualização Profissional em Redução de Danos. Interessados podem se inscrever até 19 de fevereiro pelo Campus Virtual Fiocruz.
A formação é destinada aos trabalhadores que atuam na saúde, assistência social e educação que tenham interesse na área de álcool e outras drogas em uma perspectiva antimanicomial e antiproibicionista, bem como a lideranças comunitárias e de movimentos sociais e pessoas usuárias dos serviços da rede de atenção psicossocial.
São oferecidas 35 vagas. O curso tem carga horária total de 112 horas em aulas teórico-práticas, distribuídas em 3 módulos:
Módulo 1 – Políticas de Drogas, Saúde e Direitos Humanos;
Apresentar aos alunos as bases históricas e filosóficas das políticas de drogas e de cuidado em saúde dirigido a pessoas que usam álcool e outras drogas no Brasil e no Mundo, na perspectiva dos princípios do SUS, dos Direitos Humanos e da Redução de Danos. Carga horária: 40 horas
Módulo 2 – Agravos e Vulnerabilidades Associadas ao Uso de Álcool e Outras Drogas;
Apresentar aos alunos os principais agravos e vulnerabilidades sociais e de saúde associadas ao uso de álcool e outras drogas, bem como estratégias de promoção de saúde, Redução de Danos e políticas públicas relacionadas. Carga horária: 40 horas
Módulo 3 – Experiências em Redução de Danos nos Territórios e Serviços de Saúde.
Planejar com os alunos a organização de experiências coletivas de promoção de saúde dirigidas a pessoas que usam álcool e outras drogas, orientadas por princípios de Redução de Danos, nos serviços e territórios. Carga horária: 32 horas
As aulas ocorrerão de 14 de março a 13 de junho, presencialmente na Escola Politécnica, no Campus Manguinhos, da Fiocruz, no Rio de Janeiro, sempre às quintas-feiras, das 8h às 17h.
Confira a Chamada completa e inscreva-se até 19 de fevereiro!
O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) vai realizar o Centro de Estudos com o tema 'Saúde Digital no enfrentamento do uso nocivo do álcool'. A palestra online ocorre nesta sexta-feira, 16 de junho, às 14h. O seminário será transmitido pelo canal da VideoSaúde Distribuidora no Youtube.
O encontro vai discutir o uso das tecnologias da informação e da comunicação e seu potencial na promoção da saúde e prevenção da dependência de álcool e outros temas de saúde.
As relações entre o tema e Saúde Digital são o assunto central do seminário, pois o uso nocivo de álcool é um dos principais fatores de risco para morbimortalidade no mundo e um problema de saúde pública no Brasil, conforme indicam os dados do III Levantamento Nacional sobre o uso de drogas, coordenado pelo Icict/Fiocruz.
A pesquisadora Maristela G. Monteiro, que é consultora internacional do Departamento de Evidências e Inteligência para a Saúde da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), em Washington, será a palestrante da sessão. Em seu trabalho, ela promove a pesquisa, a coleta e a divulgação de informações relevantes sobre o álcool e defende políticas públicas e estratégias baseadas em evidências.
Neste seminário, ela será acompanhada pela pesquisadora do Laboratório de Informação em Saúde, Raquel De Boni, que tem se dedicado à área de saúde digital, coordenando os projetos Viva!, um aplicativo móvel para promoção de estilos de vida saudáveis e o estudo Saúde Mental na pós-pandemia: aplicando a Ciência de Dados para fortalecer a Saúde Pública Digital.
Diminuir o uso nocivo do álcool é um objetivo específico da Agenda 2030 para Desenvolvimento Sustentável Metas (ODS), uma vez que este é um dos principais fatores de risco para o aumento da carga de doenças e o principal fator de risco para mortalidade entre pessoas de 15 a 49 anos. Neste evento, serão apresentadas iniciativas de Saúde Digital que vêm sendo desenvolvidas para o enfrentamento do uso nocivo de álcool, bem como discutidas as perspectivas e desafios associadas a estas iniciativas.
Acompanhe:
*Com informações do Icict/Fiocruz.
Com o tema “Resistência, luta e sonhos juntos na construção de uma sociedade sem manicômios”, a Fiocruz Brasília realizará seminário online no próximo dia 18 de maio, das 8h30 às 21h. Promovido pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, o evento tem o objetivo de debater experiências e afetos para fortalecer o movimento por uma sociedade sem manicômios, além de discutir uma conexão entre as narrativas dos diferentes atores sociais, seus sonhos, lutas, identidades e sofrimentos. A data do evento, 18 de maio, foi escolhida em alusão ao Dia da Luta Antimanicomial. Com iniciativas no país inteiro, esse dia é protagonizado pelos movimentos sociais e usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) em atos para chamar a atenção, sensibilizar e informar a comunidade de tal mudança de paradigma do cuidado, para o cuidado em liberdade.
Para o coordenador e pesquisador do Núcleo de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas (Nusmad), da Fiocruz Brasília, André Guerrero, a prática antimanicomial coloca a liberdade e a pessoa em destaque, um ser protagonista através do exercício da sua cidadania. Assim, o dia da luta antimanicomial essencialmente traz à tona elementos para a (re)construção de uma sociedade mais democrática, inclusiva e menos desigual. “A luta Antimanicomial é a luta por uma sociedade mais justa e inclusiva, na qual os Direitos Humanos sejam garantidos”, ressaltou.
A programação do evento contará com atividades artístico-culturais, painel de debate e rodas de conversa que abordarão desde a questão indígena e sua produção de conhecimento; passando pela descolonialidade como o caminho para resistir e desconstruir padrões; até o racismo e as expressões sociais e culturais dos povos quilombolas e sua relação com a saúde mental e a construção da subjetividade e repercussões psíquicas a partir de um outro lugar social e o racismo estrutural.
O seminário online será transmitido pela Plataforma Zoom. Para participar, acesse bit.ly/seminarioantimanicolonial.
Confira a programação do Seminário Antimanicolonial: resistência, luta e sonhos juntos na construção de uma Sociedade sem manicômios
Data: 18/5 - terça-feira - 8h30 às 21h
8h30 – Apresentação Cultural
Babalorixá Adam de Odé – Ilê Axé Odé Inié: Cantos para os Orixás
Álvaro Tukano – Cantos do povo Yepá Mahsã
9h – Mesa de Abertura
Denise Oliveira e Silva, vice-diretora da Fiocruz Brasília;
André Guerrero, coordenador do Núcleo de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas da Fiocruz Brasília;
kleidson Oliveira, conselheiro de saúde do CAPS de Sobradinho/DF.
9h30 – Painel: Racionalidades ancestrais e saberes não colonizados
Os Povos originários e a Epistemologia Científica – Daiara Tukano;
O conhecimento científico em movimento: a África em foco – Tiago Rodrigues.
14h – Roda de Conversa: Povos originários cravam nossos pés aqui: sobre possibilidades de construir esperança, sonho e bem viver – Edinaldo Xukuru, Nita Tuxu e Geni Guarani.
16h – Roda de Conversa: É tempo de se aquilombar: sobre as necessidades de reconexão com ancestralidade para construir saúde – Marlete Oliveira e Bárbara Gomes.
19h – Evento de Fechamento “Gira descolonial”
Até quinta-feira, 14 de janeiro, interessados podem se inscrever no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas (turma 2021/2023), oferecido pela Fiocruz Brasília. Ao todo, estão disponíveis 9 vagas, das quais 3 são destinadas a ações afirmativas. O curso é voltado para as seguintes categorias profissionais: Enfermagem, Psicologia e Serviço Social.
O objetivo da formação é especializar profissionais de saúde, através da formação em serviço, para atuação na Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do SUS da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF), e para o cuidado em saúde mental, álcool e drogas, considerando a atenção psicossocial com vistas à promoção do cuidado em liberdade e garantia dos direitos humanos. O curso busca ainda formar profissionais capazes de contribuir com análises sobre o território de atuação que considerem estratégias de educação permanente e o desenvolvimento de estudos e pesquisas no campo.
Segundo a coordenadora executiva da Residência, Jaqueline Assis, ligada ao Núcleo de Saúde Mental Álcool e outras Drogas da Fiocruz Brasília, o curso propõe-se a qualificar a rede de atenção psicossocial nos territórios do DF e entorno. “Fazemos isso a partir da educação permanente e da formação de novos profissionais que possam ter como perspectiva não apenas a criatividade e a inovação para a construção de novas estratégias em saúde mental, mas também o respaldo da tradição da reforma sanitária e psiquiátrica na sustentação de uma saúde mental comunitária e em liberdade”, detalhou ela.
O Programa terá dois anos de duração com atividades teóricas (20%) e atividades práticas de formação em serviço (80%), distribuídas em 60h semanais. A previsão é que as aulas tenham início em março de 2021.
Acesse aqui o edital e confira todas as informações da chamada.
Mais de 300 profissionais manifestaram interesse em fazer parte das novas turmas de residência multiprofissional da Fiocruz Brasília. Desses, 24 foram aprovados nos processos seletivos realizados recentemente e vão se especializar em Saúde da Família com ênfase na População do Campo, outros 15 em Gestão de Políticas Públicas para a Saúde e ainda, nove em Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas. O grupo de 48 residentes esteve na instituição nesta quinta-feira, 7 de março, para a Aula Inaugural dos Programas, que contou com a palestra do assessor da Escola Fiocruz de Governo Armando Raggio.
O docente apresentou o papel das residências multiprofissionais e provocou os estudantes ao afirmar que eles sairão dos respectivos cursos sabendo mais sobre saúde, técnicas aplicadas, administração pública, e principalmente, sabendo mais de relações interpessoais e coletivas, bem mais de políticas públicas e vão ser especialistas em pessoas. “Do que nós mais adoecemos hoje? A maioria das variáveis que influenciam a vida e a saúde das pessoas escapam ao domínio do profissional de saúde, portanto é preciso saber mais que só as técnicas”, afirmou.
A coordenadora do Fórum de Residências da Fiocruz, Adriana Coser, participou da aula inaugural e lembrou que a conquista de três novas residências na Fiocruz Brasília é fruto do acúmulo de práticas e vivências da instituição. “São as residências em saúde que expressam a formação e experimentação para o aprimoramento da prática profissional e contribuição para o SUS,” afirmou. Atualmente, a Fiocruz por meio de suas diferentes unidades, oferta outros 22 programas de residência médica, de enfermagem e multiprofissional. Coser adiantou que a Fiocruz vai consolidar um documento base sobre as residências, com o histórico e competências desses atuais programas.
O pesquisador do Programa de Saúde, Ambiente e Trabalho (PSAT) André Fenner, coordena a Residência Multiprofissional em Saúde da Família com ênfase na População do Campo. Ele ressaltou que o novo curso é resultado do trabalho em equipe do PSAT, que vem se afirmando como espaço de formação a partir dos recentes cursos de especialização com esta temática, desenvolvidos no Ceará, Pernambuco e Tocantins. Foram selecionados profissionais de enfermagem, educação física, farmácia, fisioterapia, nutrição, odontologia, psicologia e serviço social, que vão atuar na região de Planaltina.
O assessor da Escola Fiocruz de Governo João Paulo Brito coordena a Residência Multiprofissional em Gestão de Políticas Públicas para a Saúde. Ele lembrou que esta modalidade de residência se realiza pela primeira vez na Fiocruz Brasília, mas com a experiência de apoio em duas diferentes turmas neste formato realizadas na Escola Superior de Ciências da Saúde, da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). Foram selecionados profissionais das áreas de enfermagem, odontologia, psicologia, nutrição e saúde coletiva.
Adélia Capistrano coordena a Residência em Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, programa que vai ter como territórios de atuação os Centros de Atenção Psicossocial, unidades de saúde e hospitais das cidades goianas de Planaltina e Formosa. O diferencial desta formação é o trabalho com a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE/DF). Foram selecionados profissionais das áreas de enfermagem, psicologia e serviço social.
O diretor executivo da Fepecs, Marcos Ferreira, alertou que os alunos devem priorizar os usuários e aproveitar esta oportunidade de estudos para conhecer de perto as realidades do SUS no Distrito Federal.
A diretora da Escola Fiocruz de Governo, Luciana Sepúlveda, lembrou que a diversidade profissional e de opiniões são motes que pavimentam uma instituição de ensino. Segundo ela, a EFG não cabe nem se limita às paredes do prédio da Fiocruz Brasília, mas é construída a partir de um propósito de fortalecimento do SUS e dos direitos dos usuários do sistema. “A diversidade de saberes colocados no mesmo espaço de ensino como as residências multiprofissionais é muito importante, seja pelas trocas entre as disciplinas diversas, sejam pela própria transformação que ocorre nos alunos e nos tutores e professores”, disse. A vice-diretora da Fiocruz Brasília, Denise Oliveira e Silva, ressaltou as possibilidades de integração dos diferentes profissionais ao longo desta formação.