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Publicado em 08/04/2022
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Sextas celebra a poesia de Lygia Fagundes Telles

Autor(a): 
Ana Furniel

A nossa homenagem esta semana só poderia ser para Lygia Fagundes Telles, escritora, que era membro da Academia Brasileira de Letras, conquistou muitos prêmios, entre eles, vários Jabutis e também o Camões de Literatura Portuguesa. Lygia morreu aos 103 anos no último dia 3 de abril.

Prosadora celebrada por grandes nomes da crítica literária brasileira, Lygia Fagundes Telles transitou à vontade entre o romance e o conto, mas foi, talvez, no último que exerceu seu talento com a mais perfeita expressão. 

Vivendo a realidade de uma escritora do terceiro mundo, Lygia considera sua obra de natureza engajada, ou seja, comprometida com a difícil condição do ser humano em um país de tão frágil educação e saúde. Participante desse tempo e dessa sociedade, a escritora procura apresentar através da palavra escrita a realidade envolta na sedução do imaginário e da fantasia. 

Engajada na luta pela democracia e contra a censura, em 1973, lançou "As Meninas", a história de três jovens estudantes durante a ditadura militar. Narrada de forma brilhante, é considerada uma obra-prima, portanto, escolhemos um trecho dessa obra para ilustrar esta edição do Sextas.

Lorena, Ana Clara e Lia, estudantes, em um pensionato, são de mundos distantes, vivendo impasses muito parecidos e ao mesmo tempo diferentes, mas dividem a mesma  rotina, dúvidas, inquietações e expectativas de três meninas, que de maneiras distintas, convivem com a solidão e a instabilidade da chegada da vida adulta, num país na ditadura. 

As protagonistas carregam sentimentos que todas nós vivenciamos na vida, o amor e a amizade, o medo e a cumplicidade de três meninas.