A próxima edição do Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcelos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) abordará o tema 'Juventudes e desafios contemporâneos em segurança e saúde'. O Ceensp será realizado no dia 7 de maio, às 14h, com transmissão ao vivo pelo Youtube e tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Coordenado pela pesquisadora Vera Lucia Marques, do Claves/Ensp/Fiocruz, o Centro de Estudos contará com a participação das palestrantes Ana Paula Silva, da Universidade Federal Fluminense (UFF); Isabel Barbosa, da Redes Maré/Icict/Fiocruz; Fernanda Mendes e Fatima Cecchetto, pesquisadoras colaboradoras do Claves/Ensp/Fiocruz.
+ Leia mais sobre a publicação em: 'Claves/Ensp publica livro sobre saúde, direitos e políticas públicas voltadas aos jovens brasileiros'.
Este debate parte da premissa de que jovens, situados nos mais diferentes grupos sociais, vivem experiências bem distintas entre si nesta fase da vida. Com isso, propõe-se a impossibilidade do uso de uma categoria totalizante como a de juventude, no singular, para dar conta da diversidade de vivências possíveis. No escopo dessa diversidade, a reflexão aqui proposta se volta às jovens e aos jovens negras/os, reconhecendo a vulnerabilidade em que se encontram decorrente do racismo estrutural que molda a sociedade brasileira.
Para tanto, o debate objetiva discutir alguns dos desafios impostos na contemporaneidade às jovens e aos jovens negras/os brasileiras/os, particularmente no que tange aos direitos à segurança e à saúde, que são implicados por diferentes sistemas de opressão, gerando e reproduzindo desigualdades sociais. No contexto de favelas, por exemplo, jovens negros têm sua vida em risco contínuo, até mesmo pela ação daqueles que deveriam protegê-los. Como falar em saúde onde os conflitos armados estão tão presentes? Nesse bojo, o debate sobre relações raciais se complexifica com o fenômeno do colorismo, em que as diferenças de cor da pele geram gradações de discriminação. Diante desse cenário, que caminhos emancipatórios podem ser formulados visando um futuro mais justo para as juventudes brasileiras, particularmente as mais vulnerabilizadas?
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