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II Simpósio Global de Tripanosomatídeos - GlobalTryp - 2ª edição

Unidade/ofertante: Instituto Oswaldo Cruz Telefone: Tel: (21) 2562-1200 / 1444 / 1401
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Sobre o curso

Promovido pelo Laboratório de Biologia de Tripanossomatídeos (Labtrip)/IOC, o I Simpósio Global de Tripanossomatídeos GlobalTryp visa debater diferentes temáticas nas áreas de biologia, ecologia e diagnóstico de tripanossomatídeos e os desafios impostos aos Serviços de Referência e Coleções Biológicas. O simpósio contará com palestras de pesquisadores e abrirá espaço para Jovens Pesquisadores, promovendo a interação entre alunos e grandes nomes da área.

Promovido pelo Laboratório de Biologia de Tripanosomatídeos (Labtrip)/IOC, o II Simpósio Global de Tripanossomatídeos GlobalTryp será a segunda edição de um encontro que visa debater diferentes temáticas nas áreas de biologia, ecologia e diagnóstico de tripanossomatídeos e os desafios impostos aos Serviços de Referência e Coleções Biológicas. O simpósio contará com palestras de pesquisadores e abrirá espaço para Jovens Pesquisadores, promovendo a interação entre alunos e grandes nomes da área. O evento será online, com transmissão ao vivo para o Canal IOC no Youtube entre os dias 18 e 20 de outubro de 2022 (ver programação).

Entenda o evento

1º dia - Gênero Trypanosoma
O primeiro dia de evento contará com o tema “Trypanosoma”, onde serão abordadas as características deste gênero, que é um dos mais estudados dentro da família Trypanosomatidae, além das técnicas utilizadas para o diagnóstico da infecção, como estudos sorológicos, parasitológicos e moleculares. Além disso, contaremos um pouco sobre o estudo das diferentes DTUs de T. cruzi (o agente etiológico da doença de Chagas) e a identificação destes parasitos em seus hospedeiros mamíferos. O gênero Trypanosoma é amplamente distribuído pelo mundo e conhecido por apresentar espécies de parasitos de importância médica e veterinária. Uma das características que se destacam nesse gênero é a alta diversidade genética e ecológica deste grupo. As espécies deste gênero são heteroxênicas – necessitam de mais de um hospedeiro para completar o seu ciclo de vida – e são reconhecidas por apresentarem diferentes hospedeiros invertebrados hematófagos como sanguessugas, carrapatos, moscas, mosquitos, triatomíneos e flebotomíneos (que atuam como vetores); e por parasitarem todas as classes de vertebrados, entre animais aquáticos e terrestres.

2º dia - Gênero Leishmania
O gênero Leishmania, parte da família Trypanosomatidae e com os subgêneros Viannia, Leishmania e Sauroleishmania, engloba os protozoários parasitas causadores da Leishmaniose, doença existente em três formas: tegumentar, mucocutânea e visceral e, que atinge humanos e animais. Esses parasitas são classificados como heteroxênicos por passarem parte do seu ciclo de vida em insetos vetores e outra parte em hospedeiros vertebrados, onde vivem sob forma amastigota parasitando células do sistema monocítico e se multiplicam até que os macrófagos se rompem os liberando na corrente sanguínea, onde serão fagocitados novamente. A transmissão desses protozoários se dá pela picada de fêmeas de dípteros flebotomíneos do gênero Lutzomyia nas Américas e do gênero Phlebotomus em outros continentes. Em seus vetores, o parasita vive no meio extracelular do trato digestivo onde sua forma amastigota se diferencia em uma forma flagelada com características morfológicas e bioquímicas diferentes, que é inoculada na pele do hospedeiro no momento da picada do flebotomíneo. O diagnóstico laboratorial de Leishmania encontra dificuldades devido à sensibilidade e especificidade por conta da diversidade endêmica dessas espécies no Brasil além de possuir certa complexidade acontecendo em três etapas: exames parasitológicos, imunológicos e moleculares. Os avanços no campo da biologia molecular têm colaborado com diagnósticos cada vez mais precisos para esse gênero.  A determinação das espécies desse gênero também encontra dificuldades por conta da grande semelhança morfológica entre as mesmas.

3º dia - Tripanosomatídeos Monoxenos
A família Trypanosomatidae é composta por parasitos flagelados unicelulares e obrigatórios, capazes de infectar insetos, animais vertebrados e plantas. Podem ser classificados de acordo com o ciclo de vida, que engloba as mudanças e fenômenos aos quais os seres são submetidos ao longo das fases da vida. O ciclo evolutivo de um parasito é diretamente influenciado pelos hospedeiros nos quais se alojam, podendo ser, então, monoxenos ou heteroxenos. Os heteroxenos apresentam uma alternância entre vetores insetos e hospedeiros vertebrados ou plantas, modificando sua forma em três estágios evolutivos: amastigota, epimastigota e tripomastigota, para completar o seu ciclo de vida. Já os monoxenos são capazes de completar o ciclo de vida ao infectar apenas um hospedeiro definitivo, sem necessidade de hospedeiros intermediários como os heteroxenos. Neste terceiro dia do II Simpósio Globaltryp, serão abordados nas palestras os tripanosomatídeos denominados monoxenos, que incluem gêneros como Crithidia, Herpetomonas e Leptomonas e são classicamente associados a infecções em hospedeiros invertebrados. Por serem considerados não patogênicos, os principais estudos envolvendo estes parasitos foram realizados com o objetivo de compreender o comportamento de espécies patogênicas utilizando monoxenos como modelos. Entretanto, apesar de não causarem doenças graves como a doença de Chagas e a leishmaniose tegumentar, cada vez mais estudos relatam a ocorrência destes flagelados em hospedeiros vertebrados, incluindo humanos imunossuprimidos, além de coinfecções com Leishmania e, com menos frequência, podem acometer indivíduos imunocompetentes.